"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 07 de Janeiro de 2018
Epifania do Senhor,
solenidade
Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e
brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a Terra e a escuridão os povos. Mas sobre ti levanta-Se
o Senhor e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê: todos se reúnem e vêm ao teu encontro; os teus filhos vão
chegar de longe e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando a vires ficarás radiante, palpitará e dilatar-se-á o teu coração, pois
a ti afluirão os tesouros do mar, a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos, de dromedários de Madiã e Efá. Virão
todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando as glórias do Senhor.
Livro de Salmos 72(71),2.7-8.10-11.12-13.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um mar ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
Carta aos Efésios 3,2-3a.5-6.
Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou
a vosso favor:
por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Jesus Cristo.
Nas gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como
agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança
que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em
Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Evangelho segundo São Mateus 2,1-12.
Tinha Jesus Cristo nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei
Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
Onde está __ perguntaram eles __ o rei dos Judeus que acaba de nascer? Nós
vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O.
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a
cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes
onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: "Em Belém da Judeia porque assim está escrito pelo
Profeta:
'Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais
cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe que será o Pastor de Israel, meu
povo'".
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações
precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: "Ide informar-vos cuidadosamente
acerca do Menino e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá
adorá-l'O".
Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no
Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe e, prostrando-se diante
d'Ele, adoraram-n'O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe
presentes: ouro, incenso e mirra.
E avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à
sua terra por outro caminho.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
«Vida oculta e Epifania»
«Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e
destruiu o muro de separação, a inimizade» (Ef 2,14)
As pessoas
reunidas em volta do presépio oferecem-nos já uma imagem da Igreja e do seu
desenvolvimento. As representações da antiga linhagem real à qual tinha sido
prometido o Salvador do mundo e os representantes do povo crente estabelecem
a ligação entre a Antiga e a Nova Aliança. Os reis do Oriente representam os
povos pagãos que haveriam de receber a salvação de Judá (Jo 4,22). Assim a
Igreja saída dos judeus e dos pagãos (Ef 2,15) já está aqui presente.
No presépio, os reis magos são os representantes de quantos buscam a Deus em
todos os países e em todas as nações. Foi a graça a conduzi-los, mesmo antes
de pertencerem à Igreja visível. Eram habitados por um puro desejo de verdade
que não se detinha nos limites dos ensinamentos e das tradições dos respectivos
países. Porque Deus é verdade e quer deixar-Se encontrar por quantos O
procuram de todo o coração, a estrela tinha de, cedo ou tarde, brilhar aos
olhos dos sábios para lhes indicar o caminho para a verdade. Foi assim que se
encontraram diante da Verdade incarnada que se prostraram para O adorar e
depuseram a seus pés a sua coroa porque, comparada com ela, todas as riquezas
do mundo são apenas grãos de poeira.
Segunda-feira,
dia 08 de Janeiro de 2018
Baptismo do Senhor,
festa
Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à
nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei.
Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite.
Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho
naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom;
saboreareis manjares suculentos.
Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco
uma aliança eterna, com as graças prometidas a David.
Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e legislador das nações.
Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a
ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel, que te glorificou.
Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está
perto.
Deixe o ímpio (=ateu) o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos.
Converta-se ao Senhor que terá
compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso
em perdoar.
Porque os meus pensamentos não são os vossos nem os vossos caminhos são os
meus – oráculo do Senhor.
Tanto quanto o céu está acima da Terra assim os meus caminhos estão acima
dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem
terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir para que dê
a semente ao semeador e o pão para comer,
assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu
efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».
Livro de Isaías 12,2.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião, porque é grande
no meio de vós o Santo de Israel.
1.ª Carta de São João 5,1-9.
Caríssimos: Quem acredita que Jesus é o Messias, nasceu de Deus
e quem ama Aquele que gerou ama também Aquele que nasceu d’Ele.
Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e cumprimos
os seus mandamentos
porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos. E os seus
mandamentos não são pesados
porque todo o que nasceu de Deus vence
o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de
Deus?
Este é O que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com a água,
mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho porque o Espírito
é a verdade.
São três que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue e os três estão de acordo.
Se aceitamos o testemunho dos homens, maior é o testemunho de Deus e o
testemunho de Deus está em que foi Ele a dar testemunho a respeito do seu
Filho.
Evangelho segundo São Marcos 1,7-11.
Naquele tempo, João começou a pregar, dizendo: «Vai chegar
depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno
de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias.
Eu baptizo na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo».
Sucedeu que, naqueles dias, Jesus Cristo veio de Nazaré da Galileia e foi
baptizado por João no rio Jordão.
Ao subir da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito, como uma pomba,
descer sobre Ele.
E dos céus ouviu-se uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda
a minha complacência».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420),
presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de Marcos 1C, SC 494
O baptismo de Jesus Cristo
«Foi baptizado
por João no rio Jordão». Grande é a sua misericórdia: Aquele que não tinha
cometido qualquer pecado é baptizado como se fosse pecador. No baptismo do
Senhor, são redimidos todos os pecados; mas ele é apenas uma prefiguração
do baptismo do Salvador porque a verdadeira remissão dos pecados reside no
sangue de Jesus Cristo, no mistério da Trindade.
«Ao subir da água, viu os céus rasgarem-se». Tudo isto foi escrito para
nós. Pois antes de recebermos o baptismo, nós tínhamos os olhos fechados,
não podíamos ver as realidades celestes.
E viu «o Espírito, como uma pomba, descer sobre Ele. E dos céus ouviu-se
uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha
complacência"». Vemos aqui o mistério da Trindade: Jesus Cristo é baptizado,
o Espírito Santo desce sob a aparência de pomba e o Pai fala do alto do
céu.
«Viu os céus rasgarem-se». A expressão «viu» mostra que os outros não
tinham visto. Não se imagine que foram os céus que, simples e
materialmente, se abriram; nós próprios, que estamos agora aqui, segundo a
diversidade dos nossos méritos, vemos os céus abertos ou fechados. Uma fé total vê os céus abertos; mas
uma fé que duvida vê-os fechados.
«Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele» (Jo
1,32). Vede o que diz a Escritura: que permanecia, isto é, que não Se ia
embora. O Espírito Santo desceu sobre Jesus Cristo e permaneceu; enquanto
sobre os homens desce, mas não permanece. Com efeito, esperamos que o
Espírito Santo permaneça em nós, quando odiamos o nosso irmão e temos maus
pensamentos? Se temos bons pensamentos, saibamos que o Espírito
Santo habita em nós; mas, se temos maus pensamentos, isso é sinal de
que o Espírito Santo Se retirou de nós. É por isso que Ele diz acerca do
Salvador: «Aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer, é Ele»
(Jo 1,33).
Terça-feira,
dia 09 de Janeiro de 2018
Terça-feira da 1.ª
semana do Tempo Comum
Naqueles dias, depois de ter comido em Silo, Ana levantou-se
e apresentou-se diante do Senhor. O sacerdote Heli estava sentado em sua
cadeira, à entrada do templo do Senhor.
Com a alma cheia de amargura, Ana orou ao Senhor, derramando muitas
lágrimas
e fez o seguinte voto: «Senhor do Universo! Se Vos dignardes olhar para a
humilhação da vossa serva, se Vos lembrardes de mim e não esquecerdes
esta vossa serva, se lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao
Senhor por toda a vida e a navalha não passará pela sua cabeça».
Enquanto ela continuava a rezar diante do Senhor, Heli observou os
movimentos dos seus lábios:
Ana falava em seu coração; só mexia os lábios, mas não se ouvia a sua
voz. Por isso Heli pensou que estivesse embriagada
e perguntou-lhe: «Até quando estarás embriagada? Livra-te desse vinho».
Ana respondeu: «Não, meu senhor; sou apenas uma infeliz. Não bebi vinho
nem outra bebida que embriague; estava apenas a desabafar diante do
Senhor.
Não tomes a tua serva por uma vadia porque o excesso da minha dor e da
minha aflição é que me fez falar até agora».
Então Heli disse-lhe: «Vai em paz e o Deus de Israel te conceda o que Lhe
pediste».
Ana respondeu: «Queira Deus que a tua serva encontre sempre em ti
acolhimento favorável». A mulher foi-se embora, comeu e já tinha outro
semblante.
No outro dia, levantaram-se de manhã cedo e, depois de se terem prostrado
diante do Senhor, voltaram para sua casa, em Ramá. Elcana uniu-se a sua
mulher, Ana e o Senhor lembrou-Se dela.
Ana concebeu e, decorrido o tempo, deu à luz um filho, a quem deu o nome
de Samuel, dizendo: «Eu o pedi ao Senhor».
Livro de 1.º Samuel 2,1.4-5.6-7.8abcd.
Exulta o meu coração no Senhor,
no meu Deus se eleva a minha fronte.
Abre-se a minha boca contra os inimigos
porque me alegro com a vossa salvação.
A arma dos fortes foi destruída
e os fracos foram revestidos de força.
Os que viviam na abundância andam em busca de pão
e os que tinham fome foram saciados.
A mulher estéril deu à luz muitos filhos
e a mãe fecunda deixou de conceber.
É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz-nos descer ao túmulo e de novo nos levanta.
É o Senhor quem despoja e enriquece,
é o Senhor quem humilha e exalta.
Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre os príncipes
e destina-lhes um lugar de honra.
Evangelho segundo São Marcos 1,21b-28.
Jesus Cristo chegou a Cafarnaúm e no sábado seguinte, entrou
na sinagoga e começou a ensinar.
todos se maravilhavam com a sua doutrina porque os ensinava com
autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro que começou a
gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei
quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus Cristo repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu
dele.
Ficaram todos tão admirados que perguntavam uns aos outros: «Que vem a
ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade que até manda nos
espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus Cristo se divulgou por toda a parte, em toda a
região da Galileia.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 2851-2854
«Vieste para nos perder?»
«Mas
livrai-nos do mal». Nesta petição, o mal não é uma abstração, mas designa
uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O «Diabo»
(«dia-bolos») é aquele que «se atravessa» no desígnio de Deus e na sua
«obra de salvação» realizada em Cristo. «Assassino desde o princípio,
[...] mentiroso e pai da mentira» (Jo 8,44), «Satanás, que seduz o
universo inteiro» (Ap 12, 9), foi por ele que o pecado e a morte entraram
no mundo, e é pela sua derrota definitiva que toda a criação será
«liberta do pecado e da morte» (Missal Romano). «Sabemos que ninguém que
nasceu de Deus peca, porque o preserva Aquele que foi gerado por Deus, e
o Maligno, assim, não o atinge. Sabemos que somos de Deus e que o mundo
inteiro está sujeito ao Maligno» (1Jo 5,18-19). [...]
A vitória sobre o «príncipe deste mundo» (Jo 14,30) foi alcançada, duma
vez para sempre, na «hora» em que Jesus livremente Se entregou à morte
para nos dar a sua vida. Foi o julgamento deste mundo, e o príncipe deste
mundo foi «lançado fora» (Jo 12,31). «Pôs-se a perseguir a Mulher» (Ap
12,13-16), mas não logrou alcançá-la: a nova Eva, «cheia da graça» do
Espírito Santo, foi preservada do pecado e da corrupção da morte [...].
Então, «furioso contra a mulher, foi fazer guerra contra o resto da sua
descendência» (Ap 12,17). Eis porque o Espírito e a Igreja rogam: «Vem,
Senhor Jesus!» (Ap 22,17.20), já que a sua vinda nos libertará do
Maligno.
Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para
sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais
ele é autor ou instigador. Nesta última petição, a Igreja leva à presença
do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam
sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da
espera perseverante do regresso de Cristo. Orando assim, antecipa na
humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo naquele que «tem as
chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1,18), «Aquele que é, que era
e que há-de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1,8).
Quarta-feira,
dia 10 de Janeiro de 2018
Quarta-feira da
1.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias, o
jovem Samuel servia o Senhor sob a direcção do sumo sacerdote Heli.
Nesse tempo, a palavra do Senhor fazia-se ouvir raras vezes e as visões
não eram frequentes.
Certo dia, Heli estava deitado nos seus aposentos; os seus olhos tinham
enfraquecido e mal podia ver.
A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel dormia no templo
do Senhor, no lugar onde se encontrava a arca de Deus.
O Senhor chamou Samuel e ele respondeu: «Aqui estou».
E correndo para junto de Heli, disse: «Aqui estou porque me chamaste».
Mas Heli respondeu: «Eu não te chamei; torna a deitar-te». E ele foi
deitar-se.
O Senhor voltou a chamar Samuel. Samuel levantou-se, foi ter com Heli e
disse: «Aqui estou porque me chamaste». Heli respondeu: «Não te chamei,
meu filho; torna a deitar-te».
Samuel ainda não conhecia o Senhor porque, até então, nunca se lhe
tinha manifestado a palavra do Senhor.
O Senhor chamou Samuel pela terceira vez. Ele levantou-se, foi ter com
Heli e disse: «Aqui estou porque me chamaste». Então Heli compreendeu
que era o Senhor que chamava pelo jovem.
Disse Heli a Samuel: «Vai deitar-te e se te chamarem outra vez,
responde: ‘Falai, Senhor, que o vosso servo escuta’». Samuel voltou
para o seu lugar e deitou-se.
O Senhor veio, aproximou-Se e chamou como das outras vezes: «Samuel,
Samuel!». E Samuel respondeu: «Falai, Senhor, que o vosso servo
escuta».
Samuel foi crescendo; o Senhor estava com ele e nenhuma das suas
palavras deixou de cumprir-se.
E todo o Israel, de Dan até Bersabeia, reconheceu que Samuel era
realmente um profeta do Senhor.
Livro de Salmos 40(39),2.5.7-8a.8b-9.10.
Esperei no Senhor
com toda a confiança,
e Ele atendeu-me.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os arrogantes,
para os que seguem a mentira.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Evangelho segundo São Marcos 1,29-39.
Naquele tempo,
Jesus Cristo saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão
e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus Cristo aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre
deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os
doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus Cristo curou muitas pessoas que eram atormentadas por várias
doenças e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios
falassem porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo
e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a
fim de pregar aí também porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os
demónios.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discurso sobre o Salmo 85
«Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.»
Deus não
podia ter dado aos homens dom maior do que o seu Verbo, a sua Palavra,
por meio do qual criou todas as coisas. Fez dele chefe dos homens, quer
dizer, sua cabeça, e dos homens seus membros (Ef 5,23.30) para que Ele
fosse, ao mesmo tempo, Filho de Deus e Filho do homem: um só Deus com o
Pai, um só homem com os homens. Presenteou-nos com esse dom a fim de
que, ao falarmos com Deus na oração, não separássemos dele o Filho e
para que, ao rezar, o corpo do Filho se não separasse do seu chefe –
para que Ele fosse o único Salvador do seu corpo, Nosso Senhor Jesus
Cristo, o Filho de Deus, que simultaneamente reza por nós, reza em nós
e é rezado por nós.
Reza por nós como nosso sacerdote, reza em nós como nosso chefe, como
cabeça do corpo, é rezado por nós como nosso Deus. Reconheçamos, pois
as nossas palavras nele e as suas palavras em nós. […] Ele não hesitou
em Se unir a nós. Toda a criação Lhe está sujeita porque toda a criação
foi feita por Ele: «No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus
e o Verbo era Deus. […] Tudo começou a existir por meio dele e sem Ele
nada foi criado» (Jo 1,1s). […] Mas se, a seguir, ouvimos nas
Escrituras a voz do mesmo Jesus Cristo gemendo, rezando, confessando,
não hesitemos em Lhe atribuir estas palavras. Contemplemos Aquele que
«era de condição divina» tomar «a condição de servidor, tornando-Se
semelhante aos homens», humilhando-Se «a Si mesmo, feito obediente até
à morte» (Fil 2,6s). Oiçamo-Lo, suspenso da cruz, tornar sua a oração
de um salmo. […] Nós rezamos a Jesus Cristo, pois na sua condição de
Deus e Ele reza na sua condição de servidor; de um lado, está o
Criador, do outro, um homem unido à criação, formando um só homem
connosco – a cabeça e o corpo. Rezamos-Lhe, pois, e rezamos por Ele e
nele.
Quinta-feira, dia 11 de Janeiro de 2018
Quinta-feira
da 1.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias, os
filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel e os israelitas
saíram ao seu encontro para o combate. Acamparam perto de Eben-Ezer,
enquanto os filisteus tinham acampado em Afec.
Os filisteus colocaram-se em ordem de batalha contra Israel e, no
terrível combate, Israel foi derrotado pelos filisteus que, em campo
aberto, lhe mataram cerca de quatro mil homens.
O povo voltou para o acampamento e os anciãos de Israel disseram:
«Porque é que o Senhor deixou que fôssemos hoje vencidos pelos
filisteus? Vamos buscar a Silo a arca da aliança do Senhor: que ela
esteja no meio de nós e nos salve das mãos dos nossos inimigos».
Então o povo mandou buscar a Silo a arca da aliança do Senhor do
Universo que tem o seu trono sobre os querubins. Os dois filhos de
Heli, Hofni e Fineias, acompanhavam a arca da aliança de Deus.
Quando a arca do Senhor entrou no acampamento, todos os israelitas
soltaram um grande clamor que ressoou por toda a Terra.
Os filisteus ouviram o eco daquele alarido e disseram: «Que significa
este grande clamor no campo dos hebreus?». Então souberam que a arca
do Senhor tinha chegado ao acampamento
e diziam atemorizados: «Deus veio para o acampamento.
Ai de nós! Nunca tal coisa tinha sucedido até agora! Ai de nós! Quem
nos livrará das mãos desse Deus tão poderoso? Foi Ele que feriu o
Egipto com toda a espécie de pragas no deserto.
Tende coragem, filisteus, e sede valorosos para não ficardes escravos
dos hebreus como eles têm sido vossos escravos. Sede valorosos e
combatei».
Os filisteus começaram o combate: os israelitas foram vencidos e
fugiu cada um para a sua tenda. A derrota foi grande e da infantaria
de Israel caíram trinta mil homens.
A arca de Deus foi capturada e morreram os dois filhos de Heli, Hofni
e Fineias.
Livro de Salmos 44(43),10-11.14-15.24-25.
Agora, Senhor,
nos rejeitais e confundis
e já não saís à frente dos nossos exércitos.
Obrigais-nos a fugir diante dos nossos adversários
e os nossos inimigos podem saquear à vontade.
Fazeis de nós o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o desprezo dos povos que nos cercam.
Fazeis de nós ocasião de escárnio para os pagãos
e motivo para os povos zombarem de nós.
Despertai, Senhor. Porque dormis?
Levantai-Vos. Não nos rejeiteis para sempre.
Despertai, Senhor. Porque dormis?
Levantai-Vos. Não nos rejeiteis para sempre.
Evangelho segundo São Marcos 1,40-45.
Naquele tempo,
veio ter com Jesus Cristo um leproso. Prostrou-se de joelhos e
suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».
Jesus Cristo, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero:
fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece
pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que
acontecera e assim, Jesus Cristo já não podia entrar abertamente em
nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos e vinham ter com Ele
de toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João da Cruz (1542-1591),
carmelita descalço, doutor da Igreja
A Viva Chama de Amor, estrofe 2
«Jesus Cristo estendeu a mão e tocou-lhe»
Ó Vida
Divina, Tu não tocas para matar, mas para dar a vida; Tu não feres, senão
para curar. Quando castigas, tocas ligeiramente e isso basta para
consumir o mundo. Quando afagas, pousas deliberadamente a tua mão
forte, a doçura da tua carícia não tem medida. Ó Mão Divina,
feriste-me para me curar; fazes morrer em mim o que me priva da vida
de Deus, em quem agora me vejo vivo. E fazes isso pela tua graça
generosa, através do toque daquele que é «o esplendor da tua glória,
a figura da tua substância» (Heb 1,3), o teu Filho único, a tua
Sabedoria que «se estende com vigor de uma extremidade do mundo até à
outra» (Sab 8,1). Ele, o teu Filho
único, mão misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me
tocaste, feriste e queimaste interiormente.
Ó toque delicado, Verbo Filho de Deus, Tu penetras subtilmente na
nossa alma pela delicadeza do teu ser divino; toca-la tão
delicadamente que a absorves totalmente em Ti, de uma forma tão
divina e tão suave «que nunca de tal se ouviu falar em Canaã, nunca
tal se viu no país de Teman» (Bar 3,22). Ó toque delicado do Verbo,
tão mais delicado para comigo quanto, derrubando as montanhas e
quebrando os rochedos do monte Horeb pela sombra do poder que Te
precedia, Te fizeste sentir pelo profeta Elias de forma tão suave e
forte «no delicado murmúrio do ar» (1Rs 19,11). Como és Tu brisa
ligeira e subtil? Diz-me como tocas de forma tão leve e delicada, ó
Verbo, Filho de Deus, Tu que és tão poderoso. Feliz, mil vezes feliz,
a alma que tocas de forma tão delicada! [...] «Tu a guardas no
segredo da tua presença, isto é, do teu Verbo, do teu Filho, ao abrigo
das intrigas dos homens» (Sl 30,21).
Sexta-feira, dia 12 de Janeiro de 2018
Sexta-feira
da 1.a semana do Tempo Comum
Naqueles dias,
reuniram-se todos os anciãos de Israel e foram ter com Samuel a
Ramá.
E disseram a Samuel: «Tu já estás velho e os teus filhos não seguem
o teu exemplo. Por isso, dá-nos um rei que nos governe, como
acontece com os outros povos».
Desagradou a Samuel que eles tivessem dito: «Dá-nos um rei que nos
governe». Samuel orou ao Senhor
e o Senhor respondeu-lhe: «Atende à voz do povo em tudo o que ele
te pedir porque não foi a ti que rejeitaram, mas a Mim: não
querem que Eu reine sobre eles».
Samuel comunicou todas as palavras do Senhor ao povo que lhe pedia
um rei
e acrescentou: «Serão estes os direitos do rei que vai reinar sobre
vós: Requisitará os vossos filhos, para cuidarem dos seus carros e
dos seus cavalos e os fará correr à frente do seu carro.
Ele os utilizará como chefes de mil homens e chefes de cinquenta.
Mandará que lavrem os seus campos e ceifem as suas colheitas, que
fabriquem as suas armas de guerra e as peças dos seus carros.
Requisitará também as vossas filhas para trabalharem como
perfumistas, cozinheiras e padeiras.
Tomará os vossos melhores campos, vinhas e olivais, para os dar aos
seus servos.
Cobrará o dízimo das vossas sementeiras e das vossas vinhas para o
dar aos seus cortesãos e ministros.
Ficará com os vossos melhores servos e servas, com os vossos
melhores bois e jumentos para os empregar no seu serviço.
Cobrará o dízimo dos vossos rebanhos e vós mesmos sereis seus
escravos.
Nesse dia, reclamareis contra o rei que escolhestes, mas então o
Senhor não vos responderá».
O povo não fez caso das palavras de Samuel e disse: «Não importa.
Queremos um rei
e assim seremos como todos os outros povos: o nosso rei é que há-de
governar-nos e marchará à nossa frente para comandar os nossos
combates».
Samuel ouviu tudo o que o povo disse e comunicou-o ao Senhor.
O Senhor respondeu-lhe: «Faz o que eles querem e dá-lhes um rei».
Livro de Salmos 89(88),16-17.18-19.
Feliz do povo
que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça.
Vós sois a sua força,
com o vosso favor se exalta a nossa valentia.
Do Senhor é o nosso escudo
e do Santo de Israel o nosso rei.
Evangelho segundo São Marcos 2,1-12.
Quando Jesus Cristo
entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa,
juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da
porta e Jesus Cristo começou a pregar-lhes a palavra.
Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens;
e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão,
descobriram o tecto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e,
feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o
paralítico.
Ao ver a fé daquela gente, Jesus Cristo disse ao paralítico:
«Filho, os teus pecados estão perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas que assim discorriam em seus
corações:
«Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que
pode perdoar os pecados?».
Jesus Cristo, percebendo o que eles estavam a pensar,
perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão
perdoados’ ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho (do homem) tem na Terra o poder
de perdoar os pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’».
O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente,
de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus,
dizendo: «Nunca vimos coisa assim».
(Contudo, o telhado ficou desfeito e nenhum fez nada
para consertar o que desmanchou. Que abuso!)
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor
da Igreja
Homilias soltas sobre o paralítico
«Ao ver a fé daquela gente»
Este
paralítico tinha fé em Jesus Cristo. Prova disso é a maneira como
foi apresentado a Jesus Cristo: desceram-no pelo tecto da casa.
[...] Sabeis que os doentes estão num abatimento tão grande e de
tão mau humor que frequentemente os bons cuidados que lhes são
prestados os entristecem. [...] Mas este paralítico está contente
por ser retirado do seu quarto e por ser visto publicamente,
atravessando com a sua miséria as praças e as ruas. [...]
Este paralítico não sofre de amor-próprio. A multidão cerca a casa
onde está o Salvador, todas as passagens estão fechadas, a entrada
pejada. Pouco importa! Será introduzido pelo tecto e está contente:
quão hábil é o amor, quão engenhosa a caridade! «Quem procura
encontra e ao que bate hão-de abrir» (Mt 7,8) Este paciente não
perguntará aos amigos que o transportam: «O que estão a fazer? Para
quê tanta perturbação? Para quê tal ardor? Esperem que a casa fique
vazia e que partam todos. Então poderemos apresentar-nos a Jesus,
quando Ele estiver quase só...» Não, o paralítico não pensa nada
disto; é uma glória para ele haver um grande número de testemunhas
da sua cura.
Sábado, dia 13 de Janeiro de 2018
Sábado da
1.a semana do Tempo Comum
Havia um
homem da tribo de Benjamim chamado Quis, filho de Abiel, filho de
Seror, filho de Becorat, filho de Afiá. Era pessoa importante e
tinha um filho chamado Saul, jovem e belo. Entre os israelitas,
ninguém se podia comparar com ele e os mais altos do povo só lhe
davam pelos ombros.
Tinham-se perdido umas jumentas de Quis, pai de Saul e ele disse
a Saul, seu filho: «Leva contigo um dos servos e põe-te a caminho
para procurares as jumentas».
Atravessaram os montes de Efraim e passaram pela região de
Salisá, mas não as encontraram. Percorreram depois a região de
Salim, mas sem resultado. Atravessaram a terra de Benjamim, mas
nem aí encontraram as jumentas.
Entretanto, o profeta Samuel avistou Saul e o Senhor disse-lhe:
«Aí está o homem de quem te falei: é ele que dirigirá o meu
povo».
Saul aproximou-se de Samuel, no meio da porta e disse-lhe: «Por
favor, onde é a casa do vidente?».
Samuel respondeu: «Sou eu o vidente. Sobe à minha frente para a
sala de cima. Comereis hoje comigo e amanhã de manhã te direi
tudo o que tens no coração».
No dia seguinte, Samuel tomou um vaso de óleo e derramou-o sobre
a cabeça de Saul. Depois abraçou-o e disse-lhe: «Foi o Senhor que
te ungiu como chefe de Israel, seu povo. Tu governarás o povo do
Senhor e o salvarás das mãos dos inimigos que o rodeiam».
Livro de Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.
Senhor, o rei
alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios.
Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos.
Graças à vossa protecção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença.
Evangelho segundo São Marcos 2,13-17.
Naquele
tempo, Jesus Cristo saiu de novo para a beira-mar. A multidão
veio ao seu encontro e Ele começou a ensinar a todos.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança
e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus Cristo.
Encontrando-Se Jesus Cristo à mesa em casa de Levi, muitos
publicanos e pecadores estavam também à mesa com Jesus e os seus
discípulos, pois eram muitos os que O seguiam.
Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os
pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo
é que Ele come com publicanos e pecadores?».
Jesus Cristo ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde
que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim
chamar os justos, mas os pecadores».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Afonso-Maria de
Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja
6.º Discurso para a novena de Natal
«Ele levantou-se e seguiu Jesus
Cristo.»
Meu
bem-amado Redentor, eis o meu coração que integralmente Te dou;
já não é meu, mas teu. Ao entrares no mundo, ao Pai Eterno
ofereceste e deste toda a tua vontade, como nos ensinas pela boca
de David: «No livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.
Esse é o meu desejo, ó meu Deus» (Sl 39,8-9). De igual modo, meu
bem-amado Salvador, ofereço-Te hoje toda a minha vontade. Outrora
foi-Te rebelde e eu ofendia-Te através dela. Hoje, lamento de
todo o coração aquilo em que a despendi, os imensos erros que
miseravelmente me privaram da tua amizade. De tudo isso me
arrependo profundamente e sem reservas a Ti consagro esta
vontade.
«Que hei-de fazer, Senhor?» (At 22,10). Senhor, diz-me o que
queres de mim: estou pronto a fazer tudo o que desejares. Dispõe
de mim e do que me pertence como Te agradar: tudo aceitarei, em
tudo consentirei. Sei que procuras para mim o maior dos bens:
«Nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Sl 30,6). Ajuda, por
misericórdia, este espírito, conserva-o, faz que ele seja sempre
teu e só teu, pois Tu «resgataste-o, Senhor, Deus verdadeiro»,
pelo preço do teu sangue (Sl 30,6). ©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
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Europeia dos Descobrimentos
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(livros, música, postais, … cristãos)
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