segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cristianismo 61


=CRISTIANISMO=


«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

Dentro de alguns dias, festejaremos o Pentecostes. No tempo de Jesus Cristo e ainda hoje, os judeus celebram neste dia a entrega das tábuas da Lei a Moisés no Sinai. Foi o cumprimento da promessa feita a Abraão, aliança feita doravante, já não a um homem ou a uma família, mas a um povo escolhido, eleito. Neste mesmo dia, os cristãos celebram a vinda do Espírito Santo, o dom prometido por Jesus Cristo e já anunciado pelo profeta Joel (cf. Jl 3,1), o cumprimento da nova e eterna Aliança, inaugurada pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, o nascimento do novo povo de Deus, a Igreja.

No dia de Pentecostes, em Jerusalém, o Espírito veio como um vento que enchia a sala onde estavam os Apóstolos. Senhor e fonte de vida, ele sopra onde quer, dizia Jesus Cristo a Nicodemos (cf. Jo 3,8). Tornemo-nos disponíveis a esse sopro. Que ele nos transforme e nos conduza na missão que recebemos no dia da Ascensão: «Ide, anunciai a Boa Nova!».

À nossa maneira, a equipa internacional de Evangelho Quotidiano, tem-se esforçado por levar a Palavra de Deus a toda a Terra e neste momento é com grande alegria que informamos os nossos leitores de que, muito em breve, começaremos este serviço também em língua chinesa.

O Santo Padre Bento XVI propôs que o próximo dia 24 fosse, para toda a Igreja, dia de oração pelos cristãos da China. Unamo-nos a esta intenção e rezemos para que o Evangelho seja cada vez mais acolhido nesse imenso país.

E já agora, prezados assinantes, se conhecerem, direta ou indiretamente, chineses e chinesas, na China ou em qualquer parte do mundo, não deixem de lhes falar deste serviço que vai começar. Logo que tenhamos a indicação do respetivo endereço eletrónico, vo-lo transmitiremos.

Com os votos de um santo e frutuoso Pentecostes,

saúda-vos com amizade a equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.

Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.

Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.

Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.

Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.

Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.

Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.

Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 20 de Maio de 2012


Ascensão



No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei as obras e os ensinamentos de Jesus Cristo, desde o princípio
até ao dia em que, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera, foi arrebatado ao Céu.
A eles também apareceu vivo depois da sua paixão e deu-lhes disso numerosas provas com as suas aparições durante quarenta dias e falando-lhes também a respeito do Reino de Deus.
No decurso de uma refeição que partilhava com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem lá o Prometido do Pai, «do qual, disse Ele, me ouvistes falar.
João baptizava em água, mas dentro de pouco tempo, vós sereis baptizados no Espírito Santo.»
Estavam todos reunidos quando lhe perguntaram: «Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?»
Respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade.
Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.»
Dito isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem (o Pai e Deus, invisível, sobre a nuvem) subtraiu-o a seus olhos.
E como estavam com os olhos fixos no céu para onde Jesus Cristo se afastava, surgiram de repente dois homens (celestes) vestidos de branco,
que lhes disseram: «Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus que vos foi arrebatado para o Céu virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o Céu.»

Livro de Salmos 47(46),2-3.6-7.8-9.

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso;
Ele é o grande Rei de toda a Terra.-
Ele submeteu os povos ao nosso poder,
pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança,
a glória de Jacob, seu predilecto.-
Reuniram-se os príncipes dos povos
ao povo do Deus de Abraão,
pois dependem de Deus os potentados da Terra;
Ele está acima de todas as coisas.
Carta aos Efésios 1,17-23.

Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê o Espírito de sabedoria e vo-lo revele para o conhecerdes;
sejam iluminados os olhos do vosso coração para saberdes que esperança nos vem do seu chamamento, que riqueza de glória contém a herança que Ele nos reserva entre os santos
e como é extraordinariamente grande o seu poder para connosco, os crentes, de acordo com a eficácia da sua força poderosa
que eficazmente exerceu em Jesus Cristo: ressuscitou-o dos mortos e sentou-o à sua direita, no alto do Céu
muito acima de todo o Poder, Principado, Autoridade, Potestade e Dominação e de qualquer outro nome que seja nomeado, não só neste mundo, mas também no que há-de vir.
Sim, Ele tudo submeteu a seus pés e deu-o como cabeça que tudo domina à Igreja
que é o seu Corpo, a plenitude daquele que tudo preenche em todos.

