"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 13 de Novembro de 2016
33.º
Domingo do Tempo Comum
Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha e serão como
a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os abrasará –
diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos.
Mas, para vós que respeitais o meu nome, brilhará o sol de justiça (= Cristo),
trazendo a cura nos seus raios; saireis e saltareis como bezerros para fora
do estábulo.
Livro de Salmos
98(97),5-6.7-8.9.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a Terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra:
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.
2.ª Carta aos Tessalonicenses 3,7-12.
Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre
vós na ociosidade
nem comemos de graça o pão de ninguém.
Trabalhámos dia e noite com esforço e fadiga, para não sermos pesados a
nenhum de vós.
Não é que não tivéssemos esse direito, mas quisemos ser para vós exemplo a
imitar.
Quando ainda estávamos convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer
trabalhar, também não deve comer.
Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho
algum, mas ocupados em futilidades.
A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que
trabalhem tranquilamente para ganharem o pão que comem.
Evangelho segundo S.
Lucas 21,5-19.
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com
belas pedras e piedosas ofertas. Jesus Cristo disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra:
tudo será destruído».
Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que
está para acontecer?».
Jesus Cristo respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos
virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os
sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas
coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim» (daquele mundo – mundo
esclavagista – para surgimento do novo mundo o medieval).
Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá
fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».
Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos,
entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e
governadores, por causa do meu nome.
Assim tereis ocasião de dar testemunho. (= transformar o negativo em
positivo)
Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa.
Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá
resistir ou contradizer.
Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a
morte a alguns de vós
e todos vos odiarão por causa do meu nome;
mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.
Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas (e pessoas celestes,
pessoas espirituais)».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo
de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho segundo São Lucas X, 6-8
A vinda de Jesus Cristo
«Não ficará
pedra sobre pedra: tudo será destruído». Estas palavras diziam respeito ao
Templo edificado por Salomão [...], uma vez que tudo o que é construído pelas
nossas mãos sucumbe ao desgaste ou à deterioração e está sujeito a ser
derrubado pela violência ou destruído pelo fogo. [...] Mas dentro de nós também existe um templo
que se desmorona se a fé faltar, em particular se em nome de Jesus Cristo
procurarmos em vão apoderar-nos de certezas interiores e talvez seja esta
interpretação a mais útil para nós. Com efeito, de que servirá saber o dia do
Juízo? De que me servirá, tendo consciência de todos os meus pecados, saber
que o Senhor virá um dia, se Ele não vier à minha alma, não crescer no meu
espírito, se Jesus Cristo não vier a mim, se Jesus Cristo não falar em mim? É
a mim que Jesus Cristo deve vir e é em mim que deve realizar-se a sua vinda.
Ora a segunda vinda de Jesus Cristo terá lugar no nadir do mundo, quando
pudermos dizer que «o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo» (Gal
6, 14). [...] Para quem lhe morreu o mundo, Jesus Cristo é eterno; para esse,
o Templo é espiritual, a Lei espiritual, a própria Páscoa espiritual. [...]
Então para esse, realiza-se a presença da sabedoria, a presença da virtude e
da justiça, a presença da redenção porque Jesus Cristo na verdade morreu uma
só vez pelos pecados de todos a fim de resgatar todos os dias os pecados de
todos.
Segunda-feira,
dia 14 de Novembro de 2016
Segunda-feira da 33.ª
semana do Tempo Comum
Revelação de Jesus Cristo que Deus Lhe concedeu para mostrar
aos seus servidores o que há-de acontecer muito em breve. Ele deu-o a
conhecer ao seu servidor João, pelo Anjo que enviou,
e João confirma a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, em tudo o
que viu.
Feliz de quem ler e dos que ouvirem as palavras desta profecia e observarem
o que nela está escrito porque o tempo está próximo.
João às sete Igrejas da Ásia: A graça e a paz vos sejam dadas por Aquele
que é, que era e que há-de vir e pelos sete Espíritos que estão diante do
seu trono.
Eu ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo da Igreja de Éfeso, escreve: ‘Eis o
que diz Aquele que tem as sete estrelas na sua mão direita e caminha no
meio dos sete candelabros de ouro:
Conheço as tuas obras, o teu trabalho e a tua perseverança. Sei que não
podes suportar os maus, que puseste à prova aqueles que se dizem apóstolos
sem o serem e descobriste que eram mentirosos.
Tens perseverança e sofreste pelo meu nome, sem desanimar.
