"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 22 de Outubro de 2017
29.º
Domingo do Tempo Comum
Assim fala o Senhor a Ciro, seu ungido, a quem tomou pela mão
direita para subjugar diante dele as nações e fazer cair as armas da cintura
dos reis, para abrir as portas à sua frente sem que nenhuma lhe seja fechada:
«Por causa de Jacob, meu servidor e de Israel, meu eleito, Eu te chamei pelo
teu nome e te dei um título glorioso quando ainda não Me conhecias.
Eu sou o Senhor e não há outro; fora
de Mim não há Deus. Eu te cingi quando ainda não Me conhecias,
para que se saiba, do Oriente ao Ocidente que fora de Mim não há outro. Eu
sou o Senhor e mais ninguém».
Livro de Salmos 96(95),1.3.4-5.7-8.9-10a.10c.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira.
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
O Senhor é grande e digno de louvor,
mais poderoso do que todas as divindades.
Os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.
Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder.
Dai ao Senhor a glória do seu nome,
levai-Lhe oferendas e entrai nos seus átrios.
Adorai o Senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d’Ele a Terra inteira.
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
governa os povos com equidade.
1.ª Carta aos Tessalonicenses 1,1-5b.
Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos Tessalonicenses que está em
Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: A graça e a paz estejam convosco.
Agradecemos continuamente a Deus por todos vós, ao fazermos menção de vós nas
nossas orações.
Recordamos a actividade da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza
da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo, na presença de Deus, nosso
Pai.
Nós sabemos, irmãos amados por Deus, como fostes escolhidos.
O nosso Evangelho não vos foi pregado somente com palavras, mas também com
obras poderosas, com a acção do Espírito Santo.
Evangelho segundo São Mateus 22,15-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a
maneira de surpreender Jesus Cristo no que dissesse.
Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos e
disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a
verdade, o caminho de Deus, sem Te deixares influenciar por ninguém, pois não
fazes acepção de pessoas.
Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?».
Jesus Cristo, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais,
hipócritas?
Mostrai-Me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário
e Jesus Cristo perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?».
Eles responderam: «De César». Disse-lhes Jesus Cristo: «Então dai a César o
que é de César e a Deus o que é de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Lourenço de Brindisi
(1559-1619), capuchinho, doutor da Igreja
Sermão para o 22.º Domingo depois de Pentecostes
Ser realmente uma imagem de Deus
«Então dai a
César o que é de César e a Deus o que é de Deus». É preciso dar a cada um o
que lhe pertence. Eis uma palavra verdadeiramente cheia de sabedoria e de
ciência celestial porque nos ensina que há duas espécies de poder: um humano
e terreno, outro divino e celeste. [...] Ensina-nos que devemos estar
sujeitos a uma dupla obediência: às leis dos homens e às leis divinas. [...]
Temos de pagar a César a moeda que tem a efígie e a inscrição de César e a
Deus o que recebeu o sinete da imagem e semelhança divinas: «Resplandeça
sobre nós, Senhor, a luz da tua presença!» A luz da tua presença deixou em
nós a tua marca, Senhor (Sl 4,7).
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf Gn 1,26). Tu és homem, ó
cristão. És, portanto, moeda do tesouro divino, uma moeda que tem a efígie e
a inscrição do Imperador divino. Assim pergunto com Jesus Cristo: «De quem é
esta imagem e esta inscrição?» Tu respondes: «De Deus». E eu digo-te: «Então
porque não dás a Deus o que é de Deus?»
Se queremos realmente ser imagem de Deus, devemos assemelhar-nos a Jesus Cristo,
o Filho, pois Ele é a imagem da bondade de Deus e «imagem fiel da sua
substância» (Heb 1,3). E Deus, «àqueles que Ele de antemão conheceu, também
os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho» (Rom 8,29). Jesus
Cristo deu verdadeiramente a César o que era de César e a Deus o que era de
Deus. Ele observou da maneira mais perfeita os preceitos contidos nas duas
tábuas da lei divina, «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz»
(Fil 2,8) e, por isso, foi elevado ao mais alto grau de todas as virtudes
visíveis e invisíveis.
Segunda-feira,
dia 23 de Outubro de 2017
Segunda-feira da 29.ª
semana do Tempo Comum
Irmãos: Perante a promessa de Deus, Abraão não se deixou abalar
pela desconfiança, antes se fortaleceu na fé, dando glória a Deus,
plenamente convencido de que Deus era capaz de cumprir o que tinha
prometido.
Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça».
Não é só por causa dele que está escrito «Isto foi-lhe atribuído»,
mas também por causa de nós que acreditamos n’Aquele que ressuscitou dos
mortos, Jesus Cristo, Nosso Senhor,
que foi entregue à morte por causa das nossas faltas e ressuscitou para
nossa justificação.
Evangelho segundo São Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
O Senhor nos deu um Salvador poderoso,
na casa de David, seu servidor,
como prometeu pela boca dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos;
Para nos libertar dos nossos inimigos
e das mãos daqueles que nos odeiam;
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança:
O juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de O servirmos um dia, sem temor,
livres das mãos dos nossos inimigos,
em santidade e justiça na sua presença,
todos os dias da nossa vida.
Evangelho segundo São Lucas 12,13-21.
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus
Cristo: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez juiz ou árbitro das vossas
partilhas?».
Depois disse aos presentes: «Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a
vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens».
E disse-lhes esta parábola: «O campo de um homem rico tinha produzido
excelente colheita.
Ele pensou consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha
colheita?
Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros
maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens.
Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em depósito
para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’.
Mas Deus respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua
alma. O que preparaste, para quem será?’
Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos olhos
de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo actual, «Gaudium et spes», §§ 88-90
Amontoar para si ou ser rico em relação a Deus?
Os cristãos
cooperem de bom grado e de todo o coração na construção da ordem
internacional, com verdadeiro respeito pelas liberdades legítimas e na
amigável fraternidade de todos e tanto mais quanto é verdade que a maior
parte do mundo ainda sofre tantas necessidades de maneira que, nos pobres,
o próprio Jesus Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos seus
discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações,
geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer
o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda
a espécie de misérias, pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória
e o testemunho da Igreja de Jesus Cristo. São, por isso, de louvar e devem
ser ajudados os cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente
para ir em ajuda dos outros homens e povos. [...]
É, portanto, absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na
comunidade das nações para fomentar e estimular a cooperação entre os
homens; tanto por meio das suas instituições públicas como graças à inteira
e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se especial
cuidado em formar neste ponto a juventude, tanto na educação religiosa como
na cívica.
Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem cumprirem a sua missão
na comunidade internacional, procurem cooperar activa e positivamente quer
com os irmãos separados que com eles professam a caridade evangélica quer
com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.
Terça-feira,
dia 24 de Outubro de 2017
Terça-feira da 29.a
semana do Tempo Comum
Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e
pelo pecado a morte, assim também a morte atingiu todos os homens porque
todos pecaram.
Se pelo pecado de um só pereceram todos, com muito mais razão a graça de
Deus, dom contido na graça de um só homem, Jesus Cristo, se concedeu com
abundância a todos os homens.
Se a morte reinou pelo pecado de um só homem, com muito mais razão,
aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça reinarão na
vida por meio de um só, Jesus Cristo
porque assim como, pelo pecado de um só, veio para todos os homens a
condenação assim também, pela obra de justiça de um só, virá para todos a
justificação que dá a Vida.
De facto, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram
pecadores assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão
justos.
Onde abundou o pecado superabundou a graça
para que, assim como o pecado reinou pela morte, também a graça reine
pela justiça para nos dar a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Alegrem-se e exultem em Vós
todos os que Vos procuram.
Digam sempre: «Grande é o Senhor»
os que desejam a vossa salvação.
Evangelho segundo São Lucas 12,35-38.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tende
os rins cingidos e as lâmpadas acesas.
Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento para lhe
abrirem logo a porta, quando chegar e bater.
Felizes esses servidores que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes.
Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e,
passando diante deles, os servirá.
Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os
encontrar».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século VII),
monge perto de Mossul
Discursos ascéticos
«Tende [...] as lâmpadas acesas.»
A oração que se faz durante a noite
tem um grande poder, mais do que a que se faz durante o dia. Foi por
isso que todos os santos tiveram o hábito de rezar de noite, combatendo
a moleza do corpo e a suavidade do sono e ultrapassando a sua própria
natureza corporal. Também o profeta dizia: «Estou cansado de tanto
gemer; todas as noites banho o leito com as minhas lágrimas» (Sl 6,7),
enquanto suspirava no fundo de si mesmo, numa oração apaixonada. E
noutro passo: «Levanto-me a meio da noite para Te louvar por causa das
tuas sentenças, Tu que és o Justo» (Sl 118,62). Sempre que queriam
dirigir a Deus algum pedido, os santos recorriam à oração nocturna e
imediatamente recebiam o que pediam.
O próprio Satanás receia intensamente a oração que se faz durante as
vigílias: mesmo que seja acompanhada de distracções, esta oração não
fica sem fruto, a menos que se
peça o que não convém (isto é, mal para os outros). É por isso que
ele trava sérios combates contra os que velam, a fim de os afastar
dessa prática, sobretudo se se mostram perseverantes. Mas os que se
fortaleceram um pouco que seja contra as suas manhas perniciosas,
saborearam os dons que Deus concede durante as vigílias e
experimentaram pessoalmente a grandeza da ajuda que Deus lhes dá;
desprezam-no completamente, a ele e a todos os seus estratagemas.
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Quarta-feira,
dia 25 de Outubro de 2017
Quarta-feira da
29.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Não reine o
pecado no vosso corpo mortal, obedecendo aos seus desejos.
Não ofereçais os vossos membros como arma da injustiça ao serviço do
pecado; mas oferecei-vos a Deus como homens que revivem de entre os
mortos e oferecei os vossos membros como armas da justiça ao serviço de
Deus.
E o pecado não vos dominará porque não estais sob o regime da Lei, mas
sob o regime da graça.
Como, então? Havemos de pecar porque não estamos sob o regime da Lei,
mas sob o regime da graça? De modo nenhum.
Não sabeis que, se vos ofereceis como escravos a alguém, para lhe
obedecerdes, vos tornais escravos daquele a quem obedeceis, quer seja
do pecado que leva à morte quer da obediência, que vos leva à justiça?
Mas agradeçamos a Deus porque, se éreis escravos do pecado, agora vos
submetestes de todo o coração à norma de doutrina que vos foi
transmitida.
E assim, libertos do pecado, vos tornastes servidores da justiça.
Livro de Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.
Se o Senhor não
estivesse connosco,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos, no furor da sua ira.
As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós:
sobre nós teriam passado as águas impetuosas.
Bendito seja o Senhor
que não nos abandonou como presa dos seus dentes.
A nossa vida escapou como pássaro
do laço dos caçadores:
quebrou-se a armadilha
e nós ficámos livres.
A nossa protecção está no nome do Senhor
que fez o céu e a Terra.
Evangelho segundo São Lucas 12,39-48.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Compreendei isto: se o dono da
casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua
casa.
Estai vós também preparados porque na hora em que não pensais virá o
Filho do homem».
Disse Pedro a Jesus Cristo: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola
ou também para todos os outros?».
O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o
senhor estabelecerá à frente da sua casa para dar devidamente a cada um
a sua ração de trigo?
Feliz o servidor a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas se aquele servidor disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em
vir’ e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a
embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que
ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não
cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito acções que
mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado,
muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilia 77 sobre São Mateus
«Estai [...] preparados»
«Na hora
em que não pensais virá o Filho (do homem)». Jesus Cristo diz-lhes isto
para que os discípulos fiquem vigilantes, para que estejam sempre
preparados. Se lhes diz que virá quando menos O esperam, é porque quer
levá-los a praticar a virtude com zelo e sem descanso. É como se lhes
dissesse: «Se as pessoas soubessem quando vão morrer, estariam
perfeitamente preparadas para esse dia». Mas o momento final da nossa
vida é um segredo que escapa a cada homem.
É por isso que o Senhor exige duas qualidades ao seu servidor: que seja
fiel, para que não atribua a
si mesmo nada do que pertence ao seu Mestre e que seja sensato, para administrar
convenientemente tudo o que lhe foi confiado. São-nos, pois necessárias
estas duas qualidades para estarmos preparados para a chegada do
Mestre. [...] Porque, como não sabemos qual é o dia do nosso encontro
com Ele, dizemos para connosco: «O meu Senhor tarda em vir». O servidor
fiel e sensato não tem tal pensamento. Ó infeliz, que pensas que o teu
Mestre se demora: imaginas que, por isso, Ele não virá? A sua vinda é
certa. Porque não estás vigilante à sua espera? Não, o Senhor não está
demorado: esse atraso só existe na imaginação do mau servidor.
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Quinta-feira, dia 26 de Outubro de 2017
Quinta-feira
da 29.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Falo com
linguagem humana por causa da vossa fraqueza: Assim como entregastes
os vossos membros como escravos ao serviço da impureza e da desordem
que conduz à revolta contra Deus, colocai agora os vossos membros ao
serviço da justiça que conduz à santidade.
Na verdade, quando éreis escravos do pecado, éreis livres em relação
à justiça.
Mas que fruto colhestes então dessas obras de que actualmente vos
envergonhais? De facto, o seu fim é a morte.
Mas agora, libertos do pecado e tornados servidores de Deus, produzis
o fruto que conduz à santificação, cujo fim é a vida eterna.
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que
não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Evangelho segundo São Lucas 12,49-53.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra
e que quero Eu senão que ele se acenda?
Tenho de receber um baptismo e estou ansioso até que ele se realize.
Pensais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não. Eu vos digo que
vim trazer a divisão.
A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra
dois e dois contra três.
Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe
contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora
contra a sogra».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século
VII), monge perto de Mossul
Discursos sobre ascese, 1.ª série, n.º 2
«Eu vim trazer o fogo à Terra»
Violenta-te
(cf Mt 11,12), esforça-te por imitar a humildade de Jesus Cristo,
para que se torne cada vez mais forte o fogo que Ele acendeu em ti,
esse fogo pelo qual são consumidos todos os impulsos deste mundo que
destroem o homem novo e maculam as moradas do Senhor santo e
poderoso. Porque eu afirmo com São Paulo que «nós somos o templo do
Deus vivo» (2Cor 6,16). Por isso, purifiquemos esse templo «como Ele
é puro» (1Jo 3,3), para que Ele tenha desejo de aí morar;
santifiquemo-lo porque Ele é santo (1Pe 1,16); ornamentemo-lo com
todas as obras boas e dignas.
Enchamos o templo do repouso da sua vontade, como de um perfume,
através da oração pura, da oração
do coração que é impossível de alcançar se nos entregarmos
continuamente aos impulsos deste mundo. Assim a nuvem da sua glória
cobrirá a nossa alma e a luz da sua grandeza brilhará no nosso
coração (cf 1Rs 8,10). Todos aqueles que permanecem na casa de Deus
serão repletos de alegria e rejubilarão. Mas os insolentes e os
ignóbeis desaparecerão sob o fogo do Espírito Santo.
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Sexta-feira, dia 27 de Outubro de 2017
Sexta-feira
da 29.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Eu sei que
em mim, isto é, na minha natureza, não habita o bem, pois querer o
bem está ao meu alcance, mas realizá-lo não está.
Na verdade, não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não
quero.
Ora, se eu faço o que não quero, já não sou eu que o realizo, mas o
pecado que habita em mim.
Descubro, pois em mim esta lei: ao querer fazer o bem, é o mal que
está ao meu alcance.
Sinto prazer na lei de Deus, segundo o homem interior.
Mas vejo que há outra lei nos meus membros, que luta contra a lei
da minha razão; ela torna-me escravo da lei do pecado que está nos
meus membros.
Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte?
Deus, a quem agradecemos, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Livro de Salmos 119(118),66.68.76.77.93.94.
Ensinai-me o bem, o discernimento e a ciência
porque tenho fé nos
vossos mandamentos.
Vós sois bom e generoso,
ensinai-me os vossos decretos.
Console-me a vossa bondade,
segundo a promessa feita ao vosso servidor.
Desçam sobre mim as vossas misericórdias
e viverei
porque a vossa lei faz as minhas delícias.
Jamais esquecerei os vossos decretos
porque neles me tendes dado a vida.
A Vós pertenço, sede o meu auxílio
porque sempre quis seguir os vossos preceitos.
Evangelho segundo São Lucas 12,54-59.
Naquele tempo, dizia
Jesus Cristo à multidão: «Quando vedes levantar-se uma nuvem no
poente, logo dizeis: ‘Vem chuva’ e assim acontece.
E quando sopra o vento sul, dizeis: ‘Vai fazer muito calor’ e assim
sucede.
Hipócritas, se sabeis discernir o aspecto da terra e do céu porque
não sabeis discernir o tempo presente?
Porque não julgais por vós mesmos o que é justo?».
E acrescentou: «Quando fores com o teu adversário ao magistrado,
esforça-te por te entenderes com ele no caminho, para que ele não
te arraste ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça e o
oficial de justiça te meta na prisão.
Eu te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último
centavo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João XXIII
(1881-1963), Papa
Discurso na abertura do Concílio Vaticano II, 11/10/1962, §§ 2-4
Discernir os sinais dos tempos: um
grande tema do Concílio Vaticano II
No
exercício quotidiano do nosso ministério pastoral, ferem nossos
ouvidos sugestões de almas, ardorosas sem dúvida no zelo, mas não
dotadas de grande sentido de discrição
e moderação. Nos tempos
actuais, elas não vêem senão prevaricações e ruínas; vão repetindo
que a nossa época, em comparação com as passadas, foi piorando e
portam-se como quem nada aprendeu da história que é também mestra
da vida e como se no tempo dos concílios ecuménicos precedentes
tudo fosse triunfo completo da ideia e da vida cristã e da justa
liberdade religiosa.
Parece-nos que devemos discordar desses profetas da desventura que
anunciam acontecimentos sempre infaustos, como se estivesse
iminente o fim do mundo.
No presente momento histórico, a Providência está a levar-nos para
uma nova ordem de relações humanas que, por obra dos homens e o
mais das vezes para além do que eles esperam, se dirigem para o
cumprimento de desígnios superiores e inesperados e tudo, mesmo as
adversidades humanas, dispõe para o bem maior da Igreja.
Sábado, dia 28 de Outubro de 2017
São Simão
e São Judas, Apóstolos – Festa
Irmãos: Já
não sois estrangeiros nem hóspedes, mas sois concidadãos dos
santos e membros da família de Deus,
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas que tem Jesus
Cristo como pedra angular.
Em Jesus Cristo, toda a construção, bem ajustada, cresce para
formar um templo santo do Senhor
e em união com Ele, também vós sois integrados na construção,
para vos tornardes, no Espírito Santo, morada de Deus.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus
proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a sua obra.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho segundo São Lucas 6,12-19.
Naqueles
dias, Jesus Cristo subiu ao monte para rezar e passou a noite em
oração a Deus.
Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre
eles, a quem deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André;
Tiago e João; Filipe e Bartolomeu,
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota;
Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes que veio a ser o
traidor.
Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com
numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a
Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia.
Tinham vindo para ouvir Jesus Cristo e serem curados das suas
doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também
ficavam curados.
Toda a multidão procurava tocar Jesus Cristo porque saía d’Ele
uma força que a todos sarava.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253),
presbítero, teólogo
Contra Celso, I, 62
A palavra dos apóstolos Simão e
Judas ressoou por toda a Terra
Se
Jesus Cristo tivesse escolhido para ministros dos seus ensinamentos
homens sábios segundo a opinião pública, capazes de compreender e
de exprimir ideias caras à multidão, poderiam tê-lo acusado de
pregar segundo o método dos filósofos de escola e o carácter
divino da sua doutrina não se teria mostrado com toda a sua
evidência. A sua doutrina e a sua pregação teriam consistido «em
sabedoria de palavras» (1Cor 1,17) […] e a nossa fé, semelhante
àquela com que se adere às doutrinas dos filósofos deste mundo,
assentaria na sabedoria dos homens e não no poder de Deus (cf
1Cor 2,5). Mas, quando vemos pescadores e publicanos sem
instrução terem a ousadia de discutir com os judeus a fé em Jesus
Cristo, de a pregar ao resto do mundo e de conseguir lá chegar,
não podemos deixar de procurar a origem deste poder de persuasão.
Como não podemos deixar de confessar que Jesus Cristo cumpriu a
sua palavra – «Vinde após Mim e Eu farei de vós pescadores de
homens» (Mt 4,19) – nos seus apóstolos por meio de um poder
divino.
Também Paulo manifesta este poder quando escreve: «A minha palavra
e a minha pregação não consistiram em discursos persuasivos da
sabedoria humana, mas na manifestação do Espírito e do poder
divino» (1Cor 2,4) […]. O mesmo haviam já dito os profetas quando
anunciaram a pregação do Evangelho: «O Senhor dá a palavra e os
anunciadores da Boa Nova são uma multidão», a fim de que «rápida
corra a sua palavra» (Sl 67, 12; 147, 4). E, de facto, vemos que
«a voz» dos apóstolos de Jesus Cristo ressoa «por toda a terra
até aos confins do universo a sua palavra» (Sl 18, 5; Rom 10, 18).
É por este motivo que aqueles que escutam a palavra de Deus
poderosamente enunciada se enchem de poder, manifestando-o pela
sua conduta e pela sua luta em prol da verdade até à morte. ©
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D. Rodrigo
Confraria Bolos D. Rodrigo – já está no Facebook
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