"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna".
João 6, 68
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Domingo,
dia 15 de Abril de 2018
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e
de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servidor Jesus, que vós
entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a
soltá-l’O.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino;
matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos e nós somos
testemunhas disso.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância como também os vossos
chefes.
Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de
todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Portanto, arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam
perdoados».
Livro de Salmos 4,2.4.7.9.
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.
Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa presença.
Em paz me deito e adormeço tranquilo
porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança.
1.ª Carta de São João 2,1-5a.
Meus filhos, escrevo-vos isto para que não pequeis. Mas se alguém
pecar, nós temos Jesus Cristo, o
Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados e não só pelos nossos, mas
também pelos do mundo inteiro.
E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a
verdade não está nele.
Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.
Evangelho segundo São Lucas 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha
acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus Cristo ao partir do
pão.
Enquanto diziam isto, Jesus Cristo apresentou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque estais perturbados e porque se levantam
esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito
não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar,
perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda
estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na
Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de
ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento
e o perdão dos pecados a todas as
nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 12; PG 74, 704
«Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»
Ao entrar no
Cenáculo com as portas trancadas, Jesus Cristo mostrou, uma vez mais, que é o
Filho de Deus por natureza, embora não seja diferente daquele que
anteriormente vivia com os seus discípulos. Ao descobrir-lhes o lado, mostrando-lhes
as marcas dos cravos, mostrou-lhes claramente que tinha reconstruído o templo
do seu corpo que fora suspenso da cruz (cf Jo 2,19), destruindo a morte
física, uma vez que Ele é, por natureza, a Vida e é o Filho de Deus. [...]
Mesmo que Jesus Cristo tivesse querido tornar visível aos discípulos a glória
do seu corpo antes de subir para o Pai, os nossos olhos não teriam tido
capacidade de suportar tal visão. Percebemos que assim é recordando a
transfiguração que teve lugar no alto da montanha (Mt 17,1s). [...] Foi por
isso que, observando com precisão os planos divinos, Nosso Senhor Jesus
Cristo apareceu no Cenáculo ainda com a forma que tivera no passado (sim, mas
sem os ossos) e não segundo a glória que é devida e que convém ao seu templo
transfigurado. Ele não queria que a fé na ressurreição dissesse respeito a um
aspecto e a um corpo diferentes daqueles que tinha recebido da Santíssima
Virgem e nos quais morreu, depois de ter sido crucificado, segundo as
Escrituras. [...]
O Senhor saúda os seus discípulos, dizendo-lhes: «A paz esteja convosco».
Deste modo, declara que Ele próprio é a paz
porque quantos usufruem da sua presença usufruem também de um espírito
perfeitamente pacificado. Era precisamente isso que São Paulo desejava aos
discípulos quando lhes dizia: «A paz de Deus, que ultrapassa toda a
inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo
Jesus» (Fil 4,7). Para São Paulo, a paz de Jesus Cristo, que ultrapassa tudo
quanto pode ser concebido, não é senão o seu Espírito (cf Jo 20,21-22);
aquele que participa no seu espírito será cumulado de todos os bens.
Segunda-feira,
dia 16 de Abril de 2018
Segunda-feira da 3.ª
semana da Páscoa
Santo do dia : São
Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa
Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa
Bernadette, vidente de Lourdes, +1879
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-15.
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia
grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de
Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que
ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir
blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram
inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas que disseram: «Este homem não cessa de
proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, de Nazaré, destruirá este lugar e mudará
os costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu
rosto parecia o rosto de um Anjo.
Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servidor meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.
Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.
Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.
Evangelho segundo São João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus
discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão
que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e
que Jesus Cristo não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham
partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles
tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam
ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus Cristo.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando
chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós
procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e
ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura
até à vida eterna e que o Filho
do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu
selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de
Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska
(1905-1938), religiosa
Diário, § 1323
«A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou»
Inclino-me,
Pão dos Anjos, diante de Vós,
com profunda fé, esperança, caridade,
e do fundo da minha alma glorifico-Vos
embora eu nada seja senão nulidade.
Inclino-me diante de Vós, Deus ocultado,
e adoro-Vos de todo o meu coração,
não me impedindo o mistério velado,
amo-Vos como os do céu, em eleição.
Inclino-me diante de Vós, Cordeiro divino,
que os pecados da minha alma tirais,
em meu coração sois alimento matutino,
Vós que, para a salvação, me ajudais.
Terça-feira,
dia 17 de Abril de 2018
Terça-feira da 3.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos
escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos,
sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados
assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também
mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora
traidores e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes
cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam
os dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
«Vejo o Céu aberto e o Filho
do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois
atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas
este pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.
Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa presença,
longe das intrigas dos homens.
Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.
Evangelho segundo São João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que milagres
fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto, os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito:
‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi
Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do
Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu
sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em
Mim nunca mais terá sede».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilias sobre o Evangelho de João, n.º 45
O verdadeiro pão descido do Céu
Os judeus diziam:
«Os nossos pais comeram o maná no deserto». E o Salvador podia ter-lhes
respondido: «Eu fiz um milagre maior que o de Moisés: Eu não preciso de
vara nem de orações (cf Ex 9,23; 17,9s); fiz tudo isto por Mim próprio,
pela minha própria autoridade. Vós recordais o prodígio do maná, mas Eu
dei-vos pão em abundância». Porém, ainda não chegara o momento de falar
desse modo. Jesus Cristo só tinha uma coisa em mente: atraí-los a Si para
que eles Lhe pedissem um alimento espiritual [...]: «Não foi Moisés que
vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu»
[...].
Jesus Cristo chama verdadeiro pão a este pão que o Pai dá. Não é que o
milagre do maná fosse falso; mas o maná era uma prefiguração de um pão
superior e mais maravilhoso [...]: «O pão de Deus é o que desce do Céu
para dar a vida ao mundo», ao mundo inteiro e não somente aos judeus.
Este pão não é apenas um alimento, é uma vida, uma vida diferente desta,
uma vida completamente outra: este pão dá a vida verdadeira. [...] O
próprio Jesus Cristo é este pão porque é o Verbo, a Palavra de Deus, da
mesma maneira que, nas nossas igrejas, Ele Se torna o pão do céu pela
descida do Espírito Santo.
Quarta-feira, dia 18 de Abril de 2018
Quarta-feira
da 3.ª semana da Páscoa
Naquele dia,
levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e
todos, à excepção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da
Judeia e da Samaria.
Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele.
Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava
homens e mulheres e metia-os na prisão.
Entretanto os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar
a palavra do Evangelho.
Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou
a anunciar Jesus Cristo àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las
e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos
e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.
Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.
Aclamai a Deus, Terra
inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».
«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.
Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder.
Evangelho segundo São João 6,35-40.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem
acredita em Mim nunca mais terá sede.
No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’.
Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não
os rejeitarei
porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade
d’Aquele que Me enviou.
E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no
último dia.
De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha
a vida eterna e Eu o
ressuscitarei no último dia».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João XXIII
(1881-1963), Papa
L'Osservatore Romano 20/09/59
«Aquele que vem a Mim nunca mais terá fome»
O problema económico é o
terrível desconhecido da nossa época atormentada. O problema do pão
quotidiano, do bem-estar é a incerteza angustiante que nos oprime no
meio das multidões agitadas e insatisfeitas e, por vezes, ai (meu
Deus), esfomeadas. É uma obrigação nossa unir esforços, fazer os
sacrifícios necessários, segundo a doutrina católica extraída do
Evangelho e as instruções claras e solenes da Igreja, a fim de
contribuir para a busca de uma solução equitativa para todos. Mas em
vão nos esforçaremos para encher de pão os estômagos e satisfazer
outros desejos [...], se não conseguirmos alimentar as almas com o
verdadeiro Pão da Vida, substancial e divino: alimentá-las deste Jesus
Cristo de que têm fome e unicamente graças ao qual poderão retomar o
caminho «até à montanha do Senhor» (1Rs 19,8).
Em vão pediremos aos economistas e legisladores novas formas de vida
social, se desviarmos os olhos do povo do doce e maternal sorriso de
Maria, cujos braços estão abertos para acolher todos os seus filhos.
Em seu seio, abate-se o orgulho, os corações apaziguam-se na santa
poesia da paz cristã e do amor. Conjuguemos esforços para que jamais
se separe do coração do homem o que Deus, na doutrin católica e na
história do mundo, tão maravilhosamente uniu: a Eucristia e a Jovem.
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Quinta-feira, dia 19 de Abril de 2018
Quinta-feira
da 3ª semana da Páscoa
Santo do dia
: Santo
Expedito, mártir, séc. III, São
Leão IX, Papa, +1054, Santa
Maria da Incarnação, viúva, religiosa, +1613
Livro dos Actos dos Apóstolos 8,26-40.
Naqueles dias,
o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o
sul, pelo caminho desértico que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho,
encontrou-se com um eunuco etíope que era alto funcionário de
Candace, rainha da Etiópia e administrador geral do seu tesouro.
Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro,
a ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse
carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta
Isaías, perguntou-lhe: «Entendes, porventura, o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me
explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se
junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como
cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a
tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua
descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o
profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da
Escritura, anunciou-lhe Jesus Cristo.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali
está água. Que me impede de ser baptizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é
possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o
eunuco deixou de o ver, mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as
cidades por onde passava até que chegou a Cesareia.
Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Povos da terra,
bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida e não deixou que nossos pés
vacilassem.
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece
nem me retirou a sua misericórdia.
Evangelho segundo São João 6,44-51.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai,
que Me enviou, não o trouxer e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve
o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de
Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o Pão da Vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu para que não morra quem dele
comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei
pela vida do mundo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição «Sacrosanctum Concilium», sobre a sagrada liturgia, §§
47-48
«E o pão que Eu hei-de dar é a minha
carne que Eu darei pela vida do mundo»
Na
última ceia, na noite em que foi entregue, o nosso Salvador
instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e do seu sangue
para perpetuar pelo decorrer dos séculos até Ele voltar, o
sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o
memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal
de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Jesus
Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da
glória futura.
