sábado, 3 de junho de 2017

Cristianismo 210 até 03-06-2017



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 28 de Maio de 2017

Ascensão do Senhor - Solenidade

Festa da Igreja : Ascensão do Senhor, ano A (semana III do Saltério)
Santo do dia : Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645, S. Germano, bispo de Paris, +576

Livro dos Actos dos Apóstolos 1,1-11.
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus Cristo começou a fazer e a ensinar, desde o princípio
até ao dia em que foi elevado ao Céu (a Ascensão – quinta-feira), depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água; vós, porém sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias (Pentecostes)».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?».
Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia, na Samaria e até aos confins da terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Cristo Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens (pessoas celestes) vestidos de branco
que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

Livro de Salmos 47(46),2-3.6-7.8-9.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.

Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

Carta aos Efésios 1,17-23.
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente
e ilumine os olhos do vosso coração para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos
e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim
o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Jesus Cristo que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus,
acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir.
Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas, como cabeça de toda a Igreja (da humanidade que O recebeu),
que é o seu corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20.
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus Cristo lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus Cristo aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra.
Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
2.º Sermão para a Epifania
«Manifestei o teu nome aos homens»
Nós Te agradecemos, Pai das luzes (Tg 1,17), por nos teres chamado das trevas para a tua luz admirável (1Pe 2,9). Nós Te agradecemos por teres, pela tua palavra, feito brilhar a luz nas trevas e a teres feito luzir nos nossos corações, para nos iluminar com o conhecimento do rosto de Cristo Jesus (2Cor 4,6). Sim, a verdadeira luz - mais do que isso, a vida eterna - consiste em Te conhecer, a Ti, único Deus e ao teu enviado, Jesus Cristo (o Filho).
Nós Te conhecemos, uma vez que conhecemos Jesus Cristo porque o Pai e o Filho são um (Jo 10,30). Nós Te conhecemos pela fé, é verdade e temo-la como garantia segura do conhecimento na visão. De agora até lá, contudo aumenta a nossa fé (Lc 17,5), conduz-nos de fé em fé, de claridade em claridade, como que sob a moção do teu Espírito para que penetremos cada dia mais nas profundezas da luz. Assim a nossa fé crescerá, a nossa ciência tornar-se-á mais rica, a nossa caridade mais fervorosa e mais universal até que a fé nos conduza à Tua presença.


Segunda-feira, dia 29 de Maio de 2017

Segunda-feira da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Félix de Nicósia, religioso, +1787, S. Fernando, rei de Leão e Castela, +1252

Livro dos Actos dos Apóstolos 19,1-8.
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes:
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos falar do Espírito Santo».
Paulo perguntou: «Então que baptismo recebestes?». Eles responderam: «O baptismo de João».
Disse-lhes Paulo: «João administrou um baptismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar depois dele, isto é, em Jesus».
Depois de ouvirem estas palavras, receberam o Baptismo em nome do Senhor Jesus.
Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar.
Eram ao todo uns doze homens.
Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.

Livro de Salmos 68(67),2-3.4-5ac.6-7ab.
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante d’Ele os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus.

Os justos, porém alegram-se
e exultam na presença de Deus
e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;

o seu nome é Senhor: exultai na sua presença.
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,

conduz os cativos à liberdade.

Evangelho segundo S. João 16,29-33.
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus Cristo: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas.
Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Agora acreditais?
Vai chegar a hora — e já chegou— em que sereis dispersos, cada um para seu lado e Me deixareis só; mas Eu não estou só porque o Pai está comigo.
Digo-vos isto para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«A simple path»
«Digo-vos isto para que em Mim tenhais a paz.»
As obras do amor são sempre obras de paz. Cada vez que partilhais o amor com outros, sentireis que a paz vos envolve a vós e a eles. E onde há paz, aí está Deus. É derramando a paz e a alegria nos corações que Deus toca a nossa vida e nos mostra o seu amor.

Conduzi-me, Senhor, da morte à vida
Do erro à verdade.
Levai-me do desespero à esperança,
Do temor à confiança.
Fazei-me passar do ódio ao amor,
Da guerra à paz.
Fazei que a paz encha os corações,
O nosso mundo, o nosso universo:
Paz, paz, paz.


Terça-feira, dia 30 de Maio de 2017

Terça-feira da 7.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».

Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21.
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.

Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.

Evangelho segundo S. João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho para que o teu Filho Te glorifique
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro e Aquele que enviaste, Jesus Cristo (o Filho).
Eu glorifiquei-Te sobre a Terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as Heresias», IV, 14
«Para que Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.»
No princípio, não foi porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas para ter alguém em quem depositar os seus benefícios. Porque, não só antes de Adão, mas mesmo antes de toda a criação, já o Verbo glorificava o Pai, permanecendo nele e era glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio disse: «Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo». Também não foi porque tivesse necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O seguíssemos, mas para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é participar da salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz.
Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela; longe de lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e por ela são iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o nosso serviço não acrescenta nada a Deus porque Deus não precisa do serviço dos homens; mas àqueles que O servem e O seguem, Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. [...]
Se Deus solicita o serviço dos homens, é para poder, Ele que é bom e misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu serviço. Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A glória do homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O glorificavam, seguindo-O, mas que, por terem seguido o Filho (de Deus), eram glorificados por Ele. «Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam também comigo para contemplarem a minha glória» (Jo 17,24).


Quarta-feira, dia 31 de Maio de 2017

Visitação de Nossa Senhora - Festa

Festa da Igreja : Visitação de Nossa Senhora
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Sofonias 3,14-18a.
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti como poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa
como nos dias de festa».

Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel (sua prima).
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua servidora: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servidor, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
Palavras do Papa Bento XVI no encerramento do mês de Maio nos jardins do Vaticano, 31 de Maio de 2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
«Aonde Maria chega, está presente Jesus Cristo»
Na hodierna festa da Visitação, como em qualquer página do Evangelho, vemos Maria dócil aos desígnios divinos e em atitude de amor previdente para com os irmãos. De facto, a humilde jovem de Nazaré, ainda surpreendida por tudo o que o anjo Gabriel lhe anunciou, isto é, que será a mãe do Messias prometido, ouve dizer que também a sua idosa parente Isabel espera um filho na sua velhice. Sem hesitar põe-se a caminho, anota o evangelista, para alcançar «apressadamente» a casa da prima e pôr-se à sua disposição num momento de particular necessidade.
Observemos que, no encontro entre a jovem Maria e a já idosa Isabel, o protagonista escondido é Jesus Cristo. Maria leva-O no seu seio como um tabernáculo sagrado e oferece-O como o dom maior a Zacarias, a sua esposa Isabel e também ao menino que se está a desenvolver no seu seio: «na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio». Aonde Maria chega, está presente Jesus Cristo. Quem abre o seu coração à Mãe encontra e acolhe o Filho e é colmado da sua alegria. A verdadeira devoção mariana nunca ofusca nem diminui a fé e o amor a Jesus Cristo nosso Salvador, único mediador entre Deus e os homens. Ao contrário, a entrega a Nossa Senhora é um caminho privilegiado, experimentado por tantos santos, para um seguimento fiel do Senhor. Confiemo-nos, pois a Ela com filial abandono!


Quinta-feira, dia 01 de Junho de 2017

Quinta-feira da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Justino, mártir, +167

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,30.23,6-11.
Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles.
Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado».
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se.
De facto, os saduceus dizem que não há ressurreição nem Anjos nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa.
Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?».
A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».

Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos

nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Evangelho segundo S. João 17,20-26.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra,
para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste para que sejam um, como Nós somos um:
Eu neles e Tu em Mim para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim.
Pai, quero que onde Eu estou também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste.
Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo, mártir
Carta aos Efésios
«Que eles sejam todos um como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti»
Glorificai Jesus Cristo de todas as formas, como Ele que vos glorificou a vós mesmos, a fim de que, unidos numa mesma obediência, submissos ao bispo e aos seus sacerdotes, sejais plenamente santificados. Não vos dou ordens, como se fosse uma pessoa muito importante. É verdade que estou carregado de ferros por usar o nome de cristão, mas ainda não atingi a perfeição em Jesus Cristo. Mais não faço do que iniciar-me na sua escola e, se me dirijo a vós, é porque sois meus condiscípulos. Eu é que precisaria de me preparar para o combate através da vossa , das vossas exortações, da vossa paciência, da vossa longanimidade. Mas, uma vez que a caridade não me permite guardar silêncio, tomo a dianteira e exorto-vos a caminhardes de acordo com o espírito de Deus. Porque Jesus Cristo, o inseparável Princípio da nossa vida, é o pensamento do Pai assim como os bispos, estabelecidos até aos confins da Terra, são um só com o espírito de Jesus Cristo.
Deveis, pois ter com o vosso bispo um único e mesmo pensamento; aliás, é isso que fazeis. Os vossos sacerdotes, verdadeiramente dignos de Deus, estão unidos ao bispo como as cordas à lira; é assim que, do perfeito acorde dos vossos sentimentos e da vossa caridade, se eleva até Jesus Cristo um concerto de louvores. Que cada um de vós entre nesse coro; então na harmonia da afinação, tomareis, pela vossa unidade, o tom de Deus e cantareis todos a uma só voz, pela boca de Jesus Cristo, os louvores do Pai. [...] É, pois vantajoso que vos mantenhais numa unidade irrepreensível; assim gozareis de uma constante união ao próprio Deus.


Sexta-feira, dia 02 de Junho de 2017

Sexta-feira da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santos Marcelino e Pedro, mártires, +304


Livro dos Actos dos Apóstolos 25,13b-21.
Naqueles dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos ao governador Festo.
Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há aqui um homem que Félix deixou preso
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e poder defender-se da acusação.
Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes de que eu suspeitava.
Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo.
Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado.
Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo imperador, mandei que o conservassem preso até o enviar a César».

Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Como a distância da Terra aos céus,

assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente assim Ele afasta de nós os nossos pecados;
O Senhor fixou no Céu o seu trono

e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens.

Evangelho segundo S. João 21,15-19.
Quando Jesus Cristo Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas (carneiros). (porquê esta insistência? Porque a única ligação ao mundo de Jesus Cristo e ao universo de Deus é pelos AFECTOS)
Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus Cristo disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai
«A Escada Santa»
Pastor que segue o Pastor
O verdadeiro pastor é aquele que, pela sua bondade, o seu zelo e a sua oração, é capaz de procurar e de voltar a pôr no bom caminho as ovelhas razoáveis que se perderam. O piloto é aquele que, pela graça de Deus e o seu próprio esforço, obteve uma força espiritual que o torna capaz de arrancar o navio, não apenas às correntes que o desviam, mas ao próprio abismo. O médico é aquele que conquistou a saúde do corpo e da alma e não precisa de qualquer remédio para eles.
Um bom piloto salva o seu navio e um pastor vivifica e cura as suas ovelhas doentes. Quando as ovelhas se encontram a pastar, que o pastor não deixe de recorrer à flauta da palavra, sobretudo quando o rebanho se prepara para dormir. Porque a coisa que o lobo mais teme é a flauta do pastor. Na medida em que as ovelhas sigam fielmente o pastor e façam progressos, nessa mesma medida este responderá por elas ao Senhor da casa.
É a caridade que permite conhecer o verdadeiro pastor, uma vez que foi pela caridade que o grande pastor quis ser crucificado.


Sábado, dia 03 de Junho de 2017

S. Carlos Lwanga e Companheiros

Naqueles dias, foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia.
Quando este chegou e viu a ação da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero;
era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo
e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».
Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo.
Estando eles a celebrar o culto e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei».
Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.

Evangelho segundo S. Mateus 10,7-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre para guardardes nas vossas bolsas;
nem alforge para o caminho nem duas túnicas nem sandálias nem cajado porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a,
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o evangelho de João, n.° 124; CCL 36, 685
Dois apóstolos, duas vidas, uma Igreja
A Igreja conhece duas vidas louvadas e recomendadas por Deus. Uma é na fé, a outra na visão; uma na peregrinação do tempo, a outra na morada da eternidade; uma no trabalho, a outra no repouso; uma no caminho, a outra na pátria; uma no esforço da acção, a outra na recompensa da contemplação. [...] A primeira é simbolizada pelo apóstolo Pedro, a segunda por João. [...] E não são só eles, mas toda a Igreja, Esposa de Jesus Cristo, que o realiza, ela que há-de ser libertada das provações deste mundo e permanecer na beatitude eterna.
Pedro e João simbolizaram, cada um, uma destas duas vidas. Mas ambos passaram juntos a primeira, no tempo, pela e juntos desfrutarão a segunda, na eternidade, pela visão. Foi, portanto, para todos os santos unidos inseparavelmente ao corpo de Jesus Cristo e a fim de os conduzir no meio das tempestades desta vida que Pedro, o primeiro dos apóstolos, recebeu as chaves do Reino dos Céus, com o poder de reter ou absolver os pecados (Mt 16,19). Foi também para todos os santos e a fim de lhes dar acesso à profundidade serena da sua vida mais íntima que Jesus Cristo deixou João repousar no seu peito (Jo 13,23.25). Pois o poder de reter ou absolver os pecados não pertence somente a Pedro, mas a toda a Igreja e João não é o único a beber na fonte do peito do Senhor, o Verbo que desde o início é Deus junto de Deus (Jo 7,38;1,1), [...] mas o próprio Senhor dedica o seu evangelho a todos os homens do mundo para que cada um beba consoante a sua capacidade.
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