Evangelho segundo S. Marcos 16,14-20.

Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze
e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar, será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então o Senhor Jesus Cristo, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja «Lumen gentium», §32 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Pai santo, Tu que a Mim Te deste, guarda-os em Ti para serem um só»

A Santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável. «Assim como num mesmo corpo temos muitos membros e nem todos têm a mesma função assim, sendo muitos, formamos um só corpo em Jesus Cristo, sendo membros uns dos outros» (Rm 12, 4-5).

Um só é, pois o Povo de Deus: «um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo (Ef 4,5); comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Jesus Cristo; comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Nenhuma desigualdade, portanto, em Jesus Cristo e na Igreja por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo porque «não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher: com efeito, em Cristo Jesus, todos vós sois um» (Gl 3,28 gr.; cfr. Cl 3,11).

Portanto, ainda que na Igreja nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são, contudo chamados à santidade e a todos coube a mesma fé pela justiça de Deus (cfr. 2 Pe 1,1). Ainda que, por vontade de Jesus Cristo, alguns sejam constituídos doutores, dispensadores dos mistérios e pastores em favor dos demais reina, porém igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à actuação comum a todos os fiéis em favor da edificação do corpo de Jesus Cristo.

Segunda-feira, dia 21 de Maio de 2012

Segunda-feira da 7ª semana da Páscoa



Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, depois de atravessar as regiões do interior, chegou a Éfeso. Encontrou alguns discípulos
e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?» Responderam: «Mas nós nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo.»
E indagou: «Então que baptismo recebestes?» Responderam eles: «O baptismo de João.»
«João, disse Paulo, ministrou apenas um baptismo de penitência e dizia ao povo que acreditasse naquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus Cristo.»
Quando isto ouviram, baptizaram-se em nome do Senhor Jesus Cristo.
E tendo-lhes Paulo imposto as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar.
Eram ao todo uns doze homens.
Paulo foi, em seguida, à sinagoga onde durante três meses falou desassombradamente e argumentava de forma a persuadir os seus ouvintes sobre o que dizia respeito ao Reino de Deus.

Livro de Salmos 68(67),2-3.4-5ac.6-7ab.

Levanta-se Deus, os seus inimigos dispersam-se
e fogem diante d'Ele os que O odeiam.
Como se dissipa o fumo assim eles se dissipam;

como a cera se derrete ao fogo assim desfalecem os ímpios,
mas os justos alegram-se
e rejubilam diante de Deus,
exultam de alegria.
Louvai a Deus, cantai salmos ao seu nome,

abri caminho àquele que cavalga sobre as nuvens;

o seu nome é SENHOR!
Ele é pai dos órfãos e defensor das viúvas,
o Deus que habita no seu santo templo.
Deus prepara uma casa para os desamparados
e liberta aqueles que estão prisioneiros.
Evangelho segundo S. João 16,29-33.

Disseram-lhe os seus discípulos: «Agora sim, falas claramente e não usas nenhuma comparação.
Agora vemos que sabes tudo e não precisas de que ninguém te faça perguntas. Por isso, cremos que saíste de Deus!»
Disse-lhes Jesus Cristo: «Agora credes?
Eis que vem a hora e já chegou em que sereis dispersos cada um por seu lado e me deixareis só, se bem que Eu não esteja só porque o Pai está comigo.
Anunciei-vos estas coisas para que em mim tenhais a paz. No mundo, tereis tribulações; mas tende confiança: Eu já venci o mundo

Bem-aventurado Tito Brandsma (1881-1942), carmelita holandês, mártir Conferência Paz e amor pela paz de 11/11/1931

«No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!»

Por muito que amemos a paz e todos tenhamos no fundo do coração a esperança de que a nossa acção em seu favor não será inútil, nem vós nem eu podemos escapar à pressão destes tempos. Significa isso que não podemos libertar-nos da dúvida geral de que, segundo as leis da História, alguma coisa possa mudar: de cada vez que uma guerra sucede a outra, é um golpe mortal que a causa da paz recebe. Vivemos ainda demasiado sob a influência daqueles que defendem que recorrer às armas para vencer a guerra é o melhor caminho para alcançar a paz. […]

É no entanto extraordinário verificar que, ao longo dos séculos, têm constantemente surgido heróis e mensageiros de paz. Encontramos estes mensageiros, estes apóstolos de paz, em qualquer tempo e em qualquer lugar e hoje em dia, por sorte que até nem faltam. Mas nenhum desses mensageiros de paz alcançou eco tão duradouro como Aquele a Quem [...] chamamos Príncipe da Paz (Is 9,5). Permitai que vos relembre quem é este Mensageiro. No Domingo de Páscoa, parecia que os Apóstolos haviam perdido toda a esperança, depois da morte de Jesus Cristo na cruz. E quando aos olhos do mundo a missão de Jesus Cristo estava acabada e mais não era do que um fracasso para esquecer, eis que Ele lhes aparece, reunidos no Cenáculo com medo dos seus opositores e, em vez de declarações beligerantes contra os Seus adversários, ouvem-n'O dizer-lhes: «Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz e não é à maneira do mundo que vo-la dou!» (Jo 14,27).

Gostaria de repetir-vos esta palavra, de fazê-la ressoar pelo mundo fora sem sequer me preocupar com quem a ouvirá. Gostaria de repeti-la tantas vezes que, mesmo que [...] não a aceitássemos, acabaríamos por escutá-la até chegarmos a compreendê-la.

Terça-feira, dia 22 de Maio de 2012

Terça-feira da 7ª semana da Páscoa



De Mileto, Paulo mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia, procedi sempre convosco.
Tenho servido o Senhor com toda a humildade e com lágrimas, no meio das provações, que as ciladas dos judeus me acarretaram.
Jamais recuei perante qualquer coisa que vos pudesse ser útil. Preguei e instruí-vos, tanto publicamente como nas vossas casas,
afirmando a judeus e gregos a necessidade de se converterem a Deus e de acreditarem em Nosso Senhor Jesus Cristo.
E agora, obedecendo ao Espírito, vou a Jerusalém, sem saber o que lá me espera;
só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me avisa de que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas a meus olhos, a vida não tem valor algum; basta-me poder concluir a minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus Cristo, dando testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora sei que não vereis mais o meu rosto, todos vós, no meio de quem passei proclamando o Reino.
Por isso, tomo-vos hoje por testemunhas de que estou limpo do sangue de todos,
pois jamais recuei quando era preciso anunciar-vos todos os desígnios de Deus.

Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21.

Fizeste cair, ó Deus, a chuva com abundância; restauraste as forças à tua herança extenuada.
O teu povo ficou restabelecido e Tu, ó Deus, reconfortaste o pobre com a tua bondade.
Bendito seja o Senhor, dia após dia;
Ele cuida de nós; Ele é o Deus da nossa salvação.
Ele é o nosso Deus, é um Deus que salva.
Na verdade, o Senhor Deus é aquele que nos livra da morte.

Evangelho segundo S. João 17,1-11a.

Naquele tempo, Jesus Cristo, levantando os olhos ao céu, exclamou: «Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho de modo que o Filho manifeste a tua glória,
segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste.
Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste.
Eu manifestei a tua glória na Terra, levando a cabo a obra que me deste a realizar.
E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti, aquela glória que Eu tinha junto de ti antes de o mundo existir.
Dei-te a conhecer aos homens que do meio do mundo me deste. Eles eram teus e Tu mos entregaste e têm guardado a tua palavra.
Agora ficaram a saber que tudo quanto me deste, vem de ti,
pois as palavras que me transmitiste Eu lhas tenho transmitido. Eles receberam-nas e reconheceram verdadeiramente que Eu vim de ti e creram que Tu me enviaste.
É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me confiaste porque são teus.
Tudo o que é meu, é teu e o que é teu, é meu e neles se manifesta a minha glória.
Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo e Eu vou para ti. Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti para serem um só como Nós somos!

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermões sobre o Evangelho de João, nos. 104-105

«Pai, glorifica o Teu Filho, a fim de que o Filho Te glorifique»

Há pessoas que pensam que o Filho foi glorificado pelo Pai na medida em que Ele não O poupou, mas O entregou por todos nós (Rom. 8,32). Mas, se Ele foi glorificado na Sua Paixão, quanto mais o não foi na Sua ressurreição! Na Paixão, a Sua humildade aparece mais do que o Seu esplendor. [...] a fim de que «o mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo» (1 Tm 2,5), fosse glorificado na Sua ressurreição, foi humilhado na Sua Paixão. [...] Nenhum cristão duvida: é evidente que o Filho foi glorificado sob a forma de servo, que o Pai ressuscitou e fez sentar à Sua direita (Fil 2,7; Ac 2,34).

Mas o Senhor não diz apenas: «Pai, glorifica o Teu Filho»; acrescenta: «para que o Teu Filho Te glorifique». Pergunta-se e com razão, como é que o Filho glorificou o Pai. [...] Na verdade, a glória do Pai, em si mesma, não pode aumentar nem diminuir. No entanto, era menor entre os homens quando Deus só era conhecido «na Judeia» e «os Seus servos não louvavam o nome do Senhor desde o nascer ao pôr do sol» (Sl 75,2; 112,1-3). Isto foi consequência do Evangelho de Jesus Cristo que deu a conhecer às nações o Pai através do Filho: e foi assim que o Filho glorificou o Pai.

Se o Filho tivesse apenas morrido e não tivesse ressuscitado, não teria sido glorificado pelo Pai nem o Pai por Ele. Agora glorificado pelo Pai na Sua ressurreição, glorifica o Pai pela pregação da Sua ressurreição. Isto vê-se na própria ordem das palavras: «Pai, glorifica o Teu Filho para que o Teu Filho Te glorifique», como se dissesse: «Ressuscita-Me para que, por Mim, sejas conhecido em todo o universo». [...] Nesta vida, Deus é glorificado quando a pregação O dá a conhecer aos homens (e mulheres) e é pregado pela fé dos que crêem n'Ele.

Quarta-feira, dia 23 de Maio de 2012

Quarta-feira da 7ª semana da Páscoa



Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho de que o Espírito Santo vos constituiu administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o seu próprio sangue.
Sei que, depois de eu partir, se hão-de introduzir entre vós lobos temíveis que não pouparão o rebanho
e que, mesmo no meio de vós, se hão-de erguer homens de palavras perversas para arrastarem discípulos atrás de si.
Estai, pois vigilantes e recordai-vos de que, durante três anos, de noite e de dia, não cessei (Paulo) de exortar, com lágrimas, cada um de vós.
E agora, confio-vos a Deus e à palavra da sua graça que tem o poder de construir o edifício e de vos conceder parte na herança com todos os santificados.
Jamais cobicei prata, nem ouro, nem o vestuário de alguém.
E bem sabeis que foram estas mãos que proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros.
Em tudo vos demonstrei que deveis trabalhar assim para socorrerdes os fracos, recordando-vos das palavras que o próprio Senhor Jesus Cristo disse: ‘A felicidade está mais em dar do que em receber.’»
Depois destas palavras, ajoelhou-se com todos eles e orou.
Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo
consternados, sobretudo com as palavras que lhes dissera: que não veriam mais o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no ao barco.

Livro de Salmos 68(67),29-30.33-35a.35b-36c.

Ó Deus, mostra o teu poder, aquele poder com que intervieste em nosso favor.
No teu santuário, em Jerusalém, os reis virão oferecer-te presentes.
Louvai a Deus, reinos da Terra, cantai hinos ao Senhor!
Ele avança pelos céus eternos e faz ouvir a sua voz que é poderosa.
Reconhecei o poder de Deus! A sua majestade resplandece sobre Israel; o seu poder alcança a vastidão das nuvens.
Deus é poderoso no seu santuário, o Deus de Israel dá força e poder ao seu povo. Bendito seja Deus!

Evangelho segundo S. João 17,11b-19.

Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao céu e orou deste modo: Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para serem um só como Nós somos!
Enquanto estava com eles, Eu guardava-os em ti, em ti que a mim te deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu a não ser o homem da perdição, cumprindo-se desse modo a Escritura.
Mas agora vou para ti e ainda no mundo, digo isto para que eles tenham em si a plenitude da minha alegria.
Entreguei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os porque eles não são do mundo como também Eu não sou do mundo.
Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Maligno.
De facto, eles não são do mundo como também Eu não sou do mundo.
Faz que eles sejam teus inteiramente por meio da Verdade; a Verdade é a tua palavra.
Assim como Tu me enviaste ao mundo também Eu os enviei ao mundo
e por eles totalmente me entrego para que também eles fiquem a ser teus inteiramente por meio da Verdade.

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja «Lumen gentium», § 32

«Que eles sejam um»

A distinção que o Senhor estabeleceu entre os ministros sagrados e o restante Povo de Deus contribui para a união, já que os pastores e os demais fiéis estão ligados uns aos outros por uma vinculação comum: os pastores da Igreja, imitando o exemplo do Senhor, prestem serviço uns aos outros e aos fiéis e estes dêem alegremente a sua colaboração aos pastores e mestres. Deste modo, todos testemunham na variedade, a admirável unidade do Corpo místico de Jesus Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e actividades consagra em unidade os filhos de Deus porque «um só e o mesmo é o Espírito que opera todas estas coisas» (1 Cor. 12,11).

Os leigos, portanto do mesmo modo que, por divina condescendência, têm por Senhor a Jesus Cristo, o Qual, apesar de ser Senhor de todos, não veio para ser servido, mas para servir (Cf. Mt. 20,28)e têm por irmãos aqueles que, uma vez estabelecidos no sagrado ministério, apascentam a família de Deus ensinando, santificando e governando com a autoridade de Jesus Cristo, de modo que o mandamento da caridade seja por todos observado. A este respeito diz belissimamente Santo Agostinho: «Aterra-me o ser para vós, mas consola-me o estar convosco. Sou para vós como bispo; estou convosco como cristão. Nome de ofício, o primeiro; de graça, o segundo; aquele, de risco; este, de salvação».

Quinta-feira, dia 24 de Maio de 2012

Quinta-feira da 7ª semana da Páscoa


Santo do dia : Santa Joana Antida Thouret, virgem, +1826 Livro dos Actos dos Apóstolos 22,30.23,6-11.

Naqueles dias, querendo o tribuno averiguar com imparcialidade as acusações dos judeus contra Paulo, fê-lo desalgemar, convocou os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio e mandou buscar Paulo, fazendo-o comparecer diante deles.
Sabendo que havia dois partidos no Sinédrio, o dos saduceus e o dos fariseus, Paulo bradou diante deles: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus e é pela nossa esperança, a ressurreição dos mortos, que estou a ser julgado.»
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se
porque os saduceus negam a ressurreição assim como a existência dos anjos e dos espíritos, enquanto os fariseus ensinam publicamente o contrário.
Estabeleceu-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nada de mau neste homem. E se um espírito lhe tivesse falado ou mesmo um anjo?»
A discussão redobrou de violência a tal ponto que o tribuno, receando que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a tropa para o arrancar das mãos deles e reconduzi-lo à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor (Jesus Cristo) apresentou-se diante dele (Paulo) e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém assim é necessário que o dês também em Roma.»

Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.

Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, minha herança e meu cálice,
a minha sorte está nas tuas mãos.-
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
Tenho sempre o Senhor diante dos meus olhos;
com Ele a meu lado, jamais vacilarei.-
Por isso, o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e o meu corpo repousará em segurança.
Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos,
nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.-
Hás-de ensinar-me o caminho da vida,
saciar-me de alegria na tua presença
e de delícias eternas, à tua direita.
Evangelho segundo S. João 17,20-26.

Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: Pai santo, não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim por meio da sua palavra
para que todos sejam um só como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu me deste de modo que sejam um como Nós somos Um.
Eu neles e Tu em mim para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim.
Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste para que contemplem a minha glória, a glória que me deste por me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.»

Papa Bento XVI Discurso de 30/06/2005 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Para que, assim, eles estejam em Nós e o mundo creia»

[Nas relações entre católicos e ortodoxos] a investigação teológica que tem de se confrontar com questões complexas e de encontrar soluções não limitadas, é um compromisso sério, do qual não nos podemos eximir. Se é verdade que o Senhor chama vigorosamente os Seus discípulos a construir a unidade na caridade e na verdade; se é verdade que o apelo ecuménico constitui um convite urgente a reconstruir, na reconciliação e na paz, a unidade entre todos os cristãos gravemente prejudicada; se é verdade que não podemos ignorar o facto de que a divisão torna menos eficaz a sacrossanta causa da pregação do Evangelho a todas as criaturas (cf. Mc 16,15), como nos podemos subtrair à tarefa de examinar com clareza e boa vontade as nossas diferenças, enfrentando-as com a íntima convicção que elas devem ser resolvidas?