É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os
cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores
mudos, mas participem na acção sagrada consciente, activa e
piedosamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e das
orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; se alimentem à mesa
do corpo do Senhor; agradeçam a Deus; aprendam a oferecer-se a si
mesmos, ao oferecerem juntamente com o sacerdote e não só pelas
mãos dele, a hóstia
imaculada que, dia após dia, por Jesus Cristo mediador, progridam
na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos
(1Cor 15,28).
Sexta-feira, dia 20 de Abril de 2018
Sexta-feira
da 3.ª semana da Páscoa
Naqueles
dias, Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os
discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer
algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto
homens como mulheres.
Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente
envolvido numa luz intensa vinda do céu.
Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo,
porque Me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» O Senhor respondeu: «Eu sou
Jesus, a quem tu persegues.
Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».
Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos;
ouviam a voz, mas não viam ninguém.
Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos,
nada via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.
Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.
Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o
numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».
O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita
procurar, em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo que
está a orar».
Entretanto, Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias
entrava e lhe impunha as mãos para que recuperasse a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas
todo o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém
e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes
para prender todos os que invocam o teu nome».
O Senhor disse-lhe: «Vai porque esse homem é o instrumento
escolhido por Mim para levar o meu nome ao conhecimento dos
gentios, dos reis e dos filhos de Israel.
Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».
Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e
disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor — esse
Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas — a fim de
recuperares a vista e ficares cheio do Espírito Santo».
Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e
recuperou a vista. Depois levantou-se, recebeu o baptismo
e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou
alguns dias com os discípulos de Damasco
e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o
Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Evangelho segundo São João 6,52-59.
Naquele
tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a
sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se
não comerdes a carne do Filho
do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e
Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira
bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu
nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também
aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que
o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do santo Cura d'Ars»
O dom de Deus que é a missa
Todas
as boas obras do mundo juntas não equivalem ao santo sacrifício
da Missa porque são obras dos homens e a Missa é obra de Deus. Em
comparação com ela, o martírio nada é, pois é o sacrifício que o
homem faz da sua vida a Deus; ora, a missa é o sacrifício que o Filho de Deus faz ao
homem do seu corpo e do seu sangue.
À voz do sacerdote, Nosso Senhor desce do céu e encerra-Se numa
hóstia. Deus poisa o seu olhar sobre o altar e diz: «Eis o meu Filho muito amado, em
quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). E nada pode recusar
aos méritos da oferenda desta vítima.
Que belo! Depois da consagração, o nosso Deus está ali, tal como
no Céu! [...] Se o homem conhecesse bem este mistério, morreria
de amor. Deus poupa-nos por causa da nossa fraqueza.
Oh!, se tivéssemos fé,
se compreendêssemos o preço do santo sacrifício, poríamos
bastante mais empenho em assistir a ele!
Sábado, dia 21 de Abril de 2018
Sábado
da 3.ª semana da Páscoa
Naqueles
dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e
Samaria, consolidava-se e caminhava no amor do Senhor e crescia
na consolação do Espírito Santo.
Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até
junto dos fiéis que habitavam em Lida.
Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem
chamado Eneias, que era paralítico.
Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te
e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.
Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram
ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada
Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e
esmolas que fazia.
Nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado,
depositaram-na na sala superior.
Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que
Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem
depressa ter connosco».
Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no
à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e
mostrando as túnicas e os mantos feitos por Gazela, enquanto
estava ainda com elas.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou.
Depois, voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te».
Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Pedro estendeu-lhe a mão, levantou-a e, chamando os fiéis e as
viúvas, apresentou-lha viva.
Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no
Senhor.
Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como
agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Evangelho segundo São João 6,60-69.
Naquele
tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram:
«Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?»
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos
murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto
escandaliza-vos?
E se virdes o Filho
do Homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As
palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus
Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não
acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a
Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não
andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida
eterna.
Nós acreditamos e
sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre S. João, 14-16
«Também vós quereis ir embora?»
«Meu
Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de
Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33).
[...] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e
não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me
acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram?
Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rom
3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não
repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é
esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce
segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus
pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não
será num segredo destes que entrará aquele servidor fiel que
ouve dizer: « Entra no
gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?
«Não repelirei aquele que vem a Mim porque desci do Céu não
para fazer a minha vontade mas a daquele que Me enviou» (Jo
6,38). Mistério profundo! [...] Sim, para curar a causa de
todos os males, isto é, a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Porque és
arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez
te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então
a humildade de Deus. [...] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem:
toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque o Filho de Deus ensina a
humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade daquele
que Me enviou. [...] Desci do Céu humilde, para ensinar a
humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim
tornar-se-á membro do meu Corpo; aquele que vem a Mim
tornar-se-á humilde. [...] Não fará a sua vontade, mas a de
Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf
Gn 3,24). ©
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