Mas tenho contra ti que perdeste a
tua caridade primitiva.
Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e pratica as obras anteriores’».
Livro de Salmos
1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Evangelho segundo S.
Lucas 18,35-43.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo Se aproximava de Jericó,
estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho.
Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo.
Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que passava.
Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim».
Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava
ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim».
Jesus Cristo parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou,
perguntou-lhe:
«Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Vê. A tua fé te salvou».
No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus Cristo, glorificando
a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
Poema «Noite feliz»
«Senhor, que eu veja.»
Muitas vezes,
tive a impressão de ficar sem forças.
Mais vezes ainda, desesperei de ver a luz.
Mas, quando o meu coração estava tomado pela dor,
eis que uma estrela se elevou diante de mim.
Ela conduziu-me e eu segui-a,
primeiro com passo hesitante, depois com confiança. [...]
Aquilo que tinha de esconder no mais fundo do meu coração,
posso agora proclamá-lo alto e em bom som:
«creio e confesso a minha fé».
[...]
Senhor, será possível que renasça
quem já viveu metade da sua vida (Jo 3,4)?
Tu o disseste e isso verificou-se comigo.
O fardo de uma longa vida de faltas e sofrimentos
caiu de cima dos meus ombros. [...]
Ah! nenhum coração humano pode compreender
o que Tu reservas aos que Te amam (1Cor 2, 9).
Agora que Te agarrei, nunca mais Te hei-de largar (Ct 3,4).
Seja qual for o caminho que tome a minha vida,
Tu estás comigo (Sl 22).
Nada poderá separar-me do teu amor (Rom 8, 39).
Terça-feira,
dia 15 de Novembro de 2016
Terça-feira da 33.ª
semana do Tempo Comum
Eu, João, ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo da Igreja de
Sardes, escreve: ‘Eis o que diz Aquele que tem os sete Espíritos de Deus
e as sete estrelas: Conheço as tuas obras. És considerado vivo, mas estás
morto (porque é das trevas e não da vida, de Deus).
Desperta e reanima esses restos de vida moribunda, pois verifico que as
tuas obras não são perfeitas aos olhos do meu Deus.
Lembra-te como aceitaste a palavra que ouviste; guarda-a e arrepende-te.
Se não despertares, virei como o ladrão, sem que saibas a hora em que
virei ao teu encontro.
Todavia, tens em Sardes algumas pessoas que não mancharam as suas vestes:
elas Me acompanharão, vestidas de branco porque são dignas.
O vencedor será revestido de vestes brancas; não apagarei o seu nome do
livro da vida, mas reconhecê-lo-ei diante de meu Pai e dos seus Anjos’.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
Ao Anjo da Igreja de Laodiceia, escreve: ‘Assim fala o Ámen, a Testemunha
fiel e verdadeira, o Princípio das criaturas de Deus:
Conheço as tuas obras: não és frio nem quente; antes fosses frio ou
quente.
Mas porque és morno, isto é, nem frio nem quente, estou quase a
vomitar-te da minha boca.
Tu dizes: “Sou rico, tenho fortuna e não preciso de nada” e não sabes que
és infeliz, pobre, cego e nu.
Aconselho-te a comprar de Mim ouro purificado pelo fogo para te
enriqueceres, roupas brancas para te cobrires e ocultares a tua
vergonhosa nudez e colírio para ungires os olhos e recuperares a vista.
Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Sê zeloso e arrepende-te.
Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa (= pessoa natural), cearei com ele e ele comigo (=
habitá-lo-ei).
Ao vencedor fá-lo-ei sentar-se comigo no meu trono, como Eu também fui
vencedor e estou sentado com meu Pai no seu trono’.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas».
Livro de Salmos
15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio (= ateu),
mas estima os que adoram o Senhor.
O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura
nem aceita prendas para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou em Jericó e começou a
atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos.
Procurava ver quem era Jesus Cristo, mas, devido à multidão, não podia
vê-l’O porque era de pequena estatura.
Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus Cristo
que havia de passar por ali.
Quando Jesus Cristo chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe:
«Zaqueu, desce depressa que Eu hoje devo ficar em tua casa».
Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus Cristo com alegria.
Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa de um
pecador».
Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos
pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém,
restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Hoje entrou a salvação nesta casa porque Zaqueu
também é filho de Abraão.
Com efeito, o Filho (do homem) veio procurar e salvar o que estava
perdido».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Isabel da Santíssima
Trindade (1880-1906), carmelita
Último retiro, 42-44
«Eu hoje devo ficar em tua casa.»
«Só em Deus
repousa a minha alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa
natural); dele vem a minha salvação. Só Ele é o meu rochedo e a minha
salvação, a minha fortaleza; jamais vacilarei» (Sl 61, 2-3). Eis o
mistério que canta hoje a minha lira! Como a Zaqueu, o meu Mestre
disse-me: «Desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa.» Desce
depressa, mas para onde? Ao mais fundo de mim própria: depois de me ter
deixado a mim própria, separado de mim própria, despojado de mim própria,
numa palavra, sem mim própria.
«Eu hoje devo ficar em tua casa.» É o meu Mestre que me exprime esse
desejo! O meu Mestre quer habitar em mim, com o Pai e o seu Espírito de
amor porque, segundo a expressão do discípulo amado, eu estou em comunhão
com eles (1Jo 1,3). «Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois
concidadãos dos santos e membros da família de Deus», diz S. Paulo (Ef
2,19). E para mim ser «concidadãos dos santos e membros da família de
Deus» consiste em viver no seio da tranquila Trindade, no meu abismo
interior, nessa fortaleza inexpugnável do santo recolhimento de que fala
S. João da Cruz. [...]
Oh! Que bela é esta criatura assim despojada, salva de si própria! [...]
Ela sobe, eleva-se acima dos sentidos, da natureza; ultrapassa-se a si
própria; ultrapassa toda a alegria assim como toda a dor e passa através
das nuvens, para só descansar quando tiver penetrado no interior daquele
que ama e que lhe concederá, Ele próprio, o repouso. [...] O Mestre
disse-lhe: «Desce depressa.» É ainda sem de lá sair que ela viverá, à
imagem da Trindade imutável, num eterno presente [...], tornando-se, por
um olhar sempre mais simples, mais unitivo, «o esplendor da sua glória»
(Heb 1,3), dito de outro modo, louvor e glória das suas adoráveis
perfeições.
Quarta-feira,
dia 16 de Novembro de 2016
Quarta-feira da
33.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Gertrudes, Magna, monja, +1303, Santa
Margarida, rainha da Escócia, +1093, S.
José Moscati, médico, +1927
Livro do Apocalipse 4,1-11.
Eu, João, vi uma
porta aberta no Céu e a voz que antes ouvira falar-me como uma
trombeta, dizia: «Sobe até aqui e eu te mostrarei o que vai acontecer
depois disto».
Imediatamente caí em êxtase e vi um trono colocado no Céu, sobre o qual
Alguém estava sentado.
Aquele que estava sentado tinha o aspecto resplandecente como a pedra
de jaspe e cornalina e um arco-íris circundava o trono, com reflexos de
esmeralda.
À volta deste trono, havia vinte e quatro tronos, em que estavam
sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de
ouro na cabeça.
Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões e diante dele brilhavam sete
lâmpadas de fogo que são os sete Espíritos de Deus.
Diante do trono havia como que um mar transparente como o cristal. No
meio do trono e ao seu redor, vi quatro Seres Vivos cheios de olhos à
frente e atrás.
O primeiro Ser Vivo era semelhante a um leão, o segundo a um novilho,
o terceiro tinha o rosto como o de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo.
Cada um dos quatro Seres Vivos tinha seis asas e estavam cheios de
olhos a toda a volta e por dentro. E não cessavam de clamar dia e
noite: «Santo, Santo, Santo, Senhor Deus omnipotente, Aquele que é, que
era e que há-de vir!».
E sempre que os Seres Vivos dão glória, honra e acção de graças Àquele
que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos,
os vinte e quatro anciãos prostram-se diante d’Aquele que está sentado
no trono, adoram Aquele que vive pelos séculos dos séculos e depõem as
suas coroas diante do trono, dizendo:
«Sois digno, Senhor, nosso Deus, de receber a honra, a glória e o poder
porque fizestes todas as coisas e pela vossa vontade existem e foram
criadas».
Livro de Salmos
150(149),1-2.3-4.5-6.
Louvai o Senhor no
seu santuário,
louvai-O no seu majestoso firmamento.
Louvai-O pela grandeza das suas obras,
louvai-O pela sua infinita majestade.
Louvai-O ao som da trombeta,
louvai-O ao som da lira e da cítara.
Louvai-O com o tímpano e com a dança,
louvai-O ao som da harpa e da flauta.
Louvai o Senhor,
louvai-O com címbalos sonoros.
Louvai-O com címbalos retumbantes.
Tudo quanto respira louve o Senhor.
Evangelho segundo S. Lucas 19,11-28.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo uma parábola porque estava perto de Jerusalém e eles
pensavam que o reino de Deus ia manifestar-se imediatamente.
Então Jesus Cristo disse: «Um homem nobre foi para uma região distante,
a fim de ser coroado rei e
depois voltar.
Antes, porém chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas (=
moedas), dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’.
Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás
dele para dizer: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’.
Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os
servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha
lucrado.
Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez
minas’.
Ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco,
receberás o governo de dez cidades’.
Veio o segundo e disse-lhe: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’.
A este respondeu igualmente: ‘Tu também ficarás à frente de cinco
cidades’.
Depois veio o outro e disse-lhe: ‘Senhor, aqui está a tua mina que eu
guardei num lenço,
pois tive medo de ti que és homem severo: levantas o que não depositaste
e colhes o que não semeaste’.
Disse-lhe o rei: ‘Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou
homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei.
Então porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso
tê-lo-ia recuperado com juros’.
Depois disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez’.
Eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’.
O rei respondeu: ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem (fé, vida, bem) se dará mais, mas àquele que
não tem (fé, vida, bem), até o que tem lhe será tirado.
Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os
aqui e degolai-os na minha presença’».
Dito isto, Jesus Cristo seguiu, à frente do povo, para Jerusalém.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Josemaría Escrivá de
Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
«Amigos de Deus», n.º 46
«Fazei-as render»
«Senhor,
aqui está a tua mina que eu guardei num lenço.» Que ocupação escolherá
este homem, agora que abandonou o seu instrumento de trabalho? Tendo
decidido irresponsavelmente optar pela comodidade de devolver só o que
lhe entregaram, dedicar-se-á a matar o tempo: os minutos, as horas, os
dias, os meses, os anos, a vida! Os outros afadigam-se, negoceiam,
empenham-se nobremente em restituir mais do que receberam – o legítimo
fruto, aliás, porque a recomendação foi muito concreta: «Fazei-as
render até que eu volte», encarregai-vos deste trabalho para
conseguirdes algum lucro até que o dono regresse. Pois este não; este
inutiliza a sua existência.
Que pena viver tendo como ocupação matar
o tempo que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar
essa actuação. Adverte São João Crisóstomo: «Que ninguém diga: só tenho
um talento, não posso ganhar coisa alguma. Também com um só talento
podes agir de forma meritória.» Que tristeza não tirar partido,
autêntico rendimento, de todas as faculdades, poucas ou muitas, que
Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas (e pessoas
celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais) e a sociedade! Quando,
por egoísmo, o cristão se retrai, se esconde, se despreocupa, numa
palavra, quando mata o tempo, coloca-se em perigo de matar o Céu. Quem
ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Deus:
dá-se a si mesmo.
Quinta-feira, dia 17 de Novembro de 2016
Quinta-feira
da 33.ª semana do Tempo Comum
Eu, João, vi na
mão direita d’Aquele que estava sentado no trono um livro escrito por
dentro e por fora, selado com sete selos.
Vi também um Anjo poderoso que proclamava em alta voz: «Quem é digno
de abrir o livro e quebrar os seus selos?».
Mas ninguém, nem no céu nem na Terra nem debaixo da Terra podia abrir
o livro nem olhar para ele.
Eu chorava muito porque não se encontrava ninguém que fosse digno de
abrir o livro nem de olhar para ele.
Disse-me então um dos Anciãos: «Não chores! O leão da tribo de Judá, o descendente de David, alcançou a
vitória; Ele abrirá o livro e os seus sete selos».
Vi então, entre o trono e os quatro Seres Vivos e os Anciãos, um Cordeiro de pé que parecia
ter sido imolado. Tinha sete chifres e sete olhos que são os sete
Espíritos de Deus, enviados por toda a terra.
O Cordeiro foi receber o livro da mão direita d’Aquele que estava
sentado no trono.
Quando o Cordeiro recebeu o livro, os quatro Seres Vivos e os vinte e
quatro Anciãos prostraram-se diante d’Ele, cada um com uma harpa e
taças de ouro cheias de perfumes que são as orações dos santos.
E cantavam um cântico novo, dizendo: «Sois digno de receber o livro e
de abrir os selos porque fostes imolado e resgatastes para Deus, com
o vosso sangue, homens de toda a tribo, língua, povo e nação
e fizestes deles, para o nosso Deus, um reino de sacerdotes que
reinarão sobre a Terra».
Livro de
Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor
um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Evangelho segundo S. Lucas 19,41-44.
Naquele tempo,
quando Jesus Cristo Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade,
chorou sobre ela e disse:
«Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas não. Está
escondido a teus olhos.
Dias virão para ti, em que os teus inimigos te rodearão de
trincheiras e te apertarão de todos os lados.
Esmagar-te-ão a ti e aos teus filhos e não deixarão em ti pedra sobre
pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beato Paulo VI
(1897-1978), papa de 1963 a 1978
Discurso à ONU, 4 de outubro de 1965
«Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz!»
Nunca
mais a guerra, nunca mais a guerra! É a paz, a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a
humanidade! [...]
A paz, vós o sabeis, não se constrói apenas por meio da política e do
equilíbrio de forças e de interesses. Ela constrói-se com o espírito,
as ideias, as obras da paz. Vós trabalhais nesta grande obra.
Mas vós não estais ainda senão no princípio do vosso trabalho.
Chegará o mundo a mudar a mentalidade particularista e belicosa que
urdiu até agora uma tão grande parte da sua história? É difícil
prevê-lo; mas é fácil afirmar que é preciso pôr-se resolutamente a
caminho em direcção à nova história, uma história pacífica que será
verdadeira e plenamente humana.
Sexta-feira, dia 18 de Novembro de 2016
Sexta-feira
da 33.ª semana do Tempo Comum
A voz do Céu
que eu, João, tinha ouvido, falou-me novamente, dizendo: «Vai
buscar o livro aberto da mão do Anjo que está de pé sobre o mar e
sobre a terra».
Fui ter com o Anjo e pedi-lhe que me desse o pequeno livro. Ele
disse-me: «Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo, mas na
boca, ele será doce como o mel».
Tomei o pequeno livro da mão do Anjo e comi-o: na minha boca era
doce como o mel; mas depois de o engolir, amargou-me no estômago.
Então disseram-me: «Tens de profetizar novamente contra muitos
povos, nações, línguas e reis».
Livro de
Salmos 119(118),14.24.72.103.111.131.
Sinto mais
alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.
Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em prata e ouro.
Como são doces ao meu paladar as vossas palavras,
mais do que o mel para a minha boca.
As vossas ordens são a minha herança eterna,
são elas que dão alegria ao meu coração.
Eu abro a minha boca e aspiro
porque estou ávido dos vossos mandamentos.
Evangelho segundo S. Lucas 19,45-48.
Naquele tempo,
Jesus Cristo entrou no templo e começou a expulsar os vendedores,
dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’ e vós
fizestes dela ‘um covil de ladrões’».
Jesus Cristo ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos
sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar-Lhe a
morte,
mas não encontravam o modo de o fazer porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão sobre o Salmo 130, § 3
«Todo o povo ficava maravilhado
quando O ouvia.»
Rezamos
no templo de Deus quando rezamos na paz da Igreja, na unidade do
Corpo de Jesus Cristo porque o Corpo de Jesus Cristo é constituído
pela multidão dos crentes espalhados por toda a terra. [...] Para
sermos atendidos, é neste templo que temos de rezar, «em espírito e
verdade» (Jo 4,23) e não no Templo material de Jerusalém. Este era
«uma sombra das coisas que hão-de vir» (Col 2,17) e, por isso, caiu
em ruínas. [...] Este Templo que caiu não podia ser a casa de
oração da qual foi dito: «A minha casa será chamada casa de oração
para todas as nações» (Mc 11,17; Is 56,7).
Terão os que a transformaram num «covil de ladrões» sido realmente
os causadores da sua queda? Pois os que levam na Igreja uma vida de
desordem, os que procuram fazer da casa de Deus um covil de
ladrões, estando ela em seu poder, também não poderão destruir este
templo. Virá o tempo em que serão expulsos sob o chicote dos seus
pecados. Esta assembleia de fiéis, templo de Deus e Corpo de Jesus Cristo,
tem apenas uma voz e canta como um só homem. [...] Se quisermos,
essa voz será a nossa; se quisermos escutar o cântico,
cantá-lo-emos também no nosso coração.
Sábado, dia 19 de Novembro de 2016
Sábado da
33a semana do Tempo Comum
Foi-me dito a
mim, João: «Eu mandarei as minhas duas testemunhas para
profetizarem. São as duas oliveiras
e os dois candelabros
que estão diante do Senhor de toda a Terra.
Se alguém lhes quiser fazer mal, sairá fogo das suas bocas para
devorar os seus inimigos; se alguém lhes quiser fazer mal, assim
deve perecer.
Elas têm o poder de fechar o céu, para que a chuva não caia
durante os dias em que profetizarem. Têm também o poder de
transformar as águas em sangue e de ferir a terra com toda a
espécie de flagelos, todas as vezes que quiserem.
Mas quando terminarem o seu testemunho, o Monstro que sobe do
abismo há-de fazer-lhes guerra, há-de vencê-las e matá-las.
E os seus cadáveres ficarão estendidos na praça da grande cidade
que se chama simbolicamente Sodoma e Egipto, onde o seu Senhor
foi crucificado.
Homens de vários povos, tribos, línguas e nações olharão para
esses cadáveres durante três dias e meio, sem que seja permitido
dar-lhes sepultura.
Os habitantes da Terra alegrar-se-ão pela sua morte e
felicitar-se-ão, enviando prendas uns aos outros porque estes
dois profetas tinham atormentado os habitantes da Terra.
Passados, porém três dias e meio, entrou neles um sopro de vida que veio de
Deus e eles puseram-se de pé, com grande espanto dos que os
olhavam.
Ouviram então uma voz forte vinda do Céu que dizia: «Subi para
aqui». E eles subiram para o Céu numa nuvem (meio de transporte),
à vista dos seus inimigos.
Livro de
Salmos 144(143),1.2.9-10.
Bendito seja
o Senhor,
o rochedo do meu refúgio
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate.
O Senhor é meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador.
Ele é meu escudo e meu abrigo
e submete os povos ao meu poder.
Hei-de cantar-Vos, meu Deus, um cântico novo,
hei-de celebrar-Vos ao som da harpa,
a Vós que dais aos reis a vitória
e salvastes David, vosso servidor.
Evangelho segundo S. Lucas 20,27-40.
Naquele
tempo, aproximaram-se de Jesus Cristo alguns saduceus – que negam
a ressurreição – e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre,
Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão que deixe
esposa, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva para
dar descendência a seu irmão’.
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos.
O segundo
e depois o terceiro desposaram a viúva e o mesmo sucedeu aos sete
que morreram e não deixaram filhos.
Por fim, morreu também a mulher.
De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por esposa?».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se
em casamento.
Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na
ressurreição dos mortos nem se casam nem se dão em casamento.
Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos e, porque
nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no
episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de
Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’.
Não é um Deus de mortos, mas de vivos porque para Ele todos estão
vivos».
Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem,
Mestre».
E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Audiência geral de 01/02/1982
«Porque nasceram da ressurreição,
são filhos de Deus.»
Enquanto
sacramento nascido do mistério da redenção e, em certo sentido,
renascido do amor nupcial de Jesus Cristo e da Igreja (cf Ef
5,22-23), o matrimónio é uma expressão eficaz do poder salvífico
de Deus que realiza o seu eterno desígnio, mesmo após o pecado e
apesar da concupiscência oculta no coração de cada ser humano,
homem e mulher. [...] Como sacramento da Igreja, o matrimónio é
indissolúvel por natureza. Como sacramento da Igreja, é também
palavra do Espírito que exorta o homem e a mulher a modelarem
toda a sua vida em comum aurindo a sua força do mistério da
«redenção do corpo». [...] A redenção do corpo significa [...]
esta esperança que, na dimensão do matrimónio, pode ser definida
como esperança do quotidiano, esperança do temporal [...].
A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência
da santidade da vida à qual ambos dão origem, participando - como
fundadores de uma família - nas forças do mistério da criação. À
luz desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do
corpo, esta vida humana nova, o filho concebido e nascido da
união conjugal de seu pai e de sua mãe, abre-se às «primícias do
Espírito» «para participar da liberdade e da glória dos filhos de
Deus». E se toda a criação, até ao dia de hoje, geme com as dores
do parto, uma esperança particular acompanha a mulher nas dores
do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus» (Rom
8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao
mundo, transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se
referem as palavras de Jesus Cristo, quando fala da ressurreição
dos corpos [...]: «porque nasceram da ressurreição, são filhos de
Deus».©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.santo-antonio.webnode.pt/
|
|
|
|
|
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário