"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 01 de Janeiro de 2017
SANTA MÃE DE DEUS,
MARIA - Solenidade
O Senhor disse a Moisés:
Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de
Israel, dizendo:
'O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua presença e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz'.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei.
Livro de Salmos
67(66),2-3.5.6.8.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua
bênção,
resplandeça sobre nós a luz da sua presença.
Na Terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação.
Alegrem-se e exultem as nações
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a Terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da Terra.
Carta aos Gálatas 4,4-7.
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu
Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei,
para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adoptivos.
E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho
que clama: "Abá! Pai!"
Assim, já não és escravo, mas filho. E se és filho, também és herdeiro, por
graça de Deus.
Evangelho segundo S.
Lucas 2,16-21.
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém
e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele
Menino.
E todos os que ouviam, admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe
o nome de Jesus, (nome comum entre
os homens ainda hoje – Joshua) indicado pelo Anjo, antes de ter sido
concebido no seio materno.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Proclo de Constantinopla (c.
390-446), bispo
Sermão n.° 1 ; PG 65, 682
«Quando foi a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho,
nascido de uma mulher» (Gal 4,4)
Que a natureza
estremeça de alegria e que exulte todo o género humano [...]. Que a
humanidade dance em coro [...]: «Onde o pecado abundou, superabundou a graça»
(Rom 5,20). Reúne-nos aqui a santa Mãe de Deus, a Virgem Maria, tesouro
puríssimo de virgindade, paraíso espiritual do segundo Adão, ponto de união
das duas naturezas, lugar de troca onde se concluiu a nossa salvação, câmara
nupcial em que Jesus Cristo desposou a nossa carne. Ela é a sarça ardente que
o fogo do parto de um Deus não consumiu, a nuvem ligeira que transportou
Aquele que tem o trono acima dos querubins, o velo puríssimo que recebeu o
orvalho celeste [...], Maria, servidora e mãe, virgem, céu, ponte única
entre Deus e os homens, tear da incarnação em que se achou admiravelmente
confeccionada a túnica da união das duas naturezas - e o Espírito Santo foi o
tecelão.
Na sua bondade, Deus não desdenhou nascer de uma mulher, mesmo que Aquele que
dela ia ser formado fosse a própria a vida. Mas, se a Mãe não tivesse
permanecido virgem, esta gestação não teria nada de espantoso; seria
simplesmente o nascimento de um homem. Uma vez, porém que ela permaneceu
virgem mesmo após o parto, como poderia não se tratar de Deus e de um
mistério inexprimível? Nasceu de maneira inefável, sem mancha, Aquele que
mais tarde entrará sem obstáculo, com todas as portas fechadas e diante de
quem Tomé exclamará, contemplando a união das duas naturezas: «Meu Senhor e
meu Deus!» (Jo 20,28)
Por nosso amor, Aquele que por natureza era incapaz de sofrer, expôs-Se a
numerosos sofrimentos. Jesus Cristo não Se tornou divino pouco a pouco; de
modo nenhum! Mas, sendo o Filho, a sua misericórdia levou-O a tornar-Se
homem, como a fé nos ensina. Não pregamos um homem que Se tornou Deus,
proclamamos um Deus feito carne que tomou por Mãe uma servidora, Ele que pela
sua natureza não conhece mãe, e que, sem pai, incarnou no tempo.
Segunda-feira,
dia 02 de Janeiro de 2017
Féria do Tempo Natal
(2 de Janeiro)
Caríssimos: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus
é o Cristo? Esse é que é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho.
Quem nega o Filho também não reconhece o Pai. Quem confessa o Filho
reconhece também o Pai.
Portanto, permaneça em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio. Se
permanecer em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio, também vós
permanecereis no Filho e no Pai.
E a promessa que o Filho nos fez é a vida
eterna.
Era isto o que eu tinha a escrever-vos acerca dos que tentam enganar-vos.
Para vós, porém a unção que recebestes de Jesus Cristo permanece em vós e
não precisais que alguém vos ensine. Uma vez que a unção de Jesus Cristo
vos instrui sobre todas as coisas e é verdadeira e não mente, permanecei
n'Ele, conforme ela vos ensinou.
E agora, meus filhos, permanecei em Jesus Cristo, para que possamos ter
plena confiança quando Ele Se manifestar e não sejamos confundidos por Ele
na sua vinda.
Livro de Salmos
98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo S. João 1,19-28.
Foi este o testemunho de João Baptista, quando os judeus lhe
enviaram, de Jerusalém, sacerdotes e levitas para lhe perguntarem:
"Quem és tu?"
Ele confessou e não negou: "Eu não sou o Messias".
Eles perguntaram-lhe: "Então, quem és tu? És Elias?" "Não
sou", respondeu ele. "És o Profeta?" Ele respondeu:
"Não".
Disseram-lhe então: "Quem és tu? Para podermos dar uma resposta
àqueles que nos enviaram, que dizes de ti mesmo?"
Ele declarou: "Eu sou a voz que clama no deserto: 'Endireitai o
caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías".
Entre os enviados havia fariseus
que lhe perguntaram: "Então porque baptizas, se não és o Messias nem
Elias nem o Profeta?"
João respondeu-lhes: "Eu baptizo na água; mas no meio de vós está
Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia
das sandálias".
Tudo isto se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a baptizar.
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo
de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293, para a Natividade de João Baptista
«Eu sou a voz que clama no deserto»
João era a
voz, mas «no princípio era o Verbo» (Jo 1,1). João era uma voz para um
tempo; Jesus Cristo é a Palavra desde o princípio, a Palavra eterna. Sem a
Palavra, o que é a voz? Onde não há nada para compreender, há um ruído
vazio. A voz sem a palavra entra no ouvido, mas não chega ao coração.
Descubramos, pois como as coisas se encadeiam no nosso coração, que tem de
ser edificado. Se eu penso naquilo que devo dizer, a palavra está já no meu
coração; mas, quando quero falar-te, procuro a maneira de passar para o teu
coração o que já existe no meu. Se procuro como pode a palavra que já
existe no meu coração encontrar-te e ficar no teu coração, sirvo-me da voz
e é com esta voz que te falo: o som da voz conduz até ti a ideia contida na
palavra. Então é verdade que o som se esvai; mas a palavra que o som
conduziu até ti está doravante no teu coração, sem ter abandonado o meu.
Logo que a palavra passa para ti, não é verdade que o som parece dizer,
como João Baptista, «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30)? O som da
voz ressoou para realizar a sua função e desaparece como se dissesse: «Essa
é a minha alegria que agora é completa» (29). Guardemos, pois a Palavra;
não deixemos partir a Palavra, concebida no mais fundo do nosso coração.
Terça-feira,
dia 03 de Janeiro de 2017
Féria do Tempo
Natal (3 de Janeiro)
Caríssimos: Se sabeis que Deus é justo, compreendereis também
que todo aquele que pratica a justiça nasceu d'Ele.
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de
Deus (porque a pessoa celeste, o bem, a vida habita em nós). E somo-lo de
facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que
havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos
semelhantes a Deus porque O veremos como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança purifica-se a si mesmo para ser
puro, como Ele é puro.
Quem comete o pecado transgride a lei porque o pecado é a transgressão da
lei.
Mas vós sabeis que Jesus Cristo Se manifestou para tirar os pecados e
n'Ele não existe pecado.
Quem permanece n'Ele não peca; quem peca não O vê nem O conhece.
Livro de Salmos
98(97),1.3cd-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Evangelho segundo S. João 1,29-34.
No dia seguinte ao seu primeiro testemunho, João Baptista viu
Jesus Cristo que vinha ao seu encontro e exclamou: "Eis o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo.
É d'Ele que eu dizia: 'Depois de mim vem um homem que passou à minha
frente porque era antes de mim'.
Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim baptizar
na água".
João deu este testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito Santo descer do
céu como uma pomba e permanecer sobre Ele.
Eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar na água é que me disse:
'Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no
Espírito Santo'.
Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho (de Deus)".
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de João
«Eis o Cordeiro de Deus»
Ele é
único, este Cordeiro que morreu por todos, que vela por todo o rebanho
dos homens (e mulheres) por seu Deus e seu Pai, um só para todos, a fim
de a todos submeter a Deus, um só para todos, a fim de a todos ganhar (cf
Rom 5,18), a fim de que todos «não vivam mais para si mesmos, mas para
Aquele que por eles morreu e ressuscitou» (2Cor 5,15). Com efeito, quando
estávamos mergulhados em numerosos pecados e consequentemente sujeitos à
morte e a uma natureza perecível, o Pai deu o seu Filho como nossa
redenção, só Ele por todos porque tudo está nele e Ele é melhor do que
todos. «Ele morreu por todos» (ibid.) para que vivamos nele.
Com efeito, assim como a morte apanhou o Cordeiro imolado por todos assim
também nos soltou a todos nele e com Ele. Porque todos nós estávamos em Jesus
Cristo que morreu e ressuscitou por causa de nós e por nós; na verdade,
abolido o pecado, não era possível que a morte, que tem origem no pecado,
não fosse abolida com ele. Morta a raiz, o fruto não podia ser
conservado. Morto o pecado, deixámos de ter razão para morrer. É por isso
que podemos dizer com alegria a propósito da condenação à morte do
Cordeiro de Deus: «Onde está, ó morte, a tua vitória?» (1Cor 15,55)
Quarta-feira,
dia 04 de Janeiro de 2017
Féria do Tempo
Natal (4 de Janeiro)
Meus filhos,
ninguém vos engane. Quem pratica a justiça é justo como Ele, Jesus
Cristo, é justo.
Quem comete o pecado é do Diabo porque o Diabo é pecador desde o
princípio. Foi para destruir as obras do Diabo que o Filho (de Deus) Se
manifestou.
Quem nasceu de Deus não comete o pecado porque permanece nele uma
semente divina e não pode pecar porque nasceu de Deus.
Nisto se distinguem os filhos de Deus e os filhos do Diabo: quem não
pratica a justiça e não ama o seu irmão, não é de Deus.
Livro de Salmos
98(97),1.7-8.9.
Cantai ao Senhor um
cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a Terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra:
Evangelho
segundo S. João 1,35-42.
Naquele tempo,
estava João Baptista com dois dos seus discípulos
e, vendo Jesus Cristo que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus
Cristo.
Entretanto, Jesus Cristo voltou-Se e, ao ver que O seguiam, disse-lhes:
«Que procurais?» Eles responderam: «Rabi — que quer dizer ‘Mestre’ —
onde moras?»
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e
ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram
Jesus Cristo.
Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o
Messias» — que quer dizer ‘Cristo’ —
e levou-o a Jesus Cristo. Fitando nele os olhos, Jesus Cristo disse-lhe:
«Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» — que quer dizer
‘Pedro’.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Romano, o Melodista
(?-c. 560), compositor de hinos
Hino XVII, §§ 12-13
«Vinde ver»
O pecado
foi apagado e foi-nos dada a incorruptibilidade (1Cor 15,53); o
precursor manifestou-nos a recuperação da graça ao dizer: «Eis o
Cordeiro de Deus que toma sobre Si os pecados do mundo.» Ele mostrou a
acta da anulação aos que tinham contraído pesada dívida. Aquele que
tinha saltado de alegria no seio materno proclamou-o hoje e deu-o a
conhecer Aquele que nos apareceu e tudo iluminou.
O Baptista proclama o mistério, chamando cordeiro ao pastor e não
apenas cordeiro, mas cordeiro que apaga todos os pecados. «Eis o
cordeiro», diz; deixámos de ter necessidade de um bode expiatório (Lv
16,21). Erguei as mãos para Ele, todos vós, reconhecendo os vossos
pecados, pois Ele veio para tirar, juntamente com os do povo, os
pecados de todo o mundo. Do alto do Céu, o Pai enviou-nos a todos este
dom: Aquele que apareceu e que tudo iluminou. [...]
Ele dissipou a noite funesta; graças a Ele, tudo é claridade.
Resplandeceu sobre o mundo a luz que não conhece declínio, Jesus Cristo,
nosso Salvador. Na abundância, a terra de Zabulão imita o paraíso, pois
é regada por uma corrente de delícias e por ela corre uma torrente de
águas sempre vivas. [...] Na Galileia, contemplamos hoje a fonte de
água viva, Aquele que apareceu e tudo iluminou (cf. Mt 4,15-16; Sl
35,9-10).
Quinta-feira, dia 05 de Janeiro de 2017
Féria do Tempo
Natal (5 de Janeiro)
Caríssimos: Esta
é a mensagem que ouvistes desde o princípio: «Amemo-nos uns aos outros».
Quem tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho (de Deus) não tem a
vida.
Escrevo-vos estas coisas, para saberdes que tendes a vida eterna, vós
que acreditais no nome do Filho (de Deus).
Nós sabemos que passámos da morte para a vida porque amamos os nossos
irmãos. Quem não ama, permanece na morte.
Todo aquele que odeia o seu irmão é homicida e vós sabeis que nenhum
homicida tem a vida eterna permanecendo em si.
Nisto conhecemos o amor:
Ele deu a sua vida por nós e nós devemos também dar a vida pelos
nossos irmãos.
Se alguém possui bens deste mundo e, ao ver o seu irmão passar
necessidade, lhe fecha o coração, como pode estar nele o amor de
Deus?
Meus filhos, não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e
em verdade.
Deste modo saberemos que somos da verdade e tranquilizaremos o nosso coração diante de
Deus;
porque se o nosso coração nos acusar, Deus é maior do que o nosso
coração e conhece todas as coisas.
Caríssimos, se o coração não nos condena, temos confiança diante de
Deus.
Livro de
Salmos 100(99),2.3.4.5.
Aclamai o Senhor,
Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Entrai pelas suas portas, dando graças,
penetrai em seus átrios com hinos de louvor,
glorificai-O, bendizei o seu nome.
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.
Evangelho segundo S. João 1,43-51.
Naquele tempo,
Jesus Cristo resolveu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e
disse-lhe: «Segue-Me».
Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem
está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré,
filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe
respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um
verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus Cristo respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da
figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho (de Deus), Tu és o Rei de
Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da
figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto
e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho (do homem)».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre São João, n.º 7
«Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira»
Natanael
estava sentado debaixo de uma figueira (árvore da Vida), como que à
sombra da morte. E foi aí que o Senhor o viu, Ele acerca de quem está
escrito: «Para aqueles que habitavam uma terra de sombras, a luz
brilhou» (Is 9,1). Que disse Ele a Natanael? «Perguntas-Me como te
conheci? Falas-Me agora porque foste chamado por Filipe.» Mas antes
de o apóstolo o chamar, já Jesus Cristo tinha visto que ele fazia
parte da sua Igreja. Tu, Igreja cristã, verdadeira filha de Israel,
[…] também tu conheces agora Jesus Cristo por meio dos apóstolos,
como Natanael conheceu Jesus Cristo por meio de Filipe. Mas a sua
misericórdia descobriu-te antes de tu O teres conhecido, quando
estavas caída, esmagada sob o peso dos teus pecados.
Com efeito, fomos nós quem primeiro buscou a Jesus Cristo? Não terá
sido Ele, pelo contrário, quem primeiro nos procurou? Fomos nós,
pobres doentes, que nos apresentámos ao médico? Não terá sido antes o
médico que veio ao encontro dos doentes? Não foi a ovelha que se
perdeu antes de o pastor, deixando as outras noventa e nove, ter ido
à sua procura, a ter encontrado e a ter posto aos ombros cheio de
alegria (Lc 15,4)? Não estava a moeda perdida antes de a mulher ter
acendido a lamparina e a ter procurado por toda a casa até a
encontrar (Lc 15,8)? […] O nosso pastor encontrou a sua ovelha, mas
primeiro foi à sua procura; tal como esta mulher que só encontrou a
moeda depois de a ter procurado. Com efeito, nós fomos procurados e
só podemos falar por termos sido encontrados; longe de nós, pois
qualquer sentimento de orgulho: estávamos perdidos para sempre, se
Deus não tivesse ido à nossa procura para nos encontrar.
Sexta-feira, dia 06 de Janeiro de 2017
Féria do
Tempo Natal (6 de Janeiro)
Caríssimos:
Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus Cristo
é o Filho (de Deus)?
Este é O que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com
a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho
porque o Espírito é a verdade.
São três que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue e os três estão de acordo.
Se aceitamos o testemunho dos homens, maior é o testemunho de Deus
e o testemunho de Deus está em que foi Ele a dar testemunho a
respeito do seu Filho.
Quem crê no Filho (de Deus) tem esse testemunho consigo. Quem não
crê em Deus faz de Deus mentiroso, uma vez que não crê no
testemunho que Deus deixou a favor do seu Filho.
E este é o testemunho: Deus deu-nos a vida eterna e esta vida está no seu Filho.
Quem tem o Filho (de Deus) tem a vida; quem não tem o Filho também
não tem a vida.
Escrevi-vos estas coisas, a vós que credes no Nome do Filho de
Deus, para que tenhais a certeza de ter convosco a vida eterna.
Livro de
Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica,
Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.
Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à Terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem.
Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.
Evangelho segundo S. Lucas 3,23-38.
Ao iniciar o
seu ministério, Jesus Cristo tinha cerca de trinta anos. Supunha-se
que era filho de José e este de Eli,
e assim sucessivamente: de Matat, de Levi, de Melqui, de Janai, de
José,
de Matatias, de Amós, de Naum, de Esli, de Nagaí,
de Maat, de Matatias, de Chimei, de Josec, de Jodá,
de Joanan, de Ressa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri,
de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadam, de Er,
de Jesua, de Eliézer, de Jorim, de Matat, de Levi,
de Simeão, de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim,
de Meleá, de Mená, de Matatá, de Natan, de David,
de Jessé, de Obed, de Booz, de Salá, de Nachon,
de Aminadab, de Admin, de Arni, de Hesron, de Peres, de Judá,
de Jacob, de Isaac, de Abraão, de Tera, de Naor,
de Serug, de Ragau, de Péleg, de Éber, de Chela,
de Quenan, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec,
de Matusalém, de Henoc, de Jared, de Maleleel, de Quenan,
de Enós, de Set, de Adão, de Deus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c.
130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 22, 3; 23, 1
«Filho de Adão»
Lucas
apresenta uma genealogia que remonta do nascimento de Nosso Senhor
até Adão e comporta setenta e duas gerações; deste modo, como que
liga o fim ao principio, dando a entender que o Senhor foi Aquele
que recapitulou em Si as nações dispersas desde Adão, as línguas e
as gerações dos homens, incluindo o próprio Adão. É também por isso
que Paulo chama a Adão «figura daquele que havia de vir» (Rom 5,14)
porque o Verbo, Artesão do universo, tinha esboçado em Adão a
futura história da humanidade de que Se revestiria o Filho de Deus.
[…]
Ao tornar-Se o Primogénito (no universo de Deus para a humanidade) de
entre os mortos (Col 1,18) e ao receber no seu seio os seus antigos
pais, o Senhor fê-los renascer para a vida de Deus; tornou-Se o
primeiro, o príncipe dos vivos porque Adão (no mundo das trevas) se
tinha tornado o príncipe dos mortos. […] Ao começar a sua
genealogia no Senhor, fazendo-a remontar a Adão, Lucas indica que
não foram os seus pais que deram a vida ao Senhor, mas foi Ele que
os fez renascer no Evangelho da vida. Da mesma maneira, o nó da
desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria porque a
Virgem Maria desatou pela fé aquilo que a virgem Eva tinha atado
pela sua incredulidade.
