Domingo,
dia 11 de Junho de 2017
SANTÍSSIMA TRINIDADE -
solenidade
Naqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte
Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés que invocou o nome do Senhor.
O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus
clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e
fidelidade».
Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração.
Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o
Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz,
mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa
herança».
Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos
pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre.
2.ª Carta aos Coríntios 13,11-13.
Irmãos: Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos
uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus dos Afectos
e da paz estará convosco.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo
estejam convosco.
Evangelho segundo S. João 3,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Deus amou tanto o
mundo que entregou o seu Filho para que todo o homem que acredita
n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para
que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está
condenado porque não acreditou no nome do Filho (de Deus)».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono
da Síria, doutor da Igreja
Hino sobre a Trindade
«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas
na trindade de uma só natureza» (do Prefácio)
Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!
Toma como símbolos o sol para o Pai,
A luz para o Filho,
O calor para o Espírito Santo.
Embora sendo um único ser,
Percebemos nele uma trindade.
Quem poderá compreender o inexplicável?
Este único é múltiplo: um é formado por três,
E três formam apenas um,
Grande mistério e maravilha manifesta!
O sol é distinto do seu irradiar
Embora esteja a ele unido,
Pois os seus raios também são o sol.
E contudo ninguém fala de dois sois,
Embora os raios sejam também
O sol cá em baixo.
Assim também não dizemos que há dois deuses.
Deus, Nosso Senhor, é Deus;
E também Ele Se encontra acima do criado.
Quem será capaz de mostrar como e onde
Está ligado o raio do sol,
Bem como o seu calor, ainda que soltos?
Não se encontram nem separados nem confundidos,
Estão unidos, embora sejam distintos,
São livres, embora estejam ligados, ó maravilha!
Quem poderá, perscrutando-os, ter domínio sobre eles?
E contudo, não é certo que são
Aparentemente tão simples, tão fáceis?
Embora o sol permaneça no alto
A claridade e o calor que dele emanam
São, para os de cá de baixo, um símbolo claro.
Sim, os seus raios incidem sobre a Terra
E permanecem nos nossos olhos,
Como se fosse ele a revestir-nos a carne.
Quando se fecham os olhos no instante do sono,
Como mortos, ele abandona-os,
A eles que em breve despertarão.
E assim como ninguém compreende
De que forma entra a luz no olho,
Assim Nosso Senhor no seio. [...]
O nosso Salvador tomou um corpo
Com a toda a fragilidade que nele existe,
Para vir santificar o universo.
Mas, quando o raio remonta à sua fonte,
Vemos que nunca esteve separado
Daquele que o engendrou.
Derrama o seu calor sobre os que se encontram cá em baixo,
Como Nosso Senhor
Deixou o Espírito Santo aos discípulos.
Contempla estas imagens do mundo criado
E não duvides do que diz respeito aos Três,
Pois de outra forma perder-te-ás!
Tornei claro para ti aquilo que era obscuro:
Como podem os três formar um só,
A Trindade que é uma mesma essência!
Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!
Segunda-feira,
dia 12 de Junho de 2017
Segunda-feira da 10.ª
semana do Tempo Comum
Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus e o irmão
Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e aos cristãos que vivem em
toda a Acaia:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus nosso Pai e do Senhor
Jesus Cristo.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e
Deus de toda a consolação.
Ele nos conforta em todas as tribulações para podermos consolar aqueles que
estão atribulados, por meio da consolação que nós mesmos recebemos de Deus.
Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Jesus Cristo,
também por Jesus Cristo abunda a nossa consolação.
Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos
consolados, é para vossa consolação, a fim de suportardes com fortaleza os
mesmos sofrimentos que nós suportamos.
A nossa esperança a vosso respeito é firme porque sabemos que, participando
nos sofrimentos, também participareis na consolação.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus Cristo subiu ao monte
e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los (à multidão), dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça porque deles
é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos
perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim
perseguiram os profetas que vieram antes de vós».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilia sobre a Segunda carta aos Coríntios
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa
recompensa.»
Só os
cristãos estimam as coisas pelo seu verdadeiro valor, não tendo os mesmos
motivos para se regozijarem e se entristecerem que o resto dos homens. À
vista de um atleta ferido, levando na cabeça a coroa de vencedor, quem
nunca praticou um desporto considera somente as feridas que fazem sofrer
aquele homem e não imagina a felicidade que lhe proporciona a sua
recompensa. Assim fazem as pessoas de quem falamos: sabem que sofremos
provações, mas ignoram porque as suportamos e só consideram os nossos
sofrimentos; vêem as lutas nas quais estamos envolvidos e os perigos que
nos ameaçam, mas as recompensas e as coroas permanecem-lhes ocultas, não
menos do que a razão dos nossos combates. Como afirma S.Paulo: «Crêem que
nada temos e nós possuímos tudo» (2Cor 6,10). [...]
Por causa dos que nos olham quando somos submetidos a provações por amor a Jesus
Cristo, suportemo-las corajosamente, mais ainda, com alegria: se jejuamos,
espelhemos alegria como se estivéssemos em delícias; se nos ultrajam,
dancemos alegremente como se estivéssemos a ser cumulados de elogios; se
sofremos algum mal, consideremo-lo um ganho; se damos alguma coisa a um
pobre, persuadamo-nos de que recebemos. [...] Antes de tudo, lembra-te de
que combates pelo Senhor Jesus Cristo. Assim, entrarás na luta com gosto e
viverás sempre na alegria porque nada nos torna mais felizes do que uma boa
consciência.
Terça-feira,
dia 13 de Junho de 2017
Santo António de
Lisboa, presbítero e doutor - Festa
Aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do
Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência.
Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria e na sua oração louvará o Senhor.
Adquirirá a rectidão do julgamento e da ciência e refletirá nos mistérios de Deus.
Fará brilhar a instrução que recebeu e a sua glória estará na lei da
aliança do Senhor.
Muitos louvarão a sua inteligência que jamais será esquecida.
Não desaparecerá a sua memória e o seu nome viverá de geração em geração.
As nações proclamarão a sua sabedoria e a assembleia celebrará os seus
louvores.
Livro de Salmos 19(18),8-11.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa
natural).
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.
Evangelho segundo S. Mateus 5,13-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vós
sois o sal da terra (= os evangelizadores). Mas se ele perder a força,
com que há de salgar-se? Não serve para nada (não evangelizam), senão
para ser lançado fora e pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo(transmissores da fé pelos sacramentos). Não se
pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o
candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as
vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas
completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei
a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais
pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos
Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino
dos Céus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Sermões sobre S. Mateus, n.º 15
O sal da terra
«Vós sois o
sal da Terra», diz o Salvador, mostrando-lhes a necessidade de todos os
preceitos que acaba de enunciar. «A minha palavra não vos será confiada
apenas para a vossa própria vida, mas para o mundo inteiro. Não vos envio
a duas cidades, a dez ou a vinte nem a um só povo, como outrora os
profetas. Envio-vos à terra, ao mar, a toda a criação (Mc 16,15), a toda
a parte onde o mal abunda».
Na verdade, ao dizer-lhes: «Vós sois o sal da Terra», indicou-lhes que
toda a natureza humana está insossa, corrompida pelo pecado e que seria
pelo seu ministério que a graça do Espírito Santo regeneraria e
conservaria o mundo. É por isso que lhes ensina as virtudes das
bem-aventuranças que são as mais necessárias e eficazes para estes homens
que vão encarregar-se de multidões. Aquele que é manso, modesto,
misericordioso e justo não encerra em si mesmo as boas acções que
realiza; quer que essas belas fontes jorrem também para bem dos outros.
Aquele que tem o coração puro, que é construtor da paz, que sofre
perseguição pela verdade consagra a sua vida ao bem dos outros.
Quarta-feira,
dia 14 de Junho de 2017
Quarta-feira da
10.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: É por Jesus
Cristo que temos esta certeza diante de Deus:
Não é que por nós próprios possamos atribuir-nos seja o que for, como
se viesse de nós. Essa capacidade vem de Deus.
Foi Ele que nos tornou capazes de sermos ministros de uma nova aliança,
não da letra, mas do Espírito porque a letra mata, mas o Espírito dá
vida.
Se o ministério da morte, gravado com letras sobre a pedra, se revestiu
de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no
rosto de Moisés por causa do esplendor do seu rosto - esplendor, aliás,
passageiro
- quanto mais glorioso não há-de ser o ministério do Espírito?
Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso será o
ministério da justificação.
Na verdade, sob este aspecto, comparada com esta glória eminentemente
superior, desvaneceu-se a glória do primeiro ministério.
Se o que era passageiro foi glorioso, muito mais glorioso será o que é
permanente.
Livro de Salmos 99(98),5.6.7.8.9.
Aclamai o Senhor,
nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo.
Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia.
Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera.
Senhor, nosso Deus, Vós os atendestes,
fostes para eles um Deus paciente,
embora castigásseis as suas faltas.
Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus.
Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a
Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da
Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se
cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais
pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino
dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no
reino dos Céus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253),
presbítero, teólogo
Homilias sobre o livro dos Números, 9, 4
«Não penseis que vim revogar a lei [...]; não vim revogar,
mas completar»
Desejo
recordar aos discípulos de Jesus Cristo a bondade de Deus; que nenhum
de vós se deixe abalar pelos hereges que, em controvérsia, afirmam que
o Deus da Lei não é bom, mas justo e que a Lei de Moisés não ensina a
bondade, mas a justiça. Eles que observem, esses detractores de Deus e
da Lei, como o próprio Moisés e Aarão cumpriram antecipadamente aquilo
que o Evangelho depois ensinou. Vede como Moisés ama os seus inimigos e
ora por aqueles que o perseguem (Mt 5,44) [...]; vede como,
«prostrando-se com o rosto em terra», oram ambos por aqueles que se
tinham rebelado e pretendiam matá-los (Nm 17,10s). Deste modo,
encontramos o Evangelho em potência na Lei e temos de compreender que
os Evangelhos se apoiam no fundamento da Lei.
Por mim, não dou o nome de Antigo Testamento à Lei, quando a considero
em termos espirituais; a Lei só é um testamento antigo para aqueles que
não desejam compreender o seu espírito. Para esses, a Lei tornou-se
obrigatoriamente antiga, envelheceu porque perdeu a sua força. Para
nós, porém, que a compreendemos e a explicamos em espírito e em conformidade
com o Evangelho, a Lei permanece nova; para nós, os dois Testamentos
são um novo Testamento, não pela data, mas pela novidade de sentido.
E o apóstolo João é do mesmo parecer, quando exorta na sua primeira
epístola: «Caríssimos, amemo-nos uns aos outros» (4,7; cf Jo 13,34).
Bem sabia ele que o preceito do amor se encontrava, desde há
muito, na Lei (1Jo 2,7s; cf Lev 19,18). Mas, como «a caridade nunca
acabará» (1Cor 13,8), [...] afirma a eterna novidade deste preceito que
não envelhece. [...] Para o pecador e para aqueles que não observam o
pacto da caridade, até os Evangelhos envelhecem; pois não pode haver um
Novo Testamento para aquele que não se despoja do homem velho e não se
reveste do homem novo, criado segundo Deus (Ef 4,22-24).
Quinta-feira, dia 15 de Junho de 2017
Santissimo
Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
Moisés falou ao
povo dizendo: «Recorda-te de todo esse caminho que o Senhor, teu
Deus, te fez percorrer durante quarenta anos pelo deserto, a fim de
te humilhar, para te experimentar, para conhecer o teu coração e ver
se guardarias ou não os seus mandamentos.
Ele te humilhou e fez passar fome; depois, alimentou-te com esse maná
que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te ensinar que nem só de pão
vive o homem; de tudo o que sai da boca do Senhor é que o homem
viverá.
Então o teu coração se tornaria soberbo e tu esquecerias o Senhor,
teu Deus, que te tirou da terra do Egipto, da Casa de servidão.
Foi Ele quem te conduziu através desse deserto grande e temível, de
serpentes venenosas e escorpiões, lugar árido, onde não há água. Foi
Ele quem fez jorrar, para ti, água do rochedo duro.
Foi Ele quem te alimentou neste deserto com um maná desconhecido dos
teus pais para te humilhar, para te pôr à prova e, no futuro, te fazer
feliz.
Livro de Salmos 148(147),12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém,
o Senhor
louva o teu Deus, Sião!
Louvem todos o nome do Senhor
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito.
Envia as suas ordens à Terra
e a Sua palavra corre velozmente;
Ele revela os seus planos a Jacob
os seus preceitos e leis a Israel.
Não trata assim os outros povos
todos esses ignoram os seus mandamentos.
1.ª Carta aos Coríntios 10,16-17.
Irmãos: O cálice
de bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Jesus Cristo?
O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Jesus Cristo?
Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo
porque todos participamos desse único pão.
Evangelho segundo S. João 6,51-59.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é
minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a
comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não
comerdes a carne do Filho (do homem) e não beberdes o seu sangue, não
tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o
ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu
nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também
aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o
comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do Santo Cura d'Ars»
A Eucaristia abre a porta do Paraíso
Se
fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão
encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do homem.
Nosso Senhor afirmou: «Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele
vo-lo concederá» (Jo 16,23). Nunca nos teríamos lembrado de pedir a
Deus o seu próprio Filho. Mas Deus faz aquilo que o homem não seria
capaz de imaginar. Deus, no seu amor, concebeu e executou aquilo que
o homem não é capaz de dizer nem de conceber e que não teria jamais
ousado desejar.
Sem a divina Eucaristia,
não haveria felicidade neste mundo, a vida seria insuportável. Quando
recebemos a sagrada comunhão,
recebemos a nossa alegria e a nossa felicidade. Querendo dar-Se a nós
no sacramento do seu amor, Deus deu-nos um desejo enorme que só Ele
pode satisfazer. [...] Ao lado deste belo sacramento, somos como uma
pessoa que morre de sede à beira de um rio - e, contudo, bastava-lhe
baixar a cabeça!... Somos como uma pessoa que permanece pobre ao lado
de um tesouro - e bastava-lhe estender a mão!
Se fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada
comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do
homem.
Sexta-feira, dia 16 de Junho de 2017
Sexta-feira
da 10.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Nós
trazemos em vasos de barro (= corpo natural) o tesouro do
nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão sublime
vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas
não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da
morte de Jesus Cristo, a fim de que se manifeste também no nosso
corpo a vida de Jesus Cristo.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte
por causa de Jesus Cristo, para que se manifeste também na nossa
carne mortal a vida de Jesus Cristo.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei;
por isso falei». Com este mesmo espírito de fé, também nós acreditamos
e, por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de
ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto
d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para
glória de Deus.
Livro de Salmos 116(115),10-11.15-16.17-18.
Confiei no
Senhor, mesmo quando disse: «Sou um homem de todo infeliz».
Na minha perturbação exclamei: «É falsa toda a segurança dos
homens».
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo.
Evangelho segundo S. Mateus 5,27-32.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos
antigos: ‘Não cometerás adultério’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus
desejos já cometeu adultério com ela no seu coração.
Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e
lança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus
olhos do que todo o corpo ser lançado na geena.
E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e
lança-a para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos
teus membros, do que todo o corpo ser lançado na geena.
Também foi dito: ‘Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de
repúdio’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em
caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com
uma repudiada comete adultério. (Lei Antiga oposta à Lei de Deus (dos
Afectos)
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Discurso aos jovens holandeses, 14 de Maio de 1985
As exigências de Jesus Cristo e a
alegria do coração
Queridos
jovens, fizestes-me saber que muitas vezes considerais a Igreja
como uma instituição que apenas promulga regulamentos e leis. [...]
E concluís que há um profundo hiato entre a alegria que emana da
palavra de Jesus Cristo e o sentimento de opressão que suscita em
vós a rigidez da Igreja. [...] Mas o Evangelho apresenta-nos um Jesus
Cristo muito exigente, que convida a uma conversão radical do
coração, ao abandono dos bens da Terra, ao perdão das ofensas, ao
amor para com o inimigo, à paciente aceitação das perseguições e
mesmo ao sacrifício da própria vida por amor ao próximo. No que diz
respeito ao domínio particular da sexualidade, é conhecida a
posição firme que Jesus Cristo tomou em defesa da indissolubilidade
do matrimónio (o matrimónio é um sacramento que torna dois um só e assim indissolúvel,
mas quando eles faltam a este compromisso e continuam dois
indivíduos? A culpa é de Deus ou deles?) e a condenação que
pronunciou até a propósito do simples adultério cometido no
coração. Poderá alguém não ficar impressionado diante do preceito
de arrancar um olho ou de cortar uma mão se esses órgãos forem
ocasião de escândalo? [...]
A permissividade moral não torna os homens felizes. Tal como a
sociedade de consumo não traz alegria ao coração. O ser humano só
se realiza na medida em que sabe aceitar as exigências que provêm
da sua dignidade de ser criado «à imagem e semelhança de Deus» (Gn
1,27). Por isso, se hoje a Igreja diz coisas que não agradam, é
porque se sente obrigada a fazê-lo. Fá-lo por dever de lealdade.
[...]
Mas então não é verdade que a mensagem evangélica é uma mensagem de
alegria? Pelo contrário, é absolutamente verdade! E como é
isso possível? A resposta encontra-se numa palavra, numa só
palavra, numa palavra curta mas com um conteúdo vasto como o mar.
Essa palavra é: amor (=
Afectos). O rigor do preceito e a alegria do coração podem
perfeitamente conciliar-se. Quem ama não receia o sacrifício. Antes
procura no sacrifício a prova mais convincente da autenticidade do
seu amor.
Sábado, dia 17 de Junho de 2017
Sábado da
10.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: O
amor de Jesus Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu
por todos e que todos, portanto, morreram.
Jesus Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver
para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou
por eles.
Assim, daqui em diante, já não conhecemos ninguém segundo a
carne. Ainda que tenhamos conhecido a Jesus Cristo segundo a
carne, agora já não O conhecemos assim.
Se alguém está em Jesus Cristo, é uma nova criatura. As coisas
antigas passaram: tudo foi renovado.
Tudo isto vem de Deus que, por Jesus Cristo, nos reconciliou
consigo e nos confiou o ministério da reconciliação.
Na verdade, é Deus que em Jesus Cristo reconcilia o mundo
consigo, não levando em conta as faltas dos homens e
confiando-nos a palavra da reconciliação.
Nós somos, portanto, embaixadores de Jesus Cristo; é Deus
quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Jesus
Cristo: reconciliai-vos
com Deus.
A Jesus Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O
com o pecado por causa de nós, para que em Jesus Cristo nos
tornemos justiça de Deus.
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8-9.11-12.
Bendiz, ó
minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus
benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.
O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento.
Como a distância da Terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta
de nós os nossos pecados.
Evangelho segundo S. Mateus 5,33-37.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi
dito aos antigos: ‘Não faltarás ao que tiveres jurado, mas
cumprirás diante do Senhor o que juraste’.
Eu, porém, digo-vos que não
jureis em caso algum: nem pelo Céu que é o trono de Deus;
nem pela Terra que é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém
que é a cidade do grande Rei.
Também não jures pela tua cabeça porque não podes fazer branco ou
preto um só cabelo.
A vossa linguagem deve ser: ‘Sim,
sim; não, não’. O
que passa disto vem do Maligno».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Homilia grega do século IV
Inspirada pelo Tratado sobre a Páscoa, de Sto. Hipólito de Roma
(? - cerca de 235), presbítero e mártir
«Eu, porém, digo-vos»: a antiga
Lei é levada à perfeição por aquele que dá a nova Lei
A
Lei dada a Moisés é uma recolha de ensinamentos variados e
imperativos, uma colecção útil a todos acerca do que é bom fazer
nesta vida e um reflexo místico dos costumes da vida celeste: um
archote e uma lamparina, um fogo e uma luz, réplicas dos luzeiros
do alto. A Lei de Moisés era o itinerário da piedade, a regra dos
bons costumes, o travão do primeiro pecado, o esboço da verdade
futura (Col 2,17). [...] A Lei de Moisés era um mestre para a
piedade e um guia para a justiça, uma luz para os cegos e uma
prova para os insensatos, um pedagogo para as crianças e uma
amarra para os imprudentes, uma rédea para as cabeças duras e um
jugo poderoso para os impacientes.
A Lei de Moisés era o mensageiro de Jesus Cristo, o precursor de
Jesus Cristo, o arauto e o profeta do grande Rei, uma escola de
sabedoria, uma preparação necessária e um ensinamento universal,
uma doutrina oportuna e um mistério temporário. A Lei de Moisés
era um resumo simbólico e enigmático da graça futura, anunciando
em imagens a perfeição da verdade que havia de vir. Pelos
sacrifícios, anunciava a Vítima; pelo sangue, o Sangue; pelo
cordeiro, o Cordeiro; pela pomba, a Pomba; pelo altar, o Sumo
Sacerdote; pelo Templo, a permanência da divindade; pelo fogo do
altar, a plena «Luz do mundo» (Jo 8,12) que desce dos céus.©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Confraria Bolos D. Rodrigo – já está no Facebook
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/
|
|
|
|
|
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário