quarta-feira, 25 de abril de 2018

Cristianismo 256 até 21-04-2018



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 15 de Abril de 2018

3º Domingo da Páscoa

Santo do dia : Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68

Livro dos Actos dos Apóstolos 3,13-15.17-19.
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servidor Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino;
matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos e nós somos testemunhas disso.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância como também os vossos chefes.
Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Portanto, arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam perdoados».

Livro de Salmos 4,2.4.7.9.
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».

Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa presença.
Em paz me deito e adormeço tranquilo
porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança.



1.ª Carta de São João 2,1-5a.
Meus filhos, escrevo-vos isto para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.

Evangelho segundo São Lucas 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus Cristo ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus Cristo apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 12; PG 74, 704
«Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»
Ao entrar no Cenáculo com as portas trancadas, Jesus Cristo mostrou, uma vez mais, que é o Filho de Deus por natureza, embora não seja diferente daquele que anteriormente vivia com os seus discípulos. Ao descobrir-lhes o lado, mostrando-lhes as marcas dos cravos, mostrou-lhes claramente que tinha reconstruído o templo do seu corpo que fora suspenso da cruz (cf Jo 2,19), destruindo a morte física, uma vez que Ele é, por natureza, a Vida e é o Filho de Deus. [...]
Mesmo que Jesus Cristo tivesse querido tornar visível aos discípulos a glória do seu corpo antes de subir para o Pai, os nossos olhos não teriam tido capacidade de suportar tal visão. Percebemos que assim é recordando a transfiguração que teve lugar no alto da montanha (Mt 17,1s). [...] Foi por isso que, observando com precisão os planos divinos, Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu no Cenáculo ainda com a forma que tivera no passado (sim, mas sem os ossos) e não segundo a glória que é devida e que convém ao seu templo transfigurado. Ele não queria que a fé na ressurreição dissesse respeito a um aspecto e a um corpo diferentes daqueles que tinha recebido da Santíssima Virgem e nos quais morreu, depois de ter sido crucificado, segundo as Escrituras. [...]
O Senhor saúda os seus discípulos, dizendo-lhes: «A paz esteja convosco». Deste modo, declara que Ele próprio é a paz porque quantos usufruem da sua presença usufruem também de um espírito perfeitamente pacificado. Era precisamente isso que São Paulo desejava aos discípulos quando lhes dizia: «A paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus» (Fil 4,7). Para São Paulo, a paz de Jesus Cristo, que ultrapassa tudo quanto pode ser concebido, não é senão o seu Espírito (cf Jo 20,21-22); aquele que participa no seu espírito será cumulado de todos os bens.


Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2018

Segunda-feira da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, de Nazaré, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.

Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servidor meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.

Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.

Evangelho segundo São João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus Cristo não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus Cristo.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, § 1323
«A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou»

Inclino-me, Pão dos Anjos, diante de Vós,
com profunda fé, esperança, caridade,
e do fundo da minha alma glorifico-Vos
embora eu nada seja senão nulidade.

Inclino-me diante de Vós, Deus ocultado,
e adoro-Vos de todo o meu coração,
não me impedindo o mistério velado,
amo-Vos como os do céu, em eleição.

Inclino-me diante de Vós, Cordeiro divino,
que os pecados da minha alma tirais,
em meu coração sois alimento matutino,
Vós que, para a salvação, me ajudais.


Terça-feira, dia 17 de Abril de 2018

Terça-feira da 3.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680, Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624

Livro dos Actos dos Apóstolos 7,51-60.8,1a.
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
«Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa presença,
longe das intrigas dos homens.

Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.

Evangelho segundo São João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto, os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de João, n.º 45
O verdadeiro pão descido do Céu
Os judeus diziam: «Os nossos pais comeram o maná no deserto». E o Salvador podia ter-lhes respondido: «Eu fiz um milagre maior que o de Moisés: Eu não preciso de vara nem de orações (cf Ex 9,23; 17,9s); fiz tudo isto por Mim próprio, pela minha própria autoridade. Vós recordais o prodígio do maná, mas Eu dei-vos pão em abundância». Porém, ainda não chegara o momento de falar desse modo. Jesus Cristo só tinha uma coisa em mente: atraí-los a Si para que eles Lhe pedissem um alimento espiritual [...]: «Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu» [...].
Jesus Cristo chama verdadeiro pão a este pão que o Pai dá. Não é que o milagre do maná fosse falso; mas o maná era uma prefiguração de um pão superior e mais maravilhoso [...]: «O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo», ao mundo inteiro e não somente aos judeus. Este pão não é apenas um alimento, é uma vida, uma vida diferente desta, uma vida completamente outra: este pão dá a vida verdadeira. [...] O próprio Jesus Cristo é este pão porque é o Verbo, a Palavra de Deus, da mesma maneira que, nas nossas igrejas, Ele Se torna o pão do céu pela descida do Espírito Santo.


Quarta-feira, dia 18 de Abril de 2018

Quarta-feira da 3.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923

Livro dos Actos dos Apóstolos 8,1b-8.
Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à excepção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele.
Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão.
Entretanto os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho.
Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Jesus Cristo àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.

Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».

«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.

Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder.

Evangelho segundo São João 6,35-40.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede.
No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’.
Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei
porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou.
E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia.
De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João XXIII (1881-1963), Papa
L'Osservatore Romano 20/09/59
«Aquele que vem a Mim nunca mais terá fome»
O problema económico é o terrível desconhecido da nossa época atormentada. O problema do pão quotidiano, do bem-estar é a incerteza angustiante que nos oprime no meio das multidões agitadas e insatisfeitas e, por vezes, ai (meu Deus), esfomeadas. É uma obrigação nossa unir esforços, fazer os sacrifícios necessários, segundo a doutrina católica extraída do Evangelho e as instruções claras e solenes da Igreja, a fim de contribuir para a busca de uma solução equitativa para todos. Mas em vão nos esforçaremos para encher de pão os estômagos e satisfazer outros desejos [...], se não conseguirmos alimentar as almas com o verdadeiro Pão da Vida, substancial e divino: alimentá-las deste Jesus Cristo de que têm fome e unicamente graças ao qual poderão retomar o caminho «até à montanha do Senhor» (1Rs 19,8).
Em vão pediremos aos economistas e legisladores novas formas de vida social, se desviarmos os olhos do povo do doce e maternal sorriso de Maria, cujos braços estão abertos para acolher todos os seus filhos. Em seu seio, abate-se o orgulho, os corações apaziguam-se na santa poesia da paz cristã e do amor. Conjuguemos esforços para que jamais se separe do coração do homem o que Deus, na doutrin católica e na história do mundo, tão maravilhosamente uniu: a Eucristia e a Jovem.


Quinta-feira, dia 19 de Abril de 2018

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo caminho desértico que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se com um eunuco etíope que era alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta Isaías, perguntou-lhe: «Entendes, porventura, o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus Cristo.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está água. Que me impede de ser baptizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco deixou de o ver, mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as cidades por onde passava até que chegou a Cesareia.

Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Povos da terra, bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida e não deixou que nossos pés vacilassem.
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi,

vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece
nem me retirou a sua misericórdia.

Evangelho segundo São João 6,44-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o Pão da Vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição «Sacrosanctum Concilium», sobre a sagrada liturgia, §§ 47-48
«E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo»
Na última ceia, na noite em que foi entregue, o nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e do seu sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos até Ele voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Jesus Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura.
É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada consciente, activa e piedosamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e das orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; se alimentem à mesa do corpo do Senhor; agradeçam a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecerem juntamente com o sacerdote e não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada que, dia após dia, por Jesus Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos (1Cor 15,28).


Sexta-feira, dia 20 de Abril de 2018

Sexta-feira da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote

e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto homens como mulheres.
Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente envolvido numa luz intensa vinda do céu.
Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» O Senhor respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».
Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a voz, mas não viam ninguém.
Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.
Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.
Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».
O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita procurar, em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo que está a orar».
Entretanto, Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias entrava e lhe impunha as mãos para que recuperasse a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas todo o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém
e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome».
O Senhor disse-lhe: «Vai porque esse homem é o instrumento escolhido por Mim para levar o meu nome ao conhecimento dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.
Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».
Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor — esse Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas — a fim de recuperares a vista e ficares cheio do Espírito Santo».
Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois levantou-se, recebeu o baptismo
e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco
e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo São João 6,52-59.
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?».

E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do santo Cura d'Ars»
O dom de Deus que é a missa
Todas as boas obras do mundo juntas não equivalem ao santo sacrifício da Missa porque são obras dos homens e a Missa é obra de Deus. Em comparação com ela, o martírio nada é, pois é o sacrifício que o homem faz da sua vida a Deus; ora, a missa é o sacrifício que o Filho de Deus faz ao homem do seu corpo e do seu sangue.
À voz do sacerdote, Nosso Senhor desce do céu e encerra-Se numa hóstia. Deus poisa o seu olhar sobre o altar e diz: «Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). E nada pode recusar aos méritos da oferenda desta vítima.
Que belo! Depois da consagração, o nosso Deus está ali, tal como no Céu! [...] Se o homem conhecesse bem este mistério, morreria de amor. Deus poupa-nos por causa da nossa fraqueza.
Oh!, se tivéssemos , se compreendêssemos o preço do santo sacrifício, poríamos bastante mais empenho em assistir a ele!


Sábado, dia 21 de Abril de 2018

Sábado da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, consolidava-se e caminhava no amor do Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo.
Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto dos fiéis que habitavam em Lida.
Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.
Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.
Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que fazia.
Nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala superior.
Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa ter connosco».
Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e os mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com elas.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois, voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Pedro estendeu-lhe a mão, levantou-a e, chamando os fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva.
Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no Senhor.

Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Evangelho segundo São João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?»
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»

Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre S. João, 14-16
«Também vós quereis ir embora?»
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33). [...] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram? Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rom 3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não será num segredo destes que entrará aquele servidor fiel que ouve dizer: « Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?
«Não repelirei aquele que vem a Mim porque desci do Céu não para fazer a minha vontade mas a daquele que Me enviou» (Jo 6,38). Mistério profundo! [...] Sim, para curar a causa de todos os males, isto é, a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Porque és arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então a humildade de Deus. [...] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem: toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque o Filho de Deus ensina a humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade daquele que Me enviou. [...] Desci do Céu humilde, para ensinar a humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim tornar-se-á membro do meu Corpo; aquele que vem a Mim tornar-se-á humilde. [...] Não fará a sua vontade, mas a de Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf Gn 3,24).
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