A unidade que buscamos não é absorção nem fusão, mas respeito pela plenitude multiforme da Igreja que, em conformidade com a vontade do seu Fundador, Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica. Este apelo encontrou a plena ressonância na intangível profissão de fé de todos os cristãos, o Símbolo elaborado pelos Padres dos concílios ecuménicos de Niceia e de Constantinopla.

O Concílio Vaticano II reconheceu com lucidez o tesouro que o Oriente possui e do qual o Ocidente «auriu muitas coisas»; [...] exortou a não esquecer os sofrimentos que o Oriente padeceu para conservar a sua fé; [...] encorajou a considerar o Oriente e o Ocidente como elementos que, em conjunto, compõem o rosto esplendoroso do Pantocrátor, cuja mão abençoa toda a Oikoumene. O Concílio foi ainda mais além, afirmando: «Não é, pois de admirar que alguns aspectos do mistério revelado sejam concebidos de modo mais apto e postos sob melhor luz por uns do que por outros de maneira que se pode dizer que essas fórmulas teológicas muito mais se completam do que se opõem» (Unitatis redintegratio, 17).

Sexta-feira, dia 25 de Maio de 2012

Sexta-feira da 7ª semana da Páscoa



Alguns dias mais tarde, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos a Festo.
Como se demorassem vários dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Está aqui um homem que Félix deixou preso
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de homem algum antes de o acusado ter os acusadores na sua frente e dispor da possibilidade de se defender da acusação.
Vieram, pois comigo e sem mais demoras, sentei-me no dia seguinte no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos em frente dele, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes que eu pudesse suspeitar;
só tinham com ele discussões acerca da sua religião e de um certo Jesus, que morreu e Paulo afirma estar vivo.
Quanto a mim, embaraçado perante um debate deste género, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém a fim de lá ser julgado sobre o assunto.
Mas Paulo apelou para que a sua causa fosse reservada à decisão de Augusto e eu ordenei que o mantivessem preso até o enviar a César.»

Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.-
Como é grande a distância dos céus à Terra
assim são grandes os seus favores para os que o adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.-
SENHOR estabeleceu nos céus o seu trono

e o seu reino estende-se a tudo o que existe.
Bendizei o SENHOR, todos os seus anjos,

poderosos mensageiros que cumpris as suas ordens

sempre dóceis à sua Palavra.

Evangelho segundo S. João 21,15-19.

Quando Jesus Cristo se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de terem comido, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas
E perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus Cristo lhe ter perguntado à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» e Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres (prisão).»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»

Bem-Aventurado João Paulo II
Encíclica «Ut unum sint» §§ 90-93 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Apascenta as Minhas ovelhas»

O Bispo de Roma é o Bispo da Igreja que conserva o testemunho do martírio de Pedro e de Paulo. [...] O Evangelho de Mateus traça e especifica a missão pastoral de Pedro na Igreja. [...] «Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja» (16,18). Lucas põe em evidência que Jesus Cristo recomenda a Pedro que confirme os irmãos, mas ao mesmo tempo dá-lhe a conhecer a sua fraqueza humana e a sua necessidade de conversão (22,32). É como se, sobre o horizonte da fraqueza humana de Pedro, se manifestasse plenamente que o seu particular ministério na Igreja provém totalmente da graça. […]

Logo a seguir à sua investidura, Pedro é repreendido com rara severidade por Jesus Cristo que lhe diz: «Tu és para Mim um estorvo» (Mt 16, 23). Como não ver, na misericórdia de que Pedro tem necessidade, uma relação com o ministério daquela misericórdia que ele foi o primeiro a experimentar? [...] Também o Evangelho de João sublinha que Pedro recebe o encargo de apascentar o rebanho com uma tríplice profissão de amor que corresponde à sua tríplice negação. [...] Quanto a Paulo, conclui a descrição do seu ministério com a surpreendente afirmação que lhe foi concedido ouvir dos lábios do Senhor: «Basta-te a Minha graça porque é na fraqueza que a Minha força se revela totalmente», podendo em seguida exclamar: «Quando me sinto fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 9-10). […]

Herdeiro da missão de Pedro [...], o Bispo de Roma exerce um ministério que tem a sua origem na misericórdia multiforme de Deus, a qual converte os corações e infunde a força da graça onde o discípulo sente o sabor amargo da sua fraqueza e miséria. A autoridade própria deste ministério está posta totalmente ao serviço do desígnio misericordioso de Deus e há-de ser vista sempre nesta perspectiva. É nela que se explica o seu poder. Ligado como está à tríplice profissão de amor de Pedro que corresponde à tríplice negação, o seu sucessor sabe que deve ser sinal de misericórdia. O seu ministério é um ministério de misericórdia, nascido de um acto de misericórdia de Jesus Cristo. Toda esta lição do Evangelho deve ser constantemente relida para que o exercício do ministério petrino nada perca da sua autenticidade e transparência.

Sábado, dia 26 de Maio de 2012

Sábado da 7ª semana da Páscoa


Santo do dia : S. Filipe Néri, presbítero,fundador, +1595 Livro dos Actos dos Apóstolos 28,16-20.30-31.

Quando entrámos em Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio com o soldado que o guardava.
Três dias depois, convocou os principais dos judeus e, quando estavam todos reunidos, disse-lhes: «Irmãos, embora nada tenha feito contra o povo ou contra os costumes paternos, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos.
Estes, depois de me terem interrogado, queriam libertar-me por não haver em mim crime algum digno de morte.
Mas como os judeus se opuseram, fui constrangido a apelar para César sem querer, de modo algum, acusar o meu povo.
Foi por este motivo que pedi para vos ver e falar, pois é por causa da esperança de Israel que trago estas cadeias.»
Paulo permaneceu dois anos inteiros no alojamento que alugara onde recebia todos os que iam procurá-lo,
anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo com o maior desassombro e sem impedimento.

Livro de Salmos 11(10),4.5.7.

O Senhor habita no seu santuário;
o Senhor tem nos céus o seu trono;
os seus olhos contemplam o mundo
e as suas pupilas observam os homens.-
O Senhor perscruta o justo e o ímpio,
mas odeia os que amam a violência.
O Senhor é justo e ama a justiça;
os homens honestos viverão na Sua presença.
Evangelho segundo S. João 21,20-25.

Naquele tempo, Pedro voltou-se e viu que o seguia o discípulo (S. João Evangelista) que Jesus Cristo amava, o mesmo que na ceia se tinha apoiado sobre o seu peito e lhe tinha perguntado: 'Senhor, quem é que te vai entregar?'
Ao vê-lo, Pedro perguntou a Jesus Cristo: «Senhor, e que vai ser deste (S. João)?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «E se Eu quiser que ele fique (o seu corpo celeste não morra) até Eu voltar, que tens tu com isso? Tu, segue-me!»
Foi assim que, entre os irmãos, correu este rumor de que aquele discípulo não morreria. Jesus Cristo, porém não disse que ele não havia de morrer, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até Eu voltar, que tens tu com isso?»
Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu e nós sabemos bem que o seu testemunho é verdadeiro.
Há ainda muitas outras coisas que Jesus Cristo fez. Se elas fossem escritas, uma por uma, penso que o mundo não teria espaço para os livros que se deveriam escrever.

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cistercense A amizade espiritual, III, 115ss.

Pedro e João: a unidade na diversidade

Algumas pessoas a quem não é concedida uma promoção deduzem daí que não são amadas; se não são envolvidas nos negócios e nas actividades, lastimam-se por terem sido postas de lado. E isto é, sabemo-lo bem, uma fonte de grave desentendimento entre pessoas que passavam por amigas; no cúmulo da indignação, estas pessoas chegam a separar-se e a maldizer-se. […]

Que ninguém diga que foi posto de lado porque não lhe foi atribuída uma promoção. A este respeito, o Senhor Jesus Cristo preferiu Pedro a João; no entanto, não foi por conferir a primazia a Pedro que retirou a sua afeição a João. Confiou a Sua Igreja a Pedro; a João entregou a Sua Mãe muito amada (Jo 19,27). Deu a Pedro as chaves do Seu reino (Mt 16,19); a João mostrou os segredos do Seu coração (Jo 13,25). Por conseguinte, Pedro ocupa um posto elevado, mas o lugar de João é mais seguro. Embora tivesse recebido o poder quando Jesus Cristo disse: «um de vós há-de entregar-me» (Jo 13,21), Pedro treme e assusta-se como os outros; João, instigado por Pedro e encorajado pela sua proximidade ao Senhor, interroga-O para saber de quem fala. Pedro entrega-se à acção; João é posto à parte para testemunhar a sua afeição de acordo com a Palavra: «Quero que fique até Eu voltar». Ele deu-nos o exemplo para que também nós façamos o mesmo.


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