sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cristianismo 45

= CRISTIANISMO =

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

Amigos

Após quatro semanas de preparação e duas de celebração do Natal, eis-nos de novo no «tempo comum». Nele ficaremos até ao início da Quaresma, a 22 de fevereiro.

É o tempo da caminhada, da paciência… Os textos dos domingos falam-nos dos começos da vida pública de Jesus, da vocação dos discípulos e das primeiras curas. É-nos pedido que olhemos para esse Jesus e decidamos que resposta lhe dar, que atitude tomar diante desse homem que entra nas nossas vidas com uma simplicidade respeitosa e fascinante.

Compreenderemos que o apelo à conversão que ouvimos durante o Advento se dirige verdadeiramente a cada um de nós e nos toca no mais profundo do nosso coração. É preciso responder e caminhar. Como nos dizia Guerric d’Igny num comentário que nos foi recentemente proposto, «mesmo se estiverdes muito avançados no caminho [do Senhor], fica sempre algo a preparar para que, a partir do ponto a que chegastes, possais ir sempre mais além».

Caminhemos, pois uns com os outros. E se, no nosso caminhar, encontrarmos gente parada à beira da estrada, não hesitemos em desafiá-los a vir connosco. “Vinde e vede”, disse Jesus Cristo a João e André.

Uma forma de lhes mostrar o caminho pode ser propor-lhe o Evangelho como leitura quotidiana…. Muitos dos nossos amigos estão à distância de um clic!

Contamos, como sempre, com o vosso entusiasmo evangelizador, com a vossa crítica e com a vossa oração.

Com amizade

A equipa EAQ em língua portuguesa.

Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.

Criado em 2001, EVANGELIZO - queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários, bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.

Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.

Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo, que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.

Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.

Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

-----------------------------------------------------------------------

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos www.capuchinhos.org

Segunda-feira, dia 06 de Fevereiro de 2012


Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, o rei Salomão convocou à sua presença, em Jerusalém, os anciãos de Israel, os chefes das tribos e os chefes das famílias de Israel para levarem da cidade de David, que é Sião, a arca da aliança do Senhor.
Todos os homens de Israel se reuniram junto do rei Salomão, no mês de Etanim que é o sétimo mês, durante a festa dos Tabernáculos.

Quando chegaram todos os anciãos de Israel, os sacerdotes e os levitas pegaram na arca do Senhor.
Transportaram-na juntamente com a Tenda da Reunião e todas as alfaias sagradas que nela se encontravam.
O rei Salomão e toda a comunidade de Israel, reunida junto dele diante da arca, ofereciam em sacrifício tantos carneiros e bois que não se poderiam contar nem calcular.
Os sacerdotes colocaram a arca da aliança do Senhor no seu lugar, isto é, na parte interior do templo, chamada Santo dos Santos, sob as asas dos querubins.
Os querubins estendiam as asas por sobre o lugar da arca, cobrindo a arca e os seus varais.
Na arca não havia nada, além das duas tábuas de pedra que Moisés, no monte Horeb, aí tinha colocado: as tábuas da aliança que o Senhor estabeleceu com os filhos de Israel quando eles sairam da terra do Egipto.
Logo que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu o templo do Senhor
e os sacerdotes não puderam continuar a exercer o seu ministério por causa da nuvem: a glória do Senhor enchia o templo.
Então Salomão exclamou: O Senhor decidiu habitar na nuvem escura.
Edifiquei-Vos, Senhor, uma casa para vossa morada, um lugar onde habitareis para sempre”.
Livro de Salmos 132(131),6-7.8-10.

Ouvimos dizer que a Arca estava em Efratá;
fomos encontrá-la nos campos de Jaar.
Entremos na morada do Senhor!
Prostremo-nos diante do estrado de seus pés!-
Levanta-te, Senhor, e entra no teu repouso,
Tu e a Arca do teu poder!
Revistam-se de justiça os teus sacerdotes
e os teus fiéis exultem de alegria.-
Por amor de David, teu servo,
não desvies o teu rosto do teu ungido.
Evangelho segundo S. Marcos 6,53-56.

Naquele tempo, Jesus Cristo e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para a terra de Genesaré onde aportaram.
Assim que saíram do barco, reconheceram-no.
Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para o lugar onde sabiam que Ele se encontrava.
Nas aldeias, cidades ou campos, onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam ficavam curados.

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita e Doutora da Igreja Caminho de Perfeição, cap. 34, 9-11

«E quantos O tocavam ficavam curados»

Pois se, quando [Jesus Cristo] andava neste mundo, só o tocar as Suas vestes sarava os enfermos como duvidar, se temos fé, de que faça milagres estando assim dentro de nós [na comunhão eucarística] e de que nos dará o que Lhe pedirmos, estando Ele em nossa casa (Ap 3,20)? Não costuma Sua Majestade pagar mal a pousada quando Lhe dão boa hospedagem. E irmãs, se vos dá pena o não O ver com os olhos do corpo, tal não nos convém. [...] Porque àqueles a quem vê que hão-de tirar proveito da Sua presença, Ele Se descobre e, ainda que O não vejam com os olhos do corpo, tem muitas maneiras de Se mostrar à alma por grandes sentimentos interiores e por diversas vias. Ficai-vos com Ele de boa vontade e não percais tão boa ocasião de a Ele vos dirigirdes como é a hora depois de ter comungado.

Terça-feira, dia 07 de Fevereiro de 2012

Cinco Chagas do Senhor



Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor?
O servo cresceu diante do SENHOR como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente,
desprezado e abandonado pelos homens como alguém cheio de dores, habituado ao sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado.
Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado, mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho, mas o SENHOR carregou sobre ele todos os nossos crimes.
Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.
Sem defesa, nem justiça, levaram-no à força. Quem é que se preocupou com o seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, mas por causa dos pecados do meu povo é que foi ferido.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e uma tumba entre os malfeitores, embora não tenha cometido crime algum, nem praticado qualquer fraude,
mas aprouve ao SENHOR esmagá-lo com sofrimento para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias e o desígnio do SENHOR realizar-se-á por meio dele.

Livro de Salmos 22(21),7-8.15-23.

Eu, porém, sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.
Todos os que me vêem escarnecem de mim;
estendem os lábios e abanam a cabeça.-
Fui derramado como água
e todos os meus ossos se desconjuntaram;
o meu coração tornou-se como cera
e derreteu-se dentro do meu peito.-
Estou rodeado por matilhas de cães,
envolvido por um bando de malfeitores;
trespassaram as minhas mãos e os meus pés:
posso contar todos os meus ossos.-
Salva-me da boca dos leões;
livra-me dos chifres dos búfalos.
Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos
e te louvarei no meio da assembleia.

Evangelho segundo S. João 19,28-37.

Naquele tempo, Jesus Cristo, sabendo que tudo se consumara para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!»
Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca.
Quando tomou o vinagre, Jesus Cristo disse: «Tudo está consumado.» E inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente.
Mas, ao chegarem a Jesus Cristo, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade para vós crerdes também.
É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso.
E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram.

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano Meditação sobre a Paixão

«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então compreendereis que Eu sou» (Jo 8,28)

Vinde, vós todos que amais a Deus; vede o que Nosso Senhor fez por vós. Vinde, vós todos que fostes resgatados pelo sangue puríssimo do Cordeiro inocente; vede e compreendei o que Ele sofreu por causa do nosso pecado. Hoje abre-se para nós o Livro da Vida, os sete selos são quebrados (Ap 6). A verdade resplandece, nela se manifestam os tesouros da sabedoria e da ciência (Ro 11,33); brota a fonte que contém os mistérios de Deus.

Hoje rompe-se o antigo véu (Mt 27,51), todas as aparências dão lugar à realidade. O Santo dos Santos abre-se de par em par, graças a Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote (He 2,17). O sacrifício que Ele oferece não é senão o Seu próprio sangue. Hoje, em Jesus Cristo, é revelado o sentido de todos os símbolos, são descobertos todos os mistérios. Hoje abre-se o tesouro imenso do pai de família do qual fruirão plenamente todos os pobres, todos os fracos, todos os oprimidos. Cada um pode beber nas chagas do Senhor a graça de que mais necessita. […]

Hoje manifestou-se, acima de todas as coisas, o admirável mistério: o Rei dos homens faz-se o rebotalho da humanidade; o Altíssimo faz-se o último de todos; o Filho único de Deus oferece-Se livremente à cruz pelos pobres pecadores que somos nós. Ele quer pregar o pecado na cruz, matar a morte e, pelo Seu sangue precioso, destruir a nota da dívida onde estão registadas as nossas faltas (Col 2,14). […]

Não foi Ele que disse: «Quando Eu for elevado, atrairei tudo a Mim» (Jo 12,32)? Tudo, quer dizer, todos os homens (mulheres e crianças), em quem tudo se reúne. Muitos homens encontram a cruz; entre muitas tribulações, Deus leva-os a essa cruz para os atrair a Si. Então eles carregam de bom grado a sua própria cruz e assim tornam-se verdadeiros amigos de Deus.

3-Quarta-feira, dia 08 de Fevereiro de 2012

Quarta-feira da 5ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, a rainha de Sabá, tendo ouvido falar da fama que Salomão alcançara para glória do Senhor, veio pô-lo à prova por meio de enigmas.
Chegou a Jerusalém com um séquito muito importante, com camelos carregados de aromas, enorme quantidade de ouro e pedras preciosas. Tendo-se apresentado a Salomão falou-lhe de tudo quanto trazia na ideia.
Salomão respondeu-lhe a tudo; nenhuma questão foi tão enredada que o rei lhe não desse solução.
A rainha de Sabá viu toda a sabedoria de Salomão bem como a casa que ele tinha construído;
viu as vitualhas da sua mesa e o alojamento dos seus criados, as habitações e os uniformes dos seus oficiais, os copeiros do rei e os holocaustos que imolava no templo do Senhor e ficou deslumbrada.
Disse então ao rei: “É realmente verdade o que tenho ouvido na minha terra acerca das tuas palavras e da tua sabedoria.
Não quis acreditar nisso antes de vir aqui e ver com os meus próprios olhos; ora o que me dizem não era sequer metade; tu ultrapassas em sabedoria tudo quanto até mim tinha chegado.
Felizes os teus homens, felizes os teus servos que estão sempre contigo e ouvem a tua sabedoria!
Bendito seja o Senhor, teu Deus, a quem aprouve colocar-te sobre o trono de Israel. É porque o Senhor ama Israel com amor eterno que Ele te constituiu rei para exercer o direito e a justiça”.
Depois ela deu ao rei cento e vinte talentos de ouro e grande quantidade de perfumes e pedras preciosas. Jamais se tinha acumulado tão grande quantidade de perfumes como os que a rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão.

Livro de Salmos 37(36),5-6.30-31.39-40.

Confia ao Senhor o teu destino,
confia nele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar como luz, a tua justiça,
e como sol do meio-dia, os teus direitos.-
A boca do justo profere a sabedoria
e a sua língua fala sempre com rectidão.
Ele traz no coração a lei do seu Deus;
por isso os seus passos não vacilam.-
A salvação dos justos vem do Senhor;
Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O Senhor os ajuda e defende
porque n'Ele se refugiam.

Evangelho segundo S. Marcos 7,14-23.

Naquele tempo, Jesus Cristo chamou de novo para junto de Si a multidão e disse-lhes: «Ouvi-me todos e procurai entender.
Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Quando, ao deixar a multidão, regressou a casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola.
Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no homem o pode tornar impuro
porque não penetra no coração mas sim no ventre e depois é expelido em lugar próprio?» Assim declarava puros todos os alimentos.
E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro.
Porque é do interior do coração dos homens que saem
os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios,
adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios.

Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo Homilias sobre as Bem-aventuranças, n°6

«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50,12)

«Felizes os puros de coração porque verão a Deus» (Mt 5,8). Com facilidade acreditamos que um coração purificado nos fará conhecer a alegria suprema, mas tal purificação de coração parece tão ilusória como a subida aos céus. Que escada de Jacob (Gn 28,12), que carro de fogo semelhante ao que transportou o profeta Elias para o céu (2Rs 2,11) encontraremos nós que nos leve o coração até à beleza celeste e que no-lo liberte de todo o seu peso terreno? […]

Não é sem dificuldade que alcançamos a virtude: quanto suor, quantas provações! Quanto esforço e sofrimento! As Escrituras lembram-nos muitas vezes: «como é estreita a porta e quão apertado é o caminho» que leva ao Reino, ao passo que «larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição» pelo pecado (Mt 7,13-14). E, no entanto, as mesmas Escrituras asseguram-nos de que podemos alcançar essa existência superior. [...] Como nos tornarmos puros? O Sermão da montanha ensina-no-lo em quase todos os passos. Lede os mandamentos nele expressos uns após outros e descobrireis a verdadeira arte da purificação do coração. […]

Ao mesmo tempo que Jesus Cristo nos promete a bem-aventurança, instrui-nos e forma-nos para o bom êxito desta promessa. Não é certamente sem dificuldades que se atinge a bem-aventurança. Mas compara bem tais dificuldades com a existência de que elas te afastam e verás quão mais penoso é o pecado, se não no imediato, pelo menos na vida futura. [...] Infelizes aqueles cujo espírito se mantém, com obstinação, na impureza! Apenas verão a face do Adversário. Contrariamente, a existência de um justo ficará marcada pela efígie de Deus. [...]. Sabemos que traços reveste, por um lado, uma vida de pecado e, por outro, uma vida de justiça. Face à alternativa, temos a liberdade de escolher. Fujamos portanto do rosto do demónio, arranquemos a sua máscara odiosa e, revestidos da imagem divina, purifiquemos o coração. Possuiremos assim a alegria e a imagem divina brilhará em nós, graças à nossa pureza em Cristo Jesus, Nosso Senhor.

Quinta-feira, dia 09 de Fevereiro de 2012

Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum



Quando Salomão envelheceu, as suas mulheres desviaram-lhe o coração para outros deuses e assim o seu coração já não era inteiramente do Senhor, seu Deus, contrariamente ao que sucedeu com David, seu pai.
Foi atrás de Astarté, deusa dos sidónios, e de Milcom, abominação dos amonitas.
Salomão fez o mal aos olhos do Senhor e não seguiu inteiramente o Senhor como David, seu pai.
Por essa altura, ergueu Salomão um lugar alto a Camós, deus de Moab, e a Moloc, ídolo dos amonitas, sobre o monte que fica mesmo em frente de Jerusalém.
E fez o mesmo por todas as suas mulheres estrangeiras que queimavam incenso e sacrificavam aos seus deuses.
O Senhor irritou-se contra Salomão, pois o seu coração se afastara do Senhor, Deus de Israel, que se lhe tinha revelado por duas vezes
e lhe ordenou sobre estas coisas para não seguir os deuses estrangeiros. Ele, porém não cumpriu o que o Senhor lhe prescrevera.
Então o Senhor disse-lhe: “Já que procedeste assim e não guardaste a minha aliança nem as leis que te prescrevi, vou tirar-te o reino e vou dá-lo a um dos teus servos.
Entretanto, não o farei durante a tua vida por causa de David, teu pai; é das mãos de teu filho que Eu o arrancarei.
Mas não hei-de tirar-lhe toda a realeza: deixarei uma tribo ao teu filho, por causa de David, meu servo, e por causa de Jerusalém que Eu escolhi”.

Livro de Salmos 106(105),3-4.35-36.37.40.

Felizes os que observam os seus preceitos
e fazem sempre o que é justo.
Lembra-te de mim, Senhor, por amor do teu povo.
Vem trazer-me a tua salvação-
Misturaram-se com esses povos
e aprenderam os seus costumes.
Prestaram culto aos seus ídolos
que foram para eles uma armadilha.-
Imolaram os seus filhos e as suas filhas em sacrifício aos demónios.
Por isso, o Senhor se indignou com o seu povo
e ficou desgostoso com a sua herança.

Evangelho segundo S. Marcos 7,24-30.

Naquele tempo, Jesus Cristo foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido
porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés.
Era gentia, siro-fenícia de origem e pedia-lhe que expulsasse da filha o demónio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.»
Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.»
Jesus Cristo disse-lhe: «Em atenção a essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha.»
Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demónio tinha-a deixado.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 52, § 2

«Os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos»

Ao aproximar-se de Jesus Cristo, a Cananeia só diz estas palavras: «Tem piedade de mim» (Mt 15,22) e os seus gritos redobrados atraem um grande número de pessoas. Era um espectáculo comovente, ver uma mulher gritar com tanta emoção, uma mãe implorar pela sua filha, uma criança tão duramente maltratada. [...] Ela não diz: «tem piedade da minha filha», mas: «tem piedade de mim». «A minha filha não se apercebe do seu mal; eu, pelo contrário, experimento mil sofrimentos, fico doente de a ver naquele estado, fico quase louca de a ver assim.» […]

Jesus Cristo responde-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15,24). Que faz a Cananeia depois de ter escutado estas palavras? Vai-se embora em silêncio? Perde a coragem? Não! Insiste ainda mais. Não é isso que nós fazemos: quando não somos atendidos, retiramo-nos desencorajados quando o que era preciso era insistir com mais ardor. Quem, na verdade, não ficaria desencorajado com a resposta de Jesus Cristo? O Seu silêncio seria suficiente para eliminar toda a esperança. [...] Mas esta mulher não perde a coragem, pelo contrário, aproxima-se mais e prostra-se dizendo: «Socorre-me, Senhor (v. 25). [...] Se eu fosse um cãozinho nesta casa, já não seria uma estrangeira. Sei muito bem que a comida é necessária aos filhos [...], mas não se pode proibi-los de dar as migalhas aos cães. Não mas deves recusar [...] porque eu sou o cãozinho que não se pode mandar embora.»

E como já previa a Sua resposta, Jesus Cristo demorou a satisfazer-lhe a prece. [...] As Suas respostas não se destinavam a fazer sofrer a mulher, mas a revelar esse tesouro escondido.

Sexta-feira, dia 10 de Fevereiro de 2012

Sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Escolástica, virgem, +543 Livro de 1º Reis 11,29-32.12,19.

Naqueles dias, quando Jeroboão saiu de Jerusalém, o profeta Aías de Silo encontrou-o no caminho. Aías estava coberto com um manto novo e estavam só os dois no campo.
Então Aías tomou o manto novo com que se cobria e rasgou-o em doze pedaços.
E disse a Jeroboão: “Toma dez pedaços para ti, pois assim diz o Senhor, Deus de Israel: ‘Eis que Eu vou tirar o reino das mãos de Salomão e dar-te-ei as dez tribos.
Ficar-lhe-á, porém uma tribo por causa do meu servo David e da cidade de Jerusalém que Eu escolhi de entre todas as tribos de Israel’”
O reino de Israel esteve em revolta contra a casa de David até ao dia de hoje.

Livro de Salmos 81(80),10-11ab.12-13.14-15.

'Não terás contigo um deus estrangeiro
nem te prostrarás diante de um deus estranho.
Eu sou o Senhor, teu Deus,
que te tirou da terra do Egipto.-
Mas o meu povo não quis ouvir me;
Israel não quis obedecer.
Por isso, entreguei-os à sua obstinação;
deixei-os seguir os seus caprichos.-
Se o meu povo me tivesse escutado!
Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Num instante Eu humilharia os seus inimigos
e castigaria os seus adversários.
Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.

Naquele tempo, Jesus Cristo deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus Cristo meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus Cristo mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do séc. II), n.º 12

«Soltou-se a prisão da língua e falava correctamente»

De palavras de verdade me cumulou o Senhor
Para que pudesse anunciá-la
E da minha boca a verdade
Flui como um rio.
Os meus lábios mostram os seus frutos:
O Senhor fez-me transbordar de conhecimento.-
Porque a boca do Senhor
Pronuncia o Verbo verdadeiro,
Ela é a porta da Sua luz.
O Altíssimo enviou ao mundo a Sua Palavra
E os que cantam a Sua beleza;
Os arautos da Sua majestade
E os mensageiros dos Seus desígnios;
Os evangelistas da Sua mente
E os apóstolos das Suas obras.-
A subtileza do Verbo
Desafia qualquer descrição. [...]
O Seu curso não tem fim,
Mantém-Se sempre de pé e nunca cai por terra;
Ninguém Lhe conhece a descida nem o caminho. [...]
Ele é a luz e a aurora do pensamento
E n'Ele começa o mundo a exprimir-se.
Todos os que se calavam, encontraram n'Ele a Palavra
Porque d'Ele provêm o amor e a razão de ser.-
Inspirados pelo Verbo,
Todos os seres criados podem dizer quem são.
Todos reconheceram o Criador
E n'Ele encontraram a sua harmonia
Porque lhes falou a boca do Altíssimo.-
Assim permanece o Verbo no homem,
A Sua verdade é o amor.
Feliz daquele a quem permite
Transpor todos os mistérios
E conhecer o Senhor na Sua verdade. Aleluia!

Sábado, dia 11 de Fevereiro de 2012

Sábado da 5a semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora de Lourdes
Calendário da Igreja disponível este dia
Livro de 1º Reis 12,26-32.13,33-34.

Quando Jeroboão se tornou rei das dez tribos de Israel, pensou consigo: «A realeza pode voltar para a casa de David.
Se o povo continuar a subir a Jerusalém para oferecer sacrifícios no templo do Senhor, o seu coração voltará para o seu soberano, Roboão, rei de Judá, e acabarão por matar-me».
Depois de ter tomado conselho, Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro e disse ao povo: «Não subireis mais a Jerusalém. Israel, aqui estão os teus deuses que te fizeram sair da terra do Egipto».
Colocou um bezerro em Betel e outro em Dan, o que constituiu uma ocasião de pecado para Israel
porque o povo ia a Dan para adorar o bezerro.
Jeroboão construiu santuários nos lugares altos e estabeleceu como sacerdotes homens do povo que não eram descendentes de Levi.
Jeroboão nunca se converteu do seu mau caminho e continuou a nomear como sacerdotes, homens do povo. Dava a investidura a quem o quisesse para se tornar sacerdote nos lugares altos.
Semelhante procedimento fez pecar a casa de Jeroboão, causou a sua ruína e o seu extermínio da face da Terra.

Livro de Salmos 106(105),6-7a.19-20.21-22.

Pecámos como os nossos pais,
fomos ímpios e pecadores.
Os nossos pais, quando estavam no Egipto,
não entenderam as tuas maravilhas.-
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso
pela figura de um animal que come feno.-
Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam,
feitos gloriosos no Mar dos Juncos.
Evangelho segundo S. Marcos 8,1-10.

Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer. Jesus Cristo chamou os discípulos e disse:
«Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm que comer.
Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho e alguns vieram de longe.»
Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão aqui no deserto?»
Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.»
Ordenou que a multidão se sentasse no chão e tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à multidão.
Havia também alguns peixinhos. Jesus Cristo abençoou-os e mandou que os distribuíssem igualmente.
Comeram até ficarem satisfeitos e houve sete cestos de sobras.
Ora eram cerca de quatro mil. Despediu-os
e subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de Dalmanuta.
Catecismo da Igreja Católica
§§1391-1395

Jesus Cristo dá-Se a si mesmo em alimento

Os frutos da comunhão eucarística: Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união íntima com Cristo Jesus. De facto, o Senhor diz: «Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6, 56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: «Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que Me come viverá por Mim» (Jo 6, 57). […]

O que o alimento material produz na nossa vida corporal, realiza-o a Comunhão de modo admirável na nossa vida espiritual. A comunhão da carne de Jesus Cristo Ressuscitado, «vivificada pelo Espírito Santo e vivificante», conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Baptismo. Este crescimento da vida cristã precisa de ser alimentado pela Comunhão eucarística, pão da nossa peregrinação, até à hora da morte em que nos será dado como viático.

A Comunhão afasta-nos do pecado: O corpo de Jesus Cristo que recebemos na Comunhão é «entregue por nós» e o sangue que bebemos é «derramado pela multidão para remissão dos pecados». É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Jesus Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos e nos preservar dos pecados futuros:
«Sempre que O recebemos, anunciamos a morte do Senhor» (1 Co 11,26). Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. […]

Tal como o alimento corporal serve para restaurar as forças perdidas assim também a Eucaristia fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer-se e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais. [...] Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia preserva-nos dos pecados mortais futuros.

Domingo, dia 12 de Fevereiro de 2012

6º Domingo do Tempo Comum - Ano B



O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
«Quando um homem tiver na pele do seu corpo um tumor, uma doença de pele ou uma mancha, podendo degenerar numa afecção leprosa sobre a pele, será apresentado ao sacerdote Aarão ou a um dos sacerdotes seus descendentes.
essa pessoa é leprosa, é impura; o sacerdote declará-la-á impura; o mal atingiu-a na cabeça.
E o leproso atingido por tal afecção deve rasgar as roupas, desalinhar o cabelo, tapar-se até à boca e gritar: ‘Impuro!... Impuro!’
Enquanto conservar a chaga, será impuro, viverá isolado e a sua residência será fora do acampamento.»

Livro de Salmos 32(31),1-2.5.11.

Feliz aquele a quem é perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade
e em cujo espírito não há engano.-
Confessei-te o meu pecado
e não escondi a minha culpa.
Disse: "Confessarei ao Senhor a minha falta"
e Tu me perdoaste a culpa do pecado.-
Vós sois o meu refúgio, defendei-me dos perigos,
fazei que à minha volta só haja hinos de vitória.
Alegrai-vos, justos, e regozijai-vos no Senhor,
exultai, vós todos os que sois rectos de coração.
1ª Carta aos Coríntios 10,31-33.11,1.

Irmãos: Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.
Não vos torneis ocasião de escândalo nem para os judeus, nem para os gregos, nem para a Igreja de Deus.
Fazei como eu que me esforço por agradar a todos em tudo, não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número a fim de que eles sejam salvos.
Sede meus imitadores como eu o sou de Jesus Cristo.

Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.

Naquele tempo, veio ter com Jesus Cristo um leproso. Caiu de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes purificar-me.»
Compadecido, Jesus Cristo estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.»
Imediatamente a lepra deixou-o e ficou purificado.
E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo:
«Livra-te de falar disto a alguém; vai antes mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés a fim de lhes servir de testemunho.»
Ele, porém assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido a ponto de Jesus Cristo não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.

Santa Teresa d'Ávila (1515-1582), carmelita, doutora da Igreja Vida escrita pela própria, cap. 25

«Se quiseres, podes»

Meu terno mestre, sois efectivamente o verdadeiro amigo! Sendo todo-poderoso, tudo o que quereis, podeis. E nunca deixais de querer para quem Vos ama. Tudo o que há no mundo Vos louve, Senhor! Como fazer ecoar a minha voz por todo o universo para anunciar como sois fiel aos Vossos amigos? Todas as criaturas podem faltar-nos: Vós, que sois o senhor de todas elas, nunca nos faltareis.

Aqueles que Vos amam não sofrem durante muito tempo! Ó meu mestre, que delicadeza, que atenção, que ternura demonstrais para com eles! Sim, feliz daquele que nunca deixou de Vos amar! É verdade que tratais os Vossos amigos com rigor, mas creio que é para que o Vosso amor ressoe ainda mais fortemente nos momentos de maior sofrimento. Meu Deus, não tenho inteligência, nem talento, nem palavras novas para falar das Vossas obras tal como a minha alma as concebe! Tudo me falta, meu Senhor. Mas desde que não me abandoneis, eu jamais Vos abandonarei. […]

Sei por experiência com que proveitos fazeis sair da provação os que põem em Vós toda a confiança. Enquanto vivi em aflição amarga [...], as únicas palavras que ouvi [...] foram suficientes para dissipar a minha dor e voltar a sentir a tranquilidade perfeita: «Nada temas, minha filha; sou Eu, não te abandonarei. Nada temas.» [...] E eis que, apenas com estas palavras, a calma desceu sobre mim, sinto-me forte, corajosa, tranquilizada; sinto renascer a paz e a luz. Num instante, a minha alma foi transformada.
Os meus blogues







----------------------------







http://www.psd.pt/ Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)






Sem comentários:

Enviar um comentário