sábado, 13 de abril de 2013

Cristianismo 107


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade culminante da nossa fé em Jesus Cristo e está estreitamente ligada ao mistério da Incarnação do Filho de Deus. É dele o cumprimento, segundo o desígnio eterno de Deus: pela sua morte, Jesus Cristo liberta-nos do pecado; pela sua ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida. A cruz triunfante vence a morte e o pecado e traz-nos a redenção (CIC, §638, 653-655). Recordemos a homilia do nosso Santo Padre Francisco no passado dia 14 de março :
«Tenhamos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor que é derramado na Cruz e de confessar como nossa única glória Jesus Cristo Crucificado» e assim poderemos ir mais longe.
Desejamos-vos santas festas pascais…
e é com alegria que vos anunciamos a extensão deste serviço a mais uma língua: o gaélico (língua oficial da Irlanda).
Anunciamo-vos a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre.
Com toda a nossa amizade e esperando cooperar com cada um de vós na caminhada para o Pai,
podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
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Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 07 de Abril de 2013

2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano C

Pelas mãos dos Apóstolos, realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de Salomão
e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer.
Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor
a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles.
A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos e todos eram curados.

Livro de Salmos 118(117),2-4.22-24.25-27a.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.

Digam os que adoram o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.
A pedra que os construtores rejeitaram,
tornou-se pedra angular.

Isto se fez por obra do Senhor
e é um prodígio aos nossos olhos.
O Senhor actuou neste dia
cantemos e alegremo-nos n'Ele.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor, nós vos bendizemos.

Deus, o Senhor, é quem nos alumia.

Livro do Apocalipse (= fim dos tempos) 1,9-11a.12-13.17-19.
Eu, João, (S. João Evangelista) que sou vosso irmão e companheiro na perseguição, (perseguição às igrejas cristãs da Ásia no tempo do imperador Domiciano cerca do ano 95 e perseguições internas devido a heresias) no Reino e na constância cristã, encontrava-me na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo.
No dia do Senhor (= domingo), o Espírito arrebatou-me e ouvi atrás de mim uma voz potente como de trombeta,
que dizia: «O que vais ver, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas: à de Éfeso, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia e de Laodiceia.»
Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro;
no meio dos candelabros, vi alguém com aparência humana; estava vestido de uma túnica comprida até aos pés e cingido com um cinto de ouro em torno do peito;
Ao vê-lo, caí como morto, a seus pés. Mas Ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: «Não tenhas medo! Eu sou o Primeiro e o Último;
Aquele que vive. Estive morto; mas, como vês, estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da Morte e do Abismo!
Escreve, pois as coisas que vês, as que estão a acontecer e as que vão acontecer depois destas.

Evangelho segundo S. João 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana (= domingo), estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam com medo das autoridades judaicas, veio Jesus Cristo, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus Cristo veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus Cristo veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus Cristo na presença dos seus discípulos que não estão escritos neste livro.
Estes, porém foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus e, acreditando, terdes a vida nele.

Beato João Paulo II (1920-2005), Papa Encíclica «Dominum et vivificantem» §2
«Recebei o Espírito Santo»
Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo — são também o tempo da nova vinda do Espírito Santo como Paráclito e Espírito da Verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio» da comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no Espírito Santo, por obra de Jesus Cristo Redentor. Este novo princípio é a Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito». (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor(-Comunhão), é uma fonte inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Jesus Cristo, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao mundo inteiro.
A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de David segundo a carne» — como escreve o apóstolo São Paulo — é «constituído Filho de Deus com todo o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos mortos» (Rm 1,3-4). Pode-se dizer assim que a «elevação» messiânica de Jesus Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição quando Ele Se revelou como Filho de Deus, «cheio de poder» e este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pelo duplo feito de Jesus Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração novo. [...] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito»; (Ez 36,26-27) e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É Ele: o Espírito da Verdade, o Paráclito enviado por Jesus Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado.
Segunda-feira, dia 08 de Abril de 2013

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR, solenidade

Naqueles dias, o Senhor mandou dizer ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede ao SENHOR teu Deus um sinal quer no fundo dos abismos quer lá no alto dos céus.»
Acaz respondeu: «Não pedirei tal coisa, não tentarei o SENHOR.»
Isaías respondeu: «Escuta, pois casa de David: Não vos basta já ser molestos para os homens senão que também ousais sê-lo para o meu Deus?
Por isso o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel.
Traçai planos que serão frustrados; ordenai ameaças que não serão executadas, pois temos o Emanuel: «Deus-connosco.»

Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.11.
Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

No Livro da Lei está escrito
aquilo que devo fazer.
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração.

Anunciei a tua justiça na grande assembleia;
Tu bem sabes, Senhor, que não fechei os meus lábios.
Não escondi a tua justiça no fundo do coração;
proclamei a tua fidelidade e a tua salvação.
Não ocultei à grande assembleia
a tua bondade e a tua verdade.

Carta aos Hebreus 10,4-10.
Irmãos: Uma vez que é impossível que o sangue dos touros e dos bodes apague os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados – e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime assim o primeiro culto para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 1,26-38.
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David e o nome da virgem era Maria.
Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo
Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria a si própria o que significava tal saudação.
Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus.
Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.
Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David,
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim
Maria disse ao anjo: «Como será isso se eu não conheço homem?»
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus.
Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril
porque nada é impossível a Deus
Maria disse então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» e o anjo retirou-se de junto dela.

Concílio Vaticano II Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen gentium», § 56
«Eis a serva do Senhor»
O Pai das misericórdias quis que a Incarnação fosse precedida de uma aceitação por parte daquela que Ele predestinara para ser a Mãe. Ele quis assim que como uma mulher contribuiu para a morte (Gn 3) também outra mulher contribuísse para a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus Cristo: dando à luz ao mundo a própria Vida que tudo renova, Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão e, por isso, não é de admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura. Enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição com os esplendores de uma santidade singular, a Virgem é saudada pelo Anjo, da parte de Deus, como «cheia de graça» e responde ao mensageiro celeste: «Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra».
Deste modo, Maria, filha de Adão, dando o seu consentimento à palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus Cristo e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção. Por isso, consideram com razão os Santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela fé e a obediência, na salvação dos homens (e mulheres). Como diz Santo Ireneu, «obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação para si e para todo o género humano».

Terça-feira, dia 09 de Abril de 2013

Terça-feira da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santo Acácio de Amida, bispo, séc. V, Beata Celestina Faron, mártir, 1944
Livro dos Actos dos Apóstolos 4,32-37.
A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum.
Com grande poder, os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus Cristo e uma grande graça operava em todos eles.
Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda
e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se então a cada um conforme a necessidade que tivesse.
Assim um levita cipriota, de nome José, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé, isto é, «filho da consolação»,
possuía uma terra; vendeu-a e trouxe a importância que depositou aos pés dos Apóstolos.

Livro de Salmos 93(92),1ab.1c-2.5.
O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade.
Revestido e cingido de poder está o Senhor.
Firmou o universo que não vacilará.

Firmou o universo que não vacilará.
O teu trono, Senhor, está firme desde sempre
e Tu existes desde a eternidade.
São dignos de fé os teus testemunhos,
a tua casa está adornada de santidade
por todo o sempre, ó Senhor!

Evangelho segundo S. João 3,7b-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.'
O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»
Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei das coisas da Terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu?
Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto
a fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna.

Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja Hino 1 sobre a Ressurreição
«Pois ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu»
O Pastor de todos desceu,
Procurou Adão, ovelha perdida,
Levou-o aos ombros e subiu.
Fez de Si mesmo sacrifício oferecido
ao Senhor do rebanho (cf Lc 15,4; Jo 10,11).

Bendita seja a Sua descida até nós!

Ele veio, orvalho e chuva vivificante,
A Maria, essa terra sedenta.
O grão de trigo desceu à terra
E dela voltou a subir, ramo e pão novo (Jo 12,24).

Bendita seja a Sua oferenda! [...]

Do alto, o poder desceu para nós;
Do seio da Virgem, a esperança brilhou para nós;
Do sepulcro, a vida surgiu para nós,
À direita do Pai, Ele Se senta como Rei para nós.

Bendita seja a Sua honra!

Do alto jorrou como um rio;
De Maria saiu como um rebento;
Do bosque suspendeu-Se como um fruto,
E subiu ao céu, oferenda das primícias.

Bendita seja a Sua vontade!

Quarta-feira, dia 10 de Abril de 2013

Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa

Naqueles dias, surgiu o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja
e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública.
Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, depois de os ter conduzido para fora, disse-lhes:
«Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida
Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a ensinar. Entretanto chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes; convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia.
Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram, declarando:
«Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta, mas, depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no interior.»
Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande perplexidade acerca dos Apóstolos e perguntavam a si próprios o que poderia significar tudo aquilo.
Veio então alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão agora no templo a ensinar o povo.»
O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo povo.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n'Ele se refugia.

Evangelho segundo S. João 3,16-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado por não crer no Filho Unigénito de Deus.
E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo e os homens preferiram as trevas à Luz porque as suas obras eram más.
De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»

Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul Capítulos sobre o conhecimento, IV, 77-78
«Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o Seu Filho Unigénito»
O homem que se inflama por causa da verdade ainda não conheceu a verdade tal como ela é. Quando a conhecer verdadeiramente, deixará de se inflamar por causa dela. O dom de Deus e o conhecimento adquirido com esse dom nunca são motivos para nos perturbarmos ou elevarmos a voz, pois o lugar onde o Espírito mora com amor e humildade é um lugar onde só reina a paz. […]
Se o zelo fosse útil para a correcção dos homens porque Se teria Deus revestido de um corpo e empregado a suavidade e modos humildes para converter o mundo a Seu Pai? E porque Se teria Ele deixado pregar na cruz pelos pecadores e porque teria entregado o Seu santíssimo corpo ao sofrimento em favor do mundo? Digo que Deus o fez por uma única razão: dar a conhecer ao mundo o Seu amor para que a nossa capacidade de amar, aumentada por tal constatação, se fizesse cativa de amor por Ele. Assim o poder eminente do Reino dos Céus, que consiste no amor, encontrou modo de Se exprimir na morte de Seu Filho, [...] para que o mundo sinta o amor de Deus pela Sua Criação. Se esse gesto admirável tivesse como única razão de ser a remissão dos nossos pecados, teria sido suficiente outro modo de a realizar; pois quem a teria recusado se Ele tivesse morrido de uma morte simples, sem mais? Mas Ele não quis uma morte simples para que tu pudesses compreender qual é o mistério. […]
Para que foram necessários os insultos e os escarros? [...] Oh sabedoria vivificante! Compreendeste agora e sentiste qual a razão da vinda de Nosso Senhor e tudo o que se lhe seguiu antes mesmo de a Sua santa boca no-lo explicar claramente na Sua Pessoa. Com efeito está escrito: «Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o Seu Filho Unigénito».

Quinta-feira, dia 11 de Abril de 2013

Quinta-feira da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santo Estanislau, bispo, mártir, +1097, Santa Gema Galgani, Beata Elena Guerra, virgem, +1914
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,27-33.
Naqueles dias, o comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os,
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los.

Livro de Salmos 34(33),2.9.17-18.19-20.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n'Ele se refugia.

A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.

O Senhor está perto dos corações contritos
e salva os espíritos abatidos.
Muitas são as tribulações do Justo,
mas o Senhor O livra de todas elas.

Evangelho segundo S. João 3,31-36.
«Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo
e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho.
Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro;
pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus porque dá o Espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão.
Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja Confissões IX, 10
«Aquele que vem do Céu [...] dá testemunho daquilo que viu e ouviu»
Suponhamos uma alma onde se calaram as agitações da carne, onde se calaram todas as ilusões da terra, do mar, do ar e até do céu. Suponhamos que essa alma faz silêncio – silêncio dos sonhos e dos devaneios da imaginação – e se suplanta a si mesma, não pensando mais em si.
Suponhamos que nela se cala igualmente qualquer língua, qualquer signo passageiro, em suma, que tudo nela é silêncio uma vez que, ouvindo todas as coisas lhe dizem: «Não fomos nós que nos fizemos a nós mesmas, mas fez-nos Aquele que permanece para sempre» (cf Sl 99,3.5) e, tendo dito isto, se calam de imediato porque despertam os nossos ouvidos para Aquele que as fez.
Suponhamos que Deus Se põe a falar só Ele, já não através dessas criaturas, mas através de Si mesmo, de modo a ouvirmos o Seu Verbo não por meio da língua da carne nem da voz de um anjo nem do estrondo de uma nuvem (Ex 19,16) nem dos enigmas das parábolas, mas para O ouvirmos a Ele próprio que amamos em todas estas coisas [...] e assim o nosso pensamento atinge [...] a eterna Sabedoria que permanece acima de todas as coisas: [...] porventura não será isto que significa «Entra na alegria do teu Senhor»? (Mt 25,21)

Sexta-feira, dia 12 de Abril de 2013

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : Nossa Senhora dos Prazeres, S. Victor de Braga, mártir, +300, Beato Lourenço Mendes, religioso, séc. XIII, Santa Teresa de Jesus Fernandez Solar, religiosa, +1920
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,34-42.
Naqueles dias, ergueu-se então um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas que se dizia alguém e ao qual seguiram cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento e arrastou o povo atrás dele. Morreu igualmente e todos os seus adeptos foram dispersos.
E agora digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas se vem de Deus, não conseguireis destruí-los sem correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram então com as suas palavras.
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar em nome de Jesus Cristo e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus Cristo
e todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.

Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?

O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?

Creio firmemente vir a contemplar
a bondade do Senhor na Terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte,
tem coragem e confia no Senhor.

Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi para a outra margem do lago da Galileia ou de Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes.
Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus Cristo disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus Cristo disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois em número de uns cinco mil.
Então Jesus Cristo tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca».
Recolheram-nos então e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus Cristo tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus Cristo, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013) Meditationen zur Karwoche, 1969
«Dai-lhes vós de comer» (Mt 14,16)
No pão da Eucaristia recebemos a multiplicação inesgotável dos pães do amor de Jesus Cristo que é suficientemente rico para saciar a fome de todos os séculos e que procura assim colocar-nos, também a nós, ao serviço desta multiplicação dos pães. Os poucos pães de cevada da nossa vida poderão parecer inúteis, mas o Senhor precisa deles e pede-no-los.
Tal como a própria Igreja, também os sacramentos são fruto do grão de trigo que morre (Jo 12,24). Para os receber, temos de entrar no movimento de onde eles provêm. Este movimento consiste em nos perdermos a nós próprios sem o que não nos podemos encontrar: «Quem quiser salvar a sua vida (material), perdê-la-á (porque nascemos para falecer) e quem perder a sua vida (material) por Mim e pelo Evangelho, salvá-la-á (a vida, corpo, celeste)» (Mc 8,35). Esta palavra do Senhor é a fórmula fundamental da vida cristã [...]; a forma característica da vida cristã vem-lhe da cruz. A abertura cristã ao mundo, tão enaltecida actualmente, só pode encontrar o seu verdadeiro modelo no lado aberto do Senhor (Jo 19,34), expressão deste amor radical, que é o único capaz de salvar.
Do lado perfurado de Jesus Cristo crucificado saíram sangue e água. O que, à primeira vista, é sinal de morte, sinal do mais completo fracasso, constitui ao mesmo tempo um começo novo: o Crucificado ressuscita (depois de falecer) e não morre. Das profundezas da morte surgiu a promessa da vida eterna. Por cima da cruz de Jesus Cristo resplandece já a claridade vitoriