"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 28 de Maio de 2017
Ascensão do Senhor -
Solenidade
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que
Jesus Cristo começou a fazer e a ensinar, desde o princípio
até ao dia em que foi elevado ao Céu (a Ascensão – quinta-feira), depois de
ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que
escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas
provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de
Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de
Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me
ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água; vós, porém sereis baptizados no Espírito
Santo, dentro de poucos dias (Pentecostes)».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que
vais restaurar o reino de Israel?».
Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai
determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis
minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia, na Samaria e até aos
confins da terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Cristo Se afastava,
apresentaram-se-lhes dois homens (pessoas celestes) vestidos de branco
que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse
Jesus que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O
vistes ir para o Céu».
Livro de Salmos 47(46),2-3.6-7.8-9.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.
Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.
Carta aos Efésios 1,17-23.
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos
conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente
e ilumine os olhos do vosso coração para compreenderdes a esperança a que
fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos
e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim
o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Jesus Cristo que Ele
ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus,
acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome
que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir.
Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas, como cabeça de
toda a Igreja (da humanidade que O recebeu),
que é o seu corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20.
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em
direcção ao monte que Jesus Cristo lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus Cristo aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na
Terra.
Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c.
1080-1157), abade cisterciense
2.º Sermão para a Epifania
«Manifestei o teu nome aos homens»
Nós Te agradecemos,
Pai das luzes (Tg 1,17), por nos teres chamado das trevas para a tua luz
admirável (1Pe 2,9). Nós Te agradecemos por teres, pela tua palavra, feito
brilhar a luz nas trevas e a teres feito luzir nos nossos corações, para nos iluminar
com o conhecimento do rosto de Cristo Jesus (2Cor 4,6). Sim, a verdadeira luz
- mais do que isso, a vida eterna - consiste em Te conhecer, a Ti, único Deus e ao teu enviado, Jesus Cristo (o Filho).
Nós Te conhecemos, uma vez que conhecemos Jesus Cristo porque o Pai e o Filho
são um (Jo 10,30). Nós Te conhecemos pela fé, é verdade e temo-la como
garantia segura do conhecimento na visão. De agora até lá, contudo aumenta a
nossa fé (Lc 17,5), conduz-nos de fé em fé, de claridade em claridade, como
que sob a moção do teu Espírito para que penetremos cada dia mais nas
profundezas da luz. Assim a nossa fé crescerá, a nossa ciência tornar-se-á
mais rica, a nossa caridade mais fervorosa e mais universal até que a fé nos
conduza à Tua presença.
Segunda-feira,
dia 29 de Maio de 2017
Segunda-feira da 7.ª
semana da Páscoa
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região
alta e chegou a Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes:
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe:
«Nem sequer ouvimos falar do Espírito Santo».
Paulo perguntou: «Então que baptismo recebestes?». Eles responderam: «O baptismo
de João».
Disse-lhes Paulo: «João administrou um baptismo de penitência, dizendo ao
povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar depois dele, isto é, em Jesus».
Depois de ouvirem estas palavras, receberam o Baptismo em nome do Senhor
Jesus.
Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e
começaram a falar línguas e a profetizar.
Eram ao todo uns doze homens.
Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza durante três meses,
argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.
Livro de Salmos 68(67),2-3.4-5ac.6-7ab.
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante d’Ele os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus.
Os justos, porém alegram-se
e exultam na presença de Deus
e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença.
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade.
Evangelho segundo S. João 16,29-33.
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus Cristo: «De facto
agora falas abertamente, sem enigmas.
Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas.
Por isso acreditamos que saíste de Deus».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Agora acreditais?
Vai chegar a hora — e já chegou— em que sereis dispersos, cada um para seu
lado e Me deixareis só; mas Eu não estou só porque o Pai está comigo.
Digo-vos isto para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá
(1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«A simple path»
«Digo-vos isto para que em Mim tenhais a paz.»
As obras do amor são sempre obras de paz. Cada vez que partilhais o amor
com outros, sentireis que a paz vos envolve a vós e a eles. E onde há paz,
aí está Deus. É derramando a paz e a alegria
nos corações que Deus toca a nossa vida e nos mostra o seu amor.
Conduzi-me, Senhor, da morte à vida
Do erro à verdade.
Levai-me do desespero à esperança,
Do temor à confiança.
Fazei-me passar do ódio ao amor,
Da guerra à paz.
Fazei que a paz encha os corações,
O nosso mundo, o nosso universo:
Paz, paz, paz.
Terça-feira,
dia 30 de Maio de 2017
Terça-feira da 7.ª
semana da Páscoa
Santo do dia : Santa
Joana d'Arc, virgem, mártir, (+ Rouen, França, 1431), Beata
Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902
Livro dos Actos dos Apóstolos 20,17-27.
Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar
os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre
convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações
que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos,
publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus
Cristo, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me
espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me
aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo
a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do
Evangelho da graça de Deus.
Agora eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os
quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela
perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso
respeito».
Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21.
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.
Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.
Evangelho segundo S. João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse:
«Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho para que o teu Filho Te
glorifique
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a
todos os que Lhe confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro e Aquele que enviaste, Jesus Cristo (o Filho).
Eu glorifiquei-Te sobre a Terra, consumando a obra que Me encarregaste de
realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em
Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu
mos deste e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas:
reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste
porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para
Ti».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c.
130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as Heresias», IV, 14
«Para que Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe
confiaste.»
No
princípio, não foi porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas
para ter alguém em quem depositar os seus benefícios. Porque, não só
antes de Adão, mas mesmo antes de toda a criação, já o Verbo glorificava
o Pai, permanecendo nele e era glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio
disse: «Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha
em Ti antes que houvesse mundo». Também não foi porque tivesse
necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O seguíssemos, mas
para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é participar da
salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz.
Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem
resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela;
longe de lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e
por ela são iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o
nosso serviço não acrescenta nada a Deus porque Deus não precisa do
serviço dos homens; mas àqueles que O servem e O seguem,
Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. [...]
Se Deus solicita o serviço dos homens, é para poder, Ele que é bom e
misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu
serviço. Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A glória do
homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia aos
seus discípulos: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos
escolhi a vós» (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O
glorificavam, seguindo-O, mas que, por terem seguido o Filho (de Deus),
eram glorificados por Ele. «Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam
também comigo para contemplarem a minha glória» (Jo 17,24).
Quarta-feira,
dia 31 de Maio de 2017
Visitação de
Nossa Senhora - Festa
Clama
jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta,
rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos.
O Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum
mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as
tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti como poderoso salvador. Por causa
de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de
alegria por tua causa
como nos dias de festa».
Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu
Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.
Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o
Santo de Israel.
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em
direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel (sua prima).
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o
menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe
foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus,
meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua servidora: de hoje em diante me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O
adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servidor, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para
sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a
sua casa.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a
2013
Palavras do Papa Bento XVI no encerramento do mês de Maio nos jardins
do Vaticano, 31 de Maio de 2006 (trad. © copyright Libreria Editrice
Vaticana)
«Aonde Maria chega, está presente Jesus Cristo»
Na
hodierna festa da Visitação, como em qualquer página do Evangelho,
vemos Maria dócil aos desígnios divinos e em atitude de amor previdente
para com os irmãos. De facto, a humilde jovem de Nazaré, ainda
surpreendida por tudo o que o anjo Gabriel lhe anunciou, isto é, que
será a mãe do Messias prometido, ouve dizer que também a sua idosa
parente Isabel espera um filho na sua velhice. Sem hesitar põe-se a
caminho, anota o evangelista, para alcançar «apressadamente» a casa da
prima e pôr-se à sua disposição num momento de particular necessidade.
Observemos que, no encontro entre a jovem Maria e a já idosa Isabel, o
protagonista escondido é Jesus Cristo. Maria leva-O no seu seio como um
tabernáculo sagrado e oferece-O como o dom maior a Zacarias, a sua
esposa Isabel e também ao menino que se está a desenvolver no seu seio:
«na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o
menino exultou de alegria no meu seio». Aonde Maria chega, está
presente Jesus Cristo. Quem abre o seu coração à Mãe encontra e acolhe
o Filho e é colmado da sua alegria. A verdadeira devoção mariana nunca
ofusca nem diminui a fé e o amor a Jesus Cristo nosso Salvador, único
mediador entre Deus e os homens. Ao contrário, a entrega a Nossa Senhora
é um caminho privilegiado, experimentado por tantos santos, para um
seguimento fiel do Senhor. Confiemo-nos, pois a Ela com filial
abandono!
Quinta-feira, dia 01 de Junho de 2017
Quinta-feira
da 7.ª semana da Páscoa
Naqueles dias,
querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos
judeus contra Paulo,
mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos
sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer
diante deles.
Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus
e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio:
«Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus e é pela nossa esperança
na ressurreição dos mortos
que estou a ser julgado».
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e
a assembleia dividiu-se.
De facto, os saduceus dizem que não há ressurreição nem Anjos nem
espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa.
Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus
ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não
encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo
que lhe falou?».
A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno,
receando que eles despedaçassem
Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio
deles e o reconduzissem à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem!
Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar
testemunho também em Roma».
Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me,
Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.
Evangelho segundo S. João 17,20-26.
Naquele tempo,
Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente
por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim
por meio da sua palavra,
para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti,
para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me
enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste para que sejam um, como Nós
somos um:
Eu neles e Tu em Mim para que sejam consumados na unidade e o mundo
reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim.
Pai, quero que onde Eu estou também estejam comigo os que Me deste,
para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres
amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes
reconheceram que Tu Me enviaste.
Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer para que o amor
com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Inácio de Antioquia
(?-c. 110), bispo, mártir
Carta aos Efésios
«Que eles sejam todos um como Tu, Pai, o és em
Mim e Eu em Ti»
Glorificai
Jesus Cristo de todas as formas, como Ele que vos glorificou a vós
mesmos, a fim de que, unidos numa mesma obediência, submissos ao
bispo e aos seus sacerdotes, sejais plenamente santificados. Não vos
dou ordens, como se fosse uma pessoa muito importante. É verdade que
estou carregado de ferros por usar o nome de cristão, mas ainda não
atingi a perfeição em Jesus Cristo. Mais não faço do que iniciar-me
na sua escola e, se me dirijo a vós, é porque sois meus
condiscípulos. Eu é que precisaria de me preparar para o combate
através da vossa fé, das
vossas exortações, da vossa paciência, da vossa longanimidade. Mas,
uma vez que a caridade não
me permite guardar silêncio, tomo a dianteira e exorto-vos a
caminhardes de acordo com o espírito de Deus. Porque Jesus Cristo, o
inseparável Princípio da nossa vida, é o pensamento do Pai assim como
os bispos, estabelecidos até aos confins da Terra, são um só com o
espírito de Jesus Cristo.
Deveis, pois ter com o vosso bispo um único e mesmo pensamento;
aliás, é isso que fazeis. Os vossos sacerdotes, verdadeiramente
dignos de Deus, estão unidos ao bispo como as cordas à lira; é assim
que, do perfeito acorde dos vossos sentimentos e da vossa caridade,
se eleva até Jesus Cristo um concerto de louvores. Que cada um de vós
entre nesse coro; então na harmonia da afinação, tomareis, pela vossa
unidade, o tom de Deus e cantareis todos a uma só voz, pela boca de
Jesus Cristo, os louvores do Pai. [...] É, pois vantajoso que vos
mantenhais numa unidade irrepreensível; assim gozareis de uma
constante união ao próprio Deus.
Sexta-feira, dia 02 de Junho de 2017
Sexta-feira
da 7.ª semana da Páscoa
Naqueles dias,
o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar
cumprimentos ao governador Festo.
Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há aqui um
homem que Félix deixou preso
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos
sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa,
pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de
qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e
poder defender-se da acusação.
Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia
seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos
crimes de que eu suspeitava.
Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e
especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo
afirma estar vivo.
Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe
se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado.
Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo
imperador, mandei que o conservassem preso até o enviar a César».
Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.
Bendiz, ó minha
alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus
benefícios.
Como a distância da Terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente assim Ele afasta de nós os nossos
pecados;
O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens.
Evangelho segundo S. João 21,15-19.
Quando Jesus Cristo
Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades,
depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que
estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus
Cristo: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele
respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro
entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O
amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus
Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas (carneiros). (porquê
esta insistência? Porque a única ligação ao mundo de Jesus Cristo e
ao universo de Deus é pelos AFECTOS)
Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te
cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não
queres».
Jesus Cristo disse isto para indicar o género de morte com que
Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou:
«Segue-Me».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Clímaco (c.
575-c. 650), monge do Monte Sinai
«A Escada Santa»
Pastor que segue o Pastor
O
verdadeiro pastor é aquele que, pela sua bondade, o seu zelo e a
sua oração, é capaz de procurar e de voltar a pôr no bom caminho as
ovelhas razoáveis que se perderam. O piloto é aquele que, pela
graça de Deus e o seu próprio esforço, obteve uma força espiritual
que o torna capaz de arrancar o navio, não apenas às correntes que
o desviam, mas ao próprio abismo. O médico é aquele que conquistou
a saúde do corpo e da alma e não precisa de qualquer remédio para
eles.
Um bom piloto salva o seu navio e um pastor vivifica e cura as suas
ovelhas doentes. Quando as ovelhas se encontram a pastar, que o
pastor não deixe de recorrer à flauta da palavra, sobretudo quando
o rebanho se prepara para dormir. Porque a coisa que o lobo mais
teme é a flauta do pastor. Na medida em que as ovelhas sigam
fielmente o pastor e façam progressos, nessa mesma medida este responderá
por elas ao Senhor da casa.
É a caridade que permite conhecer o verdadeiro pastor, uma vez que
foi pela caridade que o grande pastor quis ser crucificado.
Sábado, dia 03 de Junho de 2017
S. Carlos
Lwanga e Companheiros
Naqueles
dias, foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram
ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram
Barnabé a Antioquia.
Quando este chegou e viu a ação da graça de Deus, encheu-se de
alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor,
de coração sincero;
era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé.
Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo
e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos
nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em
Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de
«cristãos».
Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé,
Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do
tetrarca Herodes e Saulo.
Estando eles a celebrar o culto e a jejuar, disse-lhes o Espírito
Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei».
Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e
deixaram-nos partir.
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Cantai ao
Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Evangelho segundo S. Mateus 10,7-13.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai
que está próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos,
expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre para guardardes nas vossas
bolsas;
nem alforge para o caminho nem duas túnicas nem sandálias nem
cajado porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de
alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele
lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a,
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a
vossa paz.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o evangelho de João, n.° 124; CCL
36, 685
Dois apóstolos, duas vidas, uma
Igreja
A
Igreja conhece duas vidas louvadas e recomendadas por Deus. Uma é
na fé, a outra na visão; uma na peregrinação do tempo, a outra na
morada da eternidade; uma no trabalho, a outra no repouso; uma no
caminho, a outra na pátria; uma no esforço da acção, a outra na
recompensa da contemplação. [...] A primeira é simbolizada pelo
apóstolo Pedro, a segunda por João. [...] E não são só eles, mas
toda a Igreja, Esposa de Jesus Cristo, que o realiza, ela que há-de
ser libertada das provações deste mundo e permanecer na beatitude
eterna.
Pedro e João simbolizaram, cada um, uma destas duas vidas. Mas
ambos passaram juntos a primeira, no tempo, pela fé e juntos desfrutarão a
segunda, na eternidade, pela visão. Foi, portanto, para todos os
santos unidos inseparavelmente ao corpo de Jesus Cristo e a fim
de os conduzir no meio das tempestades desta vida que Pedro, o
primeiro dos apóstolos, recebeu as chaves do Reino dos
Céus, com o poder de reter ou absolver os pecados (Mt 16,19). Foi
também para todos os santos e a fim de lhes dar acesso à
profundidade serena da sua vida mais íntima que Jesus Cristo
deixou João repousar no seu peito (Jo 13,23.25). Pois o poder de
reter ou absolver os pecados não pertence somente a Pedro, mas a
toda a Igreja e João não é o único a beber na fonte do peito do
Senhor, o Verbo que desde o início é Deus junto de Deus (Jo
7,38;1,1), [...] mas o próprio Senhor dedica o seu evangelho a
todos os homens do mundo para que cada um beba consoante a sua
capacidade. ©
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