"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna".
João 6, 68
Domingo,
dia 05 de Novembro de 2017
31.º
Domingo do Tempo Comum
Eu sou um grande Rei, diz o Senhor do Universo, e o meu nome é adorado
entre as nações.
Agora, este aviso é para vós, sacerdotes:
Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito dar glória ao meu nome – diz o Senhor do universo – lançarei
contra vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos. E essa maldição já
está cumprida porque vós não tomais isto a peito.
Vós desviastes-vos do caminho, fizestes tropeçar muitos na lei e destruístes
a aliança de Levi, diz o Senhor do Universo.
Por isso, como não seguis os meus
caminhos e fazeis acepção de
pessoas perante a lei, também Eu vos tornarei desprezíveis e abjectos aos
olhos de todo o povo.
Não temos todos nós um só Pai? Não foi o mesmo Deus que nos criou? Então
porque somos desleais uns para com os outros, profanando a aliança dos nossos
pais?
Livro de Salmos 131(130),1.2.3.
Senhor, não se eleva soberbo o meu coração
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
em coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.
1.ª Carta aos Tessalonicenses 2,7b-9.13.
Irmãos: Fizemo-nos pequenos no meio de vós. Como a mãe que
acalenta os filhos que anda a criar,
assim nós também, pela viva afeição que vos dedicamos, desejaríamos partilhar
convosco, não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos
tínheis tornado para nós.
Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras. Foi a trabalhar
noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos pregámos o
Evangelho de Deus.
Por isso, também nós agradecemos a Deus sem cessar porque, depois de terdes
ouvido a palavra de Deus por nós pregada, vós a acolhestes, não como palavra
humana, mas como ela é realmente, palavra de Deus que permanece activa em
vós, os crentes.
Evangelho segundo São Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos,
dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras
porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo
os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e
ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas
sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém,
não vos deixeis tratar por ‘Mestres’
porque um só é o vosso Mestre (Jesus Cristo) e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai
celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso doutor (médico),
o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servidor.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo
de Poitiers, doutor da Igreja
Comentários sobre São Mateus
«Eles dizem e não fazem»
O Senhor
adverte-nos de que as belas palavras e os comportamentos amáveis devem ser
julgados pelos frutos que produzem. Devemos, pois, apreciar as pessoas, não
por aquilo que se propõem com as palavras, mas pelo que são realmente, pelos seus actos. Muitas vezes, sob uma aparência
de ovelha dissimula-se uma raiva de lobo (Mt 7, 15). E da mesma maneira que
os espinhos não produzem uvas nem os espinheiros figos [...] assim também,
diz-nos Jesus Cristo, não é em belas palavras que consiste a realidade das boas obras, mas todos os homens devem ser julgados pelos seus frutos (vv. 16-18).
(= pelas suas obras)
Não, um serviço que se limite a belas palavras não basta para obter o Reino
dos céus. Pois com que se articularia uma santidade limitada a belas
palavras, se o caminho do Reino dos céus se encontra na obediência à vontade
de Deus?
Temos, pois, de nos empenhar, se queremos alcançar a felicidade eterna. Temos
de dar alguma coisa de nós mesmos: querer
o bem, evitar o mal e obedecer de todo o coração aos preceitos divinos. Tal atitude
valer-nos-á ser reconhecidos por Deus como filhos. Por isso, adequemos os nossos actos à sua vontade, em vez
de nos glorificarmos no seu poder. Porque Ele afastará e rejeitará os que se
tiverem apartado dele pela iniquidade (= não-equidade) dos seus actos.
Segunda-feira,
dia 06 de Novembro de 2017
Segunda-feira da 31.ª
semana do Tempo Comum
Irmãos: Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.
Vós fostes outrora desobedientes a Deus e agora alcançastes misericórdia,
devido à desobediência dos judeus.
Assim também eles desobedecem agora, de modo que, devido à misericórdia
obtida por vós, também eles agora alcancem misericórdia.
Efectivamente, Deus encerrou a todos na desobediência, para usar de
misericórdia para com todos.
Como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus! Como são
insondáveis os seus desígnios e incompreensíveis os seus caminhos!
Quem conheceu o pensamento do Senhor? Quem foi o seu conselheiro?
Quem Lhe deu primeiro, para que tenha de receber retribuição?
D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória a Deus para sempre.
Amen.
Livro de Salmos 69(68),30-31.33-34.36-37.
Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa protecção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de graças O glorificarei.
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.
Deus protegerá Sião, reconstruirá as cidades de Judá
e voltarão a ocupá-la os cativos.
Os seus servidores a receberão em herança,
e nela hão-de morar os que amam o seu nome.
Evangelho segundo São Lucas 14,12-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a um dos principais fariseus,
que O tinha convidado para uma refeição: «Quando ofereceres um almoço ou um
jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus
parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te
convidem e assim serás retribuído.
Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os
coxos e os cegos;
e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído
na ressurreição dos justos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo
de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discurso sobre o salmo 121
«Ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos»
O amor é muito poderoso: ele é a nossa força. Sem ele, de nada nos
servirá o resto. «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos», diz
o apóstolo Paulo, «se não tiver amor, sou como bronze que ressoa ou como
címbalo que tine» (1Cor 13,1). Escutai em seguida esta palavra magnífica:
«Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a
fim de ser queimado, se não tiver
amor, de nada me aproveita» (v. 3). Se não tens senão o amor, mesmo que
não possas distribuir nada pelos pobres, ama. Darás apenas «um copo de água fresca» (Mt 10,42) e isso
valer-te-á a mesma recompensa que Zaqueu que distribuiu metade da sua
fortuna (Lc 19,8). Como será isso? Um dá pouco, o outro muito e os seus
gestos têm o mesmo valor? Pois sim: os recursos são desiguais, mas o amor é
igual. [...]
O salmista diz: «Vamos à casa do Senhor» (Sl 121,4). Vejamos se de facto lá
vamos. Não são os nossos pés, mas o nosso
coração que nos leva. Vejamos se de facto lá vamos; que cada um de vós
se interrogue: Que fazes pelo pobre fiel, pelo teu irmão indigente, pelo
mendigo que te estende a mão? Vê se o teu coração não será estreito. [...]
«Procurai o que faz a paz de Jerusalém» (v.6). O que faz a paz em
Jerusalém? «A abundância para os que
te amam» (Vulg.). O salmista dirige a palavra a Jerusalém: «Os que te
amam estarão na abundância» – a abundância depois da pobreza. Cá em baixo,
a miséria, lá em cima, a abundância; cá a fraqueza, lá, a força; os que são
pobres cá serão ricos lá em cima. Donde vem a sua riqueza? De terem dado cá
os bens que durante algum tempo receberam de Deus; lá, recebem o que Deus
lhes dá, por toda a eternidade.
Meus irmãos, cá os ricos são pobres; é bom que o rico descubra a sua
pobreza. Julga-se repleto? Isso é inchaço e não plenitude. Que reconheça o
seu vazio a fim de poder ser cumulado. Que possui ele? Ouro. Que lhe falta?
A vida eterna. Que olhe bem para o que tem e para o que lhe falta. Irmãos,
que dê o que possui, a fim de receber o que não tem.
Quarta-feira,
dia 08 de Novembro de 2017
Quarta-feira da 31.ª
semana do Tempo Comum
Irmãos: Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor
de uns para com os outros, pois, quem ama o próximo, cumpre a lei.
De facto, os mandamentos que dizem: «Não cometerás adultério, não
matarás, não furtarás, não cobiçarás» e todos os outros mandamentos,
resumem-se nestas palavras: «Amarás
ao próximo como a ti mesmo».
A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da
lei.
Livro de Salmos 112(111),1-2.4-5.9.
Feliz o homem que adora o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,
será abençoada a geração dos justos.
Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
Ditoso o homem que se compadece e empresta e dispõe das suas coisas com
justiça.
reparte com largueza pelos pobres, a sua generosidade permanece para
sempre e pode levantar a cabeça com altivez.
Evangelho segundo São Lucas 14,25-33.
Naquele tempo, seguia Jesus Cristo uma grande multidão. Jesus
Cristo voltou-Se e disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos
filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu
discípulo.
Quem não toma a sua cruz (= aceita o sofrimento na sua vida) para Me
seguir, não pode ser meu discípulo.
Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a
calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la?
Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a
concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:
‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’.
E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro
a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem
contra ele com vinte mil?
Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir
as condições de paz.
Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser
meu discípulo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379),
monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Grandes Regras Monásticas; questão 8
Nada preferir a Jesus Cristo
Nosso
Senhor Jesus Cristo disse a todos, por várias vezes e apresentando
diversas provas: «Se alguém quiser vir após Mim, que renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e Me siga» e também: «Aquele de entre vós que não
renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo». Parece, pois,
exigir a renúncia mais completa. [...] «Onde estiver o teu tesouro», diz
noutra altura, «aí estará o teu coração» (Mt 6,21). Portanto, se
reservamos para nós bens terrenos ou qualquer provisão fugaz, o nosso
espírito permanece aí atolado, como que na lama. É então inevitável que a
nossa alma seja incapaz de contemplar a Deus e se torne insensível ao
desejo dos esplendores do céu e dos bens que nos foram prometidos. Só
poderemos obter esses bens se os pedirmos sem cessar com um desejo
ardente que, de resto, nos tornará leve o esforço para os atingir.
Renunciar a nós mesmos é, pois, soltar os laços que nos prendem a esta
vida terrena e passageira, libertar-nos das contingências humanas, a fim
de sermos mais capazes de caminhar na via que conduz a Deus. É
libertar-nos dos entraves, a fim de possuirmos e usarmos bens que são
«muito mais preciosos do que o ouro e a prata» (Sl 18,11). Em suma,
renunciar a nós mesmos é transportar o coração humano para a vida no céu,
de tal forma que possamos dizer: «A nossa pátria está nos céus» (Fil
3,20). E, sobretudo, é começarmos a tornar-nos semelhantes a Jesus Cristo
que Se fez pobre por nós, Ele que era rico (2Cor 8,9). Temos de nos
assemelhar a Ele se quisermos viver em conformidade com o Evangelho.
Quinta-feira,
dia 09 de Novembro de 2017
Dedicação da
Basílica de Latrão – Festa
Naqueles dias, o
Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía
água em direcção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada
para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do
templo, ao sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por
fora até à porta exterior que está voltada para o Oriente. As águas
corriam do lado direito.
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce para
Arabá e entra no mar para que as suas águas se tornem salubres.
Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente terá novo
alento e o peixe será mais abundante. Porque aonde esta água chegar,
tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde
chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de
árvores de fruto; a sua folhagem não murchará nem acabarão os seus
frutos. Todos os meses darão frutos novos porque as águas vêm do
santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».
Livro de Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.
Deus é o nosso
refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.
Os braços de um rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.
O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na Terra.
Evangelho segundo São João 2,13-22.
Estava próxima a
Páscoa dos judeus e Jesus Cristo subiu a Jerusalém.
«Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por Ele amados».
Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as
ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e
derrubou-lhes as mesas
e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da
casa de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo
pela tua casa».
Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás
de que podes proceder deste modo?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o
levantarei».(= o seu próprio corpo)
Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir
este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?».
Jesus Cristo, porém, falava do templo do seu Corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se
do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus
Cristo.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Lansperge o Cartuxo
(1489-1539), religioso e teólogo
Sermão sobre a consagração da igreja; Opera omnia, 1, 702ss.
«Vós sois o templo
de Deus e o Espírito de Deus habita em Vós» (1Cor 3,16)
A
consagração que comemoramos hoje diz respeito, na realidade, a três
casas. A primeira é o santuário
material. [...] É certo que podemos rezar em qualquer lado e que
não há nenhum sítio onde não possamos rezar. No entanto, é muito
conveniente termos consagrado a Deus um local especial onde todos nós,
os cristãos que formamos esta comunidade, nos possamos reunir para
louvar e rezar a Deus em conjunto e assim obter mais facilmente aquilo
que pedimos graças a esta oração comum, segundo aquela palavra: «Se
dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedirem qualquer coisa,
obtê-la-ão de Meu Pai que está nos céus» (Mt 18,19). [...]
A segunda casa de Deus é o povo,
a comunidade santa que encontra a sua unidade nesta Igreja, isto é, em
vós, que sois guiados, instruídos e alimentados por um só pastor, o
bispo. É a casa espiritual de Deus, da qual a nossa igreja, esta casa
material de Deus, é o sinal. Jesus Cristo construiu este templo
espiritual para Si mesmo. [...] Esta morada é formada pelos eleitos de
Deus passados, presentes e futuros, reunidos pela unidade da fé e da
caridade nesta Igreja una, filha da Igreja universal e que aliás é una
com a Igreja universal. Considerada à parte das outras Igrejas
particulares, ela não é senão uma parte da Igreja, como o são todas as
outras Igrejas. Porém, estas igrejas formam em conjunto a única Igreja
universal, mãe de todas as Igrejas. [...] Ao celebrar a consagração da
nossa igreja, não fazemos mais do que recordar, no meio das acções de
graças, dos hinos e dos louvores, a bondade que Deus manifestou ao
chamar este pequeno povo a conhecê-Lo. [...]
A terceira casa de Deus é qualquer
alma santa devotada a Deus, a Ele dedicada pelo baptismo, tornada
templo do Espírito Santo e morada de Deus. [...] Quando celebras a
consagração desta terceira casa, recordas simplesmente o favor que
recebeste de Deus quando Ele te escolheu para vir habitar em ti pela
sua graça.
Sexta-feira, dia 10 de Novembro de 2017
Sexta-feira da
31.ª semana do Tempo Comum
A vosso respeito,
irmãos, estou pessoalmente convencido de que estais cheios de
bondade, plenos de conhecimento e preparados para vos advertirdes
mutuamente.
Todavia, para reavivar a vossa memória, escrevi-vos com certa ousadia
nalguns pontos, em virtude da graça que me foi concedida por Deus.
Porque Ele me fez ministro de Cristo Jesus junto dos gentios, para exercer
o sagrado ministério do Evangelho de Deus, a fim de que a oblação dos
gentios, santificada pelo Espírito Santo, seja agradável a Deus.
Tenho, portanto, motivos para me gloriar no que se refere ao serviço
de Deus.
Mas eu não ousaria falar senão do que Jesus Cristo realizou por meu
intermédio, para levar os gentios à obediência da fé, pela palavra e
pela acção,
pelo poder dos sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus.
Assim, desde Jerusalém e regiões vizinhas até à Ilíria, dei a
conhecer plenamente o Evangelho de Jesus Cristo.
Tive, contudo, a preocupação de só pregar o Evangelho onde ainda não
se tinha invocado o nome de Jesus Cristo, para não construir em
alicerce alheio.
Deste modo faço o que diz a Escritura: «Hão-de vê-l’O aqueles a quem
não foi anunciado e conhecê-l’O os que d’Ele não ouviram falar».
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor
um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo São Lucas 16,1-8.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um
administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus
bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta
contas da tua administração porque já não podes continuar a
administrar’.
O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu
senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de
mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei-de fazer para que, ao ser despedido da
administração, alguém me receba em sua casa’.
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao
primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’.
Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe:
‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’.
A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem
medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e
escreve oitenta’.
E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com
esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que
os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensées choisies du Saint curé d'Ars»
Juntemos tesouros eternos
O mundo
passa e nós passamos com ele. Os reis, os imperadores, tudo
desaparece, engolfado na eternidade, de onde não se regressa. A única
coisa que realmente interessa é salvar a nossa pobre alma (e pessoa
celeste, pessoa espiritual, pessoa natural). Os santos não estavam
presos aos bens da terra; só lhes interessavam os bens do céu. As
pessoas mundanas, pelo contrário, só se interessam pelo tempo
presente.
Temos de fazer como os reis que, quando estão em vias de ser
depostos, mandam guardar os seus tesouros noutro local, onde os têm
depois à sua espera. Assim também um bom cristão manda as suas boas
obras para a porta do céu. [...]
A terra é uma ponte para atravessar um rio: serve apenas para nos
permitir caminhar. [...] Estamos neste mundo, mas não somos deste
mundo. Todos os dias dizemos: «Pai nosso, que estás nos céus...»;
temos, pois, de esperar a nossa recompensa quando estivermos «em
casa», na casa do Pai.
Sábado, dia 11 de Novembro de 2017
Sábado da 31.a
semana do Tempo Comum
Irmãos: Saudai
Prisca e Áquila, meus colaboradores na obra de Cristo Jesus,
que arriscaram a cabeça para me salvar a vida. – Não sou só eu que
lhes estou agradecido, mas todas as Igrejas dos gentios –.
Saudai também a Igreja que se reúne em sua casa. Saudai o meu
querido Epéneto, primícias da Ásia para Jesus Cristo.
Saudai Maria que tanto trabalhou por vós.
Saudai Andrónico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão,
apóstolos eminentes que me precederam na fé em Jesus Cristo.
Saudai Ampliato, meu amigo no Senhor.
Saudai Urbano, nosso colaborador na obra de Jesus Cristo e o meu
amigo Estáquis.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todas as Igrejas de Jesus
Cristo vos saúdam.
Também eu, Tércio, que escrevi esta carta, vos saúdo no Senhor –.
Saúda-vos Gaio que me hospedou a mim e a toda a Igreja
e Erasto, o tesoureiro da cidade e também o nosso irmão Quarto.
Seja dada glória a Deus que tem o poder de vos confirmar, segundo o
Evangelho que eu proclamo, anunciando Jesus Cristo. Esta é a
revelação do mistério que estava encoberto desde os tempos eternos,
mas agora foi manifestado e dado a conhecer a todos os povos pelas
escrituras dos Profetas, segundo a ordem do Deus eterno para que
eles sejam conduzidos à obediência da fé.
A Deus, o único sábio, por Jesus Cristo, seja dada glória pelos
séculos dos séculos. Amen.
Livro de Salmos 145(144),2-3.4-5.10-11.
Quero
bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e digno de todo o louvor,
insondável é a sua grandeza.
Uma geração anuncia à outra as vossas
obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do poder da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.
Agradeçam-Vos, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.
Evangelho segundo São Lucas 16,9-15.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Arranjai amigos com o vil
dinheiro para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas
moradas eternas.
Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes e quem é
injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes.
Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos
confiará o verdadeiro bem?
E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é
vosso?
Nenhum servidor pode servir a dois senhores porque, ou não gosta de
um deles e estima o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a
Deus e ao dinheiro».
Os fariseus, que eram amigos de dinheiro, ouviam tudo isto e escarneciam
de Jesus Cristo.
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Vós quereis passar por justos aos
olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. O que vale
muito para os homens nada vale aos olhos de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c.
540-604), Papa, doutor da Igreja
Escritos morais sobre Job, 34
«Nenhum servidor pode servir a dois
senhores»
Querer
pôr a esperança e a confiança em bens passageiros é querer fazer
fundações em água corrente. Tudo passa; Deus permanece. Agarrarmo-nos ao que é transitório é
desligarmo-nos do que é permanente. Quem é o homem que, levado no
turbilhão agitado de um rápido, consegue manter-se firme no seu
lugar, no meio dessa torrente fragorosa? Se não quisermos ser
levados pela corrente, temos de nos afastar de tudo o que corre;
senão, o objecto do nosso amor constranger-nos-á a chegar ao que
precisamente queremos evitar. Aquele que se agarra aos bens
transitórios será certamente arrastado até onde vão ter essas
coisas a que se apega.
A primeira coisa a fazer é pois abstermo-nos de amar os bens
materiais; a segunda, não pormos total confiança naqueles bens que
nos são confiados para serem usados e não para serem desfrutados. A
alma que se prende aos bens perecíveis cedo perde a sua estabilidade.
O turbilhão da vida actual arrasta quem nele se deixa ir e é uma
tonta ilusão aquele que é levado nesta corrente querer manter-se de
pé. ©
http://goo.gl/RSVXh5
portal da Confraria Bolos D. Rodrigo
Confraria Bolos D. Rodrigo – já está no Facebook
Os meus filmes
2.º –
O Cemitério de Lagos
3.º –
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