sábado, 8 de agosto de 2015

Cristianismo 118 até 08-08-2015



EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 02 de Agosto de 2015

18º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Festa da Igreja :
XVIII Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
Santo do dia :
S. Pedro Julião Eymard, presbítero, +1868, S. Gaudêncio de Évora, mártir, séc. II?, Santo Eusébio de Vercelli, bispo, +370

Livro de Êxodo 16,2-4.12-15.
Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto contra Moisés e Aarão.
Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes tivéssemos morrido às mãos do Senhor na terra do Egipto quando estávamos sentados ao pé das panelas de carne e comíamos pão até nos saciarmos. Trouxestes-nos a este deserto para deixar morrer à fome toda esta multidão».
Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do céu. O povo sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia. Vou assim pô-lo à prova para ver se segue ou não a minha lei.
Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair da noite comereis carne e de manhã saciar-vos-eis de pão. Então reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’».
Nessa tarde apareceram codornizes que cobriram o acampamento e na manhã seguinte havia uma camada de orvalho em volta do acampamento.
Quando essa camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do deserto uma substância granulosa, fina como a geada sobre a terra.
Quando a viram, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: «Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não sabiam o que era. Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em alimento».
Livro de Salmos 78(77),3.4bc.23-24.25.54.
Nós ouvimos e aprendemos,
os nossos pais nos contaram
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou.

Deu suas ordens às nuvens do alto
e abriu as portas do céu;
para alimento fez chover o maná,
deu-lhes o pão do céu.

O homem comeu o pão dos fortes!
Mandou-lhes comida com abundância
e introduziu-os na sua terra santa,
na montanha que a sua direita conquistou.


Carta aos Efésios 4,17.20-24.
Irmãos: Eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: Não torneis a proceder como os pagãos que vivem na futilidade dos seus pensamentos.
Não foi assim que aprendestes a conhecer  Jesus Cristo,
se é que d’Ele ouvistes pregar e sobre Ele fostes instruídos conforme a verdade que está em Jesus.
É necessário abandonar a vida de outrora e pôr de parte o homem velho, corrompido por desejos enganadores.
Renovai-vos pela transformação espiritual da vossa inteligência
e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus na justiça e santidade verdadeiras.
Evangelho segundo S. João 6,24-35.
Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Disseram-Lhe eles: «Que milagres fazes Tu para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», 1
«Eu sou o pão da vida»
A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que a Igreja experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: «Eu estarei sempre convosco até ao fim do mundo» (Mt 28,20); mas, na Sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, ela goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança.
O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é «fonte e centro de toda a vida cristã» (LG 11). Com efeito, «na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Jesus Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo» (PO 5). Por isso o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no Sacramento do altar, onde descobre a plena manifestação do seu amor.

Segunda-feira, dia 03 de Agosto de 2015

Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum


Santo do dia :
Santa Lídia, + cerca de 60

Livro de Números 11,4b-15.
Naqueles dias, disseram os filhos de Israel: «Quem nos dará carne para comer?
Temos saudades do peixe que no Egipto comíamos de graça e dos pepinos, melões, bolbos, cebolas e alhos.
Agora temos a garganta seca; falta-nos tudo. Não vemos senão o maná».
O maná era como a semente do coentro e tinha o aspecto da goma-resina.
O povo dispersava-se para o apanhar; depois passava-o pelo moinho ou pisava-o no almofariz; por fim cozia-o na panela e fazia bolos. Tinha o sabor dos bolos de azeite.
Quando à noite, o orvalho caía sobre o acampamento, caía também o maná.
Moisés ouviu chorar o povo, agrupado por famílias, cada qual à entrada da sua tenda. A ira do Senhor inflamou-se fortemente e Moisés sentiu um grande desgosto.
Dirigiu-se então ao Senhor, dizendo: «Porque tratais mal o vosso servo e não encontrei graça a vossos olhos? Porque me destes o encargo de todo este povo?
Porventura fui eu que concebi este povo? Fui eu que o dei à luz para que me digais: ‘Toma este povo nos braços como a ama leva a criança ao colo e leva-o para a terra que Eu jurei dar a seus pais’?
Onde poderei encontrar carne para dar a todo este povo que vem chorar para junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’?
Não posso sozinho ter o encargo de todo este povo: é excessivamente pesado para mim.
Se quereis tratar-me desta forma, dai-me antes a morte. Se encontrei graça a vossos olhos que eu não veja mais esta desventura!».
Livro de Salmos 81(80),12-13.14-15.16-17.
O meu povo não ouviu a minha voz,
Israel não Me quis obedecer.

Por isso os entreguei à dureza do seu coração
e eles seguiram os seus caprichos.

Ah, se o meu povo Me escutasse,
se Israel seguisse os meus caminhos,

num instante esmagaria os seus inimigos,
deixaria cair a mão sobre os seus adversários.

Os inimigos do Senhor obedeceriam ao meu povo,
tal seria para sempre o seu destino.

Alimentaria o meu povo com a flor da farinha
e saciá-lo-ia com o mel dos rochedos.


Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes.
Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente para que vá às aldeias comprar alimento».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer».
Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes».
Disse Jesus Cristo: «Trazei-mos cá».
Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão.
Todos comeram e ficaram saciados. E dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos.
Ora os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de Marcos, 2; CCL 120, 510-511
«Vou conduzi-la ao deserto e aí lhe falarei ao coração» (Os 2, l6)

Mateus dá mais explicações [do que Marcos] sobre o modo como Jesus Cristo teve piedade da multidão quando diz: «cheio de compaixão, curou os seus doentes». Porque ter compaixão dos pobres e daqueles que não têm pastor é precisamente abrir-lhes o caminho da verdade, instruindo-os; é fazer desaparecer as suas enfermidades físicas, sarando-as, mas é também alimentá-los quando têm fome e assim encorajá-los a louvar a generosidade do Senhor Deus. Foi o que Jesus Cristo fez. [...]
Mas Ele também pôs à prova a fé da multidão e, tendo-a provado, deu-lhe uma recompensa proporcional. Efectivamente Ele procurou um lugar isolado para ver se as pessoas tinham o desejo de O seguir. E elas seguiram-No: tomaram a toda a pressa o caminho do deserto, não de burro ou em veículos, mas a pé, mostrando assim, através do seu esforço pessoal, a grande preocupação que tinham com a sua salvação.
Por seu lado, Jesus Cristo acolheu esta gente fatigada. Como Salvador e médico cheio de poder e de bondade, instruiu os ignorantes, curou os doentes e alimentou os famintos, manifestando assim quanta alegria Lhe dá o amor dos que crêem.

Terça-feira, dia 04 de Agosto de 2015

Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum


Santo do dia :
S. João Maria Vianney, presbítero, +1859

Livro de Números 12,1-13.
Naqueles dias, Maria e Aarão censuraram Moisés por causa da mulher etíope que ele tomara como esposa.
Eles disseram-lhe: «Foi somente a Moisés que o Senhor falou? Não nos falou também a nós?». E o Senhor ouviu.
Moisés era homem muito humilde, mais humilde do que todos os homens sobre a face da terra.
Subitamente o Senhor disse a Moisés, a Aarão e a Maria: «Vinde, todos três, à Tenda da Reunião». E os três puseram-se a caminho.
O Senhor desceu numa coluna de nuvem e ficou à entrada da Tenda. Chamou Aarão e Maria e eles aproximaram-se.
Disse-lhes o Senhor: «Escutai bem as minhas palavras: Se há entre vós algum profeta, revelo-me a ele numa visão ou falo com ele em sonhos.
Mas não procedo assim com o meu servo Moisés: ele é o homem de confiança em toda a minha casa.
Eu falo com ele face a face, em visão directa e não por enigmas; ele vê a imagem do Senhor. Porque ousastes censurar o meu servo Moisés?».
A ira do Senhor inflamou-se contra eles e o Senhor retirou-Se
enquanto a nuvem se afastava da Tenda. Maria cobriu-se de lepra, branca como a neve. Aarão voltou-se para ela e viu que estava leprosa.
Aarão disse a Moisés: «Por piedade, meu senhor! Não deixes cair sobre nós a culpa do pecado que tivemos a loucura de cometer.
Que ela não fique semelhante à criança que nasce morta com o corpo meio corroído ao sair do ventre materno!»
Então Moisés clamou ao Senhor: «Por piedade, Senhor Deus, curai-a».
Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.6bc-7.12-13.
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Assim é justa a vossa sentença
e recto o vosso julgamento.
Porque eu nasci na culpa
e minha mãe concebeu-me em pecado.

Criai em mim, ó Senhor Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Evangelho segundo S. Mateus 14,22-36.
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus Crist obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem enquanto Ele despedia a multidão.
Logo que a despediu, subiu a um monte para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus Cristo foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo.
Mas logo Jesus Cristo lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas».
«Vem!» __ disse Jesus Cristo. Então Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus Cristo (o Filho).
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus Cristo estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
Depois fizeram a travessia e vieram para terra em Genesaré.
Os homens do lugar reconheceram Jesus Cristo e mandaram avisar toda aquela região. Trouxeram-Lhe todos os doentes
e pediam que os deixasse tocar ao menos na orla do seu manto. E quantos lhe tocaram, foram completamente curados.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário ao Evangelho segundo Mateus
A noite da fé
Se um dia formos assaltados por provas inevitáveis, lembremo-nos de que foi Jesus Cristo quem nos ordenou que embarcássemos e que Ele quer que O precedamos «na outra margem». Com efeito, quem não suportou a provação das vagas e dos ventos contrários não pode chegar a essa margem. Por isso, quando nos virmos rodeados por múltiplas e penosas dificuldades, cansados de navegar por entre elas com a pobreza dos nossos recursos, imaginemos que a nossa barca está no meio do mar, sacudida por vagas que querem ver-nos «naufragar na fé» (1Tim 1,19) ou em qualquer outra virtude. E se virmos o sopro do maligno encarniçar-se contra as nossas posições, imaginemos que nesse momento o vento nos é contrário.
Assim, pois, quando, no meio destes sofrimentos, tivermos conseguido aguentar as longas horas da noite escura que reina nos momentos de provação, quando tivermos lutado com todas as nossas forças para evitar o naufrágio da fé [...], tenhamos a certeza de que, ao fim da noite, quando a noite for avançada e despontar o dia (cf Rom 13,12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as águas para pacificar o mar. 

Quarta-feira, dia 05 de Agosto de 2015

Nossa Senhora de África, padroeira do continente africano


Festa da Igreja :
Dedicação da Basílica de Santa Maria MaiorNossa Senhora de África, festa em África
Santo do dia :
Santo Osvaldo, rei, +642

Livro de 1º Crónicas 15,3-4.15-16.16,1-2.
David convocou todo o Israel em Jerusalém para trasladar a arca do Senhor para o lugar que lhe havia preparado. Reuniu também os filhos de Aarão e os levitas. E os filhos de Levi, como Moisés ordenara segundo a Palavra do Senhor, conduziram a arca de Deus aos ombros por meio de varais. David disse aos chefes dos levitas que escolhessem, entre os seus irmãos, cantores com instrumentos de música – cítaras, harpas e címbalos – em sinal de regozijo. Conduziram, pois a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David tinha levantado e ofereceram, na presença de Deus, holocaustos e sacrifícios de comunhão.

Livro de Salmos 113(112),1-8.
Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor
agora e para sempre.

Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus.

Quem se compara ao Senhor, nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas
e Se inclina lá do alto
a olhar o céu e a Terra?

Levanta do pó o indigente
e tira o pobre da miséria
para o fazer sentar com os grandes,
com os grandes do seu povo.

Evangelho segundo S. Mateus 12,46-50.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo estava a falar à multidão, chegaram sua Mãe e seus irmãos. Ficaram do lado de fora e queriam falar-Lhe.
Alguém Lhe disse: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo».
Mas Jesus Cristo respondeu a quem O avisou: «Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?».
E apontando para os discípulos, disse: «Estes são a minha mãe e os meus irmãos:
todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Rafael Arnaiz Barón (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais 10/4/1938
«Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe»
Querer somente o que Deus quer é lógico para nós, que estamos verdadeiramente apaixonado por Ele. Fora dos seus desejos, nada desejamos e, se desejássemos, era apenas o que é conforme à sua vontade; se assim não fosse, a nossa vontade não estaria unida à sua. Mas, se estivermos verdadeiramente unidos, por amor, à sua vontade, não desejaremos nada que Ele não deseje, não amaremos nada que Ele não ame e, abandonados à sua vontade, ser-nos-á indiferente o que Ele nos envie ou onde nos coloque. Tudo o que Ele quiser de nós ser-nos-á, não apenas indiferente mas, mais do que isso, agradável.  (porque Deus só não quer o que provém do mal)
Não sei se me engano no que digo; submeto-me em tudo Àquele que entende estas coisas; digo somente o que sinto. Na verdade, não desejo mais nada a não ser amá-Lo e entrego tudo o resto nas suas mãos. Faça-se a sua vontade! Cada dia me sinto mais feliz no meu completo abandono nas suas mãos.

Quinta-feira, dia 06 de Agosto de 2015

Transfiguração do Senhor – Festa - Ano B


Festa da Igreja :
Transfiguração do Senhor
Santo do dia :
S. Justo e S. Pastor, estudantes, mártires, +304

Livro de Daniel 7,9-10.13-14.  (visão)
Estava eu a olhar,  quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. As suas vestes eram brancas como a neve e os cabelos como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença.
Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram. O seu poder é eterno que nunca passará e o seu reino jamais será destruído.
Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.9.
O Senhor é rei: exulte a terra, rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça e todos os povos contemplam a sua glória.

Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a Terra,
estais acima de todos os seres celestes.


Evangelho segundo S. Mateus 17,1-9.
Naquele tempo, Jesus Cristo tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João e levou-os, só a eles, a um alto monte.
Transfigurou-se diante deles (fez sobressair o ser celeste que o habitava – o Filho): o seu rosto resplandeceu como o Sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Nisto apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus Cristo: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e uma voz (Deus) dizia da nuvem (Pai): «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.»
Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados.
Aproximando-se deles, Jesus Cristo tocou-lhes, dizendo: «Levantai-vos e não tenhais medo.»
Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus Cristo e mais ninguém.
Enquanto desciam do monte, Jesus Cristo ordenou-lhes: «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.»
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Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Opera Omnia, p. 41
«Este é o meu Filho muito amado»
Simão Pedro diz: «Senhor, é bom estarmos aqui.» Que dizes, Pedro? Se ficarmos aqui, quem realizará o que predisseram os profetas. Quem confirmará as palavras dos arautos? Quem levará a bom termo os mistérios dos justos? Se ficarmos aqui, a quem se referirão as palavras: «Trespassaram as minhas mãos e os meus pés»? A quem se aplicarão as afirmações: «Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica» (Sl 21,17.19; Jo 19,24)? Quem realizará o anúncio do salmo: «Deram-Me fel em vez de comida e vinagre quando tive sede» (68,22; Mt 27,34; Jo 19,29)? Quem dará vida à expressão: «Estou abandonado entre os mortos» (Sl 87,6)? Como se consumarão as minhas promessas, como construiremos a Igreja?
E Pedro diz mais: façamos «aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias». Enviado para erigir a Igreja no mundo, Pedro quer levantar três tendas na montanha. Ainda não vê a Jesus Cristo senão como homem e classifica-O juntamente com Moisés e com Elias. Mas Jesus Cristo vai mostrar-lhe que não precisa de tenda nenhuma; que, durante quarenta anos, Ele próprio erguera para os Patriarcas no deserto uma tenda de nuvem (Ex 40,34).
«Ainda ele estava a falar quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra». Vês, Simão, esta tenda montada sem esforço? Ela afasta o calor sem impor as trevas, é uma tenda brilhante e resplandecente! Estando os discípulos surpreendidos, uma voz vinda do céu faz-Se ouvir da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-O.» [...] Era o Pai a ensinar aos discípulos que a missão de Moisés estava concluída e que, de então em diante, era ao Filho que deveriam escutar. Na montanha, o Pai revelou aos apóstolos aquilo que ainda lhes estava oculto: «Aquele que é» revelou «Aquele que é» (Ex 3,14), o Pai deu a conhecer o seu Filho.

Sexta-feira, dia 07 de Agosto de 2015

Sexta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Moisés falou ao povo, dizendo: «Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra. Dum extremo ao outro dos céus, sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa? Ouviu-se porventura palavra semelhante?
Que povo escutou como tu a voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a viver?
Qual foi o deus que formou para si uma nação no meio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates, com mão forte e braço estendido juntamente com tremendas maravilhas como fez por vós o Senhor vosso Deus no Egipto, diante dos vossos olhos?
Foi a ti que Ele mostrou estes factos para reconheceres que o Senhor é Deus e não há outro fora d’Ele.
Do céu fez ouvir a sua voz para te ensinar; na terra mostrou-te o seu grande fogo e do meio do fogo ouviste as suas palavras.
E porque Ele amava os teus pais e depois deles escolheu a sua descendência, fez-te sair do Egipto pela sua presença e pelo seu poder,
despojando à tua frente nações maiores e mais fortes do que tu para te introduzir na sua terra e conceder-ta como herança como hoje se verifica.
Considera hoje e medita em teu coração que o Senhor é o único Deus no alto dos céus e cá em baixo na Terra e não há outro.
Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos que hoje te prescrevo para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».
Livro de Salmos 77(76),12-13.14-15.16.21.
Recordarei os feitos gloriosos do Senhor,
quero recordar os antigos prodígios.

Quero lembrar todas as vossas façanhas
e meditar nas vossas obras.

Senhor Deus, santos são os vossos caminhos.
Que divindade é tão grande como o Senhor?

Vós sois o Deus que realiza maravilhas,
que manifestou entre as nações o seu poder.

Resgatastes o vosso povo com o vosso braço,
os filhos de Jacob e de José.

Conduzistes o vosso povo como um rebanho
pela mão de Moisés e Aarão.


Evangelho segundo S. Mateus 16,24-28.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me,
pois quem quiser salvar a sua vida (natural), há-de perdê-la (vida eterna); mas quem perder a sua vida (natural) por minha causa, há-de encontrá-la (vida eterna).
Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida (celeste)? Que poderá dar o homem em troca da sua vida (celeste)?
O Filho do homem há-de vir na glória de seu Pai com os seus Anjos e então dará a cada um segundo as suas obras.
Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, antes de verem chegar o Filho do homem na glória do seu reino». (fala da Sua ressurreição e Ascensão. Aqueles tempos eram de fim do mundo vigente até então e uma nova Era iria surgir posteriormente)


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
FSP, 119; Ep 3,441; CE, 21; Ep 3,413
«Tome a sua cruz e siga-Me»
Durante a tua vida, Jesus Cristo não te pede que carregues com Ele todo o peso da sua cruz que é uma cruz pesada, mas apenas uma pequena parte dele, aceitando os teus sofrimentos (a tua cruz; outros diriam karma). Nada tens a temer. Pelo contrário, considera-te muito feliz por teres sido julgado digno de participar nos sofrimentos do Filho (Homem). Não penses que Deus te abandonou ou que está a castigar-te; pelo contrário, Ele está a dar-te uma prova do seu amor, do seu grande amor. Deves agradecer-Lho e resignar-te a beber o cálice do Getsemani.
Por vezes, o Senhor faz-te sentir o peso da cruz. Esse peso parece-te insuportável e, contudo tu carrega-lo porque o Senhor, que é cheio de amor e de misericórdia, te estende a sua mão e te dá as forças de que precisas para tal. Perante a falta de piedade dos homens, o Senhor tem necessidade de pessoas que sofram com Ele. É por isso que me conduz às vias dolorosas de que me falas na tua carta. Mas que Ele seja bendito para sempre porque o seu amor leva a doçura para o meio da amargura e transforma os sofrimentos passageiros desta vida em méritos para a eternidade.

Sábado, dia 08 de Agosto de 2015

Sábado da 18ª semana do Tempo Comum


Santo do dia :
S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221

Livro de Deuteronómio 6,4-13.
Moisés falou ao povo, dizendo: «Escuta, Israel: o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás o Senhor Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
As palavras que hoje te prescrevo ficarão gravadas no teu coração.
Hás-de recomendá-las a teus filhos e delas falarás quer estando sentado em casa quer andando pelos caminhos, quando te deitas e quando te levantas.
Hás-de atá-las ao braço como um sinal, prendê-las na fronte diante dos teus olhos
e gravá-las nos umbrais da tua casa e nas portas da tua cidade.
Quando o Senhor Deus te introduzir na terra que a teus pais Abraão, Isaac e Jacob, jurou dar-te, terás grandes e belas cidades que tu não construíste,
casas repletas de toda a espécie de bens que tu não acumulaste, cisternas abertas que tu não escavaste, vinhas e olivais que tu não plantaste. Quando tiveres comido até à saciedade,
não te esqueças do Senhor que te fez sair da terra do Egipto, da casa da escravidão.
Só ao Senhor Deus deves adorar, só a Ele servir».
Livro de Salmos 18(17),2-3a.3bc-4.47.51ab.
Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador.

Senhor Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
sois meu protector, minha defesa e meu salvador.
Invoquei o Senhor — louvado seja Ele —
e fiquei salvo de meus inimigos.
Viva o Senhor, bendito seja o meu protector;
exaltado seja Deus, meu Salvador.
O Senhor dá ao seu Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu Ungido.


Evangelho segundo S. Mateus 17,14-20.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um homem que se ajoelhou diante d’Ele e Lhe disse:
«Senhor, tem compaixão do meu filho porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água.
Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo».
Jesus Cristo respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». (eles procuravam-no para ficar bem, mas não se convertiam, isto é, não deixavam de praticar o mal. Portanto todo o esforço de Jesus Cristo parecia inútil e isso exasperava-O)
Jesus Cristo ameaçou o demónio que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento.
Então os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’ e ele há-de mudar-se. E nada vos será impossível».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese baptismal 5, 10-11
«Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)
A palavra «fé» tem um duplo significado. Há, na verdade, um aspecto da fé que diz respeito aos dogmas e que consiste em concordar com uma dada verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, segundo a palavra do Senhor: «Quem ouve a minha palavra e crê naquele que Me enviou tem a vida eterna» (Jo 5,24). [...]
Mas há um segundo aspecto da fé: é a que nos foi dada por Jesus Cristo como carisma gratuitamente como dom espiritual. «A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito» (1Cor 12,8-9). Esta fé que nos é dada como graça pelo Espírito Santo não é, pois apenas uma fé dogmática, mas tem também o poder de realizar coisas que ultrapassam as forças humanas. Quem possui essa fé dirá «a este monte: “Tira-te daí e lança-te ao mar” [...], assim acontecerá», pois quando alguém pronunciar esta palavra com fé «e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar» (Mc 11,23), recebe a graça da sua realização. É desta fé que foi dito: se tivésseis fé «como um grão de mostarda». Na verdade, o grão de mostarda é muito pequeno, mas tem em si uma energia fogosa; semente minúscula, desenvolve-se a ponto de estender os seus longos ramos e de até poder abrigar as aves do céu (cf Mt 13,32). Do mesmo modo, a fé realiza numa alma os maiores feitos num piscar de olhos.
Quando está iluminada pela fé, a alma representa Deus diante de si e contempla-O tanto quanto possível. Abarca os limites do universo e, antes do fim dos tempos, já vê o julgamento e o cumprimento das promessas. Tu, portanto possui essa fé que depende de Deus e que te leva a Ele; então receberás d'Ele essa fé que age para além das forças humanas.
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