sábado, 9 de junho de 2012

Cristianismo 62


=CRISTIANISMO=


«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

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A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Domingo, dia 27 de Maio de 2012

SOLENIDADE DE PENTECOSTES - Ano B


Festa da Igreja : Domingo de Pentecostes (semana I do saltério)
Santo do dia :
Santo Agostinho de Cantuária, bispo, +605 Livro dos Actos dos Apóstolos 2,1-11.

Quando chegou o dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar.
De repente, ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento que encheu toda a casa onde eles se encontravam.
Viram então aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem.
Ora residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam: «Mas esses que estão a falar não são todos galileus?
Que se passa então para que cada um de nós os oiça falar na nossa língua materna? (trata-se da comunicação de Deus. Não se trata dos apóstolos falarem a língua de cada um deles; mas sim de cada um dos presentes entender o que os apóstolos diziam, falando na sua língua natal. É a graça de Deus que os abrangeu a todos e todos passaram a compreender-se.)
Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia,
da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma,
judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus!»

Livro de Salmos 104(103),1ab.24ac.29bc-30.31.34.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor!
Senhor, meu Deus, como Tu és grande!
Senhor, como são grandes as tuas obras!
A Terra está cheia das tuas criaturas!
Se lhes tiras o alento, morrem
e voltam ao pó donde saíram.
Se lhes envias o teu espírito, voltam à vida.
E assim renovas a face da Terra.-
Glória ao Senhor por toda a eternidade!
Que o Senhor se alegre em suas obras!
Que o meu cântico lhe seja agradável,
pois no Senhor encontro a minha alegria.
Carta aos Gálatas 5,16-25.

Irmãos: Caminhai no Espírito e não realizareis os apetites carnais.
Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis.
Ora se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei.
Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicação, impureza, devassidão,
idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos,
invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
Por seu lado, é este o fruto do Espírito:
amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, autodomínio
. Contra tais coisas não há lei.
Mas os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos.
Se vivemos no Espírito, sigamos também o Espírito.

Evangelho segundo S. João 15,26-27.16,12-15.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor.
E vós também haveis de dar testemunho porque estais comigo desde o princípio.»
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora.
Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.
Ele há-de manifestar a minha glória porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem, é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»

Santo Ireneu de Lião (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir Contra as heresias, livro III, 17, 2

«Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco»

Depois de o Senhor ter dado aos Seus discípulos o poder de fazer renascer os homens (e mulheres) para Deus (Jo 3,3 ss.), disse-lhes: «Ide, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28,19). Com efeito, Deus havia prometido pelos Profetas que nos últimos tempos derramaria o Seu Espírito sobre os Seus servos e servas para que recebessem o dom da profecia (Jl 3,1). [...] Assim fez Nosso Senhor com a Samaritana, a quem prometeu dar «água viva» para que nunca mais tivesse sede nem se visse obrigada a tirar com esforço água do poço, mas que nela se tornasse «fonte de água que dá a vida eterna» (Jo 4,10-14). Trata-se da mesma água que o próprio Senhor recebeu de Deus e que, por seu turno, o Senhor dá a todos os que permanecerem n'Ele, ao enviar-lhes o Espírito Santo sobre a Terra inteira. […]

Gedeão havia profetizado que por sobre toda a Terra se espalharia o orvalho, ou seja, o Espírito de Deus (Jz 6,39). Foi precisamente este Espírito que desceu sobre o Senhor como «Espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de piedade, Espírito de amor de Deus» (Is 11,2) e que, por sua vez, o Senhor deu à Igreja, ao enviar do alto dos Céus o Paráclito sobre toda a Terra, de onde também Satanás fora precipitado como o relâmpago, segundo a palavra do Senhor (Lc 10,18). É por isso que nos é necessário esse orvalho de Deus para que não sejamos tornados estéreis nem consumidos pelo fogo e para que tenhamos também um Advogado onde temos um Acusador (Ap 12,10).

Com efeito, o Senhor encomendou ao Espírito Santo o cuidado da Sua criatura, daquela humanidade que caíra nas mãos dos ladrões e a quem Ele, cheio de compaixão, vendou as feridas, entregando dois denários reais (Lc 10, 30 ss.) para que nós, recebendo pelo Espírito a «efígie e a inscrição» (Lc 20,23) do Pai e do Filho, façamos frutificar esse denário que nos foi confiado e o restituamos com bons rendimentos ao Senhor (Mt 25,14 ss.)

Segunda-feira, dia 28 de Maio de 2012

Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645, São Germano, bispo de Paris, +576 1ª Carta de S. Pedro 1,3-9.

Bendito seja Deus, Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma esperança viva,
para uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no Céu para vós,
a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a salvação que está pronta para se manifestar no momento final.
É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações;
deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo.
Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante,
alcançando assim a meta da vossa fé: a vossa salvação.

Livro de Salmos 111(110),1-2.5-6.9.10c.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.-
Dá sustento aos que o adoram
e jamais se esquece da sua aliança.
Revelou ao seu povo o poder das suas obras,
dando-lhe a herança das nações.-
Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança para sempre;
Santo e venerável é o seu nome.
O seu louvor permanece eternamente.
Evangelho segundo S. Marcos 10,17-27.

Naquele tempo, ia Jesus Cristo pôr-se a caminho, quando um homem correu para Ele e se ajoelhou, perguntando: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?»
Jesus Cristo disse: «Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus.
Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe
Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso desde a minha juventude.» (Ele já estava no caminho da Vida Eterna.)
Jesus Cristo, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» (poderia entrar no caminho da santidade; anulação da pessoa e glorificação do espírito)
Mas ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens.
Olhando em volta, Jesus Cristo disse aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas!»
Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus Cristo prosseguiu: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.»
Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?»
Fitando neles o olhar, Jesus Cristo disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilia 63 sobre São Mateus; PG 58, 603ss.

«Que devo fazer para alcançar a vida eterna?»

Não foi um ardor medíocre que o jovem revelou; estava como que apaixonado. Enquanto outros se aproximavam de Jesus Cristo para O pôr à prova ou para Lhe falar das suas doenças, das dos seus pais ou ainda de outras pessoas, ele aproxima-se de Jesus Cristo para conversar sobre a vida eterna. O terreno era rico e fértil, mas estava cheio de espinhos prontos para sufocar as sementes (Mt 13,7). Reparai como o jovem estava disposto a obedecer aos mandamentos: «Que devo fazer para alcançar a vida eterna?» [...] Nunca nenhum fariseu manifestou tais sentimentos; pelo contrário estavam furiosos por terem sido reduzidos ao silêncio. O nosso jovem, porém partiu de olhos baixos de tristeza, sinal inegável de que não tinha vindo com más intenções. Simplesmente, era demasiado fraco; tinha o desejo da Vida, mas deteve-o uma paixão muito difícil de superar. […]

«'Falta-te apenas uma coisa, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois vem e segue-Me.' [...] Ao ouvir tais palavras, [...] retirou-se pesaroso». O Evangelista mostra qual é a causa desta tristeza: é que «tinha muitos bens». Os que têm pouco e os que vivem mergulhados na abundância não possuem os seus bens da mesma maneira. Nos últimos, a avareza pode ser uma paixão violenta, tirânica; qualquer nova posse acende neles uma chama mais viva e os que são atingidos por ela ficam mais pobres do que antes. Têm mais desejos e, no entanto, sentem com mais força a sua pretensa indigência. Em todo o caso, reparai como aqui a paixão mostrou a sua força: [...] «Como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.» Jesus Cristo não condena as riquezas, mas condena aqueles que as possuem.

Terça-feira, dia 29 de Maio de 2012

Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum



Caríssimos: A salvação foi objecto das buscas e averiguações dos profetas que predisseram a graça que vos estava destinada.
Eles investigavam a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de Jesus Cristo que neles morava e que profetizava os padecimentos reservados a Jesus Cristo e a glória que se lhes seguiria.
Foi-lhes revelado – não para seu proveito, mas para vosso – que eles estavam ao serviço destas realidades que agora vos foram anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho, em virtude do Espírito Santo enviado do Céu; as mesmas que os Anjos avidamente contemplam.
Por isso, de ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus Cristo.
Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância;
mas assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder,
conforme diz a Escritura: Sede santos porque Eu sou santo.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3c-4.

Cantai ao Senhor um cântico novo
porque Ele fez maravilhas!
A sua mão direita e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.-
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.-
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo S. Marcos 10,28-31.

Naquele tempo, Pedro começou a dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.»
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho,
receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas e irmãos e irmãs e mães e filhos e campos juntamente com perseguições e, no tempo futuro, a vida eterna.
Muitos dos que são primeiros (dos tempos) serão últimos (no universo do Bem) e muitos dos que são últimos (dos tempos) serão primeiros (no universo do Bem, da vida eterna).» (porque tudo está num processo de evolução e os últimos, porque já aprenderam com a experiência dos anteriores, estão mais preparados, mais aperfeiçoados para a vida eterna.)

São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e doutor da Igreja Introdução à vida devota, terceira parte, cap. 15

«Receberá cem vezes mais agora»

As coisas que possuímos não são nossas. Deus deu-no-las para que as cultivemos e quer que as tornemos frutuosas e úteis. [...] Prescindi sempre, portanto de uma parte dos vossos meios e dai-a aos pobres de bom coração. [...] É verdade que Deus vo-lo devolverá, não só no outro mundo, mas também já neste porque não há coisa que mais nos faça prosperar do que a esmola; mas, enquanto esperais que Deus vo-lo torne, estareis já mais pobres daquilo que destes e como é santo e rico o empobrecimento que advém de se ter dado esmola!

Amai os pobres e a pobreza porque por este amor tornar-vos-eis verdadeiramente pobres, tal como está dito nas Escrituras: tornamo-nos naquilo que amamos (cf. Os 9,10). O amor torna os amantes iguais: «Quem é fraco, sem que eu o seja também?», diz São Paulo (2 Co 11,29). Poderia ter dito: «Quem é pobre sem que eu o seja também?» porque o amor tornava-o igual a quem amava. Portanto, se amais os pobres, sereis verdadeiramente participantes da sua pobreza e pobres como eles. Assim, se amais os pobres, ide com frequência para o meio deles: tende prazer em os receber em vossas casas e em visitá-los; conversai voluntariamente com eles, ficai felizes por eles se aproximarem de vós na igreja, na rua ou em qualquer outro local. Sede pobres de língua para com eles, falando-lhes como amigo, mas sede ricos de mãos, largamente lhes dando dos vossos bens, pois vós os tendes em muito maior abundância.

Quereis fazer mais ainda? Tornai-vos servos dos pobres; ide servi-los [...] com as vossas próprias mãos [...] e a expensas vossas. Maior triunfo há neste serviço do que o que há na realeza.

Quarta-feira, dia 30 de Maio de 2012

Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum



Caríssimos: sabendo que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver herdada dos vossos pais, não a preço de bens corruptíveis, prata ou ouro,
mas pelo sangue precioso de Jesus Cristo, qual cordeiro sem defeito nem mancha,
predestinado já antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por causa de vós;
vós, que por meio dele tendes a fé em Deus que o ressuscitou dos mortos e o glorificou a fim de que a vossa fé e a vossa esperança estejam postas em Deus.
Já que purificastes as vossas almas pela obediência à verdade que leva a um sincero amor fraterno, amai-vos intensamente uns aos outros do fundo do coração,
como quem nasceu de novo, não de uma semente corruptível, mas de um germe incorruptível, a saber, por meio da palavra de Deus, viva e perene.
De facto, todo o mortal é como a erva e toda a sua glória como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a flor,
mas a palavra do Senhor permanece para sempre. Esta é a palavra que vos foi anunciada como boa-nova.

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.

Glorifica, Jerusalém, o Senhor;
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.-
Ele estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor do trigo.
Ele manda as suas ordens à Terra
e a sua palavra corre velozmente.-
Ele revela os seus planos a Jacob,
os seus preceitos e as suas sentenças a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
não lhes deu a conhecer os seus mandamentos.
Evangelho segundo S. Marcos 10,32-45.

Naquele tempo, Jesus Cristo e os discípulos iam a caminho, subindo para Jerusalém e Jesus Cristo seguia à frente deles. Os discipulos estavam preocupados e aqueles que os seguiam estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer:
«Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei e eles vão condená-lo à morte e entregá-lo aos gentios.
E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas três dias depois, ressuscitará.»
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.»
Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?»
Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.»
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?»
Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus Cristo disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.»
Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas e como os grandes exercem o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo (a democracia: o poder da população e o serviço de quem as governa por representação.)
e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos,
pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilia contra o anomeanismo

«O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida»

Ao cobiçar os primeiros lugares, os mais altos cargos e as honras mais elevadas, os dois irmãos, Tiago e João, queriam, na minha opinião, ter autoridade sobre os outros. É por isso que Jesus Cristo Se opõe à pretensão deles e põe a nu os seus pensamentos secretos dizendo-lhes: «Quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos.» Por outras palavras: «Se ambicionais o primeiro lugar e as maiores honras, procurai o último lugar, aplicai-vos a tornar-vos os mais simples, os mais humildes e os mais pequenos de todos. Colocai-vos atrás dos outros. Tal é a virtude que vos trará a honra a que aspirais. Tendes junto a vós um exemplo notável: «Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Eis como obtereis glória e celebridade. Olhai para Mim: Eu não procuro honras nem glória e, no entanto, o bem que faço, é infinito.»

Bem sabemos que, antes da Incarnação de Jesus Cristo e da Sua vinda a este mundo, tudo estava perdido e corrompido; mas, depois de Ele Se ter humilhado, tudo restabeleceu. Aboliu a maldição, destruiu a morte, abriu o paraíso, acabou com o pecado, escancarou as portas do céu para levar para lá as primícias da nossa humanidade. Propagou a fé em todo o mundo. Expulsou o erro e restabeleceu a verdade. Fez subir a um trono real as primícias da nossa natureza. Jesus Cristo é o autor de bens infinitamente numerosos que nem a minha palavra nem nenhuma palavra humana poderiam descrever. Antes da Sua vinda a este mundo só os anjos O conheciam; mas, depois de Ele Se ter humilhado, toda a raça humana O reconheceu.

Quinta-feira, dia 31 de Maio de 2012

Visitação de Nossa Senhora - festa


Festa da Igreja : Visitação de Nossa Senhora
Santo do dia :
São Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240 Livro de Sofonias 3,14-18a.

Rejubila, filha de Sião, solta gritos de alegria, povo de Israel! Alegra-te e exulta com todo o coração, filha de Jerusalém!
O Senhor revogou as sentenças contra ti e afastou o teu inimigo. O Senhor, rei de Israel, está no meio de ti. Não temerás mais a desgraça.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião! Não se enfraqueçam as tuas mãos!
O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa, pelo seu amor te renovará. Ele dança e grita de alegria por tua causa
como nos dias de festa.» Afastarei de ti a desgraça para que não pese sobre ti o opróbrio.

Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.

Este é o Deus da minha salvação;
estou confiante e nada temo
porque a minha força e o meu canto de vitória é o Senhor;
Ele foi a minha salvação.»-
Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Louvai o Senhor, invocai o seu nome,
anunciai as suas obras entre os povos;
proclamai que o seu nome é excelso.-
Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas;
anunciai-as em toda a Terra.
Exultai de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de ti o Santo de Israel.»
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino (S. João Baptista) saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor
Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva.
De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas.
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia.
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre.»
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara Considerações sobre as festas do ano

«Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa»

Maria, minha mãe, hoje é, ao mesmo tempo, uma festa vossa e uma das festas de Jesus Cristo: tal como a Purificação que é sobretudo a Apresentação de Jesus Cristo, também a Visitação é uma das vossas festas tão doces mas é, acima de tudo, uma festa de Nosso Senhor, pois é Ele que age em vós e através de vós. A Visitação é «o amor de Jesus Cristo [que] nos urge» (2Co 5,14), é Jesus Cristo que, mal entrou em vós, teve sede de fazer outros santos e outras pessoas felizes. Pela Anunciação, Ele manifestou-Se e deu-Se a vós, santificou-vos maravilhosamente. Mas isso não Lhe bastou: no Seu amor pelos homens (e mulheres) quis, de imediato, manifestar-Se e dar-Se através de vós aos outros homens, quis santificar outros homens e fez com que o transportásseis a casa de São João Baptista. […]

O que a Virgem santa vai fazer na Visitação não é uma visita à sua prima para se consolarem e se edificarem mutuamente pela narrativa das maravilhas que Deus fez nelas; menos ainda é uma visita de caridade material para a ajudar nos últimos meses da gravidez e no parto. É muito mais do que isso: ela vai santificar São João, anunciar-lhe a Boa Nova [...], não através de palavras suas, mas levando-lhe o silêncio de Jesus Cristo. […]

Assim fazem as religiosas e os religiosos votados à contemplação nos países de missão. [...] Ó minha Mãe, fazei com que sejamos fiéis à nossa missão, à nossa missão tão bela. Que levemos fielmente até junto dessas pobres almas mergulhadas «na sombra da morte» (Lc 1,79), o divino Jesus Cristo.

Sexta-feira, dia 01 de Junho de 2012

Sexta-feira da 8ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Justino, mártir, +167 1ª Carta de S. Pedro 4,7-13.

Caríssimos: O fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto sensatos e sóbrios para vos poderdes dedicar à oração.
Acima de tudo, mantende entre vós uma intensa caridade porque o amor cobre a multidão dos pecados.
Exercei a hospitalidade uns com os outros, sem queixas.
Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu.
Se alguém tomar a palavra, que seja para transmitir palavras de Deus; se alguém exerce um ministério, faça-o com a força que Deus lhe concede para que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A Ele a glória e o poder por todos os séculos dos séculos. Ámen.
Caríssimos, não estranheis a fogueira que se ateou no meio de vós para vos pôr à prova como se vos acontecesse alguma coisa estranha.
Pelo contrário, alegrai-vos, pois assim como participais dos padecimentos de Jesus Cristo assim também rejubilareis de alegria na altura da revelação da sua glória.

Livro de Salmos 96(95),10.11-12.13.

Dizei entre as nações:«O Senhor é Rei.»
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra!
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem-se os campos e todos os seus frutos,
exultem de alegria todas as árvores dos bosques.-
Na presença do Senhor que se aproxima
e vem para governar a Terra!
Ele governará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
Evangelho segundo S. Marcos 11,11-26.

Naquele tempo, Jesus Cristo, depois de ser aclamado pela multidão, entrou em Jerusalém e foi ao templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.
Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus Cristo sentiu fome.
Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos.
Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.
Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus Cristo começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas
e não permitia que se transportasse qualquer objecto através do templo.
E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.»
Os sacerdotes e os doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no, pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento.
Quando se fez tarde, saíram para fora da cidade.
Ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes.
Pedro, recordando-se, disse a Jesus Cristo: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!»
Jesus Cristo disse-lhes: «Tende fé em Deus.
Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: 'Tira-te daí e lança-te ao mar’ e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar, assim acontecerá.
Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na oração, crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo. Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro
para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas
porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.»

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja Homilias sobre o evangelho de Marcos, nº 8; SC 494

Não era tempo de figos

«Não era tempo de figos». Na sua Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo interpreta esta passagem: «Eu não quero, irmãos, que ignoreis este mistério: é uma cegueira parcial que sobreveio a Israel até que tenha entrado a totalidade das nações. E assim todo o Israel será salvo» (Rom 11,25-26). Se o Senhor tivesse encontrado frutos nesta figueira, não teriam entrado todas as nações. Mas, dado que entraram todas as nações, todo o Israel será finalmente salvo. [...] Além disso, encontramos esta passagem no Apocalipse de João: «Da tribo de Judá, doze mil; da tribo de Rúben, doze mil acreditarão» e o mesmo acontece com outras tribos (Ap 7,5-8). No total, foram cento e quarenta e quatro mil os que acreditaram. […]

Se Israel tivesse acreditado, Nosso Senhor não teria sido crucificado e, se o Senhor não tivesse sido crucificado, a multidão dos pagãos não teria sido salva. Assim os judeus tornar-se-ão crentes, mas só acreditarão no fim do mundo. Para eles, não era tempo de acreditar na cruz. [...] A sua incredulidade é a nossa fé; a sua queda permitiu a nossa ascensão. Ainda não era tempo para eles para que fosse o nosso.

Sábado, dia 02 de Junho de 2012

Sábado da 8a semana do Tempo Comum


Santo do dia : São Marcelino e São Pedro, mártires, +304 Carta de S. Judas 1,17.20b-25.

Caríssimos: Recordai o que vos foi predito pelos Apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Construí o vosso edifício espiritual sobre o fundamento da vossa fé santíssima. Orai em união com o Espírito Santo
e conservai-vos no amor de Deus, esperando na misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.
Procurai convencer os que hesitam e salvai-os, arrancando-os do fogo; dos outros, compadecei-vos, mas com prudência, detestando até a túnica contaminada pela sua carne.

Àquele que vos pode preservar da queda e apresentar-vos diante da sua glória, na alegria duma consciência sem mancha,
ao único Deus, nosso Salvador, por Nosso Senhor Jesus Cristo, a glória e a majestade, a força e o poder, antes de todos os séculos, agora e para sempre. Amen.

Livro de Salmos 63(62),2.3-4.5-6.

Ó Deus, Tu és o meu Deus: desde a aurora Vos procuro
A minha alma tem sede de Ti;
todo o meu ser anela por Ti
como terra árida, sequiosa, sem água.-
Quero contemplar-Te no santuário,
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios Te hão-de louvar.-
Quero bendizer-Te toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo Te louvarei.
Evangelho segundo S. Marcos 11,27-33.

Naquele tempo, Jesus Cristo e os discípulos regressaram a Jerusalém. Andando Jesus Cristo pelo templo, os sumos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos aproximaram-se dele
e perguntaram-lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu autoridade para as fazeres?»
Jesus Cristo respondeu: «Também Eu vos farei uma pergunta; respondei-me e dir-vos-ei então com que autoridade faço estas coisas:
O baptismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-me.»
Começaram a discorrer entre si, dizendo: «Se dissermos 'do Céu’, dirá: 'Então porque não acreditastes nele?’
Se, porém dissermos 'dos homens’, tememos a multidão.» porque todos consideravam João um verdadeiro profeta.
Por fim, responderam a Jesus Cristo: «Não sabemos.» E Jesus Cristo disse-lhes: «Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.»

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 167; CCL 248, 1025; PL 52, 636

«João Baptista veio até vós [...] e não acreditastes nele» (Mt 21,32)

«João Baptista proclamava: 'Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus'» (Mt 3,1). [...] Bem-aventurado João que quis que a conversão precedesse o julgamento, que os pecadores não fossem julgados mas recompensados, que os ímpios entrassem no Reino e não na punição. [...] Quando proclamou João esta iminência do reino dos Céus ? O mundo estava ainda na sua infância [...]; mas para nós que hoje proclamamos essa iminência, o mundo está extremamente velho e cansado. Perdeu as forças, perde as faculdades; os sofrimentos acabrunham-no [...]; clama o seu enfraquecimento, ostenta todos os sintomas do fim. […]

Estamos a ir a reboque de um mundo que se evade; esquecemos os tempos que aí vêm. Estamos ávidos de actualidade, mas não temos em consideração o julgamento que se aproxima. Não acorremos ao encontro do Senhor que chega. […]

Convertamo-nos irmãos, convertamo-nos depressa. [...] O Senhor, pelo facto de tardar, de ainda esperar, revela o Seu desejo de nos ver voltar para Ele, o desejo de que não pereçamos. Na Sua grande bondade, dirige-nos sempre estas palavras: «Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na sua conversão de maneira que ele tenha a vida» (Ez 33,11). Convertamo-nos, irmãos; não tenhamos medo de o tempo estar a acabar. O tempo do Autor do tempo não pode ser encurtado. A prova disso é aquele malfeitor do Evangelho que, na cruz e na hora da sua morte, escamoteou o perdão, se apoderou da vida e, ladrão do paraíso com arrombamento, conseguiu penetrar no Reino (Lc 23,43).


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