sábado, 20 de abril de 2013

Cristianismo 108


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade culminante da nossa fé em Jesus Cristo e está estreitamente ligada ao mistério da Incarnação do Filho de Deus. É dele o cumprimento, segundo o desígnio eterno de Deus: pela sua morte, Jesus Cristo liberta-nos do pecado; pela sua ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida. A cruz triunfante vence a morte e o pecado e traz-nos a redenção (CIC, §638, 653-655). Recordemos a homilia do nosso Santo Padre Francisco no passado dia 14 de março :
«Tenhamos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor que é derramado na Cruz e de confessar como nossa única glória Jesus Cristo Crucificado» e assim poderemos ir mais longe.
Desejamos-vos santas festas pascais…
e é com alegria que vos anunciamos a extensão deste serviço a mais uma língua: o gaélico (língua oficial da Irlanda).
Anunciamo-vos a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre.
Com toda a nossa amizade e esperando cooperar com cada um de vós na caminhada para o Pai,
podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
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Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 14 de Abril de 2013

3º Domingo da Páscoa - Ano C

Festa da Igreja : Terceiro Domingo do Tempo Pascal (semana III do saltério)
Santo do dia : S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246, Santa Ludovina (Liduina), virgem, +1433, Santo Abôndio
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,27b-32.40b-41.
Naqueles dias, o Sumo Sacerdote, falou aos apóstolos e
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas juntamente com o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus Cristo.

Livro de Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.
Senhor, eu te enalteço porque me salvaste
e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos,
poupaste-me a vida para eu não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós que o amais
e agradecei-lhe, lembrando a sua santidade.
A sua indignação dura apenas um instante,
mas a sua benevolência é para toda a vida.
Ao cair da noite, vem o pranto;
e ao amanhecer, volta a alegria.

Ouve-me, Senhor, tem compaixão de mim;
Senhor, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa,
tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.

Livro do Apocalipse 5,11-14.
Eu, João, na visão que tive, ouvi a voz de uma multidão angélica, à volta do trono, dos seres viventes e dos anciãos; o seu número era de miríades de miríades, milhares de milhares e
cantavam com voz forte: «O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor.»
Ouvi também todas as criaturas do céu, da Terra e de debaixo da terra, do mar e de tudo quanto neles existe, que proclamavam: «Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, sejam dados o louvor, a honra, a glória e a fortaleza pelos séculos dos séculos.»
E os quatro seres viventes diziam: «Ámen.» E os anciãos prostraram-se em adoração.

Evangelho segundo S. João 21,1-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades e manifestou-se deste modo:
estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper do dia, Jesus Cristo apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Jesus Cristo disse-lhes então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Então o discípulo que Jesus Cristo amava (Jonas) disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa porque estava sem mais roupa e lançou-se à água.
Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão.
Jesus Cristo disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde almoçar.» e nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?» porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus Cristo aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus Cristo apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de terem comido, Jesus Cristo perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» (nestas perguntas do Senhor Jesus Cristo a Pedro se verifica como é fundamental o amor-comunhão no universo de Deus, no mundo de Jesus Cristo. Sem amor ninguém consegue lá entrar ou viver em comunhão com.) Pedro ficou triste por Jesus Cristo lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?', mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» e Jesus Cristo disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho, n º 24
«Ao romper do dia, Jesus Cristo apresentou-se na margem»
Que simboliza o mar senão o mundo actual, batido pelas ondas tumultuosas das nossas ocupações e pelos turbilhões de uma vida caduca? E o que representa a margem firme senão a perpetuidade do descanso eterno? Portanto os discípulos afadigam-se no lago porque ainda estão presos nas ondas da vida mortal, mas o nosso Redentor, depois da Sua ressurreição, fica na margem, uma vez que já ultrapassou a condição da fragilidade da carne. É como se Ele tivesse querido servir-Se dessas coisas para falar aos Seus discípulos do mistério da Sua ressurreição, dizendo-lhes: «Já não vos apareço no mar (Mt 14,25) porque já não estou entre vós no meio da agitação das ondas.»
Foi no mesmo sentido que, noutro lugar, disse a esses mesmos discípulos após a ressurreição: «Disse-vos essas coisas quando ainda estava convosco» (Lc 24,44). Não lhes disse isto por já não estar com eles – pois o Seu corpo estava presente e aparecia-lhes −, mas [...] porque a Sua carne imortal Se distanciava muito dos seus corpos mortais: Ele dizia que já não estava com eles e contudo estava no meio deles. Na passagem que lemos hoje, diz-lhes a mesma coisa pela localização do Seu corpo: enquanto os discípulos ainda navegam, doravante Ele está firme na margem.
Segunda-feira, dia 15 de Abril de 2013

Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-15.
Naqueles dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Subornaram então uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois, surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus, o de Nazaré, destruiria este lugar e mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto era como o rosto de um Anjo. (Portugal e o Brasil têm lugares com os nomes de Belém, Nazaré precisamente porque são marcos na vida histórica de Jesus Cristo)

Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os grandes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará nas vossas leis.
Os vossos preceitos são as minhas delícias;
são eles os meus conselheiros.

Exponho-vos os meus caminhos;
Vós me atendeis
ensinai-me as vossas vontades.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Afastai-me dos caminhos da mentira,
fazei que seja fiel à vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.

Evangelho segundo S. João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n'O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco e que Jesus Cristo não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus Cristo.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 82, 5
«O alimento que perdura e dá a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará»
Os judeus comiam a refeição da Páscoa em pé, com as sandálias nos pés e o cajado na mão; comiam-na à pressa (cf Ex 12,11). Tu ainda tens mais razão para te manteres vigilante! Eles apressavam-se para partir para a Terra Prometida e comportavam-se como viajantes; tu encaminhas-te para o céu. É por isso que temos de estar sempre em guarda. [...] Os inimigos de Jesus Cristo bateram no Seu santíssimo corpo sem saberem o que faziam (cf Lc 23,34) e tu recebê-Lo-ias com a alma impura depois de tantos benefícios que Ele te fez? Pois Ele não Se contentou em Se fazer homem, em ser flagelado e morto; no Seu amor, quis também unir-Se a nós, identificar-Se connosco não apenas pela fé, mas realmente pela participação no Seu próprio corpo. […]
Considera a honra que recebes e a que mesa és conviva. Aquele que os anjos não vêem sem tremer, Aquele para Quem não ousam sequer olhar sem temor por causa do esplendor da glória que Lhe irradia da face, é d'Esse que fazemos nosso alimento, tornando-nos um só corpo e uma só carne com Ele. «Quem poderá contar as obras do Senhor e anunciar todos os Seus louvores?» (Sl 106,2) Que pastor alguma vez alimentou as suas ovelhas com a sua própria carne? [...] Acontece muitas vezes as mães confiarem os filhos a amas. Jesus Cristo não faz isso; Ele alimenta-nos com o Seu próprio sangue, torna-nos um só corpo com Ele.

Terça-feira, dia 16 de Abril de 2013

Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais assim sois vós também. Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que predisseram a vinda do Justo, a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes
Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.»
Eles então soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado.» Dito isto, adormeceu.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição caiu sobre a igreja (cristã) de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho minha confiança:
hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Vós sois o meu rochedo e a minha fortaleza;
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Nas vossas mãos entrego o meu espírito,
Vós me resgatais, Senhor, Deus da verdade.

Brilhe sobre o vosso servo a vossa luz;
salvai-me pela vossa misericórdia.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa face,
longe das intrigas dos homens.

Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.

Evangelho segundo S. João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que sinal realizas Tu então para nós vermos e crermos em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu (eucaristia),
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.

Beato Jan van Ruysbroeck (1293-1381), cónego regular
«Dá-nos sempre desse pão»
O primeiro sinal do amor foi Jesus Cristo ter-nos dado a Sua carne a comer e o Seu sangue a beber: eis uma coisa inaudita que exige de nós admiração e estupefacção.
O que é próprio do amor é dar sempre e sempre receber. Ora o amor de Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, pródigo e ávido: dá tudo o que tem e o que é e recebe tudo o que nós temos, tudo o que somos.
Ele tem uma fome imensa. [...] Quanto mais o nosso amor O deixa agir mais O desfrutamos amplamente. Ele tem uma fome imensa, insaciável. Ele bem sabe que somos pobres, mas não tem isso em conta. Faz-Se a Si mesmo pão em nós, fazendo desaparecer no Seu amor, antes de mais, as nossas más inclinações, as nossas faltas e os nossos pecados. Depois, quando nos vê puros, chega ávido de tomar a nossa vida e de a transformar na Sua, a nossa cheia de pecados, a Sua cheia de graça e de glória, totalmente preparada para nós, bastando para isso que renunciemos a nós próprios (cf Mt 16,24). [...] Todos os que amam, compreender-me-ão. Ele faz-nos o dom de uma fome e de uma sede eternas.
A essa fome e essa sede, Ele dá a comer o Seu corpo e o Seu sangue. Quando O recebemos com dedicação interior, o Seu sangue, pleno de calor e de glória, jorra de Deus para as nossas veias. O fogo pega dentro de nós e o gosto espiritual penetra-nos a alma e o corpo, o gosto e o desejo. Ele permite-nos assemelharmo-nos às Suas virtudes; vive em nós e nós n'Ele.
Quarta-feira, dia 17 de Abril de 2013

Quarta-feira da 3ª semana da Páscoa

No mesmo dia, uma terrível perseguição caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Entretanto homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram por ele grandes lamentações.
Quanto a Saulo, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e entregava-os à prisão.
Os que tinham sido dispersos foram de aldeia em aldeia, anunciando a palavra da Boa-Nova.
Foi assim que Filipe desceu a uma cidade da Samaria e aí começou a pregar Jesus Cristo.
Ao ouvi-lo falar e ao vê-lo realizar milagres, as multidões aderiam unanimemente à pregação de Filipe.
De facto, de muitos possessos saíam espíritos malignos, soltando grandes gritos e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve grande alegria naquela cidade.

Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
tornai glorioso o seu louvor.
Dizei a Deus: "São admiráveis as tuas obras!

Toda a Terra te adora e canta louvores;
entoa hinos ao teu nome."
Vinde e admirai as obras de Deus,
as obras admiráveis que Ele fez diante dos homens.

Converteu o mar em terra firme
e puderam atravessar a pé enxuto.
Por isso nos alegramos n'Ele!
Com o seu poder governa para sempre.

Evangelho segundo S. João 6,35-40.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.
Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes.
Todos os que o Pai me dá, virão a mim e quem vier a mim Eu não o rejeitarei porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia.
Esta é, pois a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade Carta a um sacerdote, 17/02/1978, in «Vem, sê a minha luz»
«Eu sou o pão da vida»
Pediu para passar três meses a sós com Jesus Cristo [em retiro] e parece-me bem. Mas, se durante esse período a fome de Jesus Cristo no coração dos membros do Seu povo for maior do que a sua, não deve permanecer a sós com Jesus Cristo; deve permitir que Jesus Cristo o transforme em pão para ser comido por aqueles que o procuram. Permita que as pessoas o devorem; proclame Jesus Cristo através da palavra e da presença. [...] Nem Deus podia dar maior prova de amor do que dar-Se como Pão de vida – para ser partido, para ser comigo a fim de que possamos comê-Lo e viver, de que possamos comê-Lo e satisfazer a nossa fome de amor.
E contudo, Ele não está satisfeito porque também Ele tem fome de amor. Por isso tomou a vez do que tem fome, do que tem sede, do nu e do que não tem casa e não deixa de clamar: «Tive fome, estive nu, não tinha onde morar. Foi a Mim que o fizestes» (Mt 25, 40). O Pão da Vida e o faminto, mas um único amor: só Jesus Cristo.

Quinta-feira, dia 18 de Abril de 2013

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo do dia : Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923
Livro dos Actos dos Apóstolos 8,26-40.
Naqueles dias, o Anjo do Senhor falou a Filipe e disse-lhe: «Põe-te a caminho e dirige-te para o Sul, pela estrada que desce de Jerusalém para Gaza, a qual se encontra deserta.»
Ele pôs-se a caminho e foi para lá. Ora um etíope, eunuco e alto funcionário da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os seus tesouros, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém,
regressava, na mesma altura, sentado no seu carro, a ler o profeta Isaías.
O Espírito disse a Filipe: «Vai e acompanha aquele carro.»
Filipe, acorrendo, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe: «Compreendes verdadeiramente o que estás a ler?»
Respondeu ele: «E como poderei compreender sem alguém que me oriente?» E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele estava a ler era a seguinte: Como ovelha levada ao matadouro e como cordeiro sem voz diante daquele que o tosquia assim Ele não abre a sua boca.
Na humilhação se consumou o seu julgamento e quem poderá contar a sua geração? Da face da Terra foi tirada a sua vida!
Dirigindo-se a Filipe, o eunuco disse-lhe: «Peço-te que me digas: De quem fala o profeta? De si mesmo ou de outra pessoa?»
Então Filipe tomou a palavra e, partindo desta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Boa-Nova de Jesus Cristo.
Pelo caminho fora, encontraram uma nascente de água e o eunuco disse: «Está ali água! Que me impede de ser baptizado?»
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus
E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o eunuco, e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe (isto demonstra o quanto o Senhor Jesus Cristo estava presente e empenhado na construção da Sua Igreja) e o eunuco não o viu mais, seguindo o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e, partindo dali, foi anunciando a Boa-Nova a todas as cidades até que chegou a Cesareia.

Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Bendizei, ó povos, o nosso Deus,
fazei ressoar a voz do seu louvor.
Foi Ele quem salvou a nossa vida
e não permitiu que os nossos pés resvalassem.

Vinde e ouvi, todos os que adorais a Deus;
vou narrar-vos o que Ele fez por mim.
Meus lábios o invocaram e minha língua o louvou.

Bendito seja Deus que não rejeitou a minha oração
nem me retirou a Sua misericórdia.

Evangelho segundo S. João 6,44-51.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou o não atrair e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia.
Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim.
Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram.
Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.
Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente e o pão que Eu hei-de dar, é a minha carne pela vida do mundo.»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade Carta a um sacerdote, 17/02/1978, in «Vem, sê a minha luz»
«Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.»
«Tive fome, estava nu, não tinha casa. Foi a Mim que o fizestes» (Mt 25, 40). O Pão de vida e o faminto, mas um único amor: Jesus Cristo somente. A Sua humildade é tão maravilhosa. Compreendo a Sua majestade, a Sua grandeza – mas a Sua humildade ultrapassa a minha compreensão porque Ele faz-Se Pão da Vida a fim de que até uma criança pequena como eu possa comê-Lo e viver.
Há uns dias, quando dava a sagrada comunhão às nossas irmãs na casa-mãe, apercebi-me de repente de que tinha Jesus Cristo entre os dedos. A grandeza da humildade de Deus. É bem verdade que «não há maior amor», não há amor maior que o amor de Jesus Cristo (Jo 15, 13). Calculo que tenha muitas vezes esta impressão de que, à sua palavra, entre as suas mãos, o pão se transforma no corpo de Jesus Cristo e o vinho se transforma no sangue de Jesus Cristo. Que grande deve ser o seu amor a Jesus Cristo! Não há amor maior que o amor do sacerdote a Jesus Cristo, «seu Senhor e seu Mestre» (Jo 20, 28).

Sexta-feira, dia 19 de Abril de 2013

Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Saulo, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém.
Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu.
Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»
Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém.
Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e assim entrou em Damasco
onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.»
O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso que está a orar neste momento.»
Saulo entretanto viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém.
E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes para prender todos quantos invocam o teu nome.»
Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.»
Então Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.»
Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo.
Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos em Damasco.
Começou então imediatamente a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-o, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites
e a fidelidade do Senhor é eterna!

Evangelho segundo S. João 6,52-59.
Naquele tempo, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?!»
Disse-lhes Jesus Cristo: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue (a eucaristia), não tereis a vida em vós.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia
porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele.
Assim como o Pai que me enviou, vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come, viverá por mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»
Isto foi o que Ele disse em Cafarnaúm, ao ensinar na sinagoga.

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja Hino eucarístico «Adoro te devote»
«A Minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue uma verdadeira bebida»
Adoro-Te com amor,Jesus escondido,
Que sob estas espécies és presente.
Dou-Te o meu coração inteiramente,
Em Tua contemplação desfalecido.

A vista, o tacto, o gosto nada sabem,
Só no que o ouvido sabe se há-de crer.
Creio em tudo o que o Filho de Deus veio dizer:
Nada mais verdadeiro pode ser
Do que a própria Palavra da Verdade.

Na cruz estava oculta o divino,
Aqui também o está a humanidade.
E contudo, eu creio e o confesso
Que ambas aqui estão na realidade,
E o que pedia o bom ladrão, eu peço.

Não vejo as chagas como Tomé,
Mas confesso-Te meu Mestre e meu Senhor.
Faz-me ter cada vez em Ti mais fé,
Uma esperança maior e mais amor.

Ó memorial da morte do Senhor!
Ó vivo pão que ao homem dás a vida!
Que a minha alma sempre de Ti viva!
Que sempre lhe seja doce o Teu sabor!

Sábado, dia 20 de Abril de 2013

Sábado da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, crescia como um edifício e caminhava no amor do Senhor e, com a assistência do Espírito Santo, ia aumentando.
Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida.
Encontrou lá, estendido num catre, havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.
Pedro disse-lhe: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te! Levanta-te e arranja a enxerga.» e ele ergueu-se imediatamente.
Todos os habitantes de Lida e da planície de Saron viram isso e converteram-se ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma mulher chamada Tabitá, que significa «Gazela.» Era rica em boas obras e nas esmolas que distribuía.
Ora nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala de cima.
Como Lida era perto de Jope e ouvindo os discípulos dizer que Pedro estava lá, mandaram-lhe dois homens com o seguinte pedido: «Vem depressa ter connosco!»
Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, levaram-no à sala de cima e encontrou lá todas as viúvas que choravam e lhe mostravam as túnicas e mantos feitos por Dórcada enquanto ela estava na sua companhia.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se depois para o corpo, disse: «Tabitá, levanta-te!» Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Tomando-a pela mão, Pedro ajudou-a a erguer-se. Chamando então os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
Toda a cidade de Jope soube deste acontecimento e muitos acreditaram no Senhor.

Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

Cumprirei com as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva,
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Que palavras insuportáveis! Quem pode entender isto?»
Mas Jesus Cristo, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes?
É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos disse são espírito e são vida.
Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus Cristo sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia de entregar.
E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai.»
A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele.
Então Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-lhe Simão Pedro: «
A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!
Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Revelação divina, «Dei Verbum», §§ 24-26
«Tu tens palavras de vida eterna!»
As Sagradas Escrituras contêm a palavra de Deus e, pelo facto de serem inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus; por isso, o estudo destes sagrados livros deve ser como que a alma da sagrada teologia. Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese e toda a espécie de instrução cristã [...] com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura.
O sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis [...] a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras porque «a ignorância das Escrituras é ignorância de Jesus Cristo» (São Jerónimo). Debrucem-se, pois gostosamente sobre o texto sagrado quer através da sagrada liturgia, rica de palavras divinas quer pela leitura espiritual quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém de que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem porque «a Ele falamos quando rezamos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos» (Santo Ambrósio). […]
Deste modo, pois que com a leitura e o estudo dos livros sagrados «a palavra de Deus se difunda e resplandeça (2Tess 3,1) e o tesouro da revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens. Assim como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus que «permanece para sempre» (Is 40,8; cf lPed 1,23-25).

O meu clube de leitura

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
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