terça-feira, 22 de novembro de 2016

Christianismo 183 até 19-11-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 13 de Novembro de 2016

33.º Domingo do Tempo Comum

Festa da Igreja : Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Santo do dia :
Santo Estanislau Kostka, religioso, +1568, S. Diogo de Alcalá, religioso, +1463

Livro de Malaquias 3,19-20.
Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos.
Mas, para vós que respeitais o meu nome, brilhará o sol de justiça (= Cristo), trazendo a cura nos seus raios; saireis e saltareis como bezerros para fora do estábulo.
Livro de Salmos 98(97),5-6.7-8.9.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.

Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a Terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra:
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.

2.ª Carta aos Tessalonicenses 3,7-12.
Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre vós na ociosidade
nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhámos dia e noite com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós.
Não é que não tivéssemos esse direito, mas quisemos ser para vós exemplo a imitar.
Quando ainda estávamos convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer trabalhar, também não deve comer.
Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidades.
A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente para ganharem o pão que comem.
Evangelho segundo S. Lucas 21,5-19.
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus Cristo disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?».
Jesus Cristo respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim» (daquele mundo – mundo esclavagista – para surgimento do novo mundo o medieval).
Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».
Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim tereis ocasião de dar testemunho. (= transformar o negativo em positivo)
Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa.
Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer.
Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós
e todos vos odiarão por causa do meu nome;
mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.
Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas (e pessoas celestes, pessoas espirituais)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho segundo São Lucas X, 6-8
A vinda de Jesus Cristo
«Não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Estas palavras diziam respeito ao Templo edificado por Salomão [...], uma vez que tudo o que é construído pelas nossas mãos sucumbe ao desgaste ou à deterioração e está sujeito a ser derrubado pela violência ou destruído pelo fogo. [...] Mas dentro de nós também existe um templo que se desmorona se a fé faltar, em particular se em nome de Jesus Cristo procurarmos em vão apoderar-nos de certezas interiores e talvez seja esta interpretação a mais útil para nós. Com efeito, de que servirá saber o dia do Juízo? De que me servirá, tendo consciência de todos os meus pecados, saber que o Senhor virá um dia, se Ele não vier à minha alma, não crescer no meu espírito, se Jesus Cristo não vier a mim, se Jesus Cristo não falar em mim? É a mim que Jesus Cristo deve vir e é em mim que deve realizar-se a sua vinda.
Ora a segunda vinda de Jesus Cristo terá lugar no nadir do mundo, quando pudermos dizer que «o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo» (Gal 6, 14). [...] Para quem lhe morreu o mundo, Jesus Cristo é eterno; para esse, o Templo é espiritual, a Lei espiritual, a própria Páscoa espiritual. [...] Então para esse, realiza-se a presença da sabedoria, a presença da virtude e da justiça, a presença da redenção porque Jesus Cristo na verdade morreu uma só vez pelos pecados de todos a fim de resgatar todos os dias os pecados de todos.

Segunda-feira, dia 14 de Novembro de 2016

Segunda-feira da 33.ª semana do Tempo Comum


Santo do dia :
S. José Pignatelli, presbítero, +1811

Livro do Apocalipse 1,1-4.2,1-5a.
Revelação de Jesus Cristo que Deus Lhe concedeu para mostrar aos seus servidores o que há-de acontecer muito em breve. Ele deu-o a conhecer ao seu servidor João, pelo Anjo que enviou,
e João confirma a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, em tudo o que viu.
Feliz de quem ler e dos que ouvirem as palavras desta profecia e observarem o que nela está escrito porque o tempo está próximo.
João às sete Igrejas da Ásia: A graça e a paz vos sejam dadas por Aquele que é, que era e que há-de vir e pelos sete Espíritos que estão diante do seu trono.
Eu ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo da Igreja de Éfeso, escreve: ‘Eis o que diz Aquele que tem as sete estrelas na sua mão direita e caminha no meio dos sete candelabros de ouro:
Conheço as tuas obras, o teu trabalho e a tua perseverança. Sei que não podes suportar os maus, que puseste à prova aqueles que se dizem apóstolos sem o serem e descobriste que eram mentirosos.
Tens perseverança e sofreste pelo meu nome, sem desanimar.
Mas tenho contra ti que perdeste a tua caridade primitiva.
Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e pratica as obras anteriores’».
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.

Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho.
Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo.
Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que passava.
Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim».
Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim».
Jesus Cristo parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe:
«Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Vê. A tua fé te salvou».
No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus Cristo, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
Poema «Noite feliz»
«Senhor, que eu veja.»
Muitas vezes, tive a impressão de ficar sem forças.
Mais vezes ainda, desesperei de ver a luz.
Mas, quando o meu coração estava tomado pela dor,
eis que uma estrela se elevou diante de mim.
Ela conduziu-me e eu segui-a,
primeiro com passo hesitante, depois com confiança. [...]

Aquilo que tinha de esconder no mais fundo do meu coração,
posso agora proclamá-lo alto e em bom som:
«creio e confesso a minha fé». [...]
Senhor, será possível que renasça
quem já viveu metade da sua vida (Jo 3,4)?
Tu o disseste e isso verificou-se comigo.
O fardo de uma longa vida de faltas e sofrimentos
caiu de cima dos meus ombros. [...]

Ah! nenhum coração humano pode compreender
o que Tu reservas aos que Te amam (1Cor 2, 9).
Agora que Te agarrei, nunca mais Te hei-de largar (Ct 3,4).
Seja qual for o caminho que tome a minha vida,
Tu estás comigo (Sl 22).
Nada poderá separar-me do teu amor (Rom 8, 39).

Terça-feira, dia 15 de Novembro de 2016

Terça-feira da 33.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Alberto Magno, bispo, Doutor da Igreja, +1280

Livro do Apocalipse 3,1-6.14-22.
Eu, João, ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo da Igreja de Sardes, escreve: ‘Eis o que diz Aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras. És considerado vivo, mas estás morto (porque é das trevas e não da vida, de Deus).
Desperta e reanima esses restos de vida moribunda, pois verifico que as tuas obras não são perfeitas aos olhos do meu Deus.
Lembra-te como aceitaste a palavra que ouviste; guarda-a e arrepende-te. Se não despertares, virei como o ladrão, sem que saibas a hora em que virei ao teu encontro.
Todavia, tens em Sardes algumas pessoas que não mancharam as suas vestes: elas Me acompanharão, vestidas de branco porque são dignas.
O vencedor será revestido de vestes brancas; não apagarei o seu nome do livro da vida, mas reconhecê-lo-ei diante de meu Pai e dos seus Anjos’.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
Ao Anjo da Igreja de Laodiceia, escreve: ‘Assim fala o Ámen, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio das criaturas de Deus:
Conheço as tuas obras: não és frio nem quente; antes fosses frio ou quente.
Mas porque és morno, isto é, nem frio nem quente, estou quase a vomitar-te da minha boca.
Tu dizes: “Sou rico, tenho fortuna e não preciso de nada” e não sabes que és infeliz, pobre, cego e nu.
Aconselho-te a comprar de Mim ouro purificado pelo fogo para te enriqueceres, roupas brancas para te cobrires e ocultares a tua vergonhosa nudez e colírio para ungires os olhos e recuperares a vista.
Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Sê zeloso e arrepende-te.
Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa (= pessoa natural), cearei com ele e ele comigo (= habitá-lo-ei).
Ao vencedor fá-lo-ei sentar-se comigo no meu trono, como Eu também fui vencedor e estou sentado com meu Pai no seu trono’.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas».
Livro de Salmos 15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo

nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio (= ateu),
mas estima os que adoram o Senhor.

O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura
nem aceita prendas para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.

Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos.
Procurava ver quem era Jesus Cristo, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O porque era de pequena estatura.
Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus Cristo que havia de passar por ali.
Quando Jesus Cristo chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa que Eu hoje devo ficar em tua casa».
Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus Cristo com alegria.
Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa de um pecador».
Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Hoje entrou a salvação nesta casa porque Zaqueu também é filho de Abraão.
Com efeito, o Filho (do homem) veio procurar e salvar o que estava perdido».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906), carmelita
Último retiro, 42-44
«Eu hoje devo ficar em tua casa.»
«Só em Deus repousa a minha alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural); dele vem a minha salvação. Só Ele é o meu rochedo e a minha salvação, a minha fortaleza; jamais vacilarei» (Sl 61, 2-3). Eis o mistério que canta hoje a minha lira! Como a Zaqueu, o meu Mestre disse-me: «Desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa.» Desce depressa, mas para onde? Ao mais fundo de mim própria: depois de me ter deixado a mim própria, separado de mim própria, despojado de mim própria, numa palavra, sem mim própria.
«Eu hoje devo ficar em tua casa.» É o meu Mestre que me exprime esse desejo! O meu Mestre quer habitar em mim, com o Pai e o seu Espírito de amor porque, segundo a expressão do discípulo amado, eu estou em comunhão com eles (1Jo 1,3). «Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus», diz S. Paulo (Ef 2,19). E para mim ser «concidadãos dos santos e membros da família de Deus» consiste em viver no seio da tranquila Trindade, no meu abismo interior, nessa fortaleza inexpugnável do santo recolhimento de que fala S. João da Cruz. [...]
Oh! Que bela é esta criatura assim despojada, salva de si própria! [...] Ela sobe, eleva-se acima dos sentidos, da natureza; ultrapassa-se a si própria; ultrapassa toda a alegria assim como toda a dor e passa através das nuvens, para só descansar quando tiver penetrado no interior daquele que ama e que lhe concederá, Ele próprio, o repouso. [...] O Mestre disse-lhe: «Desce depressa.» É ainda sem de lá sair que ela viverá, à imagem da Trindade imutável, num eterno presente [...], tornando-se, por um olhar sempre mais simples, mais unitivo, «o esplendor da sua glória» (Heb 1,3), dito de outro modo, louvor e glória das suas adoráveis perfeições.

Quarta-feira, dia 16 de Novembro de 2016

Quarta-feira da 33.ª semana do Tempo Comum

Eu, João, vi uma porta aberta no Céu e a voz que antes ouvira falar-me como uma trombeta, dizia: «Sobe até aqui e eu te mostrarei o que vai acontecer depois disto».
Imediatamente caí em êxtase e vi um trono colocado no Céu, sobre o qual Alguém estava sentado.
Aquele que estava sentado tinha o aspecto resplandecente como a pedra de jaspe e cornalina e um arco-íris circundava o trono, com reflexos de esmeralda.
À volta deste trono, havia vinte e quatro tronos, em que estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de ouro na cabeça.
Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões e diante dele brilhavam sete lâmpadas de fogo que são os sete Espíritos de Deus.
Diante do trono havia como que um mar transparente como o cristal. No meio do trono e ao seu redor, vi quatro Seres Vivos cheios de olhos à frente e atrás.
O primeiro Ser Vivo era semelhante a um leão, o segundo a um novilho, o terceiro tinha o rosto como o de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo.
Cada um dos quatro Seres Vivos tinha seis asas e estavam cheios de olhos a toda a volta e por dentro. E não cessavam de clamar dia e noite: «Santo, Santo, Santo, Senhor Deus omnipotente, Aquele que é, que era e que há-de vir!».
E sempre que os Seres Vivos dão glória, honra e acção de graças Àquele que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos,
os vinte e quatro anciãos prostram-se diante d’Aquele que está sentado no trono, adoram Aquele que vive pelos séculos dos séculos e depõem as suas coroas diante do trono, dizendo:
«Sois digno, Senhor, nosso Deus, de receber a honra, a glória e o poder porque fizestes todas as coisas e pela vossa vontade existem e foram criadas».
Livro de Salmos 150(149),1-2.3-4.5-6.
Louvai o Senhor no seu santuário,
louvai-O no seu majestoso firmamento.
Louvai-O pela grandeza das suas obras,
louvai-O pela sua infinita majestade.

Louvai-O ao som da trombeta,
louvai-O ao som da lira e da cítara.
Louvai-O com o tímpano e com a dança,
louvai-O ao som da harpa e da flauta.

Louvai o Senhor,
louvai-O com címbalos sonoros.
Louvai-O com címbalos retumbantes.
Tudo quanto respira louve o Senhor.

Evangelho segundo S. Lucas 19,11-28.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo uma parábola porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o reino de Deus ia manifestar-se imediatamente.
Então Jesus Cristo disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar.
Antes, porém chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas (= moedas), dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’.
Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para dizer: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’.
Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha lucrado.
Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’.
Ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades’.
Veio o segundo e disse-lhe: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’.
A este respondeu igualmente: ‘Tu também ficarás à frente de cinco cidades’.
Depois veio o outro e disse-lhe: ‘Senhor, aqui está a tua mina que eu guardei num lenço,
pois tive medo de ti que és homem severo: levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste’.
Disse-lhe o rei: ‘Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei.
Então porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia recuperado com juros’.
Depois disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez’.
Eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’.
O rei respondeu: ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem (fé, vida, bem) se dará mais, mas àquele que não tem (fé, vida, bem), até o que tem lhe será tirado.
Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença’».
Dito isto, Jesus Cristo seguiu, à frente do povo, para Jerusalém.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
«Amigos de Deus», n.º 46
«Fazei-as render»
«Senhor, aqui está a tua mina que eu guardei num lenço.» Que ocupação escolherá este homem, agora que abandonou o seu instrumento de trabalho? Tendo decidido irresponsavelmente optar pela comodidade de devolver só o que lhe entregaram, dedicar-se-á a matar o tempo: os minutos, as horas, os dias, os meses, os anos, a vida! Os outros afadigam-se, negoceiam, empenham-se nobremente em restituir mais do que receberam – o legítimo fruto, aliás, porque a recomendação foi muito concreta: «Fazei-as render até que eu volte», encarregai-vos deste trabalho para conseguirdes algum lucro até que o dono regresse. Pois este não; este inutiliza a sua existência.
Que pena viver tendo como ocupação matar o tempo que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar essa actuação. Adverte São João Crisóstomo: «Que ninguém diga: só tenho um talento, não posso ganhar coisa alguma. Também com um só talento podes agir de forma meritória.» Que tristeza não tirar partido, autêntico rendimento, de todas as faculdades, poucas ou muitas, que Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas (e pessoas celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais) e a sociedade! Quando, por egoísmo, o cristão se retrai, se esconde, se despreocupa, numa palavra, quando mata o tempo, coloca-se em perigo de matar o Céu. Quem ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Deus: dá-se a si mesmo.

Quinta-feira, dia 17 de Novembro de 2016

Quinta-feira da 33.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231

Livro do Apocalipse 5,1-10.
Eu, João, vi na mão direita d’Aquele que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.
Vi também um Anjo poderoso que proclamava em alta voz: «Quem é digno de abrir o livro e quebrar os seus selos?».
Mas ninguém, nem no céu nem na Terra nem debaixo da Terra podia abrir o livro nem olhar para ele.
Eu chorava muito porque não se encontrava ninguém que fosse digno de abrir o livro nem de olhar para ele.
Disse-me então um dos Anciãos: «Não chores! O leão da tribo de Judá, o descendente de David, alcançou a vitória; Ele abrirá o livro e os seus sete selos».
Vi então, entre o trono e os quatro Seres Vivos e os Anciãos, um Cordeiro de pé que parecia ter sido imolado. Tinha sete chifres e sete olhos que são os sete Espíritos de Deus, enviados por toda a terra.
O Cordeiro foi receber o livro da mão direita d’Aquele que estava sentado no trono.
Quando o Cordeiro recebeu o livro, os quatro Seres Vivos e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante d’Ele, cada um com uma harpa e taças de ouro cheias de perfumes que são as orações dos santos.
E cantavam um cântico novo, dizendo: «Sois digno de receber o livro e de abrir os selos porque fostes imolado e resgatastes para Deus, com o vosso sangue, homens de toda a tribo, língua, povo e nação
e fizestes deles, para o nosso Deus, um reino de sacerdotes que reinarão sobre a Terra».
Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor um cântico novo,

cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.

Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.

Evangelho segundo S. Lucas 19,41-44.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse:
«Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas não. Está escondido a teus olhos.
Dias virão para ti, em que os teus inimigos te rodearão de trincheiras e te apertarão de todos os lados.
Esmagar-te-ão a ti e aos teus filhos e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beato Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Discurso à ONU, 4 de outubro de 1965
«Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz!»
Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! É a paz, a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade! [...]
A paz, vós o sabeis, não se constrói apenas por meio da política e do equilíbrio de forças e de interesses. Ela constrói-se com o espírito, as ideias, as obras da paz. Vós trabalhais nesta grande obra.
Mas vós não estais ainda senão no princípio do vosso trabalho. Chegará o mundo a mudar a mentalidade particularista e belicosa que urdiu até agora uma tão grande parte da sua história? É difícil prevê-lo; mas é fácil afirmar que é preciso pôr-se resolutamente a caminho em direcção à nova história, uma história pacífica que será verdadeira e plenamente humana.

Sexta-feira, dia 18 de Novembro de 2016

Sexta-feira da 33.ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo
Santo do dia :
Beato Domingos Jorge, leigo, mártir, +1619

Livro do Apocalipse 10,8-11.
A voz do Céu que eu, João, tinha ouvido, falou-me novamente, dizendo: «Vai buscar o livro aberto da mão do Anjo que está de pé sobre o mar e sobre a terra».
Fui ter com o Anjo e pedi-lhe que me desse o pequeno livro. Ele disse-me: «Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo, mas na boca, ele será doce como o mel».
Tomei o pequeno livro da mão do Anjo e comi-o: na minha boca era doce como o mel; mas depois de o engolir, amargou-me no estômago.
Então disseram-me: «Tens de profetizar novamente contra muitos povos, nações, línguas e reis».
Livro de Salmos 119(118),14.24.72.103.111.131.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.

Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em prata e ouro.
Como são doces ao meu paladar as vossas palavras,
mais do que o mel para a minha boca.

As vossas ordens são a minha herança eterna,
são elas que dão alegria ao meu coração.
Eu abro a minha boca e aspiro
porque estou ávido dos vossos mandamentos.

Evangelho segundo S. Lucas 19,45-48.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou no templo e começou a expulsar os vendedores,
dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’ e vós fizestes dela ‘um covil de ladrões’».
Jesus Cristo ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar-Lhe a morte,
mas não encontravam o modo de o fazer porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão sobre o Salmo 130, § 3
«Todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.»
Rezamos no templo de Deus quando rezamos na paz da Igreja, na unidade do Corpo de Jesus Cristo porque o Corpo de Jesus Cristo é constituído pela multidão dos crentes espalhados por toda a terra. [...] Para sermos atendidos, é neste templo que temos de rezar, «em espírito e verdade» (Jo 4,23) e não no Templo material de Jerusalém. Este era «uma sombra das coisas que hão-de vir» (Col 2,17) e, por isso, caiu em ruínas. [...] Este Templo que caiu não podia ser a casa de oração da qual foi dito: «A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações» (Mc 11,17; Is 56,7).
Terão os que a transformaram num «covil de ladrões» sido realmente os causadores da sua queda? Pois os que levam na Igreja uma vida de desordem, os que procuram fazer da casa de Deus um covil de ladrões, estando ela em seu poder, também não poderão destruir este templo. Virá o tempo em que serão expulsos sob o chicote dos seus pecados. Esta assembleia de fiéis, templo de Deus e Corpo de Jesus Cristo, tem apenas uma voz e canta como um só homem. [...] Se quisermos, essa voz será a nossa; se quisermos escutar o cântico, cantá-lo-emos também no nosso coração.

Sábado, dia 19 de Novembro de 2016

Sábado da 33a semana do Tempo Comum

Foi-me dito a mim, João: «Eu mandarei as minhas duas testemunhas para profetizarem. São as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor de toda a Terra.
Se alguém lhes quiser fazer mal, sairá fogo das suas bocas para devorar os seus inimigos; se alguém lhes quiser fazer mal, assim deve perecer.
Elas têm o poder de fechar o céu, para que a chuva não caia durante os dias em que profetizarem. Têm também o poder de transformar as águas em sangue e de ferir a terra com toda a espécie de flagelos, todas as vezes que quiserem.
Mas quando terminarem o seu testemunho, o Monstro que sobe do abismo há-de fazer-lhes guerra, há-de vencê-las e matá-las.
E os seus cadáveres ficarão estendidos na praça da grande cidade que se chama simbolicamente Sodoma e Egipto, onde o seu Senhor foi crucificado.
Homens de vários povos, tribos, línguas e nações olharão para esses cadáveres durante três dias e meio, sem que seja permitido dar-lhes sepultura.
Os habitantes da Terra alegrar-se-ão pela sua morte e felicitar-se-ão, enviando prendas uns aos outros porque estes dois profetas tinham atormentado os habitantes da Terra.
Passados, porém três dias e meio, entrou neles um sopro de vida que veio de Deus e eles puseram-se de pé, com grande espanto dos que os olhavam.
Ouviram então uma voz forte vinda do Céu que dizia: «Subi para aqui». E eles subiram para o Céu numa nuvem (meio de transporte), à vista dos seus inimigos.
Livro de Salmos 144(143),1.2.9-10.
Bendito seja o Senhor,
o rochedo do meu refúgio
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate.

O Senhor é meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador.
Ele é meu escudo e meu abrigo
e submete os povos ao meu poder.

Hei-de cantar-Vos, meu Deus, um cântico novo,
hei-de celebrar-Vos ao som da harpa,
a Vós que dais aos reis a vitória
e salvastes David, vosso servidor.

Evangelho segundo S. Lucas 20,27-40.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus Cristo alguns saduceus – que negam a ressurreição – e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão que deixe esposa, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva para dar descendência a seu irmão’.
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos.
O segundo
e depois o terceiro desposaram a viúva e o mesmo sucedeu aos sete que morreram e não deixaram filhos.
Por fim, morreu também a mulher.
De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por esposa?».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento.
Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos nem se casam nem se dão em casamento.
Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’.
Não é um Deus de mortos, mas de vivos porque para Ele todos estão vivos».
Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem, Mestre».
E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Audiência geral de 01/02/1982
«Porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.»
Enquanto sacramento nascido do mistério da redenção e, em certo sentido, renascido do amor nupcial de Jesus Cristo e da Igreja (cf Ef 5,22-23), o matrimónio é uma expressão eficaz do poder salvífico de Deus que realiza o seu eterno desígnio, mesmo após o pecado e apesar da concupiscência oculta no coração de cada ser humano, homem e mulher. [...] Como sacramento da Igreja, o matrimónio é indissolúvel por natureza. Como sacramento da Igreja, é também palavra do Espírito que exorta o homem e a mulher a modelarem toda a sua vida em comum aurindo a sua força do mistério da «redenção do corpo». [...] A redenção do corpo significa [...] esta esperança que, na dimensão do matrimónio, pode ser definida como esperança do quotidiano, esperança do temporal [...].
A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência da santidade da vida à qual ambos dão origem, participando - como fundadores de uma família - nas forças do mistério da criação. À luz desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do corpo, esta vida humana nova, o filho concebido e nascido da união conjugal de seu pai e de sua mãe, abre-se às «primícias do Espírito» «para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus». E se toda a criação, até ao dia de hoje, geme com as dores do parto, uma esperança particular acompanha a mulher nas dores do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus» (Rom 8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao mundo, transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se referem as palavras de Jesus Cristo, quando fala da ressurreição dos corpos [...]: «porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus».
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