segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cristianismo 56


=CRISTIANISMO =

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

No dia da Ascensão, Jesus Cristo ordenou aos seus discípulos que fossem e anunciassem a Boa Nova, o Evangelho – conforme a palavra grega que a Bíblia utiliza. Eis o que nós fazemos com este serviço espalhado por todo o mundo e utilizando todos os meios que a tecnologia da informação põe ao nosso alcance.

Mas que Boa Nova é essa? Qual é o seu cerne?

O texto evangélico que será proclamado na vigília pascal dá-nos a resposta: «Ressuscitou: não está aqui!» (Mc 18,6). Com efeito, «se (como diz S. Paulo) Jesus Cristo não tivesse ressuscitado, então a nossa pregação seria vã, vã também a nossa fé… e nós seríamos falsas testemunhas de Deus» (1 Co 15,14-15).

Durante quarenta dias, preparámo-nos para viver mais uma vez esta «Boa Nova», não como uma proclamação litúrgica, mas como uma verdadeira «novidade» capaz de mudar as nossas vidas. Os textos que escutamos durante o tríduo pascal mostram-nos um Jesus amando sem limites e sofrendo na sua carne até ao aniquilamento total. É esse mesmo Jesus Cristo que aparecerá a Maria Madalena e aos apóstolos, vitorioso, ressuscitado, Senhor.

«Disso nós somos testemunhas», dirão os apóstolos (At 3,15).

Naquele belo poema que ouvimos na vigília pascal, o autor do livro do Génesis recorda-nos a obra da Criação e acaba-o contemplando: «Assim foram terminados os céus e a Terra… No sétimo dia, Deus repousou de todo o trabalho por Ele realizado» (Gn 2, 1-2). É o shabbat, o dia do Senhor, o dia em que, segundo a antiga Lei, ninguém deveria trabalhar, «nem tu, nem os teus filhos e filhas, nem o teu escravo ou escravo… nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas» (Dt 5,14). Todos somos chamados a parar, diante das maravilhas da obra do Senhor Deus.

E eis que Deus decide fazer novas todas as coisas (cf. Is 65,17). Na sua bondade infinita, na sua misericórdia, perante o homem infiel e esmagado pelos seus pecados, Deus decide enviar o Seu Filho, o Verbo eterno, Jesus Cristo, Filho do homem e Filho de Deus, incarnado, morto e ressuscitado por nós e para nossa salvação. É um novo “primeiro dia”, em que Deus diz outra vez «Faça-se luz!» (Gn 1,3), não a luz que destruiu o caos inicial mas a luz sem fim, a luz que brilhará para sempre (cf. Ap 21,23). É a nova Criação que se inicia.

«Este é o dia que o Senhor fez», diz o Salmo 118 (Sl 118-117,24) que cantamos ao longo de toda a semana pascal. Contudo, nesta nova Criação, nós não somos apenas a mais bela manifestação do poder do Criador («Deus viu que era muito bom», Gn 1,31), mas fazemos parte do projeto. «Corpo de Jesus Cristo» (1 Co 12,27), «mortos e ressuscitados» com Jesus Cristo (cf. Rm 6,4), somos também atores desta salvação universal.

A liturgia oferece-nos cinquenta dias “dos nossos” para contemplarmos este “dia do Senhor”, para meditarmos e vivermos esta pertença – cinquenta dias de Páscoa! Animemo-nos uns aos outros para encontrarmos a nossa resposta pessoal a viver este apelo de anunciarmos a luz da Ressurreição, de nos tornarmos caminho de paz e de salvação para todos os homens e mulheres «por Deus amados» (cf. Lc 2,14).

Com os votos de um tempo pascal muito fecundo,

a equipa de Evangelizo em língua portuguesa

Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.

Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.

Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.

Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.

Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.

Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.

Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

-------------------------------------------------------------------

O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 15 de Abril de 2012


2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano B


Festa da Igreja : Segundo Domingo de Páscoa (da Divina Misericórdia)
Santo do dia : Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +60, S. Máximo
Livro dos Actos dos Apóstolos 4,32-35.

A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum.
Com grande poder, os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus Cristo e uma grande graça operava em todos eles.
Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda
e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se então a cada um conforme a necessidade que tivesse.

Livro de Salmos 118(117),2-4.16ab-18.22-24.

Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que adoram o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.-
A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.
Com dureza me castigou o Senhor,
mas não me deixou morrer.-
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
1ª Carta de S. João 5,1-6.

Caríssimos:Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus e todo aquele que ama quem o gerou, ama também quem por Ele foi gerado.
É por isto que reconhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos;
pois o amor de Deus consiste precisamente em que guardemos os seus mandamentos e os seus mandamentos não são uma carga
porque todo aquele que nasceu de Deus vence o mundo. E este é o poder vitorioso que venceu o mundo: a nossa fé.
E quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus?
Este, Jesus Cristo, é aquele que veio com água e com sangue e não só com a água, mas com a água e com o sangue. E é o Espírito quem dá testemunho porque o Espírito é a verdade.

Evangelho segundo S. João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana (domingo), estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam com medo das autoridades judaicas, veio Jesus Cristo, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou também Eu vos envio a vós.»
Em seguida soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes, os pecados ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» (isto passa-se também com cada um de nós e se não perdoamos, iremos viver situações idênticas, mas na posição daqueles a quem não perdoámos)
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus Crissto veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus Cristo veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus Cristo na presença dos seus discípulos que não estão escritos neste livro.
Estes, porém foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus e, acreditando, terdes a vida nele.

Basílio da Selêucida (? – c. 468), bispo Sermão para a ressurreição

«Vimos o Senhor»

Escondidos numa casa, os apóstolos vêem Jesus Cristo; Ele entra com todas as portas fechadas. Mas Tomé, então ausente [...], fecha os ouvidos e quer abrir os olhos. [...] Ele deixa explodir a sua descrença, esperando que o seu desejo seja atendido. «As minhas dúvidas só desaparecerão quando O vir, diz ele. Meterei o meu dedo nas marcas dos pregos e ouvirei esse Senhor que tanto desejo. Não me importo que me acuse de falta de fé desde que me encha com a Sua visão. Agora sou incrédulo, mas assim que O vir, acreditarei. Acreditarei quando O apertar em meus braços e O contemplar. Quero ver essas mãos perfuradas que curaram as malfeitoras mãos de Adão. Quero ver esse lado que derrubou a morte do lado do homem. Quero ser eu próprio testemunha do Senhor e o testemunho doutro não me basta. As vossas histórias exasperam a minha impaciência. A feliz notícia que trazeis só aviva a minha dúvida. Não me curarei deste mal a não ser que toque o remédio das Suas mãos.»

O Senhor reapareceu e dissipou ao mesmo tempo a tristeza e a dúvida do Seu discípulo. Que digo? Ele não lhe dissipa a dúvida, ele preenche-lhe as expectativas. Ele entra com todas as portas fechadas.

Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2012

Segunda-feira da 2ª semana da Páscoa



Naqueles dias, Pedro e João tendo sido postos em liberdade, foram ter com os seus e contaram-lhes tudo quanto os sumos sacerdotes e os anciãos lhes tinham dito.
Depois de tudo terem ouvido, ergueram a voz a Deus, numa só alma e disseram: «Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o mar e tudo o que neles se encontra.
Tu disseste pelo Espírito Santo e pela boca do nosso pai David, teu servo: ‘Porque bramiram as nações e os povos formaram vãos projectos?
Levantaram-se os reis da Terra e os chefes coligaram-se contra o Senhor e contra o seu Ungido.’
Sim, realmente Herodes e Pôncio Pilatos coligaram-se nesta cidade com as nações e os povos de Israel contra o teu Santo Servo Jesus Cristo a quem ungiste
para levarem a cabo tudo quanto determinaste antecipadamente pelo teu poder e sabedoria.
Agora, Senhor, (não se deve chamar a Deus 'Senhor' se queremos ser felizes, mas sim 'Deus'. Agora , se quisermos ser santos …) tem em conta as suas ameaças e concede aos teus servos poderem anunciar a tua palavra com todo o desassombro,
estendendo a tua mão para se operarem curas, milagres e prodígios em nome do teu Santo Servo Jesus Cristo.»
Tinham acabado de orar quando o lugar em que se encontravam reunidos estremeceu e todos ficaram cheios do Espírito Santo, começando a anunciar a palavra de Deus com desassombro.

Livro de Salmos 2,1-3.4-6.7-9.

Porque se amotinam as nações
e os povos fazem planos insensatos?
Revoltam-se os reis da Terra
e os príncipes conspiram juntos
contra o Senhor e contra o seu Ungido:
"Quebremos as algemas
e atiremos para longe de nós o seu jugo!"-
Aquele que habita nos céus sorri;
o Senhor escarnece deles.
Depois atemoriza-os com a sua ira
e com a sua cólera confunde-os:
"Fui Eu que consagrei o meu rei
sobre o meu monte santo de Sião!"-
Vou anunciar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede-me e Eu te darei povos como herança
e os confins da Terra por domínio.
Hás-de governá-los com ceptro de ferro
e destruí-los como um vaso de barro."
Evangelho segundo S. João 3,1-8.

Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus.
Veio ter com Jesus Cristo de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus como Mestre porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.»
Em resposta, Jesus Cristo declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto, não pode ver o Reino de Deus.»
Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez e nascer?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
Aquilo que nasce da carne, é carne e aquilo que nasce do Espírito, é espírito. Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.'
O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja A Subida do Monte Carmelo, livro 2, cap. 5

«Aquilo que nasce do Espírito é espírito»

Lemos em São João: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus». Renascer perfeitamente do Espírito Santo nesta vida é ter a alma muito parecida com Deus pela pureza, é não reter em si mesmo nenhuma mistura de imperfeição. É assim que se pode realizar a pura transformação da alma em Deus; ela participa da natureza de Deus pela sua união com Ele, embora essa união não seja a união das naturezas essenciais de ambos.

Para maior clareza, façamos uma comparação. Eis um raio de sol que cai sobre um vidro. Se o vidro estiver obscurecido por uma mancha ou embaciado, o raio não o poderá iluminar inteiramente nem transformá-lo totalmente na sua luz como aconteceria se ele estivesse perfeitamente límpido e livre de toda a mancha. [...] A culpa não será do feixe de luz, mas do vidro. Se este estivesse totalmente puro e livre de manchas, iluminá-lo-ia e transformá-lo-ia de modo que pareceria ser o próprio raio de sol e daria a mesma claridade que ele. Continua a ser verdade que o vidro, ainda que muito parecido com o raio, manteria a sua natureza distinta. E, no entanto, poderíamos dizer que o vidro se tornou raio de luz por participação.

Passa-se o mesmo com a alma. Está constantemente a ser invadida pela luz do ser de Deus ou por outra, esta habita nela por natureza. Desde que consinta em desfazer-se das névoas e das manchas que os objectos criados nela imprimem ou, por outras palavras, desde que tenha a sua vontade perfeitamente unida à de Deus — pois amar Deus é trabalhar, por Deus, para se despojar de tudo aquilo que não é Deus — encontra-se, desde logo, iluminada e transformada em Deus.

Terça-feira, dia 17 de Abril de 2012

Terça-feira da 2ª semana da Páscoa


Santo do dia : Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624, Beata Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680 Livro dos Actos dos Apóstolos 4,32-37.

A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum.
Com grande poder, os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus Cristo e uma grande graça operava em todos eles.
Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda
e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se então a cada um conforme a necessidade que tivesse.
Assim, um levita cipriota, de nome José, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé, isto é, «filho da consolação»,
possuía uma terra; vendeu-a e trouxe a importância que depositou aos pés dos Apóstolos.

Livro de Salmos 93(92),1ab.1c-2.5.

O Senhor é rei,
vestido de majestade;
revestido e cingido de poder está o Senhor.
Firmou o universo que não vacilará.
O teu trono, Senhor, está firme desde sempre
e Tu existes desde a eternidade.-
São dignos de fé os teus testemunhos,
a tua casa está adornada de santidade
por todo o sempre, ó Senhor!
Evangelho segundo S. João 3,7b-15.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.'
O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»
Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?
Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei das coisas da Terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu?
Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem (figura humana masculina; homem celeste).
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto
a fim de que todo o que nele (Jesus Cristo) crê, tenha a vida eterna.

Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poesia «Noite Santa»

«A fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna»

Meu Senhor e meu Deus,
Tu me guiaste por um longo e obscuro caminho, pedregoso e duro.
Estava quase já sem forças, tanto que não esperava mais ver a luz do dia.
O meu coração estava duro como pedra devido ao sofrimento
Quando diante dos meus olhos se levantou a claridade suave duma estrela
E me guiou, fiel e eu segui-a, primeiro com passos tímidos, depois mais seguros.
E cheguei por fim à porta da Igreja
Que se abriu e pedi para entrar.
Fui acolhida pela Tua bênção proferida pelo Teu sacerdote.
No seu interior sucedem-se as estrelas,
Estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho até Ti,
Que a Tua bondade permite que me conduzam no meu caminho até Ti.
O mistério que me faltava guardar, escondido no íntimo do coração,
Agora posso finalmente anunciá-lo em alta voz:
Eu creio e confesso a minha fé!
O sacerdote conduz-me aos degraus do altar,
Inclino a cabeça e a água santa escorre pela fronte abaixo.-
Senhor, será possível renascer uma vez passada metade da vida (Jo 3,4)?
Assim o disseste e para mim tornou-se realidade.
Já não sinto o peso das faltas e das minhas penas dessa vida longa.
De pé, recebi sobre os ombros o manto branco,
Símbolo luminoso da pureza.
Trouxe à mão o círio cuja chama anuncia a Tua vida santa a brilhar em mim.-
E o meu coração transformou-se na manjedoura que por Ti espera.
Por pouco tempo!
Maria, Tua Mãe, e também minha, deu-me o nome.
À meia-noite depõe no meu coração o seu bebé, recém-nascido.
Oh! Não há coração humano que possa imaginar
O que Tu preparas para aqueles que Te amam (1Cor 2,9).
És meu para sempre e nunca Te deixarei.
Seja qual for o caminho que venha a trilhar, estás sempre comigo.
E nada mais poderá separar-me do Teu amor (Rm 8,39).

Quarta-feira, dia 18 de Abril de 2012

Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa


Santo do dia : Beata Mafalda, virgem, Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923 Livro dos Actos dos Apóstolos 5,17-26.

Naqueles dias, surgiu o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja
e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública.
Mas durante a noite, o Anjo do Senhor abriu-lhes as portas da prisão e, depois de os ter conduzido para fora, disse-lhes:
«Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida.»
Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a ensinar. Entretanto chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes; convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia.
Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram, declarando:
«Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta, mas depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no interior.»
Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande perplexidade acerca dos Apóstolos e perguntavam a si próprios o que poderia significar tudo aquilo.
Veio então alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão agora no templo a ensinar o povo.»
O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e trouxe os Apóstolos para o Sinédrio, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo povo.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.

Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes.-
Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele respondeu-me,
livrou-me de todos os meus temores.-
Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o Senhor,
Ele atende-o e liberta-o das suas angústias.-
O anjo do Senhor protege os que o adoram
e livra-os do perigo.
Saboreai e vede como o Senhor é bom;
feliz o homem que n'Ele confia!-
A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.
Evangelho segundo S. João 3,16-21.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado por não crer no Filho Unigénito de Deus.
E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo e os homens preferiram as trevas à Luz porque as suas obras eram más.
De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»

Bem-aventurado João Paulo II Encíclica «Dives in misericordia», § 7

«Todo aquele que n'Ele crê não perece, mas tem a vida eterna»

Que nos ensina a cruz de Jesus Cristo que é, em certo sentido, a última palavra da Sua mensagem e da Sua missão messiânica? Em certo sentido — note-se bem — porque não é ela ainda a última palavra da Aliança de Deus. A última palavra seria pronunciada na madrugada quando, primeiro as mulheres e depois os Apóstolos, ao chegarem ao sepulcro de Jesus Cristo crucificado o vão encontrar vazio e ouvem pela primeira vez este anúncio: «Ressuscitou». Depois repetirão aos outros tal anúncio e serão testemunhas de Jesus Cristo Ressuscitado.

Mas mesmo na glorificação do Filho de Deus, continua a estar presente a Cruz que, através de todo o testemunho messiânico do Homem-Filho que nela morreu, fala e não cessa de falar de Deus-Pai que é absolutamente fiel ao Seu eterno amor para com o homem, pois que «amou tanto o mundo — e portanto, o homem no mundo — que lhe deu o Seu Filho unigénito para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna».
Crer no Filho crucificado significa «ver o Pai» (Jo 14,9), significa crer que o amor está presente no mundo e que o amor é mais forte do que toda a espécie de mal em que o homem, a humanidade e o mundo estão envolvidos. Crer neste amor significa acreditar na misericórdia. Esta é, de facto, a dimensão indispensável do amor, é como que o seu segundo nome e, ao mesmo tempo, é o modo específico da sua revelação e actuação perante a realidade do mal que existe no mundo, que assedia e atinge o homem, que se insinua mesmo no seu coração e o «pode fazer perecer, na Geena» (Mt 10,28).

Quinta-feira, dia 19 de Abril de 2012

Quinta-feira da 2ª semana da Páscoa



Naqueles dias, o comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os,
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los.
Livro de Salmos 34(33),2.9.17-18.19-20.

Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes.-
A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.-
O Senhor está perto dos corações contritos
e salva os espíritos abatidos.
Muitas são as tribulações do justo,
mas o Senhor o livra de todas elas.
Evangelho segundo S. João 3,31-36.

Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo
e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho.
Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro;
pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus porque dá o Espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão.
Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas Exercício espiritual de 19/01/1642

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

Deus dá-nos as Suas graças segundo as necessidades que temos. Deus é uma fonte à qual todos vão buscar água segundo as suas necessidades. Como uma pessoa que precisa de seis baldes e traz seis; de três, três; um pássaro que não precise mais do que um golo e é isso que toma ou um peregrino que sacia a sede com uma mão cheia de água. Acontece-nos o mesmo em relação a Deus.

Devemos sentir uma profunda emoção quando nos fidelizamos à leitura de um capítulo do Novo Testamento e produzimos os correspondentes actos: de adoração, adorando a palavra de Deus e a Sua verdade; entrando nos sentimentos com os quais Nosso Senhor os pronunciou e aceitando essas verdades; decidindo praticar essas mesmas verdades. [...] Devemos sobretudo evitar ler por uma questão de estudo, dizendo: «Esta passagem vai servir-me para esta ou aquela prédica», mas ler apenas para nosso desenvolvimento.

Não nos devemos sentir desencorajados se, depois de o ler várias vezes, um mês, dois meses, seis meses, não nos sentimos tocados. Acontece que um dia veremos uma pequena luz, noutro dia uma maior e uma maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.

Sexta-feira, dia 20 de Abril de 2012

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa



Naqueles dias, ergueu-se então um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas que se dizia alguém e ao qual seguiram cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento e arrastou o povo atrás dele. Morreu igualmente e todos os seus adeptos foram dispersos.
E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram então com as suas palavras.
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.
Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.

O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?-
Uma só coisa peço ao Senhor e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.-
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no senhor.
Evangelho segundo S. João 6,1-15.

Naquele tempo, Jesus Cristo foi para a outra margem do lago da Galileia ou de Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes.
Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus Cristo disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus Cristo disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora havia muita erva no local. Os homens (só homens, não contaram com as mulheres e as crianças) sentaram-se, pois em número de uns cinco mil.
Então Jesus Cristo tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados tal como os peixes e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca».
Recolheram-nos então e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus Cristo tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus Cristo, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Catecismo da Igreja Católica
§§1333-1335

«Era um pouco antes da Páscoa, que é a grande festa dos judeus»

Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Jesus Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em Sua memória, até à Sua volta gloriosa, o que Ele fez na véspera da Sua Paixão: «Tomou o pão», «Tomou o cálice cheio de vinho». Ao tornarem-se misteriosamente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim no ofertório agradecemos ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto «do trabalho do homem», mas antes «fruto da terra» e «da videira», dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec, rei e sacerdote que «trouxe pão e vinho» (Gn 14,18), uma prefiguração de sua própria oferta.

Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa comemoram a pressa da partida libertadora do Egipto; a recordação do maná do deserto há-de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da Palavra de Deus. Finalmente o pão de todos os dias é o fruto da Terra Prometida, penhor da fidelidade de Deus às Suas promessas. O «cálice de bênção» (1Cor 10,16), no fim da refeição pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica: a da espera messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus Cristo instituiu a Sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo à bênção do Pão e do Cálice.

O milagre da multiplicação dos pães quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a Seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de Sua Eucaristia. O sinal da água transformada em vinho em Caná já anuncia a hora da glorificação de Jesus Cristo. Manifesta a realização da ceia das bodas no Reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho novo, transformado no Sangue de Jesus Cristo.

Sábado, dia 21 de Abril de 2012

Sábado da 2ª semana da Páscoa



Naqueles dias, como o número de discípulos ia aumentando, houve queixas dos helenistas contra os hebreus porque as suas viúvas eram esquecidas no serviço diário.
Os Doze convocaram então a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém deixarmos a palavra de Deus para servirmos às mesas.
Irmãos, é melhor procurardes entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria; confiar-lhes-emos essa tarefa.
Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da Palavra.»
A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Foram apresentados aos Apóstolos que, depois de orarem, lhes impuseram as mãos.
A palavra de Deus ia-se espalhando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém e grande número de sacerdotes obedeciam à Fé.

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.

Exultai, ó justos, no Senhor;
louvai-o, rectos de coração.
Louvai o Senhor com a cítara;
cantai-lhe salmos com a harpa de dez cordas.-
As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a justiça e a rectidão:
A terra está cheia da bondade do Senhor.-
Os olhos do Senhor velam pelos seus fiéis,
por aqueles que esperam na sua bondade
para os libertar da morte
e os manter vivos no tempo da fome.
Evangelho segundo S. João 6,16-21.

Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago
e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direcção a Cafarnaúm.
Já tinha escurecido e Jesus Cristo ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se.
Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus Cristo que se aproximava do barco,
caminhando sobre o lago
e tiveram medo.
Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!»
Quiseram recebê-lo logo no barco e o barco chegou imediatamente à terra para onde iam.
Santa Teresa-Benedita da Cruz [Édith Stein]
(1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poesia: paráfrase ao Salmo 45

«O barco chegou imediatamente à terra para onde iam»

Quando as tempestades rebentam
Tu és, Senhor, a nossa força.
Louvar-Te-emos, Deus de fortaleza,
Nosso constante refúgio.
Aguentamos firme junto de Ti,
Em Ti pondo toda a nossa confiança,
Seja a terra abalada,
Esteja o mar encapelando.-
Podem as ondas altear e reventar
Podem as montanhas mover-se;
A alegria iluminar-nos-á,
A Cidade de Deus dá-Te graças,
Tens nela a Tua morada,
Preservas a sua santa paz.
E um poderoso rio protege
A sublime morada de Deus.-
Agitam-se os povos em loucura,
Desmorona-se o poder das nações,
Eis que Ele eleva a voz,
A terra ruge, estremecendo,
Mas o Senhor está connosco,
Deus, Senhor dos Exércitos,
Tu és para nós luz e salvação,
Nada temeremos.-
Vinde todos, vinde contemplar
Os prodígios do Seu poder:
Todas as guerras se dissipam,
A corda do arco afrouxa.
Lançai no braseiro de fogo
O escudo e a arma de guerra.
Deus, o Senhor dos Exércitos,
Está connosco e socorre-nos na tribulação.

Os meus filmes


1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv


2.º – O Cemitério de Lagos
  http://www.youtube.com/watch?v=M5Kkfa-VyvE&feature=channel&list=UL

Os meus blogues








------------------------------






...........................................................

http://www.psd.pt/ Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)

http://www.radiosim.com/

http://www.antena2.rdp.pt/


Sem comentários:

Enviar um comentário