"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 08 de Janeiro de 2017
Epifania do Senhor,
solenidade
Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e
brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a Terra e a escuridão os povos. Mas sobre ti levanta-Se
o Senhor (Cristo) e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê: todos se reúnem e vêm ao teu encontro; os teus filhos vão
chegar de longe e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando o vires ficarás radiante, palpitará e dilatar-se-á o teu coração, pois
a ti afluirão os tesouros do mar, a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos, de dromedários de Madiã e Efá. Virão
todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando as glórias do Senhor.
Livro de Salmos
72(71),2.7-8.10-11.12-13.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele (o Filho) governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Florescerá a justiça nos seus dias e uma
grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.
Socorrerá o pobre que pede auxílio e o
miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
Carta aos Efésios 3,2-3a.5-6.
Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou
a vosso favor:
por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Jesus Cristo.
Nas gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como
agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e
participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Evangelho segundo S.
Mateus 2,1-12.
Tinha Jesus Cristo nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei
Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
Onde está __ perguntaram eles __ o rei dos Judeus que acaba de nascer? Nós
vimos a sua estrela (não era estrela,
mas luz, Jesus, como em Fátima não
era o sol, mas uma luz, Jesus; são matérias diferentes de mundos diferentes) no
Oriente e viemos adorá-l'O.
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a
cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes
onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: "Em Belém da Judeia porque assim está escrito pelo
Profeta:
'Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais
cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe (o Filho, Jesus Cristo) que será o
Pastor de Israel, meu povo'".
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações
precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: "Ide informar-vos cuidadosamente
acerca do Menino e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá
adorá-l'O".
Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no
Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante
d'Ele, adoraram-n'O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe
presentes: ouro, incenso e mirra.
E avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à
sua terra por outro caminho.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c.
1080-1157), abade cisterciense
2.º Sermão para a Epifania
A luz do mundo revelada às nações
«Levanta-te e
resplandece, Jerusalém, chegou a tua luz!» (Is, 60,1) Chegou realmente a tua
luz; ela estava no mundo e o mundo foi feito por ela, mas o mundo não a
conheceu. O Menino nascera, mas não foi conhecido enquanto o dia da luz não
começou a revelá-Lo. […] Erguei-vos, vós que estais sentados nas trevas!
Dirigi-vos para esta luz; ela ergueu-se nas trevas, mas as trevas não
conseguiram abarcá-la. Aproximai-vos e sereis iluminados; na luz vereis a luz
e dir-se-á sobre vós: «Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor»
(Ef 5,8). Vede que a luz eterna se acomodou aos vossos olhos, para que Aquele
que habita uma luz inacessível possa ser visto pelos vossos olhos fracos e
doentes. Descobri a luz numa lâmpada de argila, o sol na nuvem, o Filho num
homem, no pequeno vaso de argila do vosso corpo o esplendor da glória e o
brilho da luz eterna! […]
Nós Te agradecemos, Pai da luz, por nos teres chamado das trevas à tua luz
admirável. […] Sim, a verdadeira luz, mais do que isso, a vida eterna, consiste em Te conhecer,
a Ti, único Deus, e ao teu enviado, Jesus Cristo. […] É certo que Te
conhecemos pela fé e temos como seguro que um dia Te conheceremos na visão.
Até lá, aumenta-nos a fé. Conduz-nos de fé em fé, de claridade em claridade,
sob a moção do teu Espírito, para que penetremos cada dia mais nas entranhas
da luz! […] Que a fé nos conduza à visão na sua presença e que, à semelhança
da estrela, ela nos guie até ao nosso chefe nascido em Belém. […]
Que alegria, que exultação para a fé dos magos quando virem reinar, na
Jerusalém das alturas, Aquele que adoraram quando vagia em Belém! Viram-No
aqui numa habitação de pobres; lá, vê-Lo-emos no palácio dos anjos. Aqui, nos
paninhos; lá, no esplendor dos santos. Aqui, no seio de sua Mãe; lá, no trono
de seu Pai.
Segunda-feira,
dia 09 de Janeiro de 2017
Baptismo do Senhor,
festa
Diz o Senhor: «Eis o meu servidor, a quem Eu protejo, o meu
eleito, enlevo da minha alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa
natural). Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às
nações.
Não gritará nem levantará a voz nem se fará ouvir nas praças;
não quebrará a cana fendida nem apagará a torcida que ainda fumega:
proclamará fielmente a justiça.
Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na Terra,
a doutrina que as ilhas longínquas esperam.
Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão,
formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações,
para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».
Livro de Salmos
29(28),1-2.3ac-4.3b.9c-10.
Tributai ao Senhor, filhos de Deus,
tributai ao Senhor glória e poder.
Tributai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados.
A voz do Senhor ressoa sobre as nuvens,
o Senhor está sobre a vastidão das águas.
A voz do Senhor é poderosa,
a voz do Senhor é majestosa.
A majestade de Deus faz ecoar o seu trovão,
No seu santuário todos exclamam: "Glória!"
Sobre as águas do dilúvio senta-Se o Senhor,
o Senhor senta-Se como rei eterno.
Livro dos Actos dos Apóstolos 10,34-38.
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu
reconheço que Deus não faz acepção de pessoas,
mas, em qualquer nação, aquele que O adora e pratica a justiça é-Lhe
agradável.
Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus
Cristo que é o Senhor de todos.
Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré que passou
fazendo o bem e curando todos
os que eram oprimidos pelo Demónio porque Deus estava com Ele».
Evangelho segundo S.
Mateus 3,13-17.
Naquele tempo, Jesus Cristo chegou da Galileia e veio ter com
João Baptista ao Jordão para ser baptizado por ele.
Mas João opunha-se, dizendo: «Eu é que preciso de ser baptizado por Ti e Tu
vens ter comigo?».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Deixa por agora; convém que assim cumpramos
toda a justiça». João deixou então que Ele Se aproximasse.
Logo que Jesus Cristo foi baptizado, saiu da água. Então abriram-se os céus
e Jesus Cristo viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre
Ele.
E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência (=amor
de Pai)».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cirilo de Jerusalém
(313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses batismais, n.º 11
«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu
agrado.»
Acreditai em
Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, mas, segundo o Evangelho, seu Filho
único: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo aquele
que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). [...]
Ele é o Filho (de Deus) por natureza e não por adopção, pois nasceu do Pai.
[...] Porque o Pai, sendo Deus verdadeiro, gerou o Filho à sua semelhança,
Deus verdadeiro. [...] Jesus Cristo é filho por natureza, um verdadeiro
filho, não um filho adoptivo como vós, os novos baptizados que agora vos tornastes filhos de Deus. Porque vos tornastes também filhos, mas por adopção,
segundo a graça, como está escrito: «Mas a todos os que O receberam, aos
que crêem nele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos (= pessoas) (de Deus)»
(Jo 1,12). Nós somos gerados pela água e pelo Espírito (Jo 3,5), mas não da
mesma maneira que Jesus Cristo foi gerado pelo Pai. Porque, no momento do
baptismo, este último levantou a voz e disse: «Este é o meu Filho», para mostrar que Ele era
Filho antes mesmo do seu baptismo.
O Pai não gerou o Filho como, nos homens, o espírito gera a palavra. Porque
o espírito em nós subsiste, enquanto a palavra, uma vez pronunciada e
difundida no ar, desaparece. Mas nós sabemos que Jesus Cristo foi gerado
Verbo, Palavra perene e viva, não pronunciada e saída dos lábios, mas
nascida eternamente do Pai, de modo substancial e inefável. Porque «no
princípio já existia o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus»
(Jo 1,1), sentado à sua direita (Sl 109,1). Ele é a Palavra que compreende
a vontade do Pai e produz todas as coisas por sua ordem, Palavra que desce
e que sobe (Ef 4,10) [...], Palavra que fala e que diz: «Eu digo o que vi
junto de meu Pai» (Jo 8,38). Palavra plena de autoridade (Mc 1,27) e que tudo rege porque «o Pai entregou tudo ao Filho» (Jo 3,35).
Terça-feira,
dia 10 de Janeiro de 2017
Terça-feira da 1.ª
semana do Tempo Comum
Não foi aos Anjos que Deus submeteu o mundo futuro de que
falamos.
Alguém afirmou numa passagem da Escritura: "Que é o homem para que
Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes?
Vós o fizestes um pouco inferior aos Anjos, de glória e honra o
coroastes,
tudo submetestes a seus pés". Ao submeter-Lhe todas as coisas, Deus
nada deixou fora do seu domínio. Por enquanto, ainda não vemos que tudo
Lhe esteja submetido.
Mas aquele Jesus Cristo que, por um pouco, foi inferior aos Anjos,
vemo-l'O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que
sofreu, pois era necessário que, pela graça de Deus, experimentasse a
morte em proveito de todos.
Convinha, na verdade, que Deus, origem e fim de todas as coisas, querendo
conduzir muitos filhos para a sua glória, levasse à glória perfeita, pelo
sofrimento, o autor da salvação.
Pois Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um
só. Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos (o Filho e as pessoas
celestes, homens e mulheres).
Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia cantarei os
teus louvores.
Livro de Salmos
8,2a.5.6-7.8-9.
Senhor, nosso Deus,
como é admirável o vosso nome em toda a Terra!
que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes?
Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés.
Ovelhas e bois, todos os rebanhos
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.
Evangelho segundo S. Marcos 1,21b-28.
Jesus Cristo chegou a Cafarnaúm e, no sábado seguinte, entrou
na sinagoga e começou a ensinar.
Todos se maravilhavam com a sua doutrina porque os ensinava com autoridade e não como os
escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro que começou a
gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? (aos
das trevas) Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus Cristo repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu
dele.
Ficaram todos tão admirados que perguntavam uns aos outros: «Que vem a
ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade que até manda nos
espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus Cristo se divulgou por toda a parte, em toda a
região da Galileia.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Boaventura (1221-1274),
franciscano, doutor da Igreja
Sermão «Christus unus omnium magister»
«Uma nova doutrina, com autoridade!»
Não se pode
chegar à certeza da fé revelada senão pelo advento de Jesus Cristo no
espírito. Jesus Cristo vem seguidamente na carne, como Verbo que confirma
toda a palavra profética. Foi por isso que foi dito aos Hebreus: «Muitas
vezes e de muitos modos falou Deus a nossos pais, noutros tempos, pelos
profetas; nestes tempos, que são os últimos, Deus falou-nos por meio de
seu Filho» (1,1-2). Com
efeito, Jesus Cristo é a Palavra do Pai, cheio de poder, e quem pode
dizer-Lhe: «Porque fazes isto?» Jesus Cristo é também uma palavra cheia
de verdade, mais ainda, é a própria Verdade,
segundo aquilo que diz São João: «Santifica-os na verdade, a tua palavra
é a Verdade» (17, 17). [...]
Assim e dado que a autoridade
pertence à palavra poderosa e verídica e que Jesus Cristo é o Verbo do
Pai, sendo por isso Poder e Sabedoria, nele está fundada e consumada toda
a firmeza da autoridade. É por isso que toda a doutrina autêntica e os
pregadores desta doutrina se relacionam com Jesus Cristo que veio na
carne como fundamento da fé cristã: «Segundo a graça que me foi dada, eu,
como sábio arquitecto, coloquei o alicerce [...]. Mas ninguém pode pôr
outro fundamento diferente do que foi posto, isto é, Jesus Cristo» (1Cor 3,10-11). Com efeito, só Ele é o
fundamento de toda a doutrina autêntica quer apostólica, quer profética,
de acordo com uma e outra Lei, a nova e a antiga. É por isso que foi dito
aos Efésios: «Fostes edificados sobre o alicerce dos apóstolos e dos
profetas, com Jesus Cristo por pedra angular» (2,20). É, pois claro que Jesus Cristo é o Senhor do conhecimento segundo a
fé; Ele é o Caminho, de acordo
com a sua dupla vinda, em espírito e na carne.
Quarta-feira,
dia 11 de Janeiro de 2017
Quarta-feira da
1.ª semana do Tempo Comum
Uma vez que os
filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, também Jesus Cristo
participou igualmente da mesma natureza para destruir, pela sua morte,
aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo,
e libertar aqueles que estavam a vida inteira sujeitos à servidão, pelo
temor da morte.
Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos, mas dos descendentes de
Abraão.
Por isso devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos para ser um
sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus e assim expiar
os pecados do povo.
De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento, pode socorrer
aqueles que sofrem provação.
Livro de Salmos
105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
Agradecei ao
Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua presença.
Vós, descendentes de Abraão, seu servidor,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são Lei em toda a Terra.
Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.
Naquele tempo,
Jesus Cristo saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão
e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus Cristo aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre
deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os
doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus Cristo curou muitas pessoas que eram atormentadas por várias
doenças e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios
falassem porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo
e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a
fim de pregar aí também porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os
demónios.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258),
bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor, 29-30
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para
um sítio ermo e aí começou a orar.
