"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
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Domingo,
dia 21 de Janeiro de 2018
3.º
Domingo do Tempo Comum
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos:
«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu
te direi».
Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era
uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar.
Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a
quarenta dias, Nínive será destruída».
Os habitantes de Nínive acreditaram
em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o
maior ao mais pequeno.
Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho,
desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.
Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são
eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade,
Senhor.
O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.
1.ª Carta aos Coríntios 7,29-31.
O que tenho a dizer-vos, irmãos, é que o tempo é breve.
Doravante, os que têm esposas procedam como se as não tivessem;
os que choram, como se não chorassem; os que andam alegres, como se não
andassem; os que compram, como se não possuíssem;
os que utilizam este mundo, como se realmente não o utilizassem. De facto, o
cenário deste mundo é passageiro.
Evangelho segundo São Marcos 1,14-20.
Depois de João ter sido preso, Jesus Cristo partiu para a
Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai
no Evangelho».
Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André que lançavam
as redes ao mar porque eram pescadores.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus Cristo.
Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João que
estavam no barco a consertar as redes
e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados
e seguiram Jesus Cristo.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420), presbítero,
tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho de São Marcos
«Eles [...] seguiram Jesus Cristo»
«Disse-lhes
Jesus Cristo: "Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens"».
Feliz mutação da pesca: Simão e André são a pesca de Jesus Cristo. [...]
Estes homens são comparados a peixes, pescados por Jesus Cristo, antes de
irem eles próprios pescar outros homens. «Eles deixaram logo as redes e
seguiram Jesus Cristo.» Uma fé verdadeira não conhece demora; quando O
ouviram, acreditaram, seguiram-no e tornaram-se pescadores: «deixaram logo as
redes». E com estas redes, foram todos os vícios da vida deste mundo que eles
deixaram. [...]
«Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João que
estavam no barco a consertar as redes e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai
Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus Cristo.» Dir-me-eis: a
fé é audaciosa; que indício tinham eles, que sinal sublime tinham observado
para O seguirem assim que Ele os chamou? É evidente que alguma coisa de
divino emanava do olhar de Jesus Cristo, da expressão do seu rosto que
incitava os que O olhavam a aderirem a Ele. [...] Porque digo eu tudo isto?
Para vos mostrar que a palavra do Senhor agia e que, através da menor das
suas palavras, Ele realizava a sua obra: «ordenou e logo foram criados» (Sl
148,5). Com a mesma simplicidade, chamou e eles seguiram- no. «Ouve, filha,
vê e presta atenção; esquece o teu povo e a casa do teu pai porque o rei se
deixou prender da tua beleza» (Sl 44,11-12).
Presta atenção, irmão, e segue as pegadas dos apóstolos; escuta a voz do
Salvador, ignora o teu pai pela carne e vê o verdadeiro Pai da tua alma e do
teu espírito. [...] Os apóstolos deixam o pai, deixam o barco, deixam todas
as suas riquezas; abandonam o mundo e as suas inumeráveis riquezas; renunciam
a tudo o que possuem. Mas não é a quantidade das riquezas que Deus considera,
é a alma daquele que a elas renuncia. Também os que deixaram poucas coisas
renunciaram verdadeiramente a uma grande fortuna.
Segunda-feira,
dia 22 de Janeiro de 2018
Segunda-feira da 3.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : São
Vicente, diác., m., +304, São
Vicente Pallotti, presb., fundador, +1850, Beata
Laura Vicunha, v., +1904
Livro de 2.º Samuel 5,1-7.10.
Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a
Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne.
Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e
saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de
Israel, tu serás rei de Israel’».
Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David
concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como
rei de Israel.
David tinha trinta anos quando começou a reinar e reinou durante quarenta
anos.
Em Hebron foi rei de Judá sete anos e seis meses e em Jerusalém foi rei de
Israel e de Judá trinta e três anos.
David marchou com os seus homens sobre Jerusalém, contra os jebuseus que
habitavam na região e estes disseram-lhe: «Não entrarás aqui! Os coxos e os
cegos te hão-de repelir». Queriam dizer: «David não entrará aqui».
Mas ele apoderou-se da fortaleza de Sião que é a «Cidade de David».
David tornava-se cada vez mais poderoso e o Senhor, Deus do Universo,
estava com ele.
Livro de Salmos 89(88),20.21-22.25-26.
Falastes outrora aos vossos fiéis
e numa visão lhes dissestes:
«Impus uma coroa a um herói,
exaltei um eleito de entre o meu povo.
Encontrei a David, meu servo,
ungi-o com óleo santo.
Estarei sempre a seu lado
e com a minha força o sustentarei.
A minha fidelidade e minha bondade estarão com ele,
pelo meu nome será firmado o seu poder.
Estenderei a sua mão sobre o mar
e a sua direita sobre os rios».
Evangelho segundo São Marcos 3,22-30.
Naquele tempo, os escribas que tinham descido de Jerusalém
diziam: «Está possesso de Belzebu» e ainda: «É pelo chefe dos demónios que
Ele expulsa os demónios».
Mas Jesus Cristo chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode
Satanás expulsar Satanás?
Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode
aguentar-se.
E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode durar.
Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode
subsistir: está perdido.
Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem
primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa.
Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e
blasfémias que tiverem proferido;
mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado para sempre»
(condenado às trevas para sempre).
Referia-Se aos que diziam: «Está possesso de um espírito impuro». (considerando
o Espírito Santo, ímpuro)
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Tomás de Aquino (1225-1274),
teólogo dominicano, doutor da Igreja
Suma Teológica
O príncipe deste mundo vai ser lançado fora
Os milagres
de Jesus Cristo visavam manifestar a sua divindade; ora esta devia ficar
oculta aos demónios, senão o mistério da Paixão seria impedido: «Se eles
tivessem conhecido o Senhor de glória, não O teriam crucificado» (1Cor
2,8). Parece, portanto, que Jesus Cristo não devia fazer milagres sobre os
demónios. […] No entanto, o profeta Zacarias predissera esses prodígios, ao
dizer: «Expulsarei do país o espírito de impureza» (Zac 13,2). De facto, os
milagres de Jesus Cristo eram provas em favor da fé que Ele ensinava; desse
modo, era natural que, pela força da sua divindade, Ele abolisse o poder
dos demónios nos homens que iam crer em Si, segundo as palavras de São João:
«Agora, o príncipe deste mundo vai ser lançado fora» (Jo 12,31).
Convinha, portanto, que, entre outros milagres, Jesus Cristo libertasse dos
demónios os homens que estavam por eles possuídos. […] Por outro lado,
escreve Santo Agostinho, «Jesus Cristo deu-Se a conhecer aos demónios tanto
quanto quis e qui-lo quanto Lhe foi preciso, […] através de certos efeitos
materiais do seu poder». Ao ver os seus milagres, o demónio acreditou por
conjectura que Jesus Cristo era Filho de Deus: «Os demónios sabiam que Ele
era Cristo», diz São Lucas; se reconheciam que Ele era o Filho (de Deus),
«era mais por via da conjectura do que pela via da certeza», faz notar São
Beda. Quanto aos milagres que Jesus Cristo realizou ao expulsar os
demónios, não os fez para utilidade destes, mas para a dos homens, para que
estes dessem glória a Deus. Era por isso que Ele impedia os demónios de
dizerem fosse o que fosse em seu louvor. São João Crisóstomo observa : «Não
convinha que os demónios se arrogassem a glória do papel desempenhado pelos
apóstolos nem que línguas de mentira pregassem o mistério de Cristo».
Terça-feira,
dia 23 de Janeiro de 2018
Terça-feira da 3.ª
semana do Tempo Comum
>Naqueles dias, David foi buscar a arca de Deus da casa
de Obededom para a Cidade de David, com grande regozijo.
Quando os que levavam a arca do Senhor deram seis passos, imolou um boi e
um vitelo cevado.
David, cingido de umeral de linho, dançava com todo o entusiasmo diante
do Senhor.
Assim David e toda a casa de Israel transportaram a arca do Senhor, com
brados de alegria e ao som da trombeta.
Introduziram a arca do Senhor e colocaram-na no seu lugar, no meio da
tenda que David mandara construir para ela. Depois David ofereceu
holocaustos e sacrifícios de comunhão na presença do Senhor.
Quando acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios, David abençoou
o povo em nome do Senhor do Universo.
Mandou então distribuir a todo o povo, a toda a multidão de Israel,
homens e mulheres, uma fogaça de pão, um pedaço de carne e um bolo de
uvas. E em seguida todo o povo se retirou, cada um para sua casa.
Livro de Salmos 24(23),7.8.9.10.
Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória?
O Senhor forte e poderoso,
o Senhor poderoso nas batalhas.
Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos,
é Ele o Rei da glória.
Evangelho segundo São Marcos 3,31-35.
Naquele tempo, chegaram à casa onde estava Jesus Cristo, sua
Mãe e seus irmãos que, ficando fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e
teus irmãos estão lá fora à tua procura».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?».
Quem fizer a vontade de Deus
esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Columba Marmion
(1858-1923), abade
A união com Deus em Jesus Cristo segundo as cartas de direcção espiritual
de Dom Marmion
Fazer a vontade de Deus
Sabeis que,
quando nos encontramos em estado de graça, Jesus Cristo permanece no
nosso coração. O seu maior desejo é ser tudo para nós. Parece um sonho
bom demais para ser verdade, que Jesus Cristo, que é tão bom, tão
poderoso e tão terno, queira ser nosso irmão e, contudo, é Ele próprio
que nos diz: «Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e
minha Mãe»: são palavras do próprio Jesus Cristo.
Assim, pois, para chegarmos à felicidade de ter Jesus Cristo como nosso
irmão, como nosso amigo mais íntimo, temos de fazer a vontade de seu Pai.
Pois bem, em que consiste esta vontade? Antes de mais, em evitar o pecado
e se, por fraqueza, cairmos, em pedir
imediatamente perdão. Em
seguida, em fazer todas as coisas por Ele; Ele é tão bom que aceita as
nossas mais pequenas acções feitas por Ele. Conheceis os vossos deveres;
basta que os santifiqueis, consagrando-os a Deus.
Quarta-feira,
dia 24 de Janeiro de 2018
Quarta-feira da
3.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias, o
Senhor falou a Natã, dizendo:
«Vai dizer ao meu servidor David: Assim fala o Senhor: Pensas edificar
um palácio para Eu habitar?
Desde o dia em que tirei Israel do Egipto até hoje, nunca habitei numa
casa, mas andava de um lado para o outro numa tenda e num tabernáculo.
Durante o tempo em que peregrinei com todos os filhos de Israel,
perguntei porventura a alguns dos juízes de Israel, a quem estabeleci
como pastores do meu povo: ‘Porque não Me construís uma casa de cedro?’
Eis o que dirás ao meu servidor David: Assim fala o Senhor do Universo:
Tirei-te das pastagens onde guardavas os rebanhos para seres o chefe do
meu povo de Israel.
Estive contigo em toda a parte por onde andaste e exterminei diante de
ti todos os teus inimigos. Dar-te-ei um nome tão ilustre como o nome
dos grandes da Terra.
Prepararei um lugar para o meu povo de Israel e nele o instalarei para
que habite nesse lugar sem que jamais tenha receio e sem que os maus
tornem a oprimi-lo como outrora,
quando Eu constituía juízes no meu povo de Israel. Farei que vivas
seguro de todos os teus inimigos. E o Senhor anuncia que te vai fazer
uma casa:
Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com os teus
pais, estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti
e consolidarei a sua realeza.
Ele construirá um palácio ao meu nome e Eu consolidarei para sempre o
seu trono real.
Serei para ele um pai e ele será para Mim um filho. Se praticar o mal,
corrigi-lo-ei com varas de homens, com castigo de homens.
Mas não retirarei dele a minha misericórdia, como fiz a Saul que
afastei da minha presença.
A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de Mim. O teu
trono será firme para sempre».
Natã comunicou fielmente a David todas as palavras desta revelação.
Livro de Salmos 89(88),4-5.27-28.29-30.
Concluí uma aliança
com o meu eleito,
fiz um juramento a David, meu servidor:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.
Ele Me invocará: «Vós sois meu pai,
meu Deus, meu Salvador».
E Eu farei dele o primogénito, o mais alto entre os reis da Terra.
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.
Conservarei a sua descendência eternamente
e o seu trono terá a duração dos céus.
Evangelho segundo São Marcos 4,1-20.
Naquele tempo,
Jesus Cristo começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se
junto d’Ele tão grande multidão que teve de subir para um barco e
sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar.
Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no seu
ensino:
«Escutai: Saiu o semeador a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram
as aves e comeram-na.
Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo
brotou porque a terra não era funda.
Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou.
Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e
não deu fruto.
Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto que vingou
e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um».
E Jesus Cristo acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça».
Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-l’O
acerca das parábolas.
Jesus Cristo respondeu-lhes: «A vós foi dado a conhecer o mistério do
reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas
para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não
compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados».
Disse-lhes ainda: «Se não compreendeis esta parábola, como haveis de
compreender as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são
aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada
neles.
Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao
ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria;
mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, ao chegar a
tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem
imediatamente.
Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra,
mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras
ambições entram neles e sufocam a palavra que fica sem dar fruto.
E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a
palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Josemaría Escrivá de
Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia de 28 de Maio de 1964, festa do Corpo de Deus, «Cristo que passa», n.º
150
Semear no mundo inteiro
«Saiu o
semeador a semear.» [...] A cena é actual. O semeador divino lança, também
agora, a sua semente. A obra da salvação continua a cumprir-se e o
Senhor quer servir-Se de nós: deseja que nós, os cristãos, abramos ao
seu amor todos os caminhos da Terra; convida-nos a propagar a mensagem
divina, com a doutrina e com o exemplo, até aos últimos recantos do
mundo. Pede-nos que, sendo cidadãos da sociedade eclesial e da civil,
ao desempenhar com fidelidade os nossos deveres, sejamos, cada um de
nós, outro Cristo, santificando o trabalho profissional e as obrigações
do próprio estado.
Se olharmos à nossa volta, para este mundo que amamos porque foi feito
por Deus, veremos que a parábola se realiza: a palavra de Jesus Cristo
é fecunda, suscita em muitas almas desejos de entrega e de fidelidade.
A vida e o comportamento dos que servem a Deus mudaram a história e
mesmo muitos dos que não conhecem o Senhor regem-se - talvez sem sequer
disso se aperceberem - por ideais nascidos do cristianismo.
Vemos também que parte da semente cai em terra estéril ou entre
espinhos e abrolhos: há corações que se fecham à luz da fé. Os ideais de paz, de reconciliação, de fraternidade
são aceites e proclamados, mas - não poucas vezes - são desmentidos com
os factos. Alguns homens empenham-se inutilmente em afogar a voz de
Deus, impedindo a sua difusão com a força bruta ou então com uma arma
menos ruidosa, mas talvez mais cruel porque insensibiliza o espírito: a
indiferença.
Quinta-feira, dia 25 de Janeiro de 2018
Conversão de
São Paulo, apóstolo, festa
Calendário da Igreja disponível este dia
Livro dos Actos dos Apóstolos 22,3-16.
Naqueles dias,
Paulo disse ao povo: «Eu sou judeu e nasci em Tarso da Cilícia. Fui,
porém, educado nesta cidade de Jerusalém e recebi na escola de
Gamaliel uma formação estritamente fiel à Lei dos nossos pais. Era
tão zeloso no serviço de Deus, como vós todos sois hoje.
Persegui até à morte esta nova religião, algemando e metendo na
prisão homens e mulheres,
como podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todo o Senado. Recebi até,
da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco e para lá me dirigi,
com a missão de trazer algemados os que lá estivessem, a fim de serem
castigados em Jerusalém.
Sucedeu, porém, que, no caminho, ao aproximar-me de Damasco, por
volta do meio-dia, de repente brilhou ao redor de mim uma intensa luz
vinda do Céu.
Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque Me
persegues?’.
Eu perguntei: ‘Quem és Tu, Senhor?’. E Ele respondeu-me: ‘Eu sou
Jesus de Nazaré, a quem tu persegues’.
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me
falava.
Então perguntei: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’. E o Senhor disse-me:
‘Levanta-te e vai a Damasco; lá te dirão tudo o que deves fazer’.
Como eu deixei de ver, por causa do esplendor daquela luz, cheguei a
Damasco guiado pelas mãos dos meus companheiros.
Entretanto, veio procurar-me certo Ananias, homem piedoso segundo a
Lei e de boa fama entre todos os judeus que ali viviam.
Ele veio ao meu encontro e, ao chegar junto de mim, disse-me: ‘Saulo,
meu irmão, recupera a vista’. E, no mesmo instante, pude vê-lo.
Ele acrescentou: ‘O Deus dos nossos pais destinou-te para conheceres
a sua vontade, para veres o Justo e ouvires a voz da sua boca.
Tu serás sua testemunha diante de todos os homens, acerca do que
viste e ouviste.
Agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te
dos teus pecados, invocando o seu nome’».
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor,
todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Evangelho segundo São Marcos 16,15-18.
Naquele tempo,
Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e
pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar
será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os
demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e
quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Fulgêncio de Ruspas
(467-532), bispo no Norte de África
Sermão atribuído, n.º 59; PL 65, 929
«Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu
subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu» (At 9,3)
Saulo
foi enviado pelo caminho de Damasco para se tornar cego, pois se ele
cegou, foi para ver o verdadeiro Caminho (Jo 14,6). [...] Perdeu a
vista do corpo, mas o seu coração foi iluminado para que a verdadeira
luz brilhasse quer aos olhos do seu coração quer aos do corpo. [...]
Foi enviado para dentro de si mesmo para se procurar a si mesmo.
Andava errante na sua própria companhia, viajante inconsciente e não
se encontrava porque interiormente tinha perdido o caminho.
Foi por isso que ouviu uma voz que lhe dizia [...]: «Desvia os teus
passos do caminho de Saulo para encontrares a fé de Paulo. Despe a
túnica da tua cegueira e reveste-te das vestes do teu Salvador (Gal
3,27). [...] Eu quis manifestar na tua carne a cegueira do teu coração
para que pudesses ver o que não vias e não te parecesses com aqueles
que "têm olhos mas não vêem e ouvidos mas não ouvem" (Sl
115,5-6). Que Saulo se afaste deles com as suas cartas inúteis (At
22,5) para que Paulo escreva as suas tão necessárias epístolas. Que
Saulo, o cego, desapareça [...] para que Paulo se torne a luz dos
crentes.» [...]
Paulo, quem te transformou assim? «Ele respondeu: Esse homem que Se
chama Jesus Cristo, fez lama, ungiu-me os olhos e disse-me: "Vai
à piscina de Siloé e lava-te.'" Então eu fui, lavei-me e comecei
a ver!» (Jo 9,11). Porquê esse espanto? Eis que Aquele que me criou
me recriou; com o poder com que me criou, agora curou-me; eu tinha
pecado mas Ele purificou-me».
Portanto, Paulo, vem, deixa o velho Saulo, em breve também verás
Pedro. [...] Ananias, toca em Saulo e dá-nos Paulo; afasta para longe
o perseguidor, envia em missão o pregador: os cordeiros já não terão
medo, as ovelhas de Jesus Cristo viverão na alegria. Toca no lobo que
perseguia Jesus Cristo para que agora, com Pedro, ele leve a pastar
as ovelhas.
Sexta-feira, dia 26 de Janeiro de 2018
Santos
Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)
Paulo, apóstolo
de Jesus Cristo por vontade de Deus, para anunciar a promessa da
vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu filho caríssimo: a graça, a misericórdia e a paz da
parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Agradeço a Deus, a quem sirvo com pura consciência, a exemplo dos
meus antepassados, quando, noite e dia, sem cessar, me recordo de
ti nas minhas orações.
Ao lembrar-me das tuas lágrimas, sinto grande desejo de voltar a
ver-te para me encher de alegria.
Evoco a lembrança da tua fé sincera que também foi a da tua avó
Lóide e da tua mãe Eunice e não duvido que é a tua também.
Por isso te exorto a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela
imposição das minhas mãos.
Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de
caridade e moderação.
Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor nem te
envergonhes de mim, seu prisioneiro. Mas sofre comigo pelo
Evangelho, confiando no poder de Deus.
Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.10.
Cantai ao
Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira.
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder.
dai ao Senhor a glória do seu nome.
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Evangelho segundo São Lucas 10,1-9.
Naquele tempo,
designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois
à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias nem vos demoreis a
saudar alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles;
senão, ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem que o trabalhador merece o seu
salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos
servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós
o reino de Deus’.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 863-865
Timóteo e Tito, sucessores dos
apóstolos
Toda
a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de
Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a
sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é
«enviada» a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de
modos diversos, participam deste envio. «A vocação cristã é também,
por natureza, vocação para o apostolado». E chamamos «apostolado» a
«toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino de
Jesus Cristo à Terra inteira» (Vaticano II).
«Sendo Jesus Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o
apostolado da Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado,
tanto dos ministros ordenados como dos leigos, depende da sua união
vital com Jesus Cristo. Segundo as vocações, as exigências dos
tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as
formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida
principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado»
(Vaticano II).
