sábado, 17 de junho de 2017

Cristianismo 212 até 17-06-2017


Domingo, dia 11 de Junho de 2017

SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade

Festa da Igreja : Domingo da Santíssima Trindade - Ano A (semana III do saltério)
Santo do dia : S. Barnabé, Apóstolo, séc. I

Livro de Êxodo 34,4b-6.8-9.
Naqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés que invocou o nome do Senhor.
O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade».
Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração.
Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança».

Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre.

2.ª Carta aos Coríntios 13,11-13.
Irmãos: Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus dos Afectos e da paz estará convosco.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Evangelho segundo S. João 3,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está condenado porque não acreditou no nome do Filho (de Deus)».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Hino sobre a Trindade
«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (do Prefácio)
Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!

Toma como símbolos o sol para o Pai,
A luz para o Filho,
O calor para o Espírito Santo.

Embora sendo um único ser,
Percebemos nele uma trindade.
Quem poderá compreender o inexplicável?

Este único é múltiplo: um é formado por três,
E três formam apenas um,
Grande mistério e maravilha manifesta!

O sol é distinto do seu irradiar
Embora esteja a ele unido,
Pois os seus raios também são o sol.

E contudo ninguém fala de dois sois,
Embora os raios sejam também
O sol cá em baixo.

Assim também não dizemos que há dois deuses.
Deus, Nosso Senhor, é Deus;
E também Ele Se encontra acima do criado.

Quem será capaz de mostrar como e onde
Está ligado o raio do sol,
Bem como o seu calor, ainda que soltos?

Não se encontram nem separados nem confundidos,
Estão unidos, embora sejam distintos,
São livres, embora estejam ligados, ó maravilha!

Quem poderá, perscrutando-os, ter domínio sobre eles?
E contudo, não é certo que são
Aparentemente tão simples, tão fáceis?

Embora o sol permaneça no alto
A claridade e o calor que dele emanam
São, para os de cá de baixo, um símbolo claro.

Sim, os seus raios incidem sobre a Terra
E permanecem nos nossos olhos,
Como se fosse ele a revestir-nos a carne.

Quando se fecham os olhos no instante do sono,
Como mortos, ele abandona-os,
A eles que em breve despertarão.

E assim como ninguém compreende
De que forma entra a luz no olho,
Assim Nosso Senhor no seio. [...]

O nosso Salvador tomou um corpo
Com a toda a fragilidade que nele existe,
Para vir santificar o universo.

Mas, quando o raio remonta à sua fonte,
Vemos que nunca esteve separado
Daquele que o engendrou.

Derrama o seu calor sobre os que se encontram cá em baixo,
Como Nosso Senhor
Deixou o Espírito Santo aos discípulos.

Contempla estas imagens do mundo criado
E não duvides do que diz respeito aos Três,
Pois de outra forma perder-te-ás!

Tornei claro para ti aquilo que era obscuro:
Como podem os três formar um só,
A Trindade que é uma mesma essência!

Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!

Segunda-feira, dia 12 de Junho de 2017

Segunda-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e aos cristãos que vivem em toda a Acaia:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e Deus de toda a consolação.
Ele nos conforta em todas as tribulações para podermos consolar aqueles que estão atribulados, por meio da consolação que nós mesmos recebemos de Deus.
Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Jesus Cristo, também por Jesus Cristo abunda a nossa consolação.
Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a fim de suportardes com fortaleza os mesmos sofrimentos que nós suportamos.
A nossa esperança a vosso respeito é firme porque sabemos que, participando nos sofrimentos, também participareis na consolação.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los (à multidão), dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a Segunda carta aos Coríntios
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa.»
Só os cristãos estimam as coisas pelo seu verdadeiro valor, não tendo os mesmos motivos para se regozijarem e se entristecerem que o resto dos homens. À vista de um atleta ferido, levando na cabeça a coroa de vencedor, quem nunca praticou um desporto considera somente as feridas que fazem sofrer aquele homem e não imagina a felicidade que lhe proporciona a sua recompensa. Assim fazem as pessoas de quem falamos: sabem que sofremos provações, mas ignoram porque as suportamos e só consideram os nossos sofrimentos; vêem as lutas nas quais estamos envolvidos e os perigos que nos ameaçam, mas as recompensas e as coroas permanecem-lhes ocultas, não menos do que a razão dos nossos combates. Como afirma S.Paulo: «Crêem que nada temos e nós possuímos tudo» (2Cor 6,10). [...]
Por causa dos que nos olham quando somos submetidos a provações por amor a Jesus Cristo, suportemo-las corajosamente, mais ainda, com alegria: se jejuamos, espelhemos alegria como se estivéssemos em delícias; se nos ultrajam, dancemos alegremente como se estivéssemos a ser cumulados de elogios; se sofremos algum mal, consideremo-lo um ganho; se damos alguma coisa a um pobre, persuadamo-nos de que recebemos. [...] Antes de tudo, lembra-te de que combates pelo Senhor Jesus Cristo. Assim, entrarás na luta com gosto e viverás sempre na alegria porque nada nos torna mais felizes do que uma boa consciência.


Terça-feira, dia 13 de Junho de 2017

Santo António de Lisboa, presbítero e doutor - Festa

Santo do dia : Santo António de Lisboa, presbítero, Doutor da Igreja, +1231

Livro de Eclesiástico 39,8-14.
Aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência.
Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria e na sua oração louvará o Senhor.
Adquirirá a rectidão do julgamento e da ciência e refletirá nos mistérios de Deus.
Fará brilhar a instrução que recebeu e a sua glória estará na lei da aliança do Senhor.
Muitos louvarão a sua inteligência que jamais será esquecida.
Não desaparecerá a sua memória e o seu nome viverá de geração em geração.
As nações proclamarão a sua sabedoria e a assembleia celebrará os seus louvores.

Livro de Salmos 19(18),8-11.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural).
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.

Evangelho segundo S. Mateus 5,13-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra (= os evangelizadores). Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada (não evangelizam), senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo(transmissores da fé pelos sacramentos). Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Sermões sobre S. Mateus, n.º 15
O sal da terra
«Vós sois o sal da Terra», diz o Salvador, mostrando-lhes a necessidade de todos os preceitos que acaba de enunciar. «A minha palavra não vos será confiada apenas para a vossa própria vida, mas para o mundo inteiro. Não vos envio a duas cidades, a dez ou a vinte nem a um só povo, como outrora os profetas. Envio-vos à terra, ao mar, a toda a criação (Mc 16,15), a toda a parte onde o mal abunda».
Na verdade, ao dizer-lhes: «Vós sois o sal da Terra», indicou-lhes que toda a natureza humana está insossa, corrompida pelo pecado e que seria pelo seu ministério que a graça do Espírito Santo regeneraria e conservaria o mundo. É por isso que lhes ensina as virtudes das bem-aventuranças que são as mais necessárias e eficazes para estes homens que vão encarregar-se de multidões. Aquele que é manso, modesto, misericordioso e justo não encerra em si mesmo as boas acções que realiza; quer que essas belas fontes jorrem também para bem dos outros. Aquele que tem o coração puro, que é construtor da paz, que sofre perseguição pela verdade consagra a sua vida ao bem dos outros.


Quarta-feira, dia 14 de Junho de 2017

Quarta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: É por Jesus Cristo que temos esta certeza diante de Deus:
Não é que por nós próprios possamos atribuir-nos seja o que for, como se viesse de nós. Essa capacidade vem de Deus.
Foi Ele que nos tornou capazes de sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito porque a letra mata, mas o Espírito dá vida.
Se o ministério da morte, gravado com letras sobre a pedra, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés por causa do esplendor do seu rosto - esplendor, aliás, passageiro
- quanto mais glorioso não há-de ser o ministério do Espírito?
Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso será o ministério da justificação.
Na verdade, sob este aspecto, comparada com esta glória eminentemente superior, desvaneceu-se a glória do primeiro ministério.
Se o que era passageiro foi glorioso, muito mais glorioso será o que é permanente.

Livro de Salmos 99(98),5.6.7.8.9.
Aclamai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo.

Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia.

Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera.

Senhor, nosso Deus, Vós os atendestes,
fostes para eles um Deus paciente,
embora castigásseis as suas faltas.

Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus.

Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o livro dos Números, 9, 4
«Não penseis que vim revogar a lei [...]; não vim revogar, mas completar»
Desejo recordar aos discípulos de Jesus Cristo a bondade de Deus; que nenhum de vós se deixe abalar pelos hereges que, em controvérsia, afirmam que o Deus da Lei não é bom, mas justo e que a Lei de Moisés não ensina a bondade, mas a justiça. Eles que observem, esses detractores de Deus e da Lei, como o próprio Moisés e Aarão cumpriram antecipadamente aquilo que o Evangelho depois ensinou. Vede como Moisés ama os seus inimigos e ora por aqueles que o perseguem (Mt 5,44) [...]; vede como, «prostrando-se com o rosto em terra», oram ambos por aqueles que se tinham rebelado e pretendiam matá-los (Nm 17,10s). Deste modo, encontramos o Evangelho em potência na Lei e temos de compreender que os Evangelhos se apoiam no fundamento da Lei.
Por mim, não dou o nome de Antigo Testamento à Lei, quando a considero em termos espirituais; a Lei só é um testamento antigo para aqueles que não desejam compreender o seu espírito. Para esses, a Lei tornou-se obrigatoriamente antiga, envelheceu porque perdeu a sua força. Para nós, porém, que a compreendemos e a explicamos em espírito e em conformidade com o Evangelho, a Lei permanece nova; para nós, os dois Testamentos são um novo Testamento, não pela data, mas pela novidade de sentido.
E o apóstolo João é do mesmo parecer, quando exorta na sua primeira epístola: «Caríssimos, amemo-nos uns aos outros» (4,7; cf Jo 13,34). Bem sabia ele que o preceito do amor se encontrava, desde há muito, na Lei (1Jo 2,7s; cf Lev 19,18). Mas, como «a caridade nunca acabará» (1Cor 13,8), [...] afirma a eterna novidade deste preceito que não envelhece. [...] Para o pecador e para aqueles que não observam o pacto da caridade, até os Evangelhos envelhecem; pois não pode haver um Novo Testamento para aquele que não se despoja do homem velho e não se reveste do homem novo, criado segundo Deus (Ef 4,22-24).


Quinta-feira, dia 15 de Junho de 2017

Santissimo Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade

Moisés falou ao povo dizendo: «Recorda-te de todo esse caminho que o Senhor, teu Deus, te fez percorrer durante quarenta anos pelo deserto, a fim de te humilhar, para te experimentar, para conhecer o teu coração e ver se guardarias ou não os seus mandamentos.
Ele te humilhou e fez passar fome; depois, alimentou-te com esse maná que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te ensinar que nem só de pão vive o homem; de tudo o que sai da boca do Senhor é que o homem viverá.
Então o teu coração se tornaria soberbo e tu esquecerias o Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto, da Casa de servidão.
Foi Ele quem te conduziu através desse deserto grande e temível, de serpentes venenosas e escorpiões, lugar árido, onde não há água. Foi Ele quem fez jorrar, para ti, água do rochedo duro.
Foi Ele quem te alimentou neste deserto com um maná desconhecido dos teus pais para te humilhar, para te pôr à prova e, no futuro, te fazer feliz.

Livro de Salmos 148(147),12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor
louva o teu Deus, Sião!
Louvem todos o nome do Senhor
porque o seu nome é sublime,

a sua majestade está acima do céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito.

Envia as suas ordens à Terra
e a Sua palavra corre velozmente;
Ele revela os seus planos a Jacob
os seus preceitos e leis a Israel.

Não trata assim os outros povos
todos esses ignoram os seus mandamentos.

1.ª Carta aos Coríntios 10,16-17.
Irmãos: O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Jesus Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Jesus Cristo?
Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo porque todos participamos desse único pão.

Evangelho segundo S. João 6,51-59.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho (do homem) e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do Santo Cura d'Ars»
A Eucaristia abre a porta do Paraíso
Se fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do homem.
Nosso Senhor afirmou: «Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá» (Jo 16,23). Nunca nos teríamos lembrado de pedir a Deus o seu próprio Filho. Mas Deus faz aquilo que o homem não seria capaz de imaginar. Deus, no seu amor, concebeu e executou aquilo que o homem não é capaz de dizer nem de conceber e que não teria jamais ousado desejar.
Sem a divina Eucaristia, não haveria felicidade neste mundo, a vida seria insuportável. Quando recebemos a sagrada comunhão, recebemos a nossa alegria e a nossa felicidade. Querendo dar-Se a nós no sacramento do seu amor, Deus deu-nos um desejo enorme que só Ele pode satisfazer. [...] Ao lado deste belo sacramento, somos como uma pessoa que morre de sede à beira de um rio - e, contudo, bastava-lhe baixar a cabeça!... Somos como uma pessoa que permanece pobre ao lado de um tesouro - e bastava-lhe estender a mão!
Se fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do homem.


Sexta-feira, dia 16 de Junho de 2017

Sexta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Ciro, mártir, séc. IV, S. João Francisco Régis, presbítero, +1640

2.ª Carta aos Coríntios 4,7-15.
Irmãos: Nós trazemos em vasos de barro (= corpo natural) o tesouro do nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus Cristo, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus Cristo.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus Cristo, para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus Cristo.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de , também nós acreditamos e, por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus.

Livro de Salmos 116(115),10-11.15-16.17-18.
Confiei no Senhor, mesmo quando disse: «Sou um homem de todo infeliz».
Na minha perturbação exclamei: «É falsa toda a segurança dos homens».
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo.

Evangelho segundo S. Mateus 5,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração.
Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus olhos do que todo o corpo ser lançado na geena.
E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros, do que todo o corpo ser lançado na geena.
Também foi dito: ‘Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de repúdio’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com uma repudiada comete adultério. (Lei Antiga oposta à Lei de Deus (dos Afectos)

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Discurso aos jovens holandeses, 14 de Maio de 1985
As exigências de Jesus Cristo e a alegria do coração
Queridos jovens, fizestes-me saber que muitas vezes considerais a Igreja como uma instituição que apenas promulga regulamentos e leis. [...] E concluís que há um profundo hiato entre a alegria que emana da palavra de Jesus Cristo e o sentimento de opressão que suscita em vós a rigidez da Igreja. [...] Mas o Evangelho apresenta-nos um Jesus Cristo muito exigente, que convida a uma conversão radical do coração, ao abandono dos bens da Terra, ao perdão das ofensas, ao amor para com o inimigo, à paciente aceitação das perseguições e mesmo ao sacrifício da própria vida por amor ao próximo. No que diz respeito ao domínio particular da sexualidade, é conhecida a posição firme que Jesus Cristo tomou em defesa da indissolubilidade do matrimónio (o matrimónio é um sacramento que torna dois um só e assim indissolúvel, mas quando eles faltam a este compromisso e continuam dois indivíduos? A culpa é de Deus ou deles?) e a condenação que pronunciou até a propósito do simples adultério cometido no coração. Poderá alguém não ficar impressionado diante do preceito de arrancar um olho ou de cortar uma mão se esses órgãos forem ocasião de escândalo? [...]
A permissividade moral não torna os homens felizes. Tal como a sociedade de consumo não traz alegria ao coração. O ser humano só se realiza na medida em que sabe aceitar as exigências que provêm da sua dignidade de ser criado «à imagem e semelhança de Deus» (Gn 1,27). Por isso, se hoje a Igreja diz coisas que não agradam, é porque se sente obrigada a fazê-lo. Fá-lo por dever de lealdade. [...]
Mas então não é verdade que a mensagem evangélica é uma mensagem de alegria? Pelo contrário, é absolutamente verdade! E como é isso possível? A resposta encontra-se numa palavra, numa só palavra, numa palavra curta mas com um conteúdo vasto como o mar. Essa palavra é: amor (= Afectos). O rigor do preceito e a alegria do coração podem perfeitamente conciliar-se. Quem ama não receia o sacrifício. Antes procura no sacrifício a prova mais convincente da autenticidade do seu amor.


Sábado, dia 17 de Junho de 2017

Sábado da 10.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160

2.ª Carta aos Coríntios 5,14-21.
Irmãos: O amor de Jesus Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram.
Jesus Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles.
Assim, daqui em diante, já não conhecemos ninguém segundo a carne. Ainda que tenhamos conhecido a Jesus Cristo segundo a carne, agora já não O conhecemos assim.
Se alguém está em Jesus Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram: tudo foi renovado.
Tudo isto vem de Deus que, por Jesus Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação.
Na verdade, é Deus que em Jesus Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação.
Nós somos, portanto, embaixadores de Jesus Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Jesus Cristo: reconciliai-vos com Deus.
A Jesus Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O com o pecado por causa de nós, para que em Jesus Cristo nos tornemos justiça de Deus.

Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8-9.11-12.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento.

Como a distância da Terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

Evangelho segundo S. Mateus 5,33-37.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’.
Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem pelo Céu que é o trono de Deus;
nem pela Terra que é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém que é a cidade do grande Rei.
Também não jures pela tua cabeça porque não podes fazer branco ou preto um só cabelo.
A vossa linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto vem do Maligno».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Homilia grega do século IV
Inspirada pelo Tratado sobre a Páscoa, de Sto. Hipólito de Roma (? - cerca de 235), presbítero e mártir
«Eu, porém, digo-vos»: a antiga Lei é levada à perfeição por aquele que dá a nova Lei
A Lei dada a Moisés é uma recolha de ensinamentos variados e imperativos, uma colecção útil a todos acerca do que é bom fazer nesta vida e um reflexo místico dos costumes da vida celeste: um archote e uma lamparina, um fogo e uma luz, réplicas dos luzeiros do alto. A Lei de Moisés era o itinerário da piedade, a regra dos bons costumes, o travão do primeiro pecado, o esboço da verdade futura (Col 2,17). [...] A Lei de Moisés era um mestre para a piedade e um guia para a justiça, uma luz para os cegos e uma prova para os insensatos, um pedagogo para as crianças e uma amarra para os imprudentes, uma rédea para as cabeças duras e um jugo poderoso para os impacientes.
A Lei de Moisés era o mensageiro de Jesus Cristo, o precursor de Jesus Cristo, o arauto e o profeta do grande Rei, uma escola de sabedoria, uma preparação necessária e um ensinamento universal, uma doutrina oportuna e um mistério temporário. A Lei de Moisés era um resumo simbólico e enigmático da graça futura, anunciando em imagens a perfeição da verdade que havia de vir. Pelos sacrifícios, anunciava a Vítima; pelo sangue, o Sangue; pelo cordeiro, o Cordeiro; pela pomba, a Pomba; pelo altar, o Sumo Sacerdote; pelo Templo, a permanência da divindade; pelo fogo do altar, a plena «Luz do mundo» (Jo 8,12) que desce dos céus.
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