domingo, 6 de setembro de 2015

Cristianismo 122 até 06-09-2015

 

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"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 30 de Agosto de 2015

22º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer e ponde-os em prática para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais.
Não acrescentareis nada ao que vos ordeno nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los prescrevo.
Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’.
Qual é, na verdade, a grande nação que tem Deus tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos?
E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento?».
Livro de Salmos 15(14),2-3a.3cd-4ab.4-5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
 O que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante;
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que adoram o Senhor.
O que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura
nem aceita prendas para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.

Carta de S. Tiago 1,17-18.21b-22.27.
Caríssimos irmãos: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança.
Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade para sermos como primícias das suas criaturas.
Acolhei docilmente a palavra em vós plantada que pode salvar as vossas almas.
Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos.
A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.
Evangelho segundo S. Marcos 7,1-8.14-15.21-23.
Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus Cristo um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém.
Viram que alguns dos discípulos de Jesus Cristo comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar.
Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos.
Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus Cristo: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos e comem sem lavar as mãos?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.
É vão o culto que Me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’.
Vós deixais de lado o mandamento de Deus para vos prenderdes à tradição dos homens».
Depois Jesus Cristo chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender.
Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro
porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios,
adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez.
Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Maximiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
Escritos espirituais inéditos
«O seu coração está longe de Mim»
A vida interior é primordial. A vida activa é uma consequência da vida interior e só tem valor se dela depender. Queremos fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da nossa actividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada.
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida interior. Tratando-se de uma vida espiritual, é necessário accionar os meios sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é imprescindível.
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar preparados para a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a conseguir.

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Segunda-feira, dia 31 de Agosto de 2015

Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Raimundo Nonato, presbítero, +1240

1ª Carta aos Tessalonicenses 4,13-18.
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos para não vos contristardes como os outros que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus Cristo morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus Cristo os que em Jesus Cristo tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer, segundo a palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Jesus Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens para irmos ao encontro do Senhor nos ares e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Livro de Salmos 96(95),1.3.4-5.11-12.13.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira.
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

O Senhor é grande e digno de louvor,
mais adorável do que todas as divindades.
As divindades dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores dos bosques.

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.

Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos,
a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus Cristo os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?».
Jesus Cristo disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum».
E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra.
Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia.
Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã».
Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga.
Levantaram-se, expulsaram Jesus Cristo da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus Cristo, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
«Ele ungiu-Me para anunciar a Boa-Nova»
Exortação apostólica «Christifideles laici / Os fiéis leigos», §§ 13-14

Diz o Concílio Vaticano II: «Pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma morada espiritual». O Espírito Santo «unge» o baptizado, imprime-lhe a Sua marca indelével (cf 2Cor 1,21-22) e faz dele templo espiritual, isto é, enche-o com a santa presença de Deus, graças à união e à conformação com Jesus Cristo. Com esta «unção» espiritual, o cristão pode, por sua vez, repetir as palavras de Jesus Cristo: «O Espírito do Senhor está sobre Mim: por isso Me ungiu». […]
«A missão de Jesus Cristo — Sacerdote, Profeta-Mestre, Rei — continua na Igreja. Todo o Povo de Deus participa nesta tríplice missão.» […] Os fiéis leigos participam no múnus sacerdotal pelo qual Jesus Cristo Se ofereceu a Si mesmo sobre a Cruz e continuamente Se oferece na celebração da Eucaristia. […] «Todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito e as próprias incomodidades da vida, […] se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cf 1Ped 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia» (LG, 34). […]
A participação no múnus profético de Jesus Cristo […] habilita e empenha os fiéis leigos a aceitar, na fé, o evangelho e a anunciá-lo com a palavra e com as obras. […] Vivem a realeza cristã, sobretudo no combate espiritual para vencerem dentro de si o reino do pecado (cf Rom 6,12) e depois, mediante o dom de si, para servirem […] o próprio Jesus Cristo presente em todos os seus irmãos, sobretudo nos mais pequeninos (cf Mt 25,40). Mas os fiéis leigos são chamados de forma particular a restituir à criação todo o seu valor originário. Ao ordenar as coisas criadas para o verdadeiro bem do homem com uma acção animada pela vida da graça, os fiéis leigos participam no exercício do poder com que Jesus Cristo Ressuscitado atrai a Si todas as coisas e as submete, com Ele mesmo, ao Pai, de forma que Deus seja tudo em todos (cf 1Cor 15,28; Jo 12,32).
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Terça-feira, dia 01 de Setembro de 2015

Terça-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Egídio, abade, séc. VII

1ª Carta aos Tessalonicenses 5,1-6.9-11.
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião da vinda do Senhor, não precisais que vos escreva,
pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão nocturno.
E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína como as dores da mulher que está para ser mãe e não poderão escapar.
Mas vós, irmãos, não andais nas trevas de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão
porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas.
Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios.
Deus não nos destinou para sofrermos a sua ira, mas para alcançarmos a salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo
que morreu por nós a fim de que, velando ou dormindo, vivamos em união com Ele.
Por isso, animai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros como já fazeis.

Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é a defesa da minha vida:
de quem hei-de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.


Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.
Naquele tempo, Jesus Cristo desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados.
Todos se maravilhavam com a sua doutrina porque falava com autoridade.
Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Disse-lhe Jesus Cristo em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum.
Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!».
E a fama de Jesus Cristo espalhava-se por todos os lugares da região.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
Homilia 6
«Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder»
«A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais afiada do que uma espada de dois gumes» (Heb 4,12). [...] Ela age na criação do mundo, na condução do mundo e na sua redenção. Com efeito, não há coisa mais eficaz nem mais forte: «quem poderia dizer o seu poder e celebrar todos os seus louvores?» (Sl 105,2)
A eficácia da Palavra manifesta-se nas suas obras e manifesta-se também na pregação. Ela não regressa a Deus sem ter produzido o seu efeito, mas aproveita a todos aqueles a quem é enviada (Is 55,11). Ela é «eficaz, mais afiada que uma espada de dois gumes» quando é recebida com fé e amor. Nada é impossível para quem crê, nada é difícil para quem ama. Quando as palavras de Deus ressoam, elas trespassam o coração do crente «como as flechas agudas de um guerreiro» (Sl 119,4). Entram nele como dardos e fixam-se nas suas profundezas mais íntimas. Sim, esta Palavra é mais afiada do que uma espada de dois gumes porque é mais incisiva do que qualquer outra força ou qualquer poder, mais subtil do que qualquer habilidade do génio humano, mais penetrante do que qualquer reflexão sábia da palavra humana.  

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Quarta-feira, dia 02 de Setembro de 2015

Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Doroteia, mártir, séc. II

Carta aos Colossenses 1,1-8.
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus e o irmão Timóteo,
aos cristãos de Colossos, irmãos fiéis em Jesus Cristo: A graça e a paz de Deus nosso Pai estejam convosco.
Agradecemos a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas orações que fazemos continuamente por vós.
De facto, temos ouvido falar da vossa fé em Cristo Jesus e da caridade que tendes para com todos os cristãos,
por causa da esperança que vos está reservada nos Céus. Esta esperança foi-vos anunciada pela palavra da verdade, o Evangelho, que chegou até vós.
Assim como frutifica e se desenvolve no mundo inteiro, o mesmo sucede entre vós, desde o dia em que ouvistes falar da graça de Deus e tivestes dela conhecimento verdadeiro.
Nela fostes instruídos por Epafras, nosso querido companheiro de serviço, que está, em vez de nós, como fiel ministro de Jesus Cristo
e nos deu a conhecer a vossa caridade segundo o Espírito.
Livro de Salmos 52(51),10.11.
Eu sou como oliveira viçosa na casa do Senhor Deus;
confio para sempre na sua misericórdia.
Hei-de louvar-Te eternamente
por tudo o que fizeste.
Na presença dos teus fiéis,
anunciarei o teu nome porque és bom.

Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.
Naquele tempo, Jesus Cristo saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus Cristo que fizesse alguma coisa por ela.
Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los.
Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus Cristo e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os.
De muitos deles saíam demónios que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus Cristo, em tom severo, impedia-os de falar porque sabiam que Ele era o Messias.
Ao romper do dia, Jesus Cristo dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O para que não os deixasse,
mas Jesus Cristo disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus porque para isto fui enviado».
E pregava pelas sinagogas da Judeia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Meditações
«Dirigiu-Se a um lugar deserto»
Ó Tu, meu refúgio e minha força, leva-me como outrora levaste o teu servo Moisés, ao interior do teu deserto, ao lugar onde a sarça arde sem se consumir (cf Ex 3), onde a alma, invadida pelo fogo do Espírito Santo, se torna ardente sem se consumir, mas purificando-se.
Leva-me a esse lugar onde não é possível permanecer e por onde não se avança sem antes se terem desatado as correias dos entraves carnais, onde Aquele que é não Se deixa certamente ver tal como é, mas onde, no entanto, se pode ouvi-Lo dizer: «Eu sou Aquele que sou!» Nesse lugar, temos de nos esforçar por escutar com humildade e obediência, para discernir o que Deus nos diz no interior do coração.
Enquanto espero, esconde-me, Senhor, no recôndito da tua tenda (Sl 26,5) no dia da desgraça; esconde-me ao abrigo da tua face longe das línguas provocadoras (Sl 30,21) porque me impuseste o teu jugo suave e o teu fardo leve (Mt 11,30) e, quando me fazes medir a distância entre o teu serviço e o do mundo, com voz terna e doce me perguntas se é mais agradável servir-Te a Ti, o Deus vivo, do que a divindades estranhas (2Cr 12,8). Então, eu adoro essa mão que pesa sobre mim e exclamo: «Já me dominaram por demasiado tempo outros mestres que não Tu! Só a Ti desejo pertencer porque o teu braço me mantém erguido!»

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Quinta-feira, dia 03 de Setembro de 2015

Quinta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604

Carta aos Colossenses 1,9-14.
Irmãos:  Não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua vontade com toda a sabedoria e inteligência espiritual.
Assim vivereis de maneira digna do Senhor, agradando-Lhe em tudo, realizando toda a espécie de boas obras e progredindo no conhecimento de Deus.
Sereis fortalecidos com o seu poder glorioso para que se confirme a vossa constância e longanimidade a toda a prova e, cheios de alegria,
agradeceis a Deus Pai que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina.
Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado,
no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.
Livro de Salmos 98(97),2-3ab.3cd-4.5-6.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.
Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em volta de Jesus Cristo para ouvir a palavra de Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré
e viu dois barcos estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes.
Jesus Cristo subiu para um barco que era de Simão e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lança as redes para a pesca».
Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas já que o dizes, lançarei as redes».
Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se.
Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos de tal modo que quase se afundavam.
Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus Cristo e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador».
Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros por causa da pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus Cristo disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens».
Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus Cristo.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Tratado sobre o evangelho de S. Lucas
«Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca»
«Faz-te ao largo» quer dizer: avança para o mar alto dos debates. Haverá profundidade comparável aos «abismos da riqueza, da sabedoria e da ciência do Filho de Deus» (Rom 11,33), à proclamação da sua filiação divina? [...] A Igreja é conduzida por Pedro para o mar alto do testemunho, para contemplar o Filho de Deus ressuscitado e o Espírito Santo derramado.
O que são estas redes de apóstolo que Jesus Cristo nos manda lançar? Não serão o encadeado das palavras, as voltas do discurso, a profundidade dos argumentos que não deixam escapar aqueles que são agarrados? Estes instrumentos de pesca dos apóstolos não matam a presa, mas guardam-na, retiram-na dos abismos para a luz, conduzem-na lá de baixo até às alturas. [...]
«Mestre», diz Pedro, «andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas já que o dizes, lançarei as redes.» Também eu, Senhor, sei que é de noite para mim quando não és Tu a dar-me as ordens. Ainda não converti ninguém com as minhas palavras, ainda é noite. Falei no dia da Epifania: lancei a rede, mas ainda não apanhei nada. Lancei a rede durante o dia. Espero as tuas ordens; à tua palavra, tornarei a lançá-la. A confiança em si mesmo é vã, mas a humildade dá muito fruto. Eis que aqueles que até então não tinham apanhado nada, à palavra do Senhor capturam uma enorme quantidade de peixes.
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Sexta-feira, dia 04 de Setembro de 2015

Sexta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora Consoladora
Santo do dia :
Santa Rosa de Viterbo, virgem, +1252

Carta aos Colossenses 1,15-20.
Cristo Jesus é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura
Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado.
Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste.
Ele é a cabeça da Igreja que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar.
Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude
e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na Terra e nos céus.
Livro de Salmos 100(99),1.2.3.4.5.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Entrai pelas suas portas, orando,
penetrai em seus átrios com hinos de louvor,
glorificai-O, bendizei o seu nome.
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

Evangelho segundo S. Lucas 5,33-39.
Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus Cristo: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações, mas os teus discípulos comem e bebem».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão».
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo para o deitar num vestido velho porque não só rasga o vestido novo como também o remendo não se ajustará ao velho.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos.
Mas deve-se deitar vinho novo em odres novos.
Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
São Pascácio Radbert (?-c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus
«E serão ambos uma só carne. É grande este mistério: refiro-me a Jesus Cristo e à sua Igreja» (Ef 5,31)

Uma união estranha e extraordinária teve lugar logo que «o Verbo incarnou» no seio da Virgem e «habitou entre nós» (Jo 1,14). Da mesma forma que todos os eleitos ressuscitaram em Jesus Cristo quando Ele ressuscitou assim também nele foram celebradas núpcias: a Igreja foi unida a um Esposo pelos laços do matrimónio quando o homem-Filho recebeu em plenitude os dons do Espírito Santo e toda a divindade veio habitar num corpo semelhante ao nosso. [...] Jesus Cristo tornou-Se homem pelo Espírito Santo e, «como um esposo que sai do seu quarto» (Sl 18,6), saiu do seio da Virgem que foi o seu quarto nupcial. Mas a Igreja, renascendo da água no mesmo Espírito, torna-se um só corpo em Jesus Cristo de tal modo que «os dois são uma só carne» (Mt 19,5), coisa que, em relação a Jesus Cristo e à Igreja, é um grande mistério (Ef 5,31).
Esse casamento dura desde o princípio da Incarnação de Jesus Cristo até ao momento em que Jesus Cristo virá e em que todos os ritos da união nupcial se realizarão. Então aqueles que estiverem prontos e que tiverem observado convenientemente  as condições de uma tão grande união, entrarão com Ele, cheios de respeito, na sala das núpcias eternas (Mt 25,10). Enquanto espera, a esposa prometida a Jesus Cristo caminha para o seu Esposo e observa a aliança com Ele todos os dias, com fé e com ternura, até que Ele venha (Jesus Cristo é o Filho e o Filho é o primogénito Homem para a humanidade e ao nascer e viver na Terra ganhou a condição de Senhor da Humanidade, dos seres humanos celestes que são o seu mundo e são a Igreja Celeste dos seres humanos que ressuscitam. S. Paulo afirma-nos que nascemos com um corpo terrestre e devemos fazer por que o corpo humano celeste venha a habitar em nós).
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Sábado, dia 05 de Setembro de 2015

Sábado da 22ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997

Carta aos Colossenses 1,21-23.
Irmãos: Outrora éreis estranhos a Deus e na vossa mente, seus (de Deus) inimigos pelas vossas más acções.
Mas agora Deus reconciliou-vos consigo pela morte de Jesus Cristo no seu corpo de carne para vos apresentar diante d’Ele santos, puros e irrepreensíveis.
Portanto permanecei firmemente consolidados na fé e inabaláveis na esperança prometida pelo Evangelho que ouvistes e que foi anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu. Eu, Paulo, fui constituído ministro deste Evangelho.
Livro de Salmos 54(53),3-4.6.8.
Senhor, salvai-me pelo vosso nome,
pelo vosso poder fazei-me justiça.
Senhor, ouvi a minha oração,
atendei às palavras da minha boca.

Deus vem em meu auxílio,
o Senhor sustenta a minha vida.
De bom grado oferecerei sacrifícios,
cantarei a glória do vosso nome, Senhor.

Evangelho segundo S. Lucas 6,1-5.
Passava Jesus Cristo através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos.
Alguns fariseus disseram: «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Não lestes o que fez David quando ele e os seus companheiros sentiram fome?
Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição que só aos sacerdotes era permitido comer e também os deu aos companheiros».
E acrescentou: «O Filho do homem é senhor do sábado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Homilia, Celebração Eucarística, XX Jornada Mundial da Juventude, 21/08/05
Tornar Jesus Cristo senhor do nosso sábado

A Eucaristia faz parte do domingo. Na manhã de Páscoa, primeiro as mulheres, depois os discípulos, tiveram a graça de ver o Senhor. Nesse momento, compreenderam que doravante o primeiro dia da semana, o domingo, seria o dia dele, o dia de Jesus Cristo. O dia do início da criação tornava-se o dia da renovação da criação. Criação e redenção caminham juntas.
É por isso que o domingo é tão importante. É belo que, nos nossos tempos, em tantas culturas, o domingo seja um dia livre ou, com o sábado, constitua mesmo o que se chama o "fim-de-semana" livre. Esse tempo livre, contudo permanece vazio se Deus não estiver aí presente.
Queridos amigos! Às vezes, num primeiro momento, pode-se tornar talvez incómodo ter de prever também a Missa no programa do domingo. Mas, se a tal vos comprometerdes, constatareis também que isso é precisamente o que dá a verdadeira razão ao tempo livre. Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai os outros a descobri-la. Porque a alegria de que precisamos emana dela, devemos aprender a perceber cada vez mais a sua profundidade, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos nesse sentido porque vale a pena! Descubramos a profunda riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não fazemos a festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que nos prepara uma festa.
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