sábado, 6 de junho de 2015

Cristianismo 109 - até 06-06-2015

http://www.evangelhoquotidiano.org

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 31 de Maio de 2015
SANTÍSSIMA TRINDADE - solenidade - Ano B
Moisés falou ao povo, dizendo: «Interroga os tempos antigos que te precederam desde o dia em que Deus criou o homem sobre a Terra. De um extremo ao outro dos céus, sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa? Ouviu-se porventura palavra semelhante?
Que povo escutou como tu a voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a viver?
Qual foi o deus que formou para si uma nação no seio de outra nação por meio de provas, sinais, prodígios e combates com mão forte e braço estendido  juntamente com tremendas maravilhas como fez por vós o Senhor, vosso Deus, no Egipto diante dos vossos olhos?
Considera hoje e medita em teu coração que o Senhor é o único Deus no alto dos céus e cá em baixo na Terra e não há outro.
Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos que hoje te prescrevo para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre». 

Livro de Salmos 33(32),4-5.6.9.18-19.20.22.
A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:

a terra está cheia da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor criou os céus,
o sopro da sua boca os adornou.

Ele disse e tudo foi feito,
Ele mandou e tudo foi criado.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O amam, para os que esperam na sua bondade

para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor:

Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade
porque em Vós esperamos, Senhor.

Carta aos Romanos 8,14-17.
Irmãos: Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adoção filial, pelo qual exclamamos: «Abá, Pai».
O próprio Espírito dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus.
Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Jesus Cristo; se sofrermos com Ele também com Ele seremos glorificados. 

Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20.
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus Cristo lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus Cristo aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra.
Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org


Comentário do dia:

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos 
«Um só Deus, um só Senhor, na trindade das pessoas e na unidade da natureza» (Prefácio)

O Pai, o Filho e o Espírito Santo são de uma só substância e de uma inseparável igualdade. A unidade está na essência, a pluralidade nas pessoas. O Senhor indica abertamente a unidade da essência divina e a trindade das pessoas quando diz: «Baptizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.» Não diz «nos nomes», mas «em nome», mostrando assim a unidade da essência. Em seguida, porém emprega três nomes para mostrar que há três pessoas.
Nesta Trindade se encontra a origem suprema, a beleza perfeita, a alegria bem-aventurada de todas as coisas. A origem suprema, afirma Santo Agostinho no seu livro sobre a verdadeira religião, Deus e o  Pai, de quem provêm todas as coisas, de quem procedem o Filho e o Espírito Santo. A beleza perfeita é o Filho, a verdade do Pai que em nada se distingue dele que veneramos com o Pai e no Pai que é o modelo de todas as coisas porque tudo foi feito por Ele e tudo se refere a Ele. A alegria bem-aventurada, a soberana bondade, é o Espírito Santo que é o dom do Pai e do Filho e devemos crer e manter que este dom é exactamente como o Pai e o Filho.
Ao contemplar a criação, concluímos pela Trindade de uma só substância. Apreendemos um só Deus e o Pai, de quem somos, Filho, por quem somos, Espírito Santo, em quem somos. Príncipe, a quem recorremos; modelo que seguimos; graça que nos reconcilia.
Segunda-feira, dia 01 de Junho de 2015
Segunda-feira da 9ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Justino, mártir, +167

Livro de Tobias 1,3.2,1a-8.
Eu, Tobit, segui os caminhos da verdade e da justiça e pratiquei boas obras todos os dias da minha vida. Dei muitas esmolas aos meus irmãos e compatriotas, deportados comigo para Nínive, no país da Assíria.
Sob o reinado do rei Saquerdão, voltei para a minha casa e foi-me restituída a companhia da minha mulher Ana e do meu filho Tobias. Pela festa do Pentecostes, que é a nossa festa das Semanas, mandei preparar um bom almoço e reclinei-me para comer.
Quando puseram a mesa e prepararam os vários pratos, eu disse ao meu filho Tobias: «Filho, vai ver se encontras algum pobre entre os nossos irmãos exilados em Nínive que seja de todo o coração dedicado ao Senhor e trá-lo aqui para comer connosco. Eu fico à tua espera até que voltes, meu filho».
Tobias foi procurar algum pobre entre os nossos irmãos e quando voltou, disse-me: «Meu pai». Eu respondi-lhe: «Que foi, meu filho?». Tobias continuou: «Pai, um homem da nossa gente foi estrangulado e depois atirado para a praça pública e ainda lá está».
Levantei-me imediatamente, deixando a comida sem lhe tocar; fui retirar da praça o cadáver e depositei-o num quarto, esperando o pôr do sol para o sepultar.
Depois voltei para casa, lavei-me e tomei a minha refeição cheio de tristeza,
recordando as palavras que disse o profeta Amós contra Betel: «As vossas festas converter-se-ão em luto e todos os vossos cânticos em lamentações».
E comecei a chorar. Logo que o sol se pôs, fui abrir uma cova e sepultei o morto.
Os meus vizinhos zombavam de mim, dizendo: «Ele ainda não tem medo. Por este motivo já foi procurado para ser morto e teve de fugir secretamente e agora anda aí de novo a sepultar os mortos». 

Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6.
Feliz o homem que ama o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,
será abençoada a geração dos justos.

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha aos homens rectos como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna. 
Evangelho segundo S. Marcos 12,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo começou a falar em parábolas aos príncipes dos sacerdotes, aos escribas e aos anciãos: «Um homem plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, construiu um lagar e ergueu uma torre. Depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou o tempo, enviou um servo aos vinhateiros para receber deles uma parte dos frutos da vinha.
Os vinhateiros apoderaram-se do servo, espancaram-no e mandaram-no sem nada.
Enviou-lhes de novo outro servo. Também lhe bateram na cabeça e insultaram-no.
Enviou-lhes ainda outro que eles mataram. Enviou-lhes muitos mais e eles espancaram uns e mataram outros.
O homem tinha ainda alguém para enviar: o seu querido filho e enviou-o por último, dizendo consigo: «Respeitarão o meu filho».
Mas aqueles vinhateiros disseram entre si: «Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa».
Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
Que fará então o dono da vinha? Virá ele próprio para exterminar os vinhateiros e entregará a outros a sua vinha.
Não lestes esta passagem da Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se pedra angular.
Isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?».
Procuraram então prender Jesus Cristo, pois compreenderam que tinha dito para eles a parábola. Mas tiveram receio da multidão e por isso deixaram-n’O e foram-se embora.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 7 
Tornar-se uma vinha que dá fruto

Os pés de vinha são ligados e empados, os sarmentos voltados de cima para baixo, presos a sólidas estacas. É desse modo que podemos compreender a vida santa e a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo que deve ser, em todas as coisas, o sustento do homem de bem. O homem deve ser curvado, o que há nele de mais elevado deve ser abaixado, ele deve afundar-se, do fundo da sua alma, em verdadeira e humilde submissão. Todas as nossas faculdades, interiores e exteriores, as da sensibilidade e a avidez bem como as nossas faculdades racionais devem estar ligadas, cada qual no seu lugar, em verdadeira submissão à vontade de Deus.
Em seguida, remexe-se a terra em redor dos pés da vinha e limpam-se as ervas daninhas. Também o homem deve ser limpo, mantendo-se profundamente atento àquilo que ainda possa ter de ser arrancado do fundo do seu ser para que o Sol divino possa aproximar-se mais dele e nele brilhar. Se deixares que a força do Alto faça a sua obra, o sol elevará a humidade do solo até à força vital escondida na madeira e surgirão cachos magníficos. Depois o sol agirá sobre os cachos que se desenvolverão produzindo flores que exalam um perfume nobre e benfazejo. […] Então o fruto tornar-se-á indescritivelmente doce. Que tal nos seja dado a todos.