A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade
profunda e última porque é nela que existe desde já e será
consumado no fim dos tempos, «o Reino dos céus», «o Reino de Deus» que
veio até nós na Pessoa de Jesus Cristo e que cresce misteriosamente
no coração dos que nele estão incorporados até à sua plena
manifestação escatológica. Então todos os homens por Ele resgatados
e nele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor»
(Ef 1,4) serão reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do
Cordeiro», «a Cidade santa descida do Céu, de junto de Deus,
trazendo em si a glória do mesmo Deus» e «a muralha da cidade
assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o nome de um
dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21,14).
Sábado, dia 27 de Janeiro de 2018
Sábado da
3.a semana do Tempo Comum
Naqueles
dias, o Senhor enviou a David o profeta Natã. O profeta foi ter
com ele e disse-lhe: «Em certa cidade havia dois homens, um era
rico e o outro era pobre.
O rico tinha grande quantidade de ovelhas e bois.
O pobre possuía apenas uma ovelhinha que tinha comprado. Foi-a
criando e ela cresceu junto dele com os seus filhos. Comia do seu
pão, bebia do seu copo, dormia ao seu colo: era como se fosse
filha.
Chegou então um hóspede à casa do rico, mas este não quis tirar
uma das suas ovelhas ou dos seus bois, para dar de comer ao
hóspede que chegara. Tomou a ovelha do pobre e mandou-a preparar
para o seu hóspede».
David inflamou-se de cólera contra aquele homem e disse a Natã:
«Tão certo como o Senhor estar vivo, aquele que assim procedeu é
digno de morte.
Pagará quatro vezes a ovelha, por ter feito semelhante coisa e não
ter tido coração».
Então Natã disse a David: «Esse homem és tu. Assim fala o Senhor,
Deus de Israel:
‘Agora a espada nunca se afastará da tua casa porque Me
desprezaste e tomaste a esposa de Urias, o hitita, para fazeres
dela tua esposa’.
Assim fala o Senhor: ‘Na tua própria casa, farei vir a desgraça
sobre ti. Tomarei as tuas mulheres diante dos teus olhos e
dá-las-ei a outro que se deitará com elas à luz do sol.
Tu procedeste às ocultas, mas Eu farei tudo isto na presença de
todo o Israel e à luz do dia’».
Então David disse a Natã: «Pequei contra o Senhor». Natã
respondeu-lhe: «O Senhor perdoa o teu pecado: não morrerás.
Mas porque tanto ofendeste o Senhor com esta acção, o filho que
te nasceu vai morrer».
E Natã voltou para sua casa. O Senhor atingiu o menino que a
mulher de Urias dera a David e ele caiu gravemente doente.
David orou a Deus pela criança; jejuava rigorosamente, isolava-se
e passava as noites deitado no chão.
Os anciãos da sua casa insistiram com ele para que se levantasse,
mas David recusou e não quis tomar alimento com eles.
Livro de Salmos 51(50),12-13.14-15.16-17.
Criai em mim,
ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não
retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e
sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.
Meu Deus e meu Salvador, livrai-me do sangue derramado
e a minha língua proclamará a vossa justiça.
Abri, Senhor, os meus lábios e a minha boca cantará o vosso
louvor.
Evangelho segundo São Marcos 4,35-41.
Naquele dia,
ao cair da tarde, Jesus Cristo disse aos seus discípulos:
«Passemos à outra margem do lago».
Eles deixaram a multidão e levaram Jesus Cristo consigo na barca
em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações.
Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas
que enchiam a barca de água.
Jesus Cristo, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O
e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?».
Jesus Cristo levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse
ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande
bonança.
Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda
não tendes fé?».
Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é
este homem que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
Pensées choisies du Curé d'Ars
Sobre o bom uso das tentações
Assim
como o bom soldado não tem medo do combate assim também o bom
cristão não tem medo da tentação. [...] A maior tentação consiste
em não ter tentações! Quase podemos considerar feliz aquele que
tem tentações, pois esse é o momento da colheita espiritual, onde
amontoamos bens para o Céu. [...] Se estivéssemos bem penetrados
da santa presença de Deus, teríamos grande facilidade em resistir
ao inimigo. Com o pensamento: “Deus está a ver-te!” nunca
pecaríamos.
Houve uma santa que se queixou a Nosso Senhor depois de uma
tentação, dizendo-Lhe: «Onde estáveis Vós, meu Jesus
amabilíssimo, durante esta horrível tempestade?» E Nosso Senhor respondeu-lhe:
«Estava dentro do teu coração.» ©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Os meus filmes
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