domingo, 8 de abril de 2018

Cristianismo 254 até 07-04-2018


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 01 de Abril de 2018

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Festa da Igreja : Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
Santo do dia :
Santo Hugo de Grenoble, bispo, +1152

Livro dos Actos dos Apóstolos 10,34a.37-43.
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse:
Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo Demónio porque Deus estava com Ele».
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se,
não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos
Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».

Livro de Salmos 118(117),1-2.16ab-17.22-23.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

Carta aos Colossenses 3,1-4.
Irmãos: Se ressuscitastes com Jesus Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Jesus Cristo está sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Jesus Cristo em Deus.
Quando Jesus Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos manifestareis com Ele na glória.

Evangelho segundo São João 20,1-9.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena (= de Magdala ‘terra’)foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus Cristo e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus Cristo, não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus Cristo devia ressuscitar dos mortos. (corpo natural, corpo celeste, corpo espiritual. Nenhum deles morreu.)

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia para a festa da Páscoa
«Já que fostes ressuscitados com Jesus Cristo, procurai as coisas do alto» (Col 3,1)
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos: levantai-vos também vós. [...] Dia de ressurreição, feliz início do mundo novo! Celebremos esta festa com alegria: demos uns aos outros o beijo da paz! Ontem, foi imolado o cordeiro [...], o Egipto chorou os seus primogénitos [...], mas fomos protegidos por um sangue precioso. Hoje, fugimos definitivamente do Egipto e do faraó, seu tirano cruel. [...] Fomos libertados da servidão e já ninguém pode impedir-nos de celebrar, em honra do nosso Deus, a festa do nosso êxodo, de celebrar a nossa Páscoa na pureza e na verdade (cf Ex 5,2; 1Cor 5,8). [...]
Ontem, fui crucificado com Jesus Cristo; hoje, sou glorificado com Ele. Ontem, morri com Ele; hoje, volto com Ele à vida. Ontem, fui sepultado com Jesus Cristo; hoje, ressuscito com Ele. [...] Levemos, pois as nossas oferendas Àquele que sofreu e ressuscitou por nós [...]. Ofereçamo-nos a nós mesmos, pois este é o presente mais precioso aos olhos de Deus, o mais próximo dele. Ofereçamos à imagem de Deus que está em nós o brilho que convém a esta imagem: reconheçamos a nossa grandeza; honremos o nosso modelo; compreendamos a força deste mistério e as razões da morte de Jesus Cristo. Tornemo-nos semelhantes a Jesus Cristo, uma vez que Ele Se tornou semelhante a nós; tornemo-nos Deus (Jesus Cristo sempre se afirmou Filho de Deus e Filho do Homem; não Deus.) filhos adoptivos de Deus por Ele, uma vez que Ele Se fez homem por nossa causa.
Ele ficou com o pior para nos dar o melhor; fez-Se pobre para nos enriquecer pela sua pobreza (2Cor 8,9); assumiu a condição de escravo para nos obter a liberdade; humilhou-Se para nos exaltar; quis sofrer a prova para nos dar a vitória; foi desprezado para nos cobrir de glória; morreu para nos salvar; subiu ao Céu para atrair a Ele os que jaziam no pecado. Demos tudo, ofereçamos tudo o que somos Àquele que Se deu como resgate por nós. Conscientes do mistério da Páscoa, não Lhe daremos nada tão grande como nós próprios, tornando-nos para Jesus Cristo tudo o que Ele Se tornou para nós.


Segunda-feira, dia 02 de Abril de 2018

Segunda-feira NA OITAVA DA PÁSCOA

No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém, compreendei o que está a acontecer e ouvi as minhas palavras:
Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis.
Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa.
Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos laços da morte porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio.
Diz David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção.
Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’.
Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós.
Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um descendente do seu sangue havia de sentar-se no seu trono,
viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Jesus Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos nem a sua carne conheceu a corrupção.
Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas.
Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis».

Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,

nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Evangelho segundo São Mateus 28,8-15.
Naquele tempo, Maria (de Magdala =) Madalena e a outra Maria que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição.
Jesus Cristo saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele.
Disse-lhes então Jesus Cristo: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão».
Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido.
Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro,
com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O, enquanto nós estávamos a dormir’.
Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz».
Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus até ao dia de hoje.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
Catequese 13
«Jesus Cristo saiu ao seu encontro»
Muitas pessoas acreditam na ressurreição de Jesus Cristo mas poucas têm dela uma visão clara. Como poderão aqueles que não a testemunharam adorar a Jesus Cristo como santo e como Senhor? Com efeito, está escrito: «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" senão pelo Espírito Santo» (1Cor 12,3) e também: «Deus é Espírito e os que O adoram devem adorá-lo em espírito e verdade» (Jo 4,24). [...] Porque é então que o Espírito Santo nos incita a dizer hoje [na liturgia]: «Nós vimos a ressurreição de Jesus Cristo. Adoremos o Santo, o Senhor Jesus Cristo, o único que não tem pecado»? Porque nos convida a afirmá-lo, como se O tivéssemos visto? Jesus Cristo ressuscitou uma só vez, há mil anos e mesmo nessa altura ninguém O viu ressuscitar. Quererá a Sagrada Escritura que mintamos?
Nem pensar! Pelo contrário, ela exorta-nos a atestar a verdade, esta verdade que, em cada um de nós, seus fiéis, emana da ressurreição de Jesus Cristo e não o faz uma só vez, mas hora a hora, por assim dizer, sempre que o Mestre em pessoa, Jesus Cristo, (o Filho) ressuscita em nós, vestido de branco e fulgurante em raios de incorruptibilidade e de divindade. Porque a luminosa vinda do Espírito faz-nos entrever, como naquela manhã, a ressurreição do Mestre, ou antes, dá-nos a graça de O vermos, a Ele, o ressuscitado. É por isso que cantamos: «O Senhor é o Filho de Deus e apareceu-nos» (Sl 117,27) e, aludindo à sua segunda vinda, acrescentamos: «Bendito O que vem em nome do Senhor» (v. 26). [...] É, pois, espiritualmente, aos olhos do nosso espírito, que Ele Se mostra e Se faz ver. E, quando isso se produz em nós pelo Espírito Santo, Ele ressuscita-nos dos mortos, vivifica-nos e dá-Se a ver, inteiro, vivo em nós, Ele que é o imortal e o eterno: dá-nos a graça de O conhecermos claramente, Ele que nos ressuscita consigo e nos faz entrar consigo na sua glória.


Terça-feira, dia 03 de Abril de 2018

Terça-feira NA OITAVA DA PÁSCOA

Santo do dia : São Ricardo de Chichester, bispo, +1253, Santa Engrácia, virgem, mártir, +1050

Livro dos Actos dos Apóstolos 2,36-41.
No dia de Pentecostes, disse Pedro aos judeus: «Saiba com absoluta certeza toda a casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes».
Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?».
Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um de vós o Baptismo em nome de Jesus Cristo para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo
porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor, nosso Deus».
E com muitas outras palavras os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa».
Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Baptismo e naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas.

Livro de Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.
A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas

e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade porque em Vós esperamos, Senhor!

Evangelho segundo São João 20,11-18.
Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro
e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus Cristo.
Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram».
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus Cristo de pé, sem saber que era Ele.
Disse-lhe Jesus Cristo: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!».
Jesus Cristo disse-lhe: «Não Me detenhas porque ainda não subi para o Pai.
Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilia 25 sobre o Evangelho
«Porque choras?»
Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo, embora já tivesse constatado que estava vazio e tivesse anunciado o desaparecimento do Senhor. Porque se inclina então? Porque quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; contudo, obstina-se e acaba por descobrir. [...] No Cântico dos Cânticos, a Igreja diz sobre o mesmo Esposo: «No meu leito, toda a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, procurarei aquele que o meu coração ama» (Cant 3,1-2). Duas vezes ela exprime a sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal me apartei deles, encontrei aquele que o meu coração ama» (Cant 3,3-4).
E nós, quando é que, no leito, procuramos o Amado? Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor. Procuramo-lo na noite, pois, apesar de o nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só vêem a sua sombra. Mas, como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos e percorramos a cidade, ou seja, a assembleia dos eleitos. Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, isto é, nas passagens escarpadas da vida e nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos os passos do nosso Bem-Amado. [...] Esse desejo levou David a declarar: «A minha alma tem sede do Deus vivo. Quando irei estar na presença de Deus? Sem descanso, procurai a sua presença» (Sl 42,3).


Quarta-feira, dia 04 de Abril de 2018

Quarta-feira NA OITAVA DA PÁSCOA

Santo do dia : Santo Isidoro de Sevilha, bispo, Doutor da Igreja, +636

Livro dos Actos dos Apóstolos 3,1-10.
Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo para a oração das três horas da tarde.
Trouxeram então um homem, coxo de nascença, que colocavam todos os dias à porta do templo, chamada Porta Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
Ao ver Pedro e João que iam a entrar no templo, pediu-lhes esmola.
Pedro, juntamente com João, olhou fixamente para ele e disse-lhe: «Olha para nós».
O coxo olhava atentamente para Pedro e João, esperando receber deles alguma coisa.
Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus Cristo, de Nazaré, levanta-te e anda».
E, tomando-lhe a mão direita, levantou-o. Nesse instante, fortaleceram-se-lhe os pés e os tornozelos,
levantou-se de um salto, pôs-se de pé e começou a andar; depois entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.
Toda a gente o viu caminhar e louvar a Deus
e, sabendo que era aquele que costumava estar sentado, a mendigar, à Porta Formosa do templo, ficaram cheios de admiração e assombro pelo que lhe tinha acontecido.

Livro de Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
Agradecei ao Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas.

Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua presença.

Vós, descendentes de Abraão, seu servidor,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a Terra.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.

Evangelho segundo São Lucas 24,13-35.
Dois dos discípulos de Jesus Cristo iam a caminho de uma povoação chamada Emaús que ficava a duas léguas de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam, Jesus Cristo aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes. «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste,
e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas afinal é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram».
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?».
Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus Cristo fez menção de ir para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar dizendo: «Ficai connosco porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus Cristo entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento, abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. (porque era Jesus Cristo, o Filho)
Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles,
que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
1.º sermão para a Ascensão
«Nesse momento abriram-se-lhes os olhos»
Os dias que decorreram entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão não foram desprovidos de acontecimentos: houve grandes mistérios que foram confirmados, grandes verdades que foram reveladas. Foi nessa altura que foi abolido o medo amargo da morte e que foi manifestada a imortalidade, não apenas da alma, mas também da carne. [...]
Naqueles dias, o Senhor juntou-Se a dois discípulos, acompanhando-os pelo caminho e, a fim de dissipar em nós todas as trevas da dúvida, censurou estes homens amedrontados pela sua lentidão em compreender. Nos corações que Ele iluminou acendeu-se a chama da fé; estes homens estavam desalentados, mas encheram-se de ardor quando o Senhor lhes explicou as Escrituras. À fracção do pão, abriram-se-lhes os olhos e, vendo a glorificação da sua natureza humana, sentiram uma felicidade bem maior do que a dos nossos primeiros pais, cujos olhos se abriram para a vergonha da sua desobediência (Gn 3,7).
Como os discípulos permanecessem perturbados perante estas e outras maravilhas, o Senhor apareceu no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36; Jo 20,26). E, para que não permanecessem mergulhados naqueles pensamentos perturbadores, [...] mostrou-lhes os vestígios da cruz nas suas mãos e nos seus pés. (Jesus Cristo, na crucifixão, estava na Sua plena consciência. Portanto o corpo natural, o corpo celeste, o corpo espiritual e tudo o mais que o completava estavam n’Ele. Logo todos passaram pela mesma crucifixão e todos ficaram com as mesmas marcas e sofrimento.) [...] Deste modo, não seria com uma fé hesitante, mas com convicção segura que eles afirmariam que o corpo que ia sentar-Se no trono de Deus Pai era efectivamente o daquele que tinha descansado na sepultura. Foi isto que a bondade de Deus ensinou cuidadosamente durante o tempo que mediou entre a ressurreição e a ascensão, o que mostrou aos olhos e ao coração dos seus amigos: o Senhor Jesus Cristo, que tinha nascido verdadeiramente, verdadeiramente sofreu e morreu e ressuscitou verdadeiramente.


Quinta-feira, dia 05 de Abril de 2018

Quinta-feira NA OITAVA DA PÁSCOA

Santo do dia : São Vicente Ferrer, presbítero, +1419, Santa Irene, virgem, séc. IV

Livro dos Actos dos Apóstolos 3,11-26.
Naqueles dias, o coxo de nascença que tinha sido curado não largava Pedro e João e todo o povo, cheio de assombro, acorreu para junto deles, ao pórtico de Salomão.
Ao ver isto, Pedro falou ao povo, dizendo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque fitais os olhos em nós, como se fosse pelo nosso próprio poder ou piedade que fizemos andar este homem?
O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servidor Jesus que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino;
matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos e nós somos testemunhas disso.
Foi pela fé no seu nome que este homem que vedes e conheceis recuperou as forças; foi a fé que vem de Jesus que o curou completamente, na presença de todos vós.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância como também os vossos chefes.
Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».
Assim o Senhor fará que venham os tempos de conforto e vos enviará o Messias Jesus que, de antemão, vos foi destinado.
Ele terá de ficar no Céu até à restauração universal que Deus anunciou desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos profetas.
Moisés disse: ‘O Senhor Deus fará que se levante para vós, do meio dos vossos irmãos, um profeta como eu. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser.
Quem não escutar esse profeta será exterminado do meio do povo’.
E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, anunciaram também estes dias.
Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus firmou com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da Terra’.
Foi para vós, em primeiro lugar, que Deus fez aparecer o seu Servidor e O enviou para vos abençoar, afastando cada um de vós das suas iniquidades (não-equidades)».

Livro de Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.
Senhor, nosso Deus,
como é admirável o vosso nome em toda a Terra!
que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes?

Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés.

Ovelhas e bois, todos os rebanhos
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.

Evangelho segundo São Lucas 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus Cristo ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus Cristo apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo (o Filho); tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
«Obras Completas», t. 9
«A paz esteja convosco»
Os apóstolos e os discípulos de Nosso Senhor, quais filhos sem pai ou soldados sem capitão, tinham-se recolhido a uma casa a chorar. O Senhor apareceu-lhes para os consolar da sua aflição, dizendo-lhes: «A paz esteja convosco.» Como quem diz: «Porque chorais e vos afligis? Se é porque duvidais de que aquilo que vos prometi a propósito da minha ressurreição se realize, a paz esteja convosco, permanecei em paz, tende paz porque Eu ressuscitei. Vede as minhas mãos, tocai as minhas feridas; sou Eu mesmo, não temais, a paz esteja convosco.» [...]
Como quem diz: «Que tendes? Vejo bem, meus apóstolos, que estais chorosos e temerosos; mas, a partir de agora, já não tendes motivo para isso, pois Eu conquistei-vos a paz que vos dou. Não é somente meu Pai que ma dá porque sou seu Filho, fui Eu que a comprei com o meu sangue e com estas chagas que vos mostro. A partir de agora, não volteis a ser cobardes nem preguiçosos porque terminou a guerra. Tivestes razões para temer nos dias que passaram, quando me vistes flagelado [...], abatido, coroado de espinhos, ferido da cabeça aos pés e preso à cruz. Sofri todo o tipo de opróbrios, de abandonos e de ignomínias. [...] Agora, porém não temais, a paz esteja no vosso coração porque saí vitorioso e dominei os meus adversários: venci o demónio, o mundo e a carne. [...] Até agora, dei-vos por diversas vezes a minha paz; agora, venho mostrar-vos como foi que a adquiri. [...] Tudo aquilo que dou àqueles que me são mais caros é a paz; por isso, recebei a paz, vós e todos os que acreditarem em Mim.»


Sexta-feira, dia 06 de Abril de 2018

Sexta-feira NA OITAVA DA PÁSCOA


Santo do dia :
São Marcelino de Cartago, pai de família, mártir, +411, São Celestino I, Papa, +432

Livro dos Actos dos Apóstolos 4,1-12.
Naqueles dias, estavam Pedro e João a falar ao povo, depois da cura do cego de nascença, quando surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus,
irritados por eles estarem a ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus Cristo.
Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia seguinte.
Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil.
No dia seguinte, os chefes do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém,
com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre e todos os que eram da família dos príncipes dos sacerdotes.
Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes semelhante coisa?»
Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, de Nazaré, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença.
Jesus Cristo é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular
. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».

Livro de Salmos 118(117),1-2.4.22-24.25-27a.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que adoram o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.

Senhor, salvai os vossos servidores,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós Vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz.

Evangelho segundo São João 21,1-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus Cristo.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus Cristo apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
O discípulo predilecto de Jesus Cristo disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima e pão.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus Cristo (o Filho. O corpo natural já tinha cumprido a sua missão e já estava no seu devido lugar no céu): «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?» porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus Cristo aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez que Jesus Cristo Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
PPS vol. 8, n.° 2
«É o Senhor»
Só lentamente nos apercebemos desta grande e sublime verdade: Jesus Cristo continua, de alguma maneira, a caminhar no meio de nós e faz-nos sinal para O seguirmos com a sua própria mão, o seu olhar, a sua voz. Nós não compreendemos que este chamamento de Jesus Cristo tem lugar todos os dias, hoje como outrora. Temos tendência para nos convencermos de que ele se verificava no tempo dos apóstolos, mas não cremos que, hoje, se nos aplique, não procuramos detectá-lo a nosso respeito. Deixámos de ter olhos para ver o Mestre – somos muito diferentes do apóstolo amado, que reconheceu Jesus Cristo mesmo quando os outros discípulos O não reconheceram. E, contudo, era Ele que estava na margem: foi depois da ressurreição, quando lhes ordenou que lançassem a rede ao mar; foi então que o discípulo que Jesus Cristo amava disse a Pedro: «É o Senhor.»
O que pretendo dizer é que, de vez em quando, os homens que vivem uma vida de crentes se apercebem de verdades que ainda não tinham visto, ou para as quais nunca lhes tinham chamado a atenção. E, de repente, elas apresentam-se diante deles como um apelo irresistível. Trata-se de verdades que nos obrigam, que assumem o valor de preceitos e que exigem obediência. É desta maneira, ou ainda de outras, que Jesus Cristo hoje nos chama. Não há nada de miraculoso ou de extraordinário nesta forma de actuar. Ele age por intermédio das nossas faculdades naturais e por meio das próprias circunstâncias da vida.


Sábado, dia 07 de Abril de 2018

Sábado NA OITAVA DA PÁSCOA

Naqueles dias, os chefes do povo, os anciãos e os escribas, vendo a firmeza de Pedro e de João e verificando que eram homens iletrados e plebeus, ficaram surpreendidos. Reconheciam-nos como companheiros de Jesus Cristo,
mas, como viam diante deles o homem que fora curado, nada podiam replicar.
Mandaram-nos então sair do Sinédrio e começaram a deliberar entre si:
«Que havemos de fazer a estes homens? Que se realizou por meio deles um milagre, sabem-no todos os habitantes de Jerusalém e não podemos negá-lo.
Mas para que isto não continue a divulgar-se entre o povo, vamos intimá-los com ameaças que não falem desse nome a ninguém.
Chamaram-nos então e proibiram-nos terminantemente de falar ou ensinar em nome de Jesus.
Mas Pedro e João responderam: «Se é justo aos olhos de Deus obedecer-vos antes a vós que a Ele, julgai-o vós próprios.
Nós é que não podemos calar o que vimos e ouvimos».
Depois de novas ameaças, puseram-nos em liberdade, pois não encontravam modo de os castigar, por causa do povo, uma vez que todos davam glória a Deus pelo que tinha acontecido.

Livro de Salmos 118(117),1.14-15ab.16-18.19-21.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória,
foi Ele o meu Salvador.
Gritos de júbilo e de vitória nas tendas dos justos:
a mão do Senhor fez prodígios.

Gritos de júbilo e de vitória nas tendas dos justos:
a mão do Senhor fez prodígios.
A mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.»
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.
Com dureza me castigou o Senhor,
mas não me deixou morrer.

Abri-me as portas da justiça:
entrarei para agradecer ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu Vos agradecerei porque me ouvistes

e fostes o meu Salvador.

Evangelho segundo São Marcos 16,9-15.
Jesus Cristo ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios.
Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto.
Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus Cristo estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram.
Depois disto, manifestou-Se com aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo.
E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito.
Mais tarde, apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino «A missão dos apóstolos», 13ss.
«Proclamai o Evangelho a toda a criatura»
«De uma vez por todas, digo aos meus santos: ide pelo mundo inteiro, pelas nações e pelos reinos e fazei discípulos. Porque tudo Me foi entregue por Aquele que Me gerou (cf Mt 28,18-19), tanto o mundo superior como o inferior, dos quais Eu era o Senhor antes mesmo de ter tomado carne. Agora tomei posse do meu domínio sobre todo o universo e tenho em vós um conselho de ministros sagrados, Eu, que sou o único que conhece as profundezas dos corações. Ide a todas as nações. Tendo lançado à terra a semente do arrependimento, irrigai-a com os vossos ensinamentos.»
Ouvindo estas palavras, os apóstolos olharam uns para os outros, meneando a cabeça: «De onde nos virão a voz e a língua para falar a todos? Quem nos dará forças para lutar com os povos e as nações como Tu nos ordenaste, a nós que não temos letras nem cultura, humildes pescadores que somos, sendo Tu o único a conhecer as profundezas dos corações?»
«Não atormenteis o vosso coração, que o Inimigo não vos perturbe o espírito. Não continueis a pensar como criancinhas. [...] Não quero vencer pela força, é através dos fracos que opero. Não procuro os que gostam de filosofar: escolhi aquilo que é louco aos olhos do mundo (cf 1Co r1,27), Eu, que sou o único a conhecer as profundezas dos corações. Ide, portanto, a toda a criação. Regai com os vossos ensinamentos a semente do arrependimento que semeastes. Velai para que nenhuma alma penitente se quede fora da vossa rede. Comprazo-Me naqueles que voltam para Mim, como vós sabeis. Ah, Se aquele que Me traiu tivesse voltado para Mim depois de Me ter vendido! Apagando o seu pecado, tê-lo-ia reunido a vós, Eu que sou o único que conhece as profundezas dos corações. [...] Dizei-lhes que sou Deus e que Eu, o Inexprimível, tomei a condição de servidor (Fil 2,7). Mostrai-lhes que fiz minhas as feridas da carne. [...] Enterrado por ter sido condenado, assaltei o inferno porque Eu sou o Senhor
Fortalecidos pelas suas palavras, os apóstolos disseram ao Criador: «Tu és o Filho de Deus que era antes dos séculos e jamais terás fim. [...] Proclamar-Te-emos como nos ordenaste. Fica connosco, sê o nosso defensor, Tu que és o único que conhece as profundezas dos corações.»
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