Terça-feira, dia 02 de Junho de 2015

Terça-feira da 9ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santos Marcelino e Pedro, mártires, +304 

Livro de Tobias 2,9-14.
Eu, Tobit, naquela noite de Pentecostes, depois de ter sepultado o morto, tomei banho, entrei no pátio da minha casa e deitei-me junto ao muro do pátio com o rosto descoberto por causa do calor.
E não reparei que no muro, por cima de mim, havia pardais. O seu excremento quente caiu-me nos olhos, produzindo neles manchas brancas. Fui ter com os médicos para me tratar, mas quanto mais me aplicavam remédios, mais me cegavam as manchas até que fiquei completamente cego. Estive sem ver durante quatro anos e todos os meus parentes se entristeceram por minha causa. Aicar sustentou-me durante dois anos, antes de partir para Elimaida.
 
Entretanto, Ana, minha esposa, ocupava-se em trabalhos femininos:
 
enviava-os aos clientes e eles pagavam o preço. No dia sete do segundo mês, terminou uma encomenda e entregou-a aos clientes. Eles pagaram tudo e ainda lhe deram um cabrito.
 
Quando ela entrou em casa, o cabrito começou a berrar. Chamei então minha esposa e perguntei-lhe: «Donde vem este cabrito? Não terá sido roubado? Vai entregá-lo ao dono porque não podemos comer nada roubado».
 
Ela respondeu-me: «É uma prenda que me deram além do pagamento», mas eu não acreditei e insisti para que o entregasse ao dono. E por causa disto, estava indignado com ela. Então ela disse-me: «Onde estão as tuas esmolas? Onde estão as tuas boas obras? Agora tudo está claro a teu respeito».
 

Livro de Salmos 112(111),1-2.7bc-8.9.
Feliz o homem que ama o Senhor 
e ama ardentemente os seus preceitos.
 
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,
 
será abençoada a geração dos justos.
 

Brilha aos homens rectos como luz nas trevas
 
o homem compassivo e justo.
 
Ele não receia más notícias,
 
seu coração está firme, confiado no Senhor.
 

O seu coração é inabalável, nada teme
 
e verá os adversários confundidos.
 
Ditoso o homem que se compadece e empresta
 
e dispõe das suas coisas com justiça.
 

Reparte do que é seu com os pobres;
 
a sua generosidade subsistirá para sempre.
 
Evangelho segundo S. Marcos 12,13-17.
Naquele tempo, foram enviados a Jesus Cristo alguns fariseus e partidários de Herodes para O surpreenderem no que dissesse. 
Aproximaram-se e disseram: «Mestre, sabemos que és sincero e não Te deixas influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas, mas ensinas com sinceridade o caminho de Deus. É lícito ou não pagar o tributo a César? Devemos pagar ou não?».
 
Mas Jesus Cristo, conhecendo a sua hipocrisia, respondeu-lhes: «Porque Me armais esse laço? Trazei-Me um denário para Eu ver».
 
Eles trouxeram-no e Jesus Cristo perguntou-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles responderam: «De César».
 
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». E eles ficaram muito admirados com Jesus Cristo.
 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja 
Poesias, nº 8: «Alma, buscar-te-ás em Mim» 
«De quem é esta imagem?»

Alma, busca-te em Mim 
E a Mim busca-me em ti.
 

Tão fielmente pôde o Amor
 
Alma, em Mim, te retratar
 
Como nenhum sábio pintor
 
Tua imagem figurar.
 

Foste, por amor, criada
 
Formosa, bela e assim
 
Dentro do meu ser pintada.
 

Se te perderes, minha amada,
 
Alma, procura-te em Mim.
 

Porque Eu sei que te acharás
 
Em meu peito retratada,
 
Tão ao vivo figurada
 
Que ao ver-te folgarás
 
Por te veres tão bem pintada.
 

E se acaso não souberes
 
Em que lugar Me perdi,
 
Não andes dali para aqui
 
Porque se encontrar Me quiseres
 
A Mim Me acharás em ti!
 

Em ti, que és meu aposento
 
És minha casa e morada,
 
Aí busco a cada momento
 
Em que do teu pensamento
 
Encontro a porta fechada.
 

Só em ti há que buscar-Me,
 

Que de ti nunca fugi;
 

Nada mais do que chamar-Me
 

E logo irei, sem tardar-Me,
 

E a Mim me acharás em ti!

Quarta-feira, dia 03 de Junho de 2015

S. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires

Naqueles dias, aconteceu também que foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei. 
Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a antes morrer do que violar as leis dos nossos pais.» 
Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há-de ressuscitar-nos para a vida eterna se morrermos fiéis às suas leis.» 
Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente. 
E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.» 
O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem que nenhum caso fazia dos sofrimentos. 
Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto, 
o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer à mão dos homens com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.» 


Livro de Salmos 124(123),2-8.
Se o Senhor não estivesse do nosso lado   
quando os homens se levantaram contra nós, 
ter-nos-iam engolido vivos 
quando a sua fúria ardia contra nós.

As águas ter-nos-iam submergido, 
a torrente teria passado sobre nós.   
Teriam passado sobre nós as águas turbulentas. 

Bendito seja o Senhor
que não nos entregou 
como presa nos seus dentes.
A nossa vida escapou como um pássaro 
do laço de caçadores. 

Rompeu-se o laço 
e nós libertámo-nos.
O nosso auxílio está no nome do Senhor, 
que fez o céu e a Terra.

Carta aos Romanos 8,31b-35.37-39.
Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós? 
Deus que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas? 
Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica? 
E quem os condenará se Jesus Cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós? 
Quem poderá separar-nos do amor de Jesus Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? 
Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores graças àquele que nos amou. 
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, 
nem a altura nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso. 

Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: 
«Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos Céus. 
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados. 
Bem-aventurados os humildes porque possuirão a Terra. 
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados. 
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia. 
Bem-aventurados os puros de coração porque estarão com Deus. 
Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus. 
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça porque deles é o reino dos Céus. 
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. 
Alegrai-vos e exultai porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores 
Admonições, §§13-17 
«Deles é o Reino do Céu»
«Felizes os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.» Enquanto tudo corre à medida dos seus desejos, não se consegue saber quanta paciência e humildade tem um servo de Deus. Venham, porém os tempos em que aqueles que deviam respeitar-lhe a vontade, a contrariam e a paciência será a que efectivamente tiver e nada mais.
«Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino do Céu.» Há muitos que se entregam a longas orações e ofícios e infligem ao corpo frequentes mortificações e abstinências. Mas por palavra que lhes pareça afronta ou injustiça ou por coisa mais insignificante que lhes seja tirada logo se indignam e perdem a paz da alma. Estes não são os verdadeiros pobres em espírito; o verdadeiro pobre em espírito é o que renuncia a si mesmo e não quer mal a quem lhe bate no rosto (Mc 8,34; Mt 5,39). 
«Felizes os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.» Verdadeiros pacificadores são os que, apesar de todo o sofrimento por que hão-de passar por amor a nosso Senhor Jesus Cristo, conservam a alma e o corpo em paz.
«Felizes os puros de coração porque verão a Deus.» Têm verdadeiramente o coração puro os que desprezam os bens da Terra, os que procuram os do Céu e, purificados assim de quaisquer amarras da alma e do coração, adoram e contemplam incessante e unicamente o Senhor Deus, vivo e verdadeiro.

Quinta-feira, dia 04 de Junho de 2015

5ª. feira da 9ª. semana do tempo comum

Santo do dia : S. Pedro de Verona, presbítero, mártir, +1252, Santa Clotilde, viúva, +545 

Livro de Tobias 6,10-11.7,1.9-17.8-4.
Naqueles dias, quando entraram na Média e já estavam perto de Ecbátana, o Anjo Rafael disse ao jovem Tobias: «Esta noite ficaremos hospedados em casa de Raguel; ele é teu parente e tem uma filha chamada Sara». 
Quando chegaram à cidade de Ecbátana, Tobias disse ao Anjo: «Irmão Azarias, leva-me imediatamente a casa de Raguel, nosso irmão». O Anjo levou-o a casa de Raguel que encontraram sentado à porta do pátio. Eles saudaram-no primeiro e Raguel respondeu: «Sede bem-vindos, irmãos. Ainda bem que chegastes sãos e salvos». E levou-os para dentro de casa. 
Depois de se lavarem e purificarem, sentaram-se à mesa. Tobias disse então a Rafael: «Irmão Azarias, pede a Raguel que me dê por esposa a minha prima Sara». 
Raguel ouviu estas palavras e disse ao jovem: «Come e bebe e passa a noite tranquilo porque ninguém tem mais direito de receber como esposa minha filha Sara do que tu, meu irmão, nem eu tenho o direito de a conceder a outro senão a ti porque és o meu parente mais próximo. Devo contudo dizer-te a verdade, filho: 
Já a dei a sete maridos da nossa linhagem e todos morreram na noite em que se aproximaram dela, mas agora, filho, come e bebe». Tobias, porém respondeu: «Não comerei nem beberei antes que resolvas a minha situação». Disse Raguel: «Toma-a desde este momento, segundo a sentença do livro de Moisés. Pelo próprio Céu foi decidido que ela te seja entregue. Leva a tua prima para casa; doravante serás seu irmão e ela tua irmã. A partir de hoje, ela te pertence para sempre. E o Senhor do Céu, meu filho, vos faça felizes esta noite e vos conceda misericórdia e paz». 
Raguel chamou sua filha Sara e ela aproximou-se. Tomando-a pela mão, entregou-a a Tobias, dizendo: «Recebe-a como esposa, segundo a lei e o decreto do livro de Moisés. Recebe-a e volta com ela, são e salvo para casa de teu pai. O Senhor do Céu vos dê boa viagem na sua paz». 
Depois chamou a mãe da jovem e disse-lhe que trouxesse papel. Redigiu o contrato matrimonial, pelo qual dava Sara como esposa a Tobias, segundo a sentença da lei de Moisés. 
Só então começaram a comer e a beber. 
Raguel chamou sua mulher Edna e disse-lhe: «Irmã, prepara o outro quarto e leva Sara para lá». 
Ela preparou o quarto como lhe foi ordenado e levou para lá sua filha. Chorou por causa dela; mas depois enxugou as lágrimas e disse: 
«Tem confiança, minha filha. O Senhor do Céu transforme a tua tristeza em alegria. Tem confiança, minha filha». E saiu. 
A seguir mataram um carneiro do rebanho e ofereceram-lhes cordial hospedagem. 

Livro de Salmos 128(127),1-5.
Feliz de ti, que amas o Senhor 
e andas nos seus caminhos. 
Comerás do trabalho das tuas mãos, 
serás feliz e tudo te correrá bem. 

Tua esposa será como videira fecunda 
no íntimo do teu lar; 
teus filhos serão como ramos de oliveira 
ao redor da tua mesa. 

Assim será abençoado o homem que ama o Senhor. 
De Sião te abençoe o Senhor: 
vejas a prosperidade de Jerusalém 
todos os dias da tua vida.

Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?».
Jesus Cristo respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. 
O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». 
Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. 
Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». 
Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus Cristo disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus» e ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 
Tratado do amor de Deus 
«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração»
O primeiro e o maior mandamento é este: «Amarás o Senhor teu Deus». Mas a nossa natureza é fraca e o nosso primeiro degrau no amor é amarmo-nos a nós próprios antes de mais por causa de nós próprios. [...] Para nos impedir de resvalar por este declive, Deus deu-nos o preceito de amar o nosso próximo como a nós a mesmos. [...] Ora, constatamos que isso não é possível sem Deus, sem reconhecermos que tudo vem d’Ele e que sem Ele nada podemos. Neste segundo degrau, o homem volta-se para Deus, mas ainda O ama apenas por causa de si mesmo e não por Ele. [...]
Mas é preciso ter um coração de mármore ou de bronze para não sermos tocados pelo auxílio que Deus nos dá quando nos voltamos para Ele nas provações. Nas provações, é impossível não saborear como Ele é bom (Sl 33,9). E depressa começamos a amá-Lo mais por causa da doçura que nele encontramos do que por causa do nosso interesse. [...] Quando estamos nessa situação, não temos dificuldade em amar o nosso próximo como a nós mesmos. [...] Amamos os outros como somos amados, como Jesus Cristo nos amou. É esse o amor daquele que diz com o salmista: «Louvai o Senhor porque Ele é bom» (Sl 117,1). Louvar o Senhor, não porque Ele é bom para nós, mas simplesmente porque Ele é bom, amar a Deus por Deus e não por nós próprios, é o terceiro degrau do amor.
Felizes os que puderam subir até ao quarto degrau do amor: amar-se a si mesmos só com o amor de Deus. [...] Quando saberá a minha alma, voltada para o amor de Deus, esquecida de si própria, não se julgando mais do que um vaso quebrado, lançar-se para Deus para se perder nele e ser um mesmo espírito com Ele? (1Cor 6,17). Quando poderá dizer de si: «A minha carne e o meu coração desfalecem, mas o Senhor é para sempre a rocha do meu coração e a minha herança» (Sl 72,26)? Santos e felizes os que puderam experimentar qualquer coisa de semelhante durante esta vida mortal, mesmo que raramente, mesmo que uma única vez. Esta não é uma felicidade humana, é viver já no céu.

Sexta-feira, dia 05 de Junho de 2015

Sexta-feira da 9ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Bonifácio, bispo, mártir, +754 

Livro de Tobias 11,5-15a.
Naqueles dias, Ana, mulher de Tobit, estava sentada, percorrendo com a vista o caminho por onde seu filho Tobias devia voltar.
Quando verificou que ele estava a chegar, disse a Tobit: «O teu filho está a chegar com o homem que o acompanhou». 
O Anjo Rafael tinha dito a Tobias, antes de que ele se aproximasse do pai: «Estou certo de que se abrirão os olhos de teu pai. 
Unta-lhe os olhos com o fel de peixe: o remédio fará que as manchas se reduzam e desapareçam dos seus olhos. Teu pai vai recuperar a vista e verá a luz». 
Ana correu a lançar-se ao pescoço de seu filho e disse-lhe: «Já te vejo, meu filho. Agora posso morrer» e começou a chorar. 
Tobit levantou-se e, embora tropeçando, conseguiu sair pela porta do pátio. 
Tobias foi ao seu encontro com o fel de peixe na mão; soprou-lhe nos olhos, segurou-o e disse-lhe: «Coragem, pai!». Depois aplicou-lhe o remédio 
e, com ambas as mãos, tirou-lhe uma espécie de pele dos cantos dos olhos 
Então Tobit lançou-se-lhe ao pescoço e chorou, dizendo: «Já te vejo, meu filho, luz dos meus olhos». 
E exclamou: «Bendito seja Deus, bendito seja o seu Santo Nome. Benditos sejam os seus santos Anjos por todos os séculos. 
Porque Deus tinha-me ferido, mas compadeceu-Se de mim e agora vejo meu filho Tobias». 
Livro de Salmos 146(145),2abc.7.8-9a.9bc-10.
Louva, ó minha alma, o Senhor. 
Hei-de louvar o Senhor enquanto viver. 
Hei-de cantar salmos ao Senhor Deus. 

O Senhor faz justiça aos oprimidos, 
dá pão aos que têm fome 
e a liberdade aos cativos. 

O Senhor ilumina os olhos dos cegos, 
o Senhor levanta os abatidos, 
o Senhor ama os justos. 

o Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva, 
mas entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reina eternamente. 
O teu Deus, ó Sião, 
é Rei por todas as gerações.

Evangelho segundo S. Marcos 12,35-37.
Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava no templo, dizendo: «Como podem os escribas dizer que o Messias é filho de David?
O próprio David afirmou, sob a acção do Espírito Santo: ‘Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-Te à minha direita até que Eu faça dos teus inimigos escabelo dos meus pés’. 
O próprio David Lhe chama ‘Senhor’. Como pode ser seu filho?» e a numerosa multidão escutava com prazer o que Jesus Cristo dizia.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

Catecismo da Igreja Católica 
§449-451 
«O próprio David Lhe chama Senhor»

Na versão grega dos livros do Antigo Testamento, o nome inefável com o qual Deus Se revelou a Moisés, Iahweh, é traduzido por «Kýrios» [«Senhor«]. «Senhor» torna-se desde então o nome mais habitual para designar a própria divindade do Deus de Israel. É neste sentido forte que o Novo Testamento utiliza o título de «Senhor» para o Pai e também - e aí está a novidade - para Jesus Cristo, reconhecido assim como o próprio Deus.
O próprio Jesus Cristo Se atribui de maneira velada este título quando discute com os fariseus o sentido do Salmo 110, mas também de modo explícito quando Se dirige aos seus apóstolos. Ao longo de toda a sua vida pública, os seus gestos de domínio sobre a natureza, sobre as doenças, sobre os demónios, sobre a morte e o pecado demonstravam a sua soberania divina.
É muito frequente, nos Evangelhos, as pessoas dirigirem-se a Jesus Cristo chamando-Lhe «Senhor». Este título exprime o respeito e a confiança dos que se aproximam de Jesus Cristo, esperando que Ele os ajude e os cure; sob a moção do Espírito Santo, ele exprime o reconhecimento do mistério divino de Jesus Cristo. No encontro com Jesus Cristo ressuscitado, transforma-se numa expressão de adoração: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28); assume então uma conotação de amor e afeição que se tornará  peculiar à tradição cristã: «É o Senhor!» (Jo 21,7).
Ao atribuir a Jesus Cristo o título divino de «Senhor», as primeiras confissões de fé da Igreja afirmam, desde o início, que o  poder, a honra e a glória devidos a Deus Pai cabem também a Jesus Cristo, por Ele ser «de condição divina» (Fil 2,6) e o Pai ter manifestado esta soberania de Jesus Cristo, ressuscitando-O dos mortos e exaltando-O na sua glória. 
Desde o princípio da história cristã, a afirmação do senhorio de Jesus Cristo sobre o mundo e sobre a história significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter a sua liberdade pessoal de maneira absoluta a nenhum poder terrestre, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é «o Senhor». A Igreja crê [...] que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e Mestre.
A oração cristã é marcada pelo título «Senhor», quer se trate do convite à oração: «o Senhor esteja convosco», da conclusão da oração: «por Jesus Cristo, nosso Senhor» ou ainda do grito cheio de confiança e de esperança: «Maran atha!» («o Senhor vem!») ou «Marana tha!» («Vem, Senhor!») (1Cor 16,22): «Amém, vem, Senhor Jesus!» (Ap 2,20).

Sábado, dia 06 de Junho de 2015

Sábado da 9ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Tobit chamou seu filho Tobias e disse-lhe: «Filho, agora deves pagar o salário ao homem que foi contigo e acrescentar alguma gratificação».
Tobias chamou-o e disse-lhe: «Toma como salário metade de todos os bens que trouxemos e vai em paz». 
Então Rafael chamou-os à parte e disse-lhes: «Bendizei a Deus e louvai-O diante de todos os seres vivos pelo bem que vos fez. Glorificai e exaltai o Seu Nome. Anunciai dignamente as obras de Deus a todos os homens e não vos canseis de O louvar. 
É bom guardar o segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras de Deus. Praticai o bem e nenhum mal vos atingirá. 
É boa a oração com o jejum, é boa a esmola com justiça. É melhor possuir pouco com justiça do que muito com injustiça. É melhor dar esmola do que acumular muito ouro. 
A esmola salva da morte e purifica de todo o pecado. Quem distribui esmola viverá longa vida, 
mas quem comete pecados e injustiças é inimigo da própria vida. 
Manifestar-vos-ei toda a verdade sem nada vos ocultar. Já vos disse e repito: é bom guardar o segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras de Deus. 
Pois bem. Quando oráveis, tu e Sara, eu apresentava o memorial da vossa oração diante da glória do Senhor e o mesmo fazia quando sepultavas os mortos. 
E quando te levantaste sem hesitar para ir sepultar aquele morto, então fui enviado para te pôr à prova, mas Deus enviou-me também para te curar, a ti e a Sara, tua nora. 
Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão ao serviço de Deus, na presença da glória do Senhor. 
E agora bendizei o Senhor sobre a Terra e louvai a Deus. Eu vou subir para junto d’Aquele que me enviou». 
Livro de Tobias 13,2.6.7.8.
Bendito seja Deus que vive eternamente: 
o seu reino permanece por todos os séculos. 
Nas suas mãos está o castigo e o perdão, a vida e a morte, 
nada e ninguém escapa ao seu poder. 

Se vos converterdes a Ele de todo o coração 
e praticardes a verdade na sua presença, 
Ele voltar-Se-á para vós 
e não mais vos esconderá a sua face. 

Considerai o que Ele fez por vós 
e proclamai bem alto a vossa gratidão. 
Bendizei o Senhor da justiça 
e glorificai o Rei dos séculos. 

Na terra do meu exílio louvarei o Senhor, 
anunciarei o seu poder e a sua grandeza 
a um povo de pecadores.
Voltai-vos para Ele, pecadores, 
e praticai a justiça na sua presença. 
Talvez vos mostre a sua benevolência 
e use de misericórdia para convosco. 

Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. 
Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». 
Jesus Cristo sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. 
Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. 
Jesus Cristo chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. 
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver». 

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja 
Poema «Vivo sin vivir en mí» 

«Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Vivo sem viver em mim; 
E minha esperança é tal, 
Que morro de não morrer. 

Vivo já fora de mim 
Desde que morro de amor; 
Pois vivo no Senhor 
Que me quis para Si. 
Quando Lhe dei o coração, 
Nele inscrevi estas palavras: 
Morro de não morrer. [...] 

Ah! que triste é a vida 
Que não se alegra no Senhor! 
E, se o amor é doce, 
Não o é a longa espera. 

Livra-me, meu Deus, desta carga 
Mais pesada do que o ferro, 
Pois morro de não morrer. 

Vivo só da confiança 
De que um dia hei-de morrer, 
Pois pela morte é a vida 
Que a esperança me promete. 

Morte em que se ganha a vida, 
Não tardes que te espero, 
Pois morro de não morrer. 

Vede como é forte o amor (Cant 8,6); 
Ó vida, não me sobrecarregues! 
Vê o que apenas resta: 
Para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24) 

Venha ela, a doce morte! 
Que minha morte venha bem cedo, 
Pois morro de não morrer. 

Esta vida lá do alto, 
Que é vida verdadeira, 
Até que morra a vida cá de baixo 
Enquanto se viver não se a tem. 

Ó morte, não te escondas! 
Que viva porque morro já, 
Pois morro de não morrer. 

Ó vida, que posso eu dar 
A meu Deus que vive em mim, 
Senão perder-te, a ti, 
Para merecer prová-Lo! 

Desejo, morrendo, obtê-Lo, 
Pois tenho tal desejo do meu Amado 
Que morro de não morrer. ©



O meu clube de  leitura

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

Os meus blogues

http://www.passo-a-rezar.net/       meditações cristãs
http://www.descubriter.com/pt/             Rota Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” - options - download
http://www.radiosim.pt/        18,30h – terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
Página 1          (novo jornal online gratuito)
http://www.livestream.com/stantonius         16h20 – terço;  17h00 – missa  (hora de Lisboa)        http://www.santo-antonio.webnode.pt/















Sem comentários:

Enviar um comentário