Era, pois indispensável que, vindo ter com a ovelha perdida (Mt
18,12), recapitulando uma tão longa história, vindo à procura da
sua obra, por Ele mesmo modelada (Lc, 19,10; Gn 2,8), o Senhor
salvasse o homem que tinha sido feito à sua imagem e semelhança (Gn
1,26), isto é, Adão.
Sábado, dia 07 de Janeiro de 2017
Féria do
Tempo Natal (7 de Janeiro)
Caríssimos:
Esta é a confiança que temos em Deus: se Lhe pedirmos alguma
coisa, segundo a sua
vontade, Ele escuta-nos.
E sabendo que nos escuta em tudo o que Lhe pedirmos, sabemos
também que alcançaremos o que Lhe tivermos pedido.
Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não o leva à morte,
reze e Deus lhe dará a vida, se de facto o pecado cometido não
leva à morte. Há um pecado que leva à morte; não é por este
pecado que eu digo que se reze.
Toda a iniquidade (= não-equidade) é pecado, mas nem todo o
pecado leva à morte.
Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca porque o
guarda Aquele que foi gerado por Deus e o Maligno não o pode
atingir.
Sabemos que somos de Deus, mas o mundo inteiro está sujeito ao
Maligno.
E sabemos também que veio o Filho (de Deus) e nos deu
inteligência para conhecermos o Verdadeiro. Nós estamos no
Verdadeiro, por seu Filho, Jesus Cristo, que é o Filho verdadeiro
e a vida eterna.
Meus filhos, guardai-vos dos falsos deuses.
Livro de
Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao
Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu
nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de
alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Evangelho segundo S. João 2,1-11.
Naquele
tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a
Mãe de Jesus Cristo.
Jesus Cristo e os seus discípulos foram também convidados para o
casamento.
A certa altura, faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus Cristo disse-Lhe:
«Não têm vinho».
Jesus Cristo respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso?
Ainda não chegou a minha hora»
a Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser».
Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos
judeus e cada uma levava duas ou três medidas.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Enchei essas talhas de água».
Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e
levai ao chefe de mesa».
E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada
em vinho — ele não sabia de onde viera, pois só os serventes que
tinham tirado a água, sabiam — chamou o noivo
e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois
de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu
guardaste o vinho bom até agora».
Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus Cristo deu início aos
seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram
n’Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Efrém (c.
306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Diatessarum XII
«Guardaste o vinho bom até agora»
No
deserto, Nosso Senhor multiplicou o pão e em Caná transformou a
água em vinho. Habituou assim a boca dos homens ao seu pão e ao
seu vinho até ao momento em que lhes deu o seu corpo e o seu
sangue. Fê-los saborear um pão e um vinho transitórios, para fazer
crescer neles o desejo do seu corpo e do seu sangue vivificantes.
[...] Atraiu-nos com coisas agradáveis ao paladar, para nos
conduzir àquilo que vivifica plenamente a nossa alma (e pessoa
celeste, pessoa espiritual, pessoa natural). Escondeu a doçura no
vinho que fez, para mostrar aos convidados que tesouro
incomparável se esconde no seu sangue vivificante.
Como primeiro sinal, deu um vinho agradável aos convidados, para
manifestar que o seu sangue alegraria todas as nações. Com
efeito, assim como o vinho intervém em todas as alegrias da Terra
assim também todas as libertações se prendem com o mistério do
seu sangue. Ele deu aos convidados de Caná um vinho excelente que
lhes transformou o espírito, para lhes mostrar que a doutrina de
que ia abeberá-los lhes transformaria o coração.
Este vinho, que no princípio não era senão água, foi transformado
nos cântaros, símbolos dos primeiros mandamentos enviados por Ele
com vista à perfeição. A água transformada é a Lei levada ao seu
cumprimento. Os convidados da boda beberam aquilo que tinha sido
água, mas que já não sabia a água. Do mesmo modo, quando ouvimos
os antigos mandamentos, não os saboreamos no seu antigo sabor,
mas no novo.©
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