sábado, 29 de agosto de 2015

Cristianismo 121 até 29-08-2015

 

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"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 23 de Agosto de 2015

21º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus.
Josué disse então a todo o povo:
«Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor».
Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses
porque o Senhor é o nosso Deus que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos.
Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».
Livro de Salmos 34(33),2-3.16-17.18-19.20-21.22-23.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.

O Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.

Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado.

A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.

Carta aos Efésios 5,21-32.
Sede submissos uns aos outros no Amor de Jesus Cristo.
As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor
porque o marido é a cabeça da mulher como Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador.
Ora como a Igreja se submete a Jesus Cristo assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos.
Maridos, amai as vossas mulheres como Jesus Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela.
Ele quis santificá-la, purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida
para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada.
Assim devem os maridos amar as suas mulheres como os seus corpos. Quem ama a sua esposa, ama-se a si mesmo.
Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados como Jesus Cristo à Igreja
porque nós somos membros do seu Corpo.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão dois numa só carne.
É grande este mistério, digo-o em relação a Jesus Cristo e à Igreja.
Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida(nele o Filho), a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de Mateus n° 82; PG 58, 743
«As palavras que vos disse são espírito e são vida»
«Tomai e comei», disse Jesus Cristo, «isto é o meu corpo entregue por vós» (cf 1Cor 11,24). Porque é que os discípulos não ficaram perturbados quando ouviram estas palavras? Porque Jesus Cristo já lhes havia dito muitas coisas sobre este assunto (Jo 6). [...] Tenhamos, nós também, plena confiança no Senhor Deus. Não apresentemos objecções, mesmo quando o que Ele diz parece contrário aos nossos raciocínios e ao que vemos. Que a sua palavra seja dona da nossa razão e mesmo da nossa vista. Assumamos esta atitude perante os mistérios sagrados: não vejamos neles apenas o que pode ser apreendido pelos nossos sentidos, mas tenhamos sobretudo em conta as palavras do Senhor. A sua palavra nunca nos pode enganar, ao passo que os nossos sentidos nos enganam facilmente; Ela nunca erra, mas eles erram frequentemente. Quando o Verbo diz: «Isto é o meu corpo», confiemos nele, acreditemos e contemplemo-Lo com os olhos do espírito. [...]
Quantos dizem hoje: «Gostaria de ver Jesus Cristo em pessoa, o seu rosto, as suas vestes, as suas sandálias.» Pois bem, na Eucaristia, é Ele que vês, que tocas, que recebes! Desejavas ver as suas vestes e é Ele que Se dá a ti, não apenas para O veres, mas para O tocares, O receberes, O acolheres no teu coração. Que ninguém se aproxime, pois com indiferença ou frouxidão, mas que todos venham a Ele animados de um amor ardente.

Segunda-feira, dia 24 de Agosto de 2015

S. Bartolomeu, Apóstolo – Festa

Santo do dia : S. Bartolomeu, apóstolo

Livro do Apocalipse 21,9b-14.
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas ao oriente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas ao ocidente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)
Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus
O evangelista João refere-nos que, quando Jesus Cristo vê Natanael aproximar-se, exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32,2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1,48). A resposta de Jesus Cristo não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1,48). Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira, mas é evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus Cristo, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1,49).
Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus Cristo. As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na sua relação especial com Deus Pai, do qual é Filho Unigénito, quer na relação com o povo de Israel, do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes porque, se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus Cristo,  corremos  o  risco  de  O  transformar num ser sublime e evanescente e se, ao contrário, reconhecermos apenas a sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.

Terça-feira, dia 25 de Agosto de 2015

Terça-feira da 21 semana do Tempo Comum

Irmãos, vós próprios bem sabeis que não foi vã a nossa estada entre vós;
Apesar dos sofrimentos e insultos que suportámos em Filipos, como sabeis, no nosso Deus encontrámos coragem para vos anunciar o seu Evangelho no meio de grandes lutas.
A nossa pregação não nasce do erro nem da impureza ou da fraude.
Mas, como Deus nos encontrou dignos de nos confiar o Evangelho, assim o pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus que põe à prova os nossos corações.
Bem sabeis que nunca usámos palavras de lisonja nem recursos de ganância; Deus é testemunha.
Também não procurámos as honras humanas quer da vossa parte quer da parte dos outros,
embora pudéssemos fazer valer a nossa autoridade como apóstolos de Jesus Cristo. Ao contrário, apresentámo-nos no meio de vós com bondade como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar.
Pela viva afeição que vos dedicámos, desejávamos partilhar convosco não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós.
Livro de Salmos 139(138),1-3.4-6.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,

Vós observais todos os meus passos.
Ainda a palavra me não chegou à língua
e já, Senhor, a conheceis perfeitamente.
Por todos os lados me envolveis

e sobre mim pondes a vossa mão.
Prodigiosa ciência que não posso compreender,
tão sublime que a não posso alcançar!

Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato para que também o exterior fique limpo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos
Coração admirável, cap. 12
«Purifica primeiro o interior»
Ó Senhor Deus, quão admirável é o Vosso amor por nós! Sois infinitamente digno de ser amado, louvado e glorificado! Não tendo nós coração nem espírito que seja digno deste amor, a vossa sabedoria e a vossa bondade concederam-nos, porém forma de o sermos: destes-nos o Espírito e o coração do vosso Filho para que eles fossem o nosso próprio espírito e o nosso próprio coração, segundo a promessa que fizestes pelo vosso profeta: «Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo» (Ez 36,26) e, para que soubéssemos que coração e que espírito novos eram estes, acrescentastes: «Dentro de vós porei o meu espírito» (27). Só o Espírito e o coração de Deus são dignos de amar e de louvar a Deus, são capazes de O bendizer e de O amar como Ele deve ser bendito e amado. Foi por isso que nos destes o vosso coração, o coração do vosso Filho, Jesus Cristo, bem como o coração de sua Mãe e o coração de todos os santos e anjos que, em conjunto, formam um só coração como a cabeça e os membros formam um só corpo (Ef 4,15). [...]
Renunciai, pois, irmãos, ao vosso coração e ao vosso espírito, à vossa vontade e ao vosso amor-próprio. Dai-vos a Jesus Cristo para entrardes na imensidão do seu coração que contém o de sua Mãe e o de todos os santos para vos perderdes nesse abismo de amor, de humildade e de paciência. Se amais o vosso próximo e tendes de fazer um acto de caridade, amai-o o fazei o que deveis no coração de Jesus Cristo. Se se trata de vos humilhardes, que seja na humildade desse coração. Se se trata de obedecerdes, que seja na obediência do seu coração. Se tendes de louvar, de adorar, de agradecer a Deus, que seja em união com a adoração, o louvor e a acção de graças que nos são dados por esse grande coração. [...] O que quer que façais, fazei todas as coisas no espírito desse coração, renunciando ao vosso, entregando-vos a Jesus Cristo para agirdes no Espírito que anima o seu coração.

Quarta-feira, dia 26 de Agosto de 2015

Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras. Foi a trabalhar noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos pregámos o Evangelho de Deus.
Vós sois testemunhas e Deus também, de como nos portámos de maneira justa, santa e irrepreensível em relação a vós, os crentes.
E bem sabeis que, como um pai trata os seus filhos,
exortámos, animámos e conjurámos cada um de vós a proceder de maneira digna do Senhor Deus que vos chama ao seu reino e à sua glória.
Por isso, não cessamos de agradecer a Deus porque, depois de terdes recebido a palavra de Deus por nós pregada, vós a acolhestes, não como palavra humana, mas como ela é realmente, palavra de Deus, que permanece activa em vós, os crentes.
Livro de Salmos 139(138),7-8.9-10.11-12ab.
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito?
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais;
se descer aos abismos, ali Vos encontrais.

Se voar nas asas da aurora,
se habitar nos confins do oceano,
mesmo ali a vossa mão me guiará
e a vossa direita me sustentará.

Se disser: «Talvez as trevas me hão-de ocultar
e a luz, em volta de mim, se fará noite»,
nem as trevas me ocultariam de ti
e a noite seria, para ti, brilhante como o dia.

A luz e as trevas seriam a mesma coisa!
Evangelho segundo S. Mateus 23,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão.
Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos
e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas’.
Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas.
Completai então a obra dos vossos pais».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Epístola dita de Barnabé (c. 130)
§20
Afastar-se do caminho da hipocrisia e do mal

Há duas vias para o ensino e para a acção: a da luz e a das trevas. A distância entre estas duas vias é grande. [...] A via das trevas é tortuosa e semeada de maldições. É o caminho da morte e do castigo eterno e nele se encontra tudo quanto pode arruinar uma vida: idolatria, arrogância, orgulho do poder, hipocrisia, duplicidade de coração, adultério, assassínio, roubo, vaidade, desobediência, fraude, malícia [...], cupidez, desprezo de Deus (=ateísmo). Por aí vão os que perseguem as pessoas de bem, os inimigos da verdade [...], os que são indiferentes à viúva e ao órfão [...], os que não dão atenção ao indigente e esmagam o oprimido. [...]
Por isso, é justo instruir-se acerca das vontades do Senhor Deus e caminhar de acordo com elas. O que assim agir será glorificado no Reino de Deus. Mas todo aquele que escolher o outro caminho morrerá com as suas obras. É por isso que há uma ressurreição e uma retribuição. A vós, portanto dirijo um pedido: se estais rodeados de pessoas a quem fazer o bem, não deixeis de o fazer. 

Quinta-feira, dia 27 de Agosto de 2015

Quinta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

1ª Carta aos Tessalonicenses 3,7-13.
A vossa fé, irmãos, foi para nós um motivo de conforto no meio de todas as nossas angústias e tribulações.
Agora sentimo-nos reviver porque estais firmes no Senhor.
Como poderemos agradecer a Deus por vós, por toda a alegria que nos destes diante do nosso Deus?
Noite e dia Lhe dirigimos as mais instantes súplicas para que nos permita tornar a ver-vos e completar o que ainda falta à vossa fé.
Deus, nosso Pai e Senhor, e Jesus Cristo, nosso Senhor, (Deus é Senhor também do Senhor Jesus Cristo) dirijam o nosso caminho para junto de vós.
O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos assim como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus Cristo, nosso Senhor, com todos os seus santos.
Livro de Salmos 90(89),3-4.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou

e como uma vigília da noite.
Ensinai-nos a contar os nossos dias
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...

Tende piedade dos vossos servos.
Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.

Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.
Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vigiai porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Quem é o servo, fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa para lhe dar o alimento em tempo oportuno?
Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Mas se o servo for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’
e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios,
quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa,
expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes» (expulso para as trevas).

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto
Homilias espirituais, nº 33
Pela oração, vigiar à espera de Deus
Para rezar, não são precisos gestos, nem gritos, nem silêncio, nem genuflexões. A nossa oração, ao mesmo tempo sábia e fervorosa, deve ser uma espera de Deus até que Ele venha visitar a nossa alma por todas as suas vias de acesso, por todos os seus caminhos, por todos os seus sentidos. Demos tréguas aos nossos silêncios, aos nossos gemidos, aos nossos soluços: não procuremos na oração senão o abraço apertado do Senhor Deus.
Não é verdade que, no trabalho, empregamos todo o nosso corpo num mesmo esforço? Não colaboram nisso todos os nossos membros? Pois que também a nossa alma se consagre toda à oração e ao amor do Senhor; que não se deixe distrair nem bloquear com pensamentos; que toda ela seja espera de Jesus Cristo. Então Jesus Cristo iluminá-la-á, ensinar-lhe-á a verdadeira oração, conceder-lhe-á a súplica pura e espiritual de acordo com a vontade de Deus, a adoração «em espírito e verdade» (Jo 4,24).
Aquele que exerce um comércio não procura simplesmente ter lucro. Esforça-se também, por todos os meios, por aumentá-lo e acrescentá-lo: empreende novas viagens e renuncia às que lhe parecem não trazer proveito; só parte com a esperança de um negócio. Como ele, saibamos também conduzir a nossa alma pelos caminhos mais diversos e mais oportunos e adquiriremos, oh ganho supremo e verdadeiro, esse Deus que nos ensina a rezar na verdade.
O Senhor repousa numa alma fervorosa, faz dela o seu trono de glória, ali Se senta e ali permanece.


Sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2015
Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui
São Gregório Magno : «As nossas lâmpadas estão a apagar-se»

1ª Carta aos Tessalonicenses 4,1-8.
Irmãos: Eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus Cristo: Recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo. Mas continuai a progredir ainda mais,
pois conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus Cristo.
A vontade de Deus é que vos santifiqueis, que eviteis a imoralidade,
que saiba cada um de vós conservar o seu corpo em santidade e honra
sem se deixar dominar pelas paixões como os pagãos que não conhecem a Deus.
Ninguém lese ou prejudique seu irmão nesta matéria (usar o traseiro), pois de tudo isto Se vinga o Senhor, como já vos temos dito e assegurado.
Porque Deus não nos chamou a viver na impureza, mas na santidade.
Portanto, quem rejeita estas instruções não rejeita um homem mas o próprio Deus que vos dá o Espírito Santo.

Livro de Salmos 97(96),1.2b.5-6.10.11-12.
O Senhor é rei: exulte a Terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

O Senhor ama os que detestam o mal,
guarda as almas dos seus fiéis;
o Senhor protege os seus servos
e livra-os das mãos dos ímpios.

A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai porque não sabeis o dia nem a hora».
(virgens = crentes; homens e mulheres com vida. Azeite = vida; uns desbaratam-na, cedendo-a a quem não a tem porque a perdeu, porque usou do mal e assim vão continuar a fazer om aquela que lhes foi cedida por insensatos; outros preservam a vida que foram recebendo, apenas cedendo alguma a alguns do bem, vítimas do mal e assim ganham mais vida. Para estes há a ressurreição porque preservaram a vida como o seu melhor tesouro que é e há o mundo do Senhor Jesus Cristo.)  

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, 12

«As nossas lâmpadas estão a apagar-se»

«As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.» O azeite designa aqui o esplendor da glória; as almotolias são os nossos corações, onde guardamos todos os nossos pensamentos. As virgens prudentes levam azeite nas almotolias, porque guardam na sua consciência todo o esplendor da sua glória, como diz São Paulo: «O que faz a nossa glória é o testemunho da nossa consciência» (2Cor 1,12). As virgens loucas, pelo contrário, não levam azeite consigo porque não guardam a sua glória no segredo do coração, isto é, fazem-na depender dos louvores dos outros.
«No meio da noite ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro".» Todas as virgens se levantaram. Mas as candeias das virgens loucas apagaram-se porque as suas obras, que de fora pareciam resplandecentes aos olhos dos homens, por dentro não eram mais do que trevas e não receberam de Deus nenhuma recompensa, considerando que já tinham recebido dos homens os louvores que as satisfaziam.

Sábado, dia 29 de Agosto de 2015

Martírio de S. João Baptista – Memória Obrigatória

Festa da Igreja : Martírio de S. João Baptista
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Jeremias 1,17-19.
Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Cinge os teus rins e levanta-te para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles, senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes, diante dos sacerdotes e do povo da terra.
Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te porque Eu estou contigo para te salvar».
Livro de Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
Senhor Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.


Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia
porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer.
Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires ainda que seja a metade do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Liturgia bizantina
Tropários e konkadion de S. João Baptista
Precursor do Senhor na sua vida e na sua morte
O Jordão, aterrado com a tua vinda na carne, ó Jesus Cristo, voltou para trás tremendo; cumprindo a sua tarefa espiritual, João fez-se pequeno no seu temor. O exército dos anjos estava tomado de espanto ao ver-Te no rio, a ser baptizado segundo a carne; o exército das trevas foi iluminado e nós Te cantamos, Senhor, a Ti que Te manifestas e iluminas o universo.
A memória do justo deve ser exaltada; mas a ti, João Precursor, bastou-te o testemunho do Senhor. Na realidade, tu és o mais venerável de todos os profetas porque foste achado digno de baptizar nas águas Aquele que os outros profetas apenas tinham anunciado. Por isso, depois de teres lutado pela verdade, foste anunciar ao mundo dos mortos o Filho aparecido na carne, Aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) e nos dá a sua imensa piedade.
O glorioso martírio do Precursor foi uma etapa na obra da salvação, uma vez que até na pátria dos mortos ele foi anunciar a vinda do Salvador. Que Herodíades gema agora, ela que reivindica este assassinato ímpio, porque o que ela amou não foi a lei de Deus nem a vida eterna, mas as ilusões que apenas duram um momento. 
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