O Senhor
não Se contentou em nos ensinar a rezar com palavras, também nos deu o
seu exemplo: vemo-Lo frequentemente em oração. [...] Com efeito, está
escrito: «Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar». E noutra
passagem: «Foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a
Deus» (Lc 22,31). Se Ele, que era sem pecado, rezava assim; quanto mais
devem rezar os pecadores. Se
Ele passava a noite em vigília de oração, quanto mais devemos nós rezar
sem cessar e vigiar.
O Senhor rezava e intercedia, não por Si mesmo - pois por que falta
pediria perdão o inocente? - mas pelos nossos pecados. E deixa-o bem
claro quando diz a Pedro: «Olha que Satanás pediu para vos joeirar como
trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça» (Lc
22,31). Mais tarde, intercedeu junto do Pai por todos nós, ao dizer:
«Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em Mim,
por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai,
estás em Mim e Eu em Ti» (Jo 17,20-21).
Como é grande a misericórdia e a bondade de Deus em favor da nossa
salvação! Ele não Se contentou em nos resgatar com o seu sangue, também
quis rezar por nós. Mas dai atenção ao desejo daquele que reza: que, como o Pai e o Filho são um, também
nós permaneçamos na unidade.
Quinta-feira, dia 12 de Janeiro de 2017
Quinta-feira
da 1.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Como diz
o Espírito Santo, "Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não endureçais os vossos corações, como no tempo da provação, no dia
da tentação no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram, apesar de terem visto as
minhas obras, durante quarenta anos.
Por isso Me indignei contra essa geração e disse: É um povo de
coração transviado que não conhece os meus caminhos.
Por isso jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso".
Tende cuidado, irmãos, que nenhum de vós tenha um coração mau e
incrédulo, que o afaste do Deus (vivo).
Exortai-vos uns aos outros todos os dias, enquanto dura o tempo que
se chama 'hoje', para que nenhum de vós se endureça, seduzido pelo
pecado.
Porque todos nós nos tornamos participantes de Jesus Cristo, desde
que mantenhamos firme até ao fim a confiança inicial.
Livro de
Salmos 95(94),6-7.8-9.10-11.
Vinde,
prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massa no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras».
Durante quarenta anos essa geração Me desgostou
e Eu disse: É um povo de coração transviado
que não conheceu os meus caminhos.
Por isso jurei na minha ira:
Não entrarão no meu repouso».
Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele tempo,
veio ter com Jesus Cristo um leproso. Prostrou-se de joelhos e
suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».
Jesus Cristo, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero:
fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece
pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que
acontecera e assim, Jesus Cristo já não podia entrar abertamente em
nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos e vinham ter com Ele
de toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Boaventura
(1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de S. Francisco, Legenda Major 1, 5-6
«Jesus, compadecido, estendeu a mão e tocou-lhe»
Certo
dia em que passeava a cavalo na planície que fica perto de Assis,
Francisco cruzou-se inesperadamente com um leproso. Teve um
sentimento de horror intenso, mas, lembrando-se da resolução de vida
perfeita que tomara e de que devia, antes de mais, vencer-se a si mesmo, se
queria ser «soldado de Jesus Cristo» (2Tim 2,3), saltou do cavalo
para abraçar o infeliz. Este, que estendia a mão pedindo uma esmola,
recebeu um beijo com o dinheiro. Em seguida, Francisco voltou a
montar o cavalo. Mas, por muito que olhasse para um lado e
para o outro, não viu o leproso. Cheio de admiração e de
alegria, pôs-se a cantar louvores ao Senhor e prometeu não se deter
neste acto de generosidade. […]
Abandonou-se então ao espírito de pobreza, ao gosto da humildade e
aos impulsos de uma piedade profunda. Se até então a simples visão de
um leproso o fazia estremecer de horror, passou a fazer-lhes todos os
favores possíveis, com perfeita despreocupação por si mesmo, sempre
humilde e muito humano; fazia-o por causa de Jesus Cristo crucificado
que, nas palavras do profeta, «foi desprezado como um leproso» (Is
53,3). Ia visitá-los com frequência, dava-lhes esmolas e, emocionado
de compaixão, beijava-lhes afectuosamente as mãos e o rosto. E aos
mendigos, não se contentando em lhes dar o que tinha, quereria dar-se
a si mesmo – de maneira que, quando não levava dinheiro consigo,
dava-lhes as suas vestes, descosendo-as ou rasgando-as para as
distribuir.
Foi por esta altura que realizou a peregrinação ao túmulo do apóstolo
Pedro, em Roma. Quando viu os mendigos que fervilhavam no chão da
basílica, levado pela compaixão e atraído pelo amor da pobreza,
escolheu um dos mais miseráveis, propôs-lhe trocar as suas vestes
pelos farrapos com que o homem se cobria e passou todo o dia na
companhia dos pobres, com a alma cheia de uma alegria que nunca, até
então, conhecera.
Sexta-feira, dia 13 de Janeiro de 2017
Sexta-feira
da 1.a semana do Tempo Comum
Irmãos: Embora
se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear
que algum de vós corra o risco de ficar excluído.
Também nós recebemos a boa nova, como os nossos pais. Mas a palavra
que eles ouviram de nada lhes serviu, por não estarem unidos pela fé àqueles que a ouviram.
Na verdade, nós que abraçamos a fé, entramos no repouso de que Deus
falou, ao dizer: "Porque Eu jurei na minha ira: não entrarão
no meu repouso". De facto, as obras de Deus estavam concluídas
desde a criação do mundo,
pois em certa passagem falou assim do sétimo dia: "Ao sétimo
dia, Deus repousou de todas as suas obras"
e noutro lugar: "Não entrarão no meu repouso".
Apressemo-nos, portanto, a entrar nesse repouso, para que ninguém
sucumba, imitando aquele exemplo de desobediência.
Livro de
Salmos 78(77),3.4bc.6c-7.8.
Nós ouvimos e
aprendemos,
os nossos pais nos contaram
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou.
Ergam-se e transmitam a seus filhos
para que ponham em Deus a sua confiança
e não esqueçam as obras do Senhor,
mas guardem os seus mandamentos.
Para que não sejam como seus pais,
geração rebelde e obstinada,
que não teve coração recto
nem espírito fiel a Deus.
Evangelho segundo S. Marcos 2,1-12.
Quando Jesus Cristo
entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa (na
sua casa com Maria de Magdala),
juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da
porta e Jesus Cristo começou a pregar-lhes a palavra.
Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens;
e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão,
descobriram o tecto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e,
feita assim uma abertura (retirando as telhas e lançando fogo ao
tecto), desceram a enxerga em que jazia o paralítico.
Ao ver a fé daquela gente, Jesus Cristo disse ao paralítico:
«Filho, os teus pecados estão perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam
em seus corações:
«Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que
pode perdoar os pecados?».
Jesus Cristo, percebendo o que eles estavam a pensar,
perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão
perdoados’ ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho (do homem; Filho de Deus – o Filho
– e filho do homem – pessoa natural; ambos coexistiam e tinham uma só
identidade – Jesus Cristo) tem na Terra o poder de perdoar os
pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’».
O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente,
de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus,
dizendo: «Nunca vimos coisa assim».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 976-982
«Filho, os teus pecados estão
perdoados.»
«Creio na remissão dos pecados»:
O Símbolo dos Apóstolos liga a fé
no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na
Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos
Apóstolos que Jesus Cristo ressuscitado lhes transmitiu o seu
próprio poder divino de perdoar os pecados: «Recebei o Espírito
Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados
e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos» (Jo 20,22-23).
«Um só baptismo para a
remissão dos pecados»: Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados
à fé e ao baptismo: «Ide por todo o mundo e proclamai a boa nova a
todas as criaturas. Quem acreditar
e for baptizado será
salvo» (Mc 16,15-16) (a remissão
dos pecados, consequência, está, primeiro, relacionada com acreditar (fé), isto é,
conversão, aceitar o Senhor Jesus Cristo e a sua doutrina e
abandonar a lei antiga, olho por olho dente por dente e de seguida,
o baptismo, revestir-se do
Espírito Santo porque sem Deus nada se consegue; o querer não
basta porque o homem/mulher é muito frágil, não consegue sair das
trevas; então acontece a
remissão dos pecados). O baptismo é o primeiro e principal
sacramento do perdão dos pecados porque nos une a Jesus Cristo que
morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa
justificação, a fim de que «também nós vivamos numa vida nova» (Rom
6,4). «No momento em que fazemos a nossa primeira profissão de fé, ao receber o santo baptismo
que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e total, que
não fica absolutamente nada por apagar, quer da falta original,
quer das faltas cometidas de própria vontade por acção ou omissão;
nem qualquer pena a suportar para as expiar (para as expiar, não;
mas sim para se burilar, para se poder afastar do nível mais
próximo das trevas) [...]. Mas apesar disso, a graça do baptismo
não isenta ninguém de nenhuma das enfermidades da natureza. Pelo
contrário, resta-nos ainda combater os movimentos da concupiscência
que não cessam de nos arrastar para o mal» (Cat. Rom.).
Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria
suficientemente forte e vigilante para evitar todas as feridas do
pecado? «Portanto, se era necessário que a Igreja tivesse o poder
de perdoar os pecados, [...] era necessário que fosse capaz de
perdoar as faltas a todos os penitentes que tivessem pecado, até
mesmo ao último dia da sua vida» (Cat. Rom.). É pelo sacramento da
penitência que o baptizado pode ser reconciliado com Deus e com a
Igreja. [...]
Não há nenhuma falta, por mais grave que seja, que a Santa Igreja
não possa perdoar. «Nem há pessoa, por muito má e culpável que
seja, a quem não deva ser proposta a esperança certa do perdão, desde
que se arrependa verdadeiramente dos seus erros» (Cat. Rom.). Jesus
Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na sua Igreja as
portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do pecado
(da prática do mal, de viver no/para egoísmo).
Sábado, dia 14 de Janeiro de 2017
Sábado da
1.a semana do Tempo Comum
Santo do
dia : Beato Pedro Donders, presbítero, +1887, S. Félix de Nola, conf., +256, Beata Verónica de Milão, rel., +1497, Beato Odorico de Pordenone, viaj., +1330
Carta aos Hebreus 4,12-16.
A palavra de
Deus é viva e eficaz, mais cortante do que uma espada de dois
gumes: ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito,
das articulações e medulas e é capaz de discernir os pensamentos
e intenções do coração.
Não há criatura que possa fugir à sua presença: tudo está patente
e descoberto a seus olhos. É a ela que devemos prestar contas.
Tendo nós um sumo sacerdote eminente que atravessou os Céus,
Jesus Cristo, Filho (de Deus), permaneçamos firmes na profissão
da nossa fé.
Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de se
compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi
provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado.
Vamos, portanto, cheios de confiança ao trono da graça, a fim de
alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio
oportuno.
Livro de
Salmos 19(18),8.9.10.15.
A lei do
Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.
Evangelho segundo S. Marcos 2,13-17.
Naquele
tempo, Jesus Cristo saiu de novo para a beira-mar. A multidão
veio ao seu encontro e Ele começou a ensinar a todos.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança
e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus Cristo.
Encontrando-Se Jesus Cristo à mesa em casa de Levi, muitos
publicanos e pecadores estavam também à mesa com Jesus Cristo e
os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam.
Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os
pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo
é que Ele come com publicanos e pecadores?».
Jesus Cristo ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde
que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim
chamar os justos, mas os pecadores».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), Papa
Mensagem para a 34.ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações,
1997, §§ 4,6
«Segue-Me»
Cada
vocação é um acontecimento pessoal e original, mas é também um
facto comunitário e eclesial. Ninguém é chamado a caminhar
sozinho. Cada vocação é suscitada pelo Senhor como um dom para a
comunidade cristã que dele deve poder tirar benefício [...].
É sobretudo a vós, os jovens, que eu gostaria de me dirigir: Jesus
Cristo precisa de vós para realizar o seu projecto de salvação! Jesus
Cristo precisa da vossa juventude e do vosso entusiasmo generoso
para anunciar o Evangelho! Respondei a este chamamento com a
dádiva da vossa vida a Deus e aos vossos irmãos. Tende confiança
em Jesus Cristo! Ele não vos desiludirá nos vossos desejos e
projectos, mas enchê-los-á de sentido e de alegria. Pois Ele
disse: «Eu sou o Caminho,
a Verdade e a Vida» (Jo 14,6).
Abri com confiança o
coração a Jesus Cristo! Deixai que a sua presença se fortaleça em
vós pela escuta quotidiana e cheia de adoração das Sagradas
Escrituras que constituem o livro da Vida e das vocações
cumpridas.©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
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