domingo, 17 de junho de 2012

Cristianismo 63


=CRISTIANISMO=


«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 03 de Junho de 2012


SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade - Ano B



Moisés falou ao seu povo dizendo: «Na verdade, interroga os tempos antigos que te precederam desde o dia em que Deus criou o homem (e a mulher) sobre a terra. Pergunta se jamais houve, de uma extremidade à outra do céu, coisa tão extraordinária como esta ou se jamais se ouviu coisa semelhante.
Sabes porventura de algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando do meio do fogo como tu ouviste e tenha continuado a viver?
Algum experimentou Deus a escolher para si um povo dentre outros povos por meio de milagres, sinais e prodígios, combatendo com mão forte e braço estendido, com terríveis portentos conforme tudo o que fez por vós o Senhor, vosso Deus, no Egipto, diante dos teus olhos?
Reconhece agora e medita no teu coração que só o Senhor é Deus, tanto no alto do céu como em baixo, sobre a Terra e que não há outro.
Cumprirás, pois as suas leis e os seus mandamentos que eu hoje te prescrevo para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti e para que se prolongue a tua existência sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dará para sempre».

Livro de Salmos 33(32),4-5.6.9.18-19.20.22.

As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça;
a terra está cheia da sua bondade.-
A palavra do Senhor criou os céus
e o sopro da sua boca, todos os astros
porque Ele disse e tudo foi feito,
Ele ordenou e tudo foi criado.-
Os olhos do Senhor estão voltados
para os que O adoram
para os que esperam na sua bondade
para os libertar da morte
e os alimentar no tempo da fome.-
Todo o nosso ser espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade
porque em Vós esperamos, Senhor.
Carta aos Romanos 8,14-17.

Irmãos: De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus.
Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai!
Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus.
Ora se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e coherdeiros com Jesus Cristo, pressupondo que com Ele sofremos para também com Ele sermos glorificados.
Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20.

Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus Cristo lhes tinha indicado.
Quando o viram, admiraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam.
Aproximando-se deles, Jesus Cristo disse-lhes: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra.
Ide, pois fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia na Capadócia, doutor da Igreja Homilia sobre a fé, 1-3

«Concedei-nos que na profissão da verdadeira fé reconheçamos a glória da eterna Trindade»

A alma que ama a Deus nunca está saciada, embora falar de Deus seja tanto mais audacioso quanto o nosso espírito se encontra muito longe de tão alta tarefa [...] e, quanto mais avançamos no conhecimento de Deus tanto mais sentimos a nossa impotência. Assim foi com Abraão, assim com Moisés que, quando puderam ver a Deus, pelo menos do modo como tal visão é concedida aos homens, tanto um como o outro se faziam o mais pequeno de todos: Abraão considerava-se «cinza e pó» (Gn 18,27) e Moisés dizia de si próprio que tinha «a boca e a língua pesadas» (Ex 4,10), comprovando a fraqueza das suas palavras em traduzir a imensidão d'Aquele que o seu ser experimentava já que não falamos de Deus tal como Ele é, mas como somos capazes de O alcançar.

Quanto a ti, se quiseres dizer ou escutar seja o que for de Deus, abandona a tua corporalidade, repudia os teus sentidos [...], eleva o teu ser acima de tudo o que foi criado e contempla a natureza divina: encontrá-la-ás imutável, indivisa, a luz inacessível, a glória resplandecente, a bondade almejada, a beleza inigualável que alcança o ser sem que ele possa explicá-Lo.

Assim encontrarás o Pai, o Filho e o Espírito Santo. [...] O Pai como princípio de tudo, causa do ser de tudo quanto existe e raiz de todos os seres vivos; d'Ele corre a Fonte da vida, a Sabedoria e o Poder (1Cor 1,24), a Imagem perfeita e fiel do Deus invisível (Heb 1,3): o Filho gerado do Pai, o Verbo eterno que é Deus e voltado para Deus (Jo 1,1). Por este nome de Filho temos a certeza de que Ele partilha a mesma natureza, uma vez que não foi criado por uma ordem, mas brilha sem cessar a partir da Sua substância, unido ao Pai desde toda a eternidade; igual a Ele em bondade, igual em poder, compartilhando da Sua glória. [...] E quando a nossa inteligência for purificada das paixões terrenas e puser de lado toda e qualquer criatura sensível, qual peixe que emerge das profundezas até à superfície entregue à pureza da sua criação, então contemplará o Espírito Santo onde estão o Filho e o Pai. Este Espírito, sendo da mesma essência segundo a Sua natureza, possui também todos os bens: a bondade, a rectidão, a santidade e a vida. [...] E tal como queimar é próprio do fogo e alumiar da luz, também do Espírito Santo são próprias a bondade e a rectidão e não Lhe pode ser tirada a capacidade de santificar ou fazer viver.

Segunda-feira, dia 04 de Junho de 2012

Segunda-feira da 9ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Pedro de Verona, presbítero, mártir, +1252, Santa Clotilde, viúva, +545 2ª Carta de S. Pedro 1,2-7.

Caríssimos: «Graça e paz vos sejam concedidas em abundância por meio do conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, Senhor nosso.
O divino poder, ao dar-nos a conhecer aquele que nos chamou pela sua glória e pelo seu poder, concedeu-nos todas as coisas que contribuem para a vida e a piedade.
Com elas, teve a bondade de nos dar também os mais preciosos e sublimes bens prometidos a fim de que, por meio deles, vos torneis participantes da natureza divina, depois de vos livrardes da corrupção que a concupiscência gerou no mundo.

Por este motivo é que, da vossa parte, deveis pôr todo o empenho em juntar à vossa fé a virtude; à virtude o conhecimento;
ao conhecimento a temperança; à temperança a paciência; à paciência a piedade;
à piedade o amor aos irmãos e ao amor aos irmãos a caridade.

Livro de Salmos 91(90),1-2.14-15ab.15c-16.

Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo
e mora à sombra do Omnipotente
pode exclamar: "Senhor, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela,
o meu Deus, em quem confio!"-
"Porque acreditou em mim, hei-de salvá-lo;
hei-de defendê-lo porque conheceu o meu nome.
Quando me invocar, hei-de responder-lhe;
estarei a seu lado na tribulação.-
hei-de libertá-lo e dar-lhe glória,
favorecê-lo-ei com longa vida
e lhe mostrarei a minha salvação."

Evangelho segundo S. Marcos 12,1-12.

Naquele tempo, Jesus Cristo começou a falar-lhes em parábolas: «Um homem (Deus) plantou uma vinha (igreja), cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar (para o produto da igreja: as boas obras, o bem) e construiu uma torre (lugar de vigia, dos responsáveis pela igreja). Depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
A seu tempo enviou aos vinhateiros (responsáveis pela igreja) um servo (anjo), para receber deles parte do fruto da vinha.
Eles, porém prenderam-no, bateram-lhe e mandaram-no embora de mãos vazias.
Enviou-lhes novamente outro servo. Também a este partiram a cabeça e cobriram de vexames.
Enviou outro e a este mataram-no; mandou ainda muitos outros e bateram nuns e mataram outros.
Já só lhe restava um filho muito amado (Jesus Cristo). Enviou-o por último, pensando: 'Hão-de respeitar o meu filho’.
Mas aqueles vinhateiros disseram uns aos outros: 'Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa’ (para os responsáveis eram os bens materiais adquiridos; para Deus apenas a conversão da sua igreja para a prática apenas do bem).
Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
Que fará o dono da vinha? Regressará e exterminará os vinhateiros e entregará a vinha a outros.
Não lestes esta passagem da Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular (pedra que atirada regressa àquele que a atirou ou pedra basilar na construção de uma igreja de pedra).
Tudo isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos?»
Eles procuravam prendê-lo, mas temiam a multidão; tinham percebido bem que a parábola era para eles. E deixando-o, retiraram-se.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja 11ª homilia sobre a 2ª carta aos Coríntios

«Ainda lhe restava um: o seu filho bem amado»

«Jesus Cristo confiou-nos o mistério da reconciliação» (2Co 5,18). São Paulo realça a grandeza dos apóstolos ao mostrar-nos que mistério lhes foi confiado ao mesmo tempo que manifesta com que amor Deus nos amou. Depois de os homens se terem recusado a ouvir Aquele que Ele lhes tinha enviado, Deus não fez soar a Sua cólera, nem os rejeitou, mas persiste em chamá-los, por Si próprio e através dos Apóstolos. […]

«Deus pôs na nossa boca a palavra da reconciliação» (v. 19). Viemos portanto, não para uma obra penosa, mas para fazer de todos os homens (e mulheres) amigos de Deus. Como não nos escutaram, diz-nos o Senhor, continuai a exortá-los até que encontrem a fé. Eis por que razão São Paulo acrescenta: «Nós somos embaixadores de Jesus Cristo; é o Próprio Deus que vos chama através de nós. Suplicamos-vos em nome de Jesus Cristo: reconciliai-vos com Deus». […]

A que poderemos comparar tão grande amor? Depois de termos pagado estes benefícios com insultos, longe de nos punir, Ele deu-nos o Seu Filho bem amado para nos reconciliar conSigo. No entanto, longe de quererem reconciliar-se, os homens deram-Lhe a morte. Deus enviou outros embaixadores para os exortar e, depois disso, torna-se Ele próprio suplicante por eles. Continua a ser Ele que pede: «Reconciliai-vos com Deus». Ele não diz: «Reconciliai Deus convosco», pois não é Ele que nos rejeita; sois vós que recusais ser amigos d'Ele. Poderá Deus ter sentimentos de ódio?

Terça-feira, dia 05 de Junho de 2012

Terça-feira da 9ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : São Bonifácio, bispo, mártir, +754 2ª Carta de S. Pedro 3,12-15a.17-18.

Caríssimos: Enquanto esperais e apressais a chegada do dia de Deus, quando os céus a arder se desintegrarem e os elementos do mundo, com o ardor do fogo, se derreterem!
Nós, porém segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova Terra onde habite a justiça.
Portanto, caríssimos, enquanto esperais estes acontecimentos, esmerai-vos para que Ele vos encontre imaculados, irrepreensíveis e em paz.
Considerai que a paciência de Nosso Senhor é para nossa salvação. Nesta ordem de ideias, escreveu-vos também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi concedida.
Vós, caríssimos, dado que sabeis isto de antemão, estai alerta para que não venhais a descair da vossa firmeza, arrastados pelo erro desses malvados.
Crescei antes na graça e no conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada glória agora e até ao dia eterno. Ámen.

Livro de Salmos 90(89),2.3-4.10.14.16.

Antes de surgirem as montanhas,
antes de nascerem a Terra e o mundo,
desde sempre e para sempre
Tu és Deus.
Tu podes reduzir o homem ao pó,
dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"
Mil anos diante de ti
são como o dia de ontem que passou
ou como uma vigília da noite.
A duração da nossa vida poderá ser de setenta anos
e para os mais fortes, de oitenta;
mas a maior parte deles é trabalho e miséria,
passam depressa e nós desaparecemos.
Sacia-nos pela manhã com os teus favores
para podermos cantar e exultar todos os dias.
Manifesta aos teus servos a tua obra
e aos filhos deles, o teu esplendor.
Evangelho segundo S. Marcos 12,13-17.

Naquele tempo, foram enviados a Jesus Cristo alguns fariseus e partidários de Herodes a fim de o apanharem em alguma palavra.
Aproximando-se, disseram-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero, que não te deixas influenciar por ninguém porque não olhas à condição das pessoas, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. Diz-nos, pois: é lícito ou não pagar tributo a César? Devemos pagar ou não?»
Jesus Cristo, conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu: «Porque me tentais? Trazei-me um denário para Eu ver.»
Trouxeram-lho e Ele perguntou: «De quem é esta imagem e a inscrição?» Responderam: «De César.»
Jesus Cristo disse: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.» E ficaram admirados com Ele.

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino e depois cisterciense Orações meditativas 1, 1-5; SC 324

Deus disse: «Façamos o ser humano à Nossa imagem, à Nossa semelhança» (Gn 1,26)

«Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus! Como são insondáveis as Suas decisões e impenetráveis os Seus caminhos! Quem conheceu o pensamento do Senhor? Quem Lhe serviu de conselheiro?» (Rm 11,33s; 9,15s). Tu, Senhor, tens compaixão por quem queres; tens piedade de quem queres. Não é, portanto o homem que quer ou que corre, mas Tu, Senhor, que és misericordioso.

Eis que o vaso de barro(o nosso corpo material) escapa à mão que o modelou [...]; escapa-se da mão que o segura e que o transporta. [...] Se lhe acontecer cair da Tua mão, que desgraça a sua porque se quebraria [...] em mil pedaços, ficaria reduzido a nada. Ele sabe-o e, pela Tua graça, não cai. Tem compaixão, Senhor, tem compaixão: Tu deste-nos forma e somos barro (cf Jr 18,6; Gn 2,7). Até aqui [...] permanecemos firmes, até aqui a Tua mão poderosa transportou-nos; estamos suspensos dos Teus três dedos: a fé, a esperança e a caridade, pelos quais susténs a massa da terra, a solidez da Santa Igreja. Tem compaixão, segura-nos; que a Tua mão não nos deixe cair. Mergulha os nossos rins e o nosso coração no fogo do Teu Espírito Santo (cf Sl 25,2); consolida o que formaste em nós para que não nos desagreguemos e não fiquemos reduzidos ao barro que somos ou a absolutamente nada.

Por Ti, para Ti fomos criados e para Ti estamos voltados. Formaste-nos e modelaste-nos, reconhecemo-lo; adoramos e invocamos a Tua sabedoria a administrar, a tua bondade e misericórdia a conservar. Aperfeiçoa-nos, Tu que nos fizeste; aperfeiçoa-nos até à plenitude da Tua imagem e semelhança, segundo as quais nos formaste.

Quarta-feira, dia 06 de Junho de 2012

Quarta-feira da 9ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : São Norberto, bispo (Padroeiro da Boémia), +1134, São Marcelino Champagnat, presbítero, fundador, 1840 2ª Carta a Timóteo 1,1-3.6-12.

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, por desígnio de Deus, para anunciar a promessa da vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu filho querido: graça, misericórdia e paz de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Agradeço a Deus, a quem sirvo em consciência pura como já o fizeram os meus antepassados, ao recordar-te constantemente nas minhas orações, noite e dia.
Por isso recomendo-te que reacendas o dom de Deus que se encontra em ti pela imposição das minhas mãos,
pois Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de bom senso.
Portanto, não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas compartilha o meu sofrimento pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos, por santo chamamento, não em atenção às nossas obras, mas segundo o seu próprio desígnio e a graça a nós concedida em Cristo Jesus, antes dos séculos eternos
e agora revelada na manifestação do nosso Salvador, Cristo Jesus, que destruiu a morte e irradiou vida e imortalidade por meio do Evangelho,
do qual eu próprio fui constituído arauto, apóstolo e mestre.
Por este motivo é que suporto também esta situação. Mas não me envergonho, pois sei em quem acreditei e estou persuadido de que Ele tem poder para guardar até àquele dia, o bem que me foi confiado.

Livro de Salmos 123(122),1-2a.2bcd.

Levanto os meus olhos para ti, Senhor,
para ti que habitas nos céus.
Como os olhos do servo
se fixam nas mãos do seu amo.-
Como os da serva,
nas mãos da sua ama
assim os nossos olhos
estão postos no Senhor, nosso Deus,
até que tenha piedade de nós.
Evangelho segundo S. Marcos 12,18-27.

Naquele tempo, vieram ter com Jesus Cristo alguns saduceus que negam a ressurreição e interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu-nos que se morrer o irmão de alguém, deixando a esposa e não deixando filhos, seu irmão terá de casar com a viúva para dar descendência ao irmão.
Ora havia sete irmãos e o primeiro casou e morreu sem deixar filhos.
O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar descendência e o mesmo aconteceu ao terceiro
e todos os sete morreram sem deixar descendência. Finalmente morreu a mulher.
Na ressurreição, de qual deles será ela esposa? Porque os sete a tiveram por esposa.»
Disse Jesus Cristo: «Não andareis enganados por desconhecer as Escrituras e o poder de Deus?
Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem eles se casarão, nem elas serão dadas em casamento, mas serão como anjos no Céu.
E acerca de os mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, no episódio da sarça, como Deus lhe falou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob?
Não é um Deus de mortos, mas de vivos. Andais muito enganados

Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) Mitarbeiter der Wahrheit (Viver a própria fé)

«Creio na ressurreição dos mortos e na vida do mundo que há-de vir» (Credo)

O cristianismo não promete apenas a salvação da alma, algures no Além onde todos os valores e as coisas preciosas deste mundo desapareceriam como se se tratasse de um cenário que tivéssemos construído e que nessa altura desapareceria. O cristianismo promete a eternidade daquilo que se realizou nesta Terra.

Deus conhece e ama este homem total que somos actualmente. Portanto é imortal tudo aquilo que cresce e se desenvolve nesta nossa vida de agora. É através do nosso corpo que sofremos e amamos, que esperamos, que experimentamos a alegria e a tristeza, que progredimos ao longo do tempo. Tudo o que assim cresce na nossa vida presente, tudo isso é imperecível. É, pois imperecível aquilo em que nos tornámos no nosso corpo, aquilo que cresceu e amadureceu no coração da nossa vida em ligação com as coisas deste mundo. É o «homem total», tal como se situou neste mundo, tal como viveu e sofreu que será um dia levado para a eternidade de Deus e que tomará parte no seio do próprio Deus na eternidade. Isto deve inundar-nos de uma alegria profunda.

Quinta-feira, dia 07 de Junho de 2012

SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO - solenidade - Ano B

Festa da Igreja : Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Festa do Corpo de Deus) (ofício próprio)
Santo do dia :
Beata Ana de São Bartolomeu, virgem, religiosa, +1626, Santo António Maria Gianelli, bispo, fundador, +1846 Livro de Êxodo 24,3-8.

Naqueles dias, Moisés veio e relatou ao povo todas as palavras do Senhor e todas as normas e todo o povo respondeu a uma só voz e disse: «Poremos em prática todas as palavras que o Senhor pronunciou
Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantou-se de manhã cedo e construiu um altar no sopé da montanha e doze estrelas pelas doze tribos de Israel.

Enviou os jovens dos filhos de Israel e ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor novilhos como sacrifícios de comunhão.
Moisés tomou metade do sangue e colocou-o em bacias e metade do sangue espalhou-o sobre o altar.
Tomou o Livro da Aliança e leu-o na presença do povo que disse: «Tudo o que o Senhor disse, nós o faremos e obedeceremos.»
Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Eis o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco, mediante todas estas palavras.»

Livro de Salmos 116(115),12-13.15.16bc.17-18.

Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.-
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva;
quebrastes as minhas cadeias.-
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
Carta aos Hebreus 9,11-15.

Irmãos: Jesus Cristo veio como Sumo Sacerdote dos bens futuros através de uma tenda maior e mais perfeita que não é feita por mão humana, isto é, não pertence a este mundo criado.
Entrou uma só vez no Santuário, não com o sangue de carneiros ou de vitelos, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna.
Se, de facto, o sangue dos carneiros e dos touros e a cinza da vitela com que se aspergem os impuros, os santifica, purificando-os no corpo,
quanto mais o sangue de Jesus Cristo que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a Deus sem mácula purificará a nossa consciência das obras mortas para que prestemos culto ao Deus vivo!
Por isso, Ele é o mediador de uma nova aliança, um novo testamento para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões cometidas sob a primeira aliança, os chamados recebam a herança eterna prometida.

Evangelho segundo S. Marcos 14,12-16.22-26.

No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus Cristo: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Jesus Cristo enviou então dois dos seus discípulos e disse: «Ide à cidade e virá ao vosso encontro um homem trazendo um cântaro de água. Segui-o
e onde ele entrar dizei ao dono da casa: O Mestre manda dizer: 'Onde está a sala em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?’
Há-de mostrar-vos uma grande sala no andar de cima, mobilada e toda pronta. Fazei aí os preparativos.»
Os discípulos partiram e foram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes dissera e prepararam a Páscoa.
Enquanto comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo: «Tomai: isto é o meu corpo
Depois tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele.
E Ele disse-lhes: «Isto é o meu sangue da aliança que vai ser derramado por todos. (aliança estabelecida entre Jesus Cristo e todos os cristãos de todos os tempos.)
Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo, no Reino de Deus.»
Após o canto dos salmos, saíram para o Monte das Oliveiras.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermão 272

Sede o que vedes, e recebei o que sois

O que vedes no altar de Deus é o pão e o cálice: eis o que os olhos identificam. Mas a vossa fé quer ser instruída e saber que este pão é o corpo de Jesus Cristo e que este cálice é o Seu sangue. O que se verbaliza numa fórmula breve que pode bastar à fé. Mas a fé procura instruir-se. [...] Como pode este pão ser o Seu corpo e este cálice, ou melhor, o seu conteúdo ser o Seu sangue?

Irmãos, é isto que se designa por sacramentos: eles mostram uma realidade e, a partir dela, fazem-nos compreender outra realidade. O que vemos é uma aparência corporal, enquanto o que compreendemos é um fruto espiritual. Se quereis compreender o que é o corpo de Jesus Cristo escutai o Apóstolo que diz aos fiéis: «Vós sois o corpo de Jesus Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro» (1Co 12,27). Logo, se sois corpo de Jesus Cristo e um dos Seus membros, é o vosso mistério que está sobre a mesa do Senhor e é o vosso mistério que recebeis. A isto que sois, respondeis: «Amen» e com tal resposta o subscreveis. Dizem-vos: «Corpo de Cristo» e vós respondeis: «Amen». Sede portanto membros do corpo de Jesus Cristo para que este Amen seja verídico.

Por conseguinte, porque está o corpo no pão? Aqui ainda nada digamos sobre nós próprios, mas escutemos antes o Apóstolo que, ao falar deste sacramento, nos diz: «Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo porque todos participamos desse único pão» (1Co 10,17). Se compreenderdes estas palavras, estareis na alegria: unidade, verdade, piedade, caridade! «Um só pão»: Quem é este pão único? «Um só corpo, nós que somos multidão». Lembrai-vos de que não se faz pão com um grão apenas, mas com muitos. Sede o que vedes e recebei o que sois.

Sexta-feira, dia 08 de Junho de 2012

Sexta-feira da 9ª semana do Tempo Comum


Caríssimo: Tu, porém seguiste de perto o meu ensinamento, o meu modo de vida e os meus planos, a minha fé e a minha paciência, o meu amor fraterno e a minha firmeza,
as perseguições e sofrimentos que tive de suportar em Antioquia, Icónio e Listra. Que perseguições tive de suportar! Mas de todas elas me livrou o Senhor.
E assim também todos os que quiserem viver a fé em Cristo Jesus serão perseguidos.
Quanto a esses perversos e impostores, irão de mal a pior, extraviando outros e extraviando-se a si próprios.
Tu, porém permanece firme naquilo que aprendeste e de que adquiriste a certeza, bem ciente de quem o aprendeste.
Desde a infância conheces a Sagrada Escritura que te pode instruir em ordem à salvação pela fé em Cristo Jesus.
De facto, toda a Escritura é inspirada por Deus e adequada para ensinar, refutar, corrigir e educar na justiça
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e esteja preparado para toda a obra boa.
Livro de Salmos 119(118),157.160.161.165.166.168.

Muitos são os meus inimigos e opressores,
mas eu não me afasto dos teus preceitos.
A essência da tua palavra é a verdade;
os teus decretos são justos e eternos.-
Os poderosos perseguem-me sem razão,
mas o meu coração só atende a tua palavra.
Os que amam a tua lei gozam de grande paz;
não há nada que os perturbe.-
Senhor, espero na tua ajuda
e cumpro os teus mandamentos.
Observo os teus preceitos e as tuas leis,
pois Tu conheces todos os meus caminhos.
Evangelho segundo S. Marcos 12,35-37.

Naquele tempo, ensinando no templo, Jesus Cristo tomou a palavra e perguntou: «Como dizem os doutores da Lei que o Messias é filho de David?
O próprio David afirmou, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: 'Senta-te à minha direita até que ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés’.
O próprio David chama-lhe Senhor; como é Ele seu filho?» E a numerosa multidão ouvia-o com agrado.

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), freira beneditina Exercícios, Nº 3; SC 129

«O próprio David chama-Lhe Senhor»

Quem é semelhante a Ti, meu Senhor Jesus Cristo, meu doce amor, tão imenso e grandioso e que atende às coisas mais humildes (Sl 112,6)? Quem entre os seres divinos é como Tu, ó Senhor (Ex 15,11), Tu que escolheste as coisas fracas deste mundo (1 Co 1,27)? Quem é como Tu, que fizeste os céus e a Terra [...] e queres encontrar as Tuas delícias com os filhos dos homens (Prov 8,31)? Como é a Tua grandeza, ó Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Tim 6,15), Tu que comandas os astros e pões sobre o homem (e a mulher) o Teu coração (Job 7,17)? Quem és Tu, que tens à Tua direita as riquezas e a glória (Prov 3,16)? [...] Ó amor, até onde abaixas a Tua majestade? Amor, aonde conduzes a fonte da sabedoria (Prov 18,4)? Certamente até ao abismo da miséria. […]

«Vem, vem, vem»: eu venho, eu venho, eu venho a Ti, amoroso Jesus, que tenho amado, procurado, desejado. Por causa da Tua bondade, da Tua compaixão e do Teu amor, amando-Te com todo meu coração, com toda a minha alma, com todas as minhas forças (Lc 10,27), eu me rendo ao Teu apelo.

Sábado, dia 09 de Junho de 2012

Sábado da 9ª semana do Tempo Comum



Caríssimo. Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus que há-de julgar os vivos e os mortos, peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino:
proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência.
Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos de acordo com os próprios desejos.
Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas.
Tu, porém controla-te em tudo, suporta as adversidades, dedica-te ao trabalho do Evangelho e desempenha com esmero o teu ministério.
Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
Livro de Salmos 71(70),8-9.14-15ab.16-17.22.

A minha boca está cheia do teu louvor;
todo o dia proclamo a tua glória.
Não me rejeites no tempo da velhice,
não me abandones quando já não tiver forças.-
Eu, porém esperarei continuamente
e, dia após dia, mais te louvarei.
A minha boca proclamará a tua justiça
e todo o dia anunciarei a tua salvação.-
Narrarei esses prodígios, Senhor Deus,
recordarei a tua justiça sem igual.
Instruíste-me, ó Deus, desde a minha juventude
e até hoje anunciei sempre as tuas maravilhas.-
Quero louvar ao som da harpa, a tua fidelidade
quero cantar-te ao som da cítara, ó meu Deus.
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.

Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado com os doutores da Lei que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» (Jesus Cristo demonstra a relatividade e a proporcionalidade que é necessário ter sempre em conta.)

Papa Bento XVI Mensagem para a Quaresma de 2008

«Ela deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento»

É muito significativo o episódio evangélico da viúva que, da sua pobreza, lança no tesouro do templo «tudo o que tinha para viver» (Mc 12,44). A sua pequena e insignificante moeda tornou-se um símbolo eloquente: esta viúva dá a Deus, não o supérfluo, não tanto o que tem, mas sobretudo aquilo que é; entrega-se totalmente a si mesma.

Este episódio comovedor está inserido na descrição dos dias que precedem imediatamente a paixão e morte de Jesus Cristo, o Qual, como observa São Paulo, Se fez pobre para nos enriquecer pela sua pobreza (cf. 2Cor 8,9); entregou-Se totalmente por nós. A Quaresma, nomeadamente através da prática da esmola, impele-nos a seguir o Seu exemplo. Na Sua escola, podemos aprender a fazer da nossa vida um dom total; imitando-O, conseguimos tornar-nos disponíveis para dar, não tanto algo do que possuímos, mas a nós próprios. Não se resume porventura todo o Evangelho no único mandamento da caridade? A prática quaresmal da esmola torna-se, portanto um meio para aprofundar a nossa vocação cristã. Quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor. Deste modo, o que dá valor à esmola é o amor que inspira formas diversas de doação segundo as possibilidades e as condições de cada um.


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