"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Caríssimos leitores
Toda a equipa do Evangelho Quotidiano vos
deseja um Natal santo e muito feliz!
No Filho da Virgem, nós reconhecemos e
adoramos «o Pão que desceu do céu», o Redentor que veio à terra para dar a
vida ao mundo. O próprio Messias o disse: «Eu sou o pão da vida». Em Belém
nasceu Aquele que encarnou e se imolou por nosso amor.
O nascimento do Menino Deus sintetiza toda
a economia da Salvação: diante do presépio. prostramo-nos para adorar ao
mesmo tempo o mistério da Encarnação e o da Presença Real na Eucaristia. A
adoração do Menino Jesus torna-se assim adoração eucarística.
Que o esplendor do nascimento do Príncipe
da Paz ilumine a noite do mundo e que o poder da Sua mensagem de amor destrua
os assaltos orgulhosos do demónio!
Que a nossa fé sustente a nossa caridade e
a nossa esperança!
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Domingo,
dia 25 de Dezembro de 2016
NATAL DE NOSSO SENHOR
JESUS CRISTO - Solenidade com Oitava - Missa do Dia
Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a
paz, que traz a boa nova, que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é
Rei».
Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz. Todas juntas soltam
brados de alegria porque vêem com os próprios olhos o Senhor que volta para
Sião.
Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém, porque o Senhor
consola o seu povo, resgata Jerusalém.
O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações e todos os
confins da Terra verão a salvação do nosso Deus.
Livro de Salmos
98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Carta aos Hebreus 1,1-6.
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos
pais, pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos (daquela era celeste), falou-nos por seu
Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o
universo.
Sendo o Filho esplendor da sua glória e imagem da sua substância, tudo
sustenta com a sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação
dos pecados, sentou-Se à direita da Majestade no alto dos Céus
e ficou tanto acima dos Anjos quanto mais sublime do que o deles é o nome que
recebeu em herança.
Na verdade, a qual dos Anjos disse Deus alguma vez: "Tu és meu Filho, Eu
hoje Te gerei"? E ainda: "Eu serei para Ele um Pai e Ele será para
Mim um Filho"?
E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse:
"Adorem-n'O todos os Anjos de Deus".
Evangelho segundo S.
João 1,1-18.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era
Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito.
N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos
acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu (a
humanidade da qual o Filho é o primogénito, o rei do mundo da humanidade e os
homens e mulheres preferiram as outras espécies).
Veio para o que era seu e os seus não O receberam.
Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do homem,
mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória
que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d'Ele, exclamando: "Era deste que eu dizia: 'O que
vem depois de mim passou à minha frente porque existia antes de mim'".
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é
que O deu a conhecer.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge,
bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre o nascimento de Jesus Cristo; PG 31, 1471s
«Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho
Unigénito»
«Ao ver a
estrela, os magos sentiram uma grande alegria» (Mt 2,10). Também nós
acolhemos essa grande alegria nos nossos corações, a mesma alegria que os
anjos anunciam aos pastores. Adoremos com os magos, demos glória com os
pastores, cantemos com os anjos: «Nasceu-nos um Salvador que é o Messias
Senhor; o Senhor Deus apareceu-nos». [...]
Esta festa é comum a toda a criação: as estrelas correm no céu, os magos
chegam de países pagãos, a Terra recebe-a numa gruta. Não há nada que não
contribua para esta festa, nada que não chegue lá com as mãos cheias. Façamos
nascer em nós um canto de alegria [...]; festejemos a salvação do mundo, o
dia do nascimento da humanidade. Hoje foi abolida a condenação que afligia
Adão. Que nunca mais se diga: «Tu és pó e em pó te hás-de tornar» (Gn 3,19)
mas: «Unido Àquele que desceu do Céu serás exaltado no Céu». [...]
«Nasceu-nos um menino, o Filho nos foi dado, eterno é o seu poderio» (Is
9,5). [...] Que abismo de bondade e de amor pelos homens! Une-te, pois
àqueles que, na alegria, recebem o seu Senhor que desce do Céu e adoram o
Grande Deus neste Menino. O poder de Deus manifesta-se neste corpo como a luz
através das janelas e resplandece aos olhos dos que têm um coração puro (Mt
5,8). Com eles, poderemos então, «de rosto descoberto, contemplar, como num
espelho, a glória do Senhor e sermos nós próprios transfigurados de glória em
glória» (2Cor 3,18), pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo seu amor
pelos homens.
Segunda-feira,
dia 26 de Dezembro de 2016
Santo ESTÊVÃO,
primeiro mártir - Festa
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia
grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de
Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que
ele falava.
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os
dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho (do homem) de pé à direita de
Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se
todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas
colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu
espírito».
Livro de Salmos
31(30),3cd-4.6.8ab.16bc.17.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia
porque conhecestes as angústias da minha alma.
Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Evangelho segundo S. Mateus 10,17-22.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Tende
cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas
sinagogas.
Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar
testemunho diante deles e das nações.
Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que
dizer porque, nessa altura, vos será sugerido o que deveis dizer;
não sereis vós a falar, mas é o
Espírito do vosso Pai que falará em vós.
O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos
hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.
E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar
até ao fim, esse será salvo.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Fulgêncio de Ruspas
(467-532), bispo no Norte de África
Sermão 3, para a festa de Santo Estêvão; CCL 91A, 905 (trad. breviário)
«É por isto que todos saberão que sois Meus discípulos: se vos
amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)
A caridade que fez Jesus Cristo descer do Céu à Terra foi a
mesma que elevou Santo Estêvão da Terra ao Céu. O amor, que primeiro
existia no Rei, resplandeceu a seguir no soldado [...]
Para onde Estêvão subiu primeiro, martirizado à vista de Paulo, foi para
onde Paulo o seguiu, socorrido pelas orações de Estêvão. Aqui está a
verdadeira vida, meus irmãos, aquela em que Paulo não ficou abatido pela
morte de Estêvão, mas em que Estêvão se alegrou com a companhia de Paulo
porque a caridade leva a alegria tanto a um como ao outro. Em Estêvão, o
amor foi superior à hostilidade dos seus inimigos; em Paulo, «a caridade
cobriu uma multidão de pecados» (1P 4, 8). Num como no outro, o amor
conseguiu, de modo idêntico, alcançar o Reino dos Céus.
A caridade é, pois a fonte e origem de todos os bens, uma protecção
invencível, a via que conduz ao Céu. Aquele que caminha segundo a caridade
não poderá afastar-se nem ter medo. Ela dirige, ela protege, ela conduz à
meta. Por isso, meus irmãos, dado que Jesus Cristo preparou a escada da
caridade, pela qual todo o cristão pode subir ao Céu, sede cuidadosamente
fiéis a esse amor, praticai-o entre vós e, progredindo no amor, fazei a
vossa ascensão.
Terça-feira,
dia 27 de Dezembro de 2016
S. JOÃO, apóstolo
e evangelista - Festa
Caríssimos: O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que
vimos com os nossos olhos, o que contemplámos, o que tocámos com as
nossas mãos acerca do Verbo da Vida, é o que nós vos anunciamos.
Porque a Vida manifestou-Se e nós vimos e damos testemunho dela. Nós vos
anunciamos a Vida eterna que estava junto do Pai e nos foi manifestada.
Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos, para que estejais também em
comunhão connosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus
Cristo.
E vos escrevemos tudo isto para que a vossa alegria seja completa.
Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.11-12.
O Senhor é rei: exulte a Terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Derretem-se os montes como cera
diante do senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.
A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.
Evangelho segundo S. João 20,2-8.
No primeiro dia da semana, Maria de Magdala foi ter com Simão
Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus Cristo e disse-lhes: «Levaram
o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais
depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro que o seguira. Entrou no sepulcro e
viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus Cristo, não com as
ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e
acreditou.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253),
presbítero, teólogo
Comentário ao Evangelho de São João, I, 21-25
«E o Verbo fez-Se homem e veio habitar connosco. E nós
contemplámos a sua glória, [...] cheia de graça e de verdade» (Jo 1,14)
Considero
serem os quatro evangelhos os elementos essenciais da fé da Igreja [...]
e penso que as suas primícias estão [...] no evangelho de João; o qual,
para falar daquele de quem outros fizeram a genealogia, se inicia
precisamente por Aquele que não a tem. Com efeito, escrevendo para judeus
que esperavam o descendente de Abraão e de David, Mateus diz: «Genealogia
de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,1) e Marcos,
sabendo muito bem o que escreve, traz: «Princípio do evangelho» (Mc 1,1).
Já em João encontramos o fim do evangelho: é o Verbo que era no
princípio, a Palavra de Deus (cf 1,1). Também Lucas reservou ao discípulo
que repousou sobre o peito de Jesus Cristo (Jo 13,25) os maiores e mais
perfeitos discursos sobre Ele. E nenhum mostrou a sua divindade de modo
tão absoluto como João que O faz dizer: «Eu sou a luz do mundo» (8,12),
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (14,6), «Eu sou a ressurreição»
(11,25), «Eu sou a porta» (10,9), «Eu sou o Bom Pastor» (10,11) e, no
Apocalipse: «Eu sou o alfa e o omega, o primeiro e o último, o princípio
e o fim» (22,13).
Por isso me atrevo a dizer que os evangelhos são as primícias de toda a
Escritura e que, dos evangelhos, as primícias são o de João, cujo sentido
completo ninguém seria capaz de abarcar se não tivesse descansado sobre o
peito de Jesus Cristo e recebido dele Maria por Mãe (Jo 19,27). [...]
Quando Jesus Cristo diz a sua Mãe: «Eis o teu filho» e não: «Eis o homem
que também é teu filho», é como se lhe dissesse: «Eis o teu filho, gerado
por ti», porquanto quem chega a viver em perfeição, não é ele quem vive,
mas Jesus Cristo que vive nele (Gal 2,20). [...] Será preciso ainda dizer
de que inteligência temos necessidade para podermos interpretar
dignamente a palavra depositada como um tesouro (2Cor 4,7), nos vasos de
barro do uso comum da linguagem, numa caligrafia que todos podem ler, a
palavra que todos podem ouvir se alguém lhe der voz e compreender se prestarem
atenção? Assim, para interpretarmos devidamente o evangelho de João, em
boa verdade basta-nos ser capazes de dizer: «Quanto a nós, temos o
pensamento de Jesus Cristo para podermos conhecer os dons da graça de
Deus» (1Cor 2,16.12).
Quarta-feira,
dia 28 de Dezembro de 2016
SANTOS
INOCENTES, mártires - Festa
Caríssimos: Esta é
a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e n’Ele não há trevas.
Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminharmos na luz, como Ele vive na luz, estamos em comunhão
uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, purifica-nos
de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a
verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar
os nossos pecados e nos purificar de toda a maldade.
Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso e a sua
palavra não está em nós.
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém
pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados e não só pelos
nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
Livro de Salmos 124(123),2-3.4-5.7b-8.
Se o Senhor não
estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos, no furor da sua ira.
As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós:
sobre nós teriam passado as águas impetuosas.
Quebrou-se a armadilha e nós ficámos livres.
A nossa protecção está no nome do Senhor,
que fez o céu e a Terra.
Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.
Depois de os Magos
partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica
lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O
matar».
José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu
para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor
anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos, encheu-se de
grande furor e mandou matar em Belém e no seu território todos os
meninos de dois anos ou menos, conforme o tempo que os Magos lhe tinham
indicado.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer:
«Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim: Raquel chora
seus filhos e não quer ser consolada porque eles já não existem».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Eusébio Galicano (século V),
monge, bispo
Sermão 219; PL 39, 2150
«Onde está o Rei
dos judeus que acaba de nascer?» (Mt 2,2)
Herodes,
o rei traidor, enganado pelos magos, envia os seus esbirros a Belém e
arredores, com ordem de matarem todas as crianças com menos de dois
anos. [...] Nada, porém conseguiste obter, bárbaro cruel e arrogante:
podes fazer mártires, mas não conseguirás encontrar a Jesus Cristo. O
infeliz tirano estava convencido de que o advento do Senhor, nosso
Salvador, o faria cair de seu trono real. Mas não foi assim, pois Jesus
Cristo não tinha vindo usurpar a glória de outro, mas ofertar-nos a
sua. Ele não tinha vindo apoderar-Se de um reino terreno, mas dar-nos o
Reino dos Céus. Ele não tinha vindo roubar dignidades, mas sofrer
injúrias e sevícias. Ele não tinha vindo preparar a sagrada cabeça para
um diadema de pedrarias, mas para uma coroa de espinhos. Ele não tinha
vindo para se instalar gloriosamente acima dos ceptros, mas para ser
ultrajado e crucificado.
Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém
com ele» (Mt 2,3). Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o
nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta
diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso
treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um
pequenino envolto em panos. [...] Fingiu querer adorar Aquele que
procurava destruir (Mt 2,8). Mas a Verdade não receia as emboscadas da
mentira. [...] A traição não consegue encontrar a Jesus Cristo porque
não é pela crueldade, mas pelo amor,
que se deve procurar a Deus que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Quinta-feira, dia 29 de Dezembro de 2016
5.º
Dia da Oitava do Natal
Caríssimos, nós
sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus
mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é
mentiroso e a verdade não está nele.
Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.
Nisto reconhecemos que estamos n’Ele.
Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu.
Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento
antigo que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a
palavra que ouvistes.
No entanto, é um mandamento novo que vos escrevo — o que é verdadeiro
n’Ele e em vós— porque as trevas estão a passar e já brilha a luz
verdadeira.
Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão ainda se encontra nas
trevas.
Quem ama o seu irmão, permanece na luz e não há nele ocasião de
pecado.
Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas trevas, caminha nas trevas
e não sabe para onde vai porque as trevas lhe cegaram os olhos.
Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.5b-6.
Cantai ao Senhor
um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
Foi o Senhor quem fez os céus:
diante d’Ele a honra e a majestade,
no seu templo o poder e o esplendor.
Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao chegarem os
dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram
Jesus Cristo a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor,
como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito
varão será consagrado ao Senhor"
e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas,
como se diz na Lei do Senhor.
Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso,
que esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele.
O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias
do Senhor
e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus
Cristo trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que
lhes dizia respeito,
Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso
servo
porque os meus olhos viram a vossa salvação
que pusestes ao alcance de todos os povos:
luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo.
O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se
dizia.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi
estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para
ser sinal de contradição
e uma espada trespassará a sua
alma (d’Ele) assim se revelarão os pensamentos de todos os
corações".
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167),
monge cisterciense
In Ypapanti Domini
«Simeão
recebeu-O em seus braços»
Simeão
fora ao templo, «movido pelo Espírito». E tu, se procuraste Jesus Cristo
por toda a parte, quero dizer, se - como a Esposa do Cântico dos
Cânticos (Ct 3,1-3) – O procuraste escondido no teu repouso, quer
lendo, quer meditando, se O procuraste na cidade, interrogando os teus
irmãos, falando dele, [...] se O procuraste nas ruas e nas praças,
aproveitando as palavras e os exemplos dos outros, se O procuraste
junto das sentinelas, escutando os que atingiram a perfeição, então
também tu irás ao templo, «movido pelo Espírito», pois esse é o
melhor lugar para o encontro entre o Verbo e a alma (= também pessoa
celeste, pessoa espiritual, pessoa natural): procuramo-Lo por toda a
parte, encontramo-Lo no templo. [...] «Encontrei aquele que a minha
alma ama» (Ct 3,4). Procura, pois por toda a parte, procura em tudo,
procura junto de todos, passa e ultrapassa tudo para finalmente
entrares na tenda, na morada de Deus e então encontrá-Lo-ás.
Simeão fora ao templo, «movido pelo Espírito». Quando seus pais
levaram o Menino Jesus, também ele O recebeu: eis o amor que prova
pelo consentimento, que se prende pelo abraço, que saboreia pelo afecto.
Ó irmãos, que aqui se cale a língua. [...] Aqui nada é mais desejável
do que o silêncio: são os segredos do Esposo e da Esposa [...], nos
quais estrangeiro algum pode tomar parte: «O meu segredo é meu, o meu
segredo é meu!” (Is 24,16 Vulgata). Onde está o teu segredo, Esposa
que foste a única a experimentar a doçura que se saboreia quando, num
beijo espiritual, o espírito criado e o Espírito incriado vão ao
encontro um do outro e se unem um ao outro, a tal ponto que são dois
num só, melhor, diria eu, um só, justificante e justificado,
santificado e santificante, divinizante e divinizado? [...]
Pudéssemos nós merecer dizer também o que se segue: «Agarrei-te e não
mais te largarei» (Ct 3,4). Mereceu-o S. Simeão, ele que disse :
«Agora, Senhor, [...] deixareis ir em paz o vosso servo». Quis que
Deus o deixasse partir, liberto dos laços da carne, para apertar mais
intimamente com o abraço do seu coração Jesus Cristo nosso Senhor, a
quem pertence a glória e a honra pelos séculos sem fim.
Sexta-feira, dia 30 de Dezembro de 2016
SAGRADA
FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ - Festa
Deus quis
honrar os pais nos filhos e estabeleceu sobre eles a autoridade da
mãe.
O que honra o pai alcança o perdão dos pecados,
Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados,
e acumula um tesouro quem honra sua mãe.
Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será atendido
na sua oração.
Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua
vida;
mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes,
tu que estás na plenitude das tuas forças.
Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua
vida.
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.
Feliz de ti,
que adoras o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.
Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.
Carta aos Colossenses 3,12-21.
Irmãos: Como
eleitos de Deus, santos e predilectos, revesti-vos de sentimentos
de misericórdia, de bondade, humildade e dignidade, mansidão e
paciência.
Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum
tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou,
assim deveis fazer vós também.
Acima de tudo, revesti-vos da caridade que é o vínculo da
perfeição.
Reine em vossos corações a paz de Jesus Cristo, à qual fostes
chamados para formar um só corpo. E vivei em acção de graças.
Habite em vós com abundância a palavra de Jesus Cristo, para vos
instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria e
com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a
Deus a vossa gratidão.
E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, seja tudo em nome
do Senhor Jesus Cristo, agradecendo, por Ele, a Deus Pai.
Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor.
Maridos, amai as vossas esposas e não as trateis com aspereza.
Filhos, obedecei em tudo a vossos pais porque isto agrada ao
Senhor.
Pais, não exaspereis os vossos filhos para que não caiam em
desânimo.
Evangelho
segundo S. Mateus 2,13-15.19-23.
Depois de os
Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e
disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para
o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o
Menino para O matar».
José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e
partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor
anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho».
Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no
Egipto,
e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a
terra de Israel porque morreram os que atentavam contra a vida do
menino.»
Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra
de Israel.
Porém, tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar
de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Advertido em sonhos,
retirou-se para a região da Galileia
e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi
anunciado pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão n.º 2, para a vigília da Epifania
«Levanta-te [...] porque morreram os
que atentavam contra a vida do Menino.»
Quando
José estava no exílio com o Menino e sua Mãe, soube pelo anjo,
durante o sono, que Herodes tinha morrido; mas, ao ouvir dizer que
seu filho Arquelau reinava no país, continuou a ter grande receio
de que o Menino fosse morto. Herodes, que perseguia o Menino e
queria matá-Lo, é o mundo que, sem dúvida alguma, mata o Menino, o
mundo de onde é necessário fugir para O salvar. Mas, uma vez que se
fugiu exteriormente do mundo [...], eis que Arquelau se levanta e
reina: há ainda todo um mundo em ti, um mundo do qual não triunfarás
sem muita aplicação e sem o socorro de Deus.
Porque tens três inimigos fortes e encarniçados a vencer em ti
e só com dificuldade triunfarás deles. Serás atacado pelo orgulho do espírito: queres
ser visto, considerado, escutado. [...] O segundo inimigo é a tua
própria carne, que te provoca pela impureza corporal e espiritual.
[...] O terceiro inimigo é aquele que te ataca, inspirando-te a
malvadez, os pensamentos amargos, as suspeitas, os julgamentos
malévolos, a raiva e os desejos de vingança. [...] Queres tornar-te
cada vez mais querido de Deus? Deves renunciar completamente a tais
atitudes porque tudo isso é Arquelau, o malvado. Receia e atenta
porque ele quer matar o Menino. [...]
José foi avisado pelo anjo e chamado a regressar ao país de Israel.
Israel significa terra da visão; Egipto quer dizer trevas. [...]
Será durante o sono, é só no verdadeiro abandono e na verdadeira
passividade que receberás o convite para sair delas, tal como
aconteceu a José. [...] Podes então dirigir-te para a Galileia, que
quer dizer passagem. Aí, está-se acima de todas as coisas, tudo se
atravessou e chegou-se a Nazaré, a verdadeira floração, o país onde
desabrocham flores para a vida eterna, onde se encontra um
verdadeiro aperitivo da vida eterna; aí está toda a segurança, a
paz inexprimível, a alegria e o repouso; só aí chegam os que se
abandonam, os que se submetem a Deus até que Ele os liberte e não
procuram libertar-se a si mesmos pela violência. São esses os que
alcançam a paz e a floração que é Nazaré e aí encontram o que lhes
dará a alegria eterna. Que tal seja a nossa partilha comum, que a
isso nos ajude o nosso Deus que é digno de todo o amor!
Sábado, dia 31 de Dezembro de 2016
7.º
Dia da Oitava do Natal
Meus filhos,
esta é a última hora. Ouvistes dizer que há-de vir o Anticristo.
Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é
a última hora.
Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem
dos nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem
claro que nem todos eram dos nossos.
Vós, porém tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a
ciência.
Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a conheceis
e porque nenhuma mentira provém da verdade.
Livro de
Salmos 96(95),1-2.11-12.13.
Cantai ao
Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
Alegrem-se os céus, exulte a Terra,
ressoe o mar
e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se
as árvores das florestas.
Diante do Senhor
que vem,
que vem para
julgar a Terra.
Julgará o
mundo com justiça
e os povos
com fidelidade.
Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio
era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito.
N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que
todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo o
homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu e os seus não O receberam (homens e
mulheres; preferiram mundos de outras espécies).
Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o
poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da
vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua
glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de
graça e de verdade.
João dá testemunho d'Ele, exclamando: "Era deste que eu
dizia: 'O que vem depois de mim passou à minha frente porque
existia antes de mim'".
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça
sobre graça
porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio
do Pai, é que O deu a conhecer.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Leão Magno (?-c.
461), papa, doutor da Igreja
1.º sermão para a Natividade do Senhor; PL 59,
190
«E o Verbo fez-Se carne e habitou
entre nós.»
Nosso
Senhor, irmãos bem-amados, nasceu hoje: regozijemo-nos! Não é
permitido estarmos tristes neste dia em que nasce a vida. Este
dia destrói o receio da morte e enche-nos da alegria que a
promessa da eternidade dá. Ninguém ficou afastado desta alegria;
um único e mesmo motivo de alegria é comum a todos. Pois Nosso
Senhor, ao vir destruir o pecado e a morte [...], veio libertar
todos os homens e mulheres. Que o santo exulte, pois aproxima-se
da vitória. Que o pecador se alegre, pois é convidado ao perdão.
Que o pagão tome coragem, pois é chamado à vida. Com efeito,
quando chegou a plenitude dos tempos determinada pela
profundidade insondável do plano divino, o Filho (de Deus)
desposou a nossa natureza humana para reconciliá-la com o seu
Criador. [...]
O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que no
princípio estava com Deus, por quem tudo se fez, e sem quem nada
foi feito, tornou-Se homem para libertar o homem de uma morte
eterna. Baixou-Se para assumir a nossa condição humilde sem que a
sua majestade ficasse diminuída. Continuando a ser o que era e
assumindo o que não era, Ele uniu a nossa condição de escravos à
sua condição de igual a Deus Pai. [...] A majestade reveste-Se de
humildade, a força de fraqueza, a eternidade de mortalidade:
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade de um único
Senhor, «único mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2, 5).
[...]
Agradeçamos, portanto, irmãos bem-amados, a Deus Pai, por seu
Filho, no Espírito Santo porque, na sua grande misericórdia e no
seu amor por nós, Ele teve piedade de nós. «Quando estávamos
mortos pelo pecado, Ele fez-nos tornar a viver por Jesus Cristo»,
querendo que sejamos nele uma nova criação, uma nova obra das
suas mãos (Ef 2,4-5; 2Cor 5,17). [...] Cristão, toma consciência
da tua dignidade. .©
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D. Rodrigo
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2.º – O Cemitério de Lagos
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