terça-feira, 1 de maio de 2012

Cristianismo 57


=CRISTIANISMO =

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

No dia da Ascensão, Jesus Cristo ordenou aos seus discípulos que fossem e anunciassem a Boa Nova, o Evangelho – conforme a palavra grega que a Bíblia utiliza. Eis o que nós fazemos com este serviço espalhado por todo o mundo e utilizando todos os meios que a tecnologia da informação põe ao nosso alcance.

Mas que Boa Nova é essa? Qual é o seu cerne?

O texto evangélico que será proclamado na vigília pascal dá-nos a resposta: «Ressuscitou: não está aqui!» (Mc 18,6). Com efeito, «se (como diz S. Paulo) Jesus Cristo não tivesse ressuscitado, então a nossa pregação seria vã, vã também a nossa fé… e nós seríamos falsas testemunhas de Deus» (1 Co 15,14-15).

Durante quarenta dias, preparámo-nos para viver mais uma vez esta «Boa Nova», não como uma proclamação litúrgica, mas como uma verdadeira «novidade» capaz de mudar as nossas vidas. Os textos que escutamos durante o tríduo pascal mostram-nos um Jesus amando sem limites e sofrendo na sua carne até ao aniquilamento total. É esse mesmo Jesus Cristo que aparecerá a Maria Madalena e aos apóstolos, vitorioso, ressuscitado, Senhor.

«Disso nós somos testemunhas», dirão os apóstolos (At 3,15).

Naquele belo poema que ouvimos na vigília pascal, o autor do livro do Génesis recorda-nos a obra da Criação e acaba-o contemplando: «Assim foram terminados os céus e a Terra… No sétimo dia, Deus repousou de todo o trabalho por Ele realizado» (Gn 2, 1-2). É o shabbat, o dia do Senhor, o dia em que, segundo a antiga Lei, ninguém deveria trabalhar, «nem tu, nem os teus filhos e filhas, nem o teu escravo ou escravo… nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas» (Dt 5,14). Todos somos chamados a parar, diante das maravilhas da obra do Senhor Deus.

E eis que Deus decide fazer novas todas as coisas (cf. Is 65,17). Na sua bondade infinita, na sua misericórdia, perante o homem infiel e esmagado pelos seus pecados, Deus decide enviar o Seu Filho, o Verbo eterno, Jesus Cristo, Filho do homem e Filho de Deus, incarnado, morto e ressuscitado por nós e para nossa salvação. É um novo “primeiro dia”, em que Deus diz outra vez «Faça-se luz!» (Gn 1,3), não a luz que destruiu o caos inicial mas a luz sem fim, a luz que brilhará para sempre (cf. Ap 21,23). É a nova Criação que se inicia.

«Este é o dia que o Senhor fez», diz o Salmo 118 (Sl 118-117,24) que cantamos ao longo de toda a semana pascal. Contudo, nesta nova Criação, nós não somos apenas a mais bela manifestação do poder do Criador («Deus viu que era muito bom», Gn 1,31), mas fazemos parte do projeto. «Corpo de Jesus Cristo» (1 Co 12,27), «mortos e ressuscitados» com Jesus Cristo (cf. Rm 6,4), somos também atores desta salvação universal.

A liturgia oferece-nos cinquenta dias “dos nossos” para contemplarmos este “dia do Senhor”, para meditarmos e vivermos esta pertença – cinquenta dias de Páscoa! Animemo-nos uns aos outros para encontrarmos a nossa resposta pessoal a viver este apelo de anunciarmos a luz da Ressurreição, de nos tornarmos caminho de paz e de salvação para todos os homens e mulheres «por Deus amados» (cf. Lc 2,14).

Com os votos de um tempo pascal muito fecundo,

a equipa de Evangelizo em língua portuguesa

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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 22 de Abril de 2012


3º Domingo da Páscoa - Ano B


Festa da Igreja : Terceiro Domingo de Páscoa (semana III do saltério)
Santo do dia :
S. Sotero, papa, mártir, +296, Santa Senhorinha, virgem, +982, Santo Agapito, papa, +536 Livro dos Actos dos Apóstolos 3,13-15.17-19.

Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a libertá-lo.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino.
Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos e disso nós somos testemunhas.
Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância como também os vossos chefes.
Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Arrependei-vos, portanto e convertei-vos para que os vossos pecados sejam apagados.

Livro de Salmos 4,2.4.7.9.

Quando te invocar, escuta-me, ó Deus, minha justiça!
Já que na angústia me libertaste,
tem compaixão de mim
e ouve a minha oração.-
Sabei que o Senhor
faz maravilhas pelo seu amigo
e há-de escutar-me quando o invocar.
Muitos dizem: "Quem nos dará a felicidade?"
Resplandeça sobre nós, Senhor, a tua luz!-
Deito-me em paz e logo adormeço
porque só Tu, Senhor, me fazes viver em segurança.

1ª Carta de S. João 2,1-5a.

Meus filhos, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.
Sabemos que o conhecemos por isto: guardamos os seus mandamentos.
Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda os seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está nele;
ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é que o amor de Deus é verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos nele.

Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer ao partir o pão.
Enquanto isto diziam, Jesus Cristo apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?»
Deram-lhe um bocado de peixe grelhado;
e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia;
que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermão 238

«Porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?»

Esta passagem do Evangelho [...] mostra-nos verdadeiramente Quem é Jesus Cristo e verdadeiramente quem é a Igreja [...] para que compreendamos bem que Esposa o Divino Esposo escolheu e Quem é o Esposo desta santa Esposa. [...] Nesta página podemos ler a sua certidão de casamento. […]

Aprendestes que Jesus Cristo era o Verbo, a Palavra de Deus, unida a uma alma humana e a um corpo humano. [...] Aqui os discípulos julgaram ver um espírito; não acreditavam que o Senhor tivesse um corpo verdadeiro. Mas como o Senhor conhecia o perigo de tais pensamentos, apressou-Se a arrancá-los dos seus corações [...]: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as Minhas mãos e os Meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-Me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos como verificais que Eu tenho.» E tu, a esses mesmos pensamentos loucos contrapõe com firmeza a regra da fé que recebeste. [...] Jesus Cristo é verdadeiramente o Verbo, o Filho único, igual ao Pai, unido a uma alma verdadeiramente humana e a um corpo livre de todo o pecado. Foi esse corpo que morreu, esse corpo que ressuscitou, esse corpo que foi pregado na cruz, esse corpo que foi deposto no túmulo, esse corpo que está sentado nos céus. Nosso Senhor queria persuadir os discípulos de que Aquilo que viam era verdadeiramente osso e carne. [...] Porque me quis Ele convencer desta verdade? Porque sabia até que ponto me é benéfico acreditar e quanto tenho a perder se não acreditar. Acreditai, pois vós também: Ele é o Esposo!

Escutemos agora o que se diz a respeito da Esposa [...]: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar de entre os mortos ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em Seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.» Eis a Esposa [...]: A Igreja espalhou-se por toda a terra e tomou no seu seio todos os povos. [...] Os Apóstolos viram a Jesus Cristo e acreditaram na Igreja que não viram. Nós, no entanto vemos a Igreja; acreditemos, portanto em Jesus Cristo que não vemos: ligando-nos assim ao que vemos, chegaremos Àquele que não vemos (Deus).

Segunda-feira, dia 23 de Abril de 2012

Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa


Santo do dia : S. Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997 Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-15.

Naqueles dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Subornaram então uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois, surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus de Nazaré destruiria este lugar e mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto era como o rosto de um Anjo.

Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.

Ainda que os grandes conspirem contra mim,
o teu servo meditará nas tuas leis.
Os teus preceitos são as minhas delícias;
são eles os meus conselheiros.-
Expus-te os meus caminhos e Tu me respondeste;
ensina-me as tuas leis.
Faz-me compreender o caminho dos teus preceitos
para meditar nas tuas maravilhas.-
Afasta-me dos caminhos da mentira;
concede-me a graça da tua lei.
Escolhi o caminho da verdade
e preferi as tuas sentenças.
Evangelho segundo S. João 6,22-29.

Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n'O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco e que Jesus Cristo não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo:
vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães (de graça) e vos saciastes
. Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta:
crer naquele que Ele enviou
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa Diário, § 1323 (Fátima, 2003)

«A obra de Deus é esta: crer n'Aquele que Ele enviou»

Inclino-me, Pão dos Anjos, diante de Vós
Com profunda fé, esperança, caridade
E do fundo da minha alma glorifico-Vos
Embora eu nada seja senão nulidade.-
Inclino-me diante de Vós, Deus ocultado,
E adoro-Vos de todo o meu coração,
Não me impedindo o mistério velado,
Amo-Vos como os do céu, em eleição.-
Inclino-me diante de Vós, Cordeiro divino,
Que os pecados da minha alma tirais,
Em meu coração sois alimento matutino,
Vós que, para a salvação, me ajudais.

Terça-feira, dia 24 de Abril de 2012

Terça-feira da 3ª semana da Páscoa


Santo do dia : S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622, Santa Maria Eufrásia Pelletier, religiosa, fundadora, +1868, S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914 Livro dos Actos dos Apóstolos 7,51-60.8,1a.

Naqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais, assim sois vós também.
Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que predisseram a vinda do Justo a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes
Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.»
Eles então soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado.» Dito isto, adormeceu (faleceu).
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.

Sê para mim uma rocha de refúgio,
uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza;
por amor do teu nome, guia-me e conduz-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho minha confiança:
hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.-
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Como é grande, Senhor, a vossa bondade
que tendes reservada para os que Vos adoram.
Evangelho segundo S. João 6,30-35.

Naquele tempo, disse a multidão a JesusCristo: «Que sinal realizas Tu então para nós vermos e crermos em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto conforme está escrito: Ele deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu,
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.

São Nersès Snorhali (1102-1173), patriarca arménio Jesus Cristo, Filho único do Pai, §§ 150-161

«É Meu Pai que vos dá o verdadeiro pão vindo do céu»

Para os Hebreus, abriste o mar em dois, bem visível (Ex 14);
E para mim, trevas profundas.
Nessa altura, engoliste o Faraó;
Agora o príncipe deste mundo, autor da morte (Jo 12,31; 8,44).-
Para eles, foste uma nuvem protectora durante o dia
E de noite, uma coluna de fogo (cf. Ex 13,21).
Para mim, a luz é o conhecimento do Teu Filho, o Verbo,
E a minha protecção é o Espírito Santo.-
Nesse tempo, deste o maná perecível
E os que o comeram estão mortos;
Hoje, é o Teu corpo celeste
Que dá a vida aos que O comem.-
Eles beberam a água que jorrou do rochedo (Ex 17),
E eu bebi o sangue do Teu lado, meu rochedo (Jo 16,34; Sl 18,3).
Eles viram suspensa a serpente de bronze (Nm 21,9)
E eu vi-Te na cruz, a Ti que és a vida.-
A eles, deste-lhes a lei de Moisés,
Escrita em tábuas de pedra;
E a mim, a sabedoria do Teu Espírito,
O Teu divino Evangelho.-
É por isso que será exigido de mim
Para o bem, muito mais do que será exigido deles. [...]
Mas Tu, que Te tornaste o seu expiador,
Oh meu Senhor, cheio de piedade, Filho único do Pai. [...]-
Não me impeças, como à maior parte deles,
De entrar na Tua Terra Prometida,
Mas com os dois que nela entraram (Dt 1,36; 31,3),
Introduz-me na Tua pátria celeste.

Quarta-feira, dia 25 de Abril de 2012

S. Marcos Evangelista, festa



Caríssimos: Revesti-vos todos de humildade no trato uns com os outros porque «Deus opõe-se aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes.»
Humilhai-vos, pois debaixo da poderosa mão de Deus para que Ele vos exalte no devido tempo.
Confiai-lhe todas as vossas preocupações porque Ele tem cuidado de vós.
Sede sóbrios e vigiai, pois o vosso adversário, o diabo, como um leão a rugir, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que a vossa comunidade de irmãos espalhada pelo mundo suporta os mesmos padecimentos.
Depois de terdes padecido por um pouco de tempo, o Deus que é todo graça e vos chamou em Jesus Cristo à sua eterna glória, há-de restabelecer-vos e consolidar-vos, tornar-vos firmes e fortes.
Para Ele o poder pelos séculos dos séculos. Ámen.
Por Silvano, a quem considero um irmão fiel, escrevo-vos estas breves palavras para vos exortar e para vos assegurar que esta é a verdadeira graça de Deus; perseverai nela!
Manda-vos saudações a comunidade dos eleitos que está em Babilónia e, em particular, Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com um ósculo de irmãos que se amam. Paz a todos vós, que estais em Jesus Cristo.

Livro de Salmos 89(88),2-3.6-7.16-17.

Hei-de cantar para sempre o amor do Senhor;
a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre
e que a tua fidelidade é eterna como o céu.-
Os céus celebram as tuas maravilhas, Senhor,
e a assembleia dos santos, a tua fidelidade.
Quem, nos céus, poderá comparar-se ao Senhor?
Quem, entre as divindades, se lhe poderá igualar?-
Feliz da nação que sabe louvar-te, Senhor,
que sabe caminhar na luz do teu rosto.
Em teu nome rejubila a toda a hora
e se gloria com a tua justiça.
Evangelho segundo S. Marcos 16,15-20.

Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado, será salvo; mas quem não acreditar, será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então o Senhor Jesus Cristo, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra Sermão «A cobardia religiosa»

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

«Fortalecei as mãos débeis, os joelhos enfraquecidos» (Heb 12,12; Is 35,3). [...] Levado por Barnabé e Paulo aquando da sua primeira viagem apostólica, São Marcos abandonou-os muito rapidamente para regressar a Jerusalém (Act 15,38). Ora, depois disto, tornou-se colaborador de São Pedro em Roma (1P 5,13). Foi lá que compôs o seu Evangelho, principalmente a partir do que este apóstolo lhe terá contado. Por último, foi enviado por Pedro a Alexandria, no Egipto, onde fundou uma Igreja que foi uma das mais rigorosas e das mais eficazes desses tempos iniciais. [...] Por conseguinte, aquele que abandonou a causa do Evangelho perante os primeiros perigos revelou-se depois [...] um servo muito determinado e fiel de Deus [...] e o instrumento desta mudança parece ter sido São Pedro que soube admiravelmente fazer renascer este discípulo tímido e cobarde.

Através desta história, é-nos dada uma lição: pela graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte. Por conseguinte, não podemos confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir em frente. [...] A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de uma doçura excepcional [...]: «um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da Terra» (Nm 12,3) [...] A história de Marcos mostra um caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. [...] Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf. Heb 11,34).

Quinta-feira, dia 26 de Abril de 2012

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa



Naqueles dias, o Anjo do Senhor falou a Filipe e disse-lhe: «Põe-te a caminho e dirige-te para o Sul, pela estrada que desce de Jerusalém para Gaza, a qual se encontra deserta.»
Ele pôs-se a caminho e foi para lá. Ora um etíope, eunuco e alto funcionário da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os seus tesouros, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém,
regressava, na mesma altura, sentado no seu carro, a ler o profeta Isaías.
O Espírito disse a Filipe: «Vai e acompanha aquele carro.»
Filipe, acorrendo, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe: «Compreendes verdadeiramente o que estás a ler?»
Respondeu ele: «E como poderei compreender sem alguém que me oriente?» E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele estava a ler era a seguinte: Como ovelha levada ao matadouro e como cordeiro sem voz diante daquele que o tosquia, assim Ele não abre a sua boca.
Na humilhação se consumou o seu julgamento e quem poderá contar a sua geração? Da face da Terra foi tirada a sua vida!
Dirigindo-se a Filipe, o eunuco disse-lhe: «Peço-te que me digas: De quem fala o profeta? De si mesmo ou de outra pessoa?»
Então Filipe tomou a palavra e, partindo desta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Boa-Nova de Jesus Cristo.
Pelo caminho fora, encontraram uma nascente de água e o eunuco disse: «Está ali água! Que me impede de ser baptizado?»
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus
E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o eunuco, e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco não o viu mais, seguindo o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e, partindo dali, foi anunciando a Boa-Nova a todas as cidades até que chegou a Cesareia.

Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.

Bendizei, ó povos, o nosso Deus,
fazei ressoar a voz do seu louvor.
Foi Ele quem salvou a nossa vida
e não permitiu que os nossos pés resvalassem.-
Vinde e ouvi, todos os que adorais a Deus;
vou narrar-vos o que Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha oração
nem me retirou a sua misericórdia.
Evangelho segundo S. João 6,44-51.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia.
Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim.
Não é que alguém tenha visto o Pai a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê, tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram.
Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.
Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne pela vida do mundo.»

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja Caminho de Perfeição, cap. 33-34 (Obras completas, Edições Carmelo, 2000)

«Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá»

Vendo Jesus Cristo a necessidade, buscou um meio admirável por onde nos mostrou o máximo de amor que nos tem e em Seu nome e no de Seus irmãos fez esta petição: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje» (Mt 6,11). [...] Era mister vermos o Seu [amor] para despertarmos e isto não uma vez, mas cada dia; por isso Se deve ter determinado a ficar connosco. […]

Tenho reparado que só nesta petição duplica as palavras porque diz primeiro e pede que Lhe deis este pão de cada dia e torna a dizer: «dai-no-lo hoje, Senhor». Põe-Se diante de Seu Pai como a dizer-Lhe: já que uma vez no-Lo deu para que morresse por nós, já que é «nosso», não no-Lo torne a tirar, mas O deixe servir cada dia até se acabar o mundo. [...] O Ele ser nosso cada dia é porque O possuímos cá na Terra e O possuiremos também no céu, se nos aproveitarmos bem da Sua companhia. [...]

O dizer «hoje» me parece que é para um dia, isto é, enquanto durar o mundo e não mais. E é bem verdade que é um só dia! [...] E assim Lhe diz Seu Filho que, pois não é mais que um dia, Lho deixe passar em servidão e que Sua Majestade já no-Lo deu e enviou ao mundo só por Sua vontade, que Ele quer agora por Sua própria vontade não nos desamparar, mas ficar-Se aqui connosco para maior glória de Seus amigos e pena de Seus inimigos. Que agora novamente não pede mais que «hoje» ao dar-nos este Pão sacratíssimo; Sua Majestade no-Lo deu para sempre, como já disse, este mantimento e maná da humanidade que O achamos como queremos e, a não ser por nossa culpa, não morreremos de fome, pois de todos os modos e maneiras que a alma quiser comer, achará no Santíssimo Sacramento sabor e consolação.

Sexta-feira, dia 27 de Abril de 2012

Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa


Santo do dia : Santa Zita, virgem, +1278, S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597 Livro dos Actos dos Apóstolos 9,1-20.

Naqueles dias, Saulo, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém.
Estava a caminho e já próximo de Damasco quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu.
Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»
Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém.
Saulo ergueu-se do chão, mas embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e assim entrou em Damasco
onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.»
O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso que está a orar neste momento.»
Saulo, entretanto viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém.
E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes para prender todos quantos invocam o teu nome
Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel.
Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.» (depois de quanto ele fez sofrer aqueles que escolheram Jesus.)
Então Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo
Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois levantou-se e recebeu o baptismo.
Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos, em Damasco.
Começou então imediatamente a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

Livro de Salmos 117(116),1.2.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites
e a fidelidade do Senhor é eterna!
Evangelho segundo S. João 6,52-59.

Naquele tempo, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!»
Disse-lhes Jesus Cristo: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia
porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. (assim estabeleceu a Eucaristia e a aliança entre Ele e nós e nós e Ele, Jesus Cristo).
Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai também quem de verdade me come, viverá por mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão, viverá eternamente.»
Isto foi o que Ele disse em Cafarnaúm, ao ensinar na sinagoga.

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionários da Caridade
Jesus, a Palavra, cap. 6

«Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele»

Com que ternura nos fala Jesus Cristo quando Se oferece aos Seus na Sagrada Comunhão: «A Minha carne é uma verdadeira comida e o Meu sangue uma verdadeira bebida. Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele». Que mais poderia dar-me o meu Jesus que o Seu corpo em alimento? Não, Deus não poderia ter feito mais, nem revelar-me maior amor.

A Sagrada Comunhão, como a própria palavra o diz, é a união íntima de Jesus Cristo com a nossa alma e o nosso corpo. Se queremos ter a vida e possuí-la de maneira mais abundante, temos de viver do corpo de Nosso Senhor. Efectivamente, os santos compreenderam-no tão bem que passavam horas em preparação e mais ainda em acção de graças. Quem poderá explicá-lo? «Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus! Como são insondáveis as Suas decisões, exclama Paulo, e impenetráveis os Seus caminhos! Quem conheceu o pensamento do Senhor? (Rm 11,33-34).

Quando acolheis Jesus Cristo no vosso coração após a fracção do Pão Vivo, lembrai-vos do que Nossa Senhora terá sentido, enquanto o Santo Espírito a envolvia na Sua sombra e que Ela, que era cheia de graça, recebeu o corpo de Jesus Cristo (Lc 1,26ss). O Espírito era tão forte nela que de imediato «levantou-se à pressa» (v. 39) para ir servir.

Sábado, dia 28 de Abril de 2012

Sábado da 3ª semana da Páscoa



Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, crescia como um edifício e caminhava no amor do Senhor e, com a assistência do Espírito Santo, ia aumentando.
Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida.
Encontrou lá, estendido num catre, havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.
Pedro disse-lhe: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te! Levanta-te e arranja a enxerga.» E ele ergueu-se imediatamente.
Todos os habitantes de Lida e da planície de Saron viram isso e converteram-se ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma mulher chamada Tabitá, que significa «Gazela.» Era rica em boas obras e nas esmolas que distribuía.
Ora nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala de cima.
Como Lida era perto de Jope e ouvindo os discípulos dizer que Pedro estava lá, mandaram-lhe dois homens com o seguinte pedido: «Vem depressa ter connosco!»
Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, levaram-no à sala de cima e encontrou lá todas as viúvas que choravam e lhe mostravam as túnicas e mantos feitos por Dórcada, enquanto ela estava na sua companhia.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se depois para o corpo, disse: «Tabitá, levanta-te!» Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Tomando-a pela mão, Pedro ajudou-a a erguer-se. Chamando então os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
Toda a cidade de Jope soube deste acontecimento e muitos acreditaram no Senhor.

Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.

Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.-
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o seu povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.-
Senhor, sou teu servo, filho da tua serva;
quebraste as minhas cadeias.
Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor,
invocando, Senhor, o teu nome.
Evangelho segundo S. João 6,60-69.

Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Que palavras insuportáveis! Quem pode entender isto?»
Mas Jesus Cristo, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes?
É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos disse são espírito e são vida.
Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus Cristo sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia de entregar.
E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai
A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele.
Então Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!
Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre o evangelho de Mateus n° 82; PG 58, 743

«As palavras que vos disse são espírito e são vida»

«Tomai e comei, disse Jesus Cristo, isto é o Meu corpo entregue por vós» (cf 1Co 11,24). Porque é que os discípulos não ficaram perturbados quando ouviram estas palavras? Foi porque Jesus Cristo lhes havia já dito muitas coisas sobre este assunto (Jo 6). [...] Tenhamos, nós também, plena confiança em Deus. Não apresentemos objecções, mesmo quando o que Ele diz parece contrário aos nossos raciocínios e ao que vemos. Que a Sua palavra seja dona da nossa razão e mesmo da nossa vista. Assumamos esta atitude perante os mistérios sagrados: não vejamos neles apenas o que é apreendido pelos nossos sentidos, mas tenhamos sobretudo em conta as palavras do Senhor. A Sua palavra nunca nos pode enganar, ao passo que os nossos sentidos nos enganam facilmente; Ela nunca erra, mas eles erram frequentemente. Quando o Verbo diz: «Isto é o Meu corpo», confiemos n'Ele, acreditemos e contemplemo-Lo com os olhos do espírito. […]

Quantas pessoas dizem hoje em dia: «Gostaria de ver Jesus Cristo em pessoa, o Seu rosto, as Suas vestes, as Suas sandálias». Pois bem, na Eucaristia, é Ele que tu vês, que tocas, que recebes! Desejavas ver as Suas vestes e é Ele que Se dá a ti, não apenas para O veres, mas para O tocares, O receberes, O acolheres no teu coração. Que ninguém se aproxime, pois com indiferença ou frouxidão, mas que todos venham a Ele animados de um amor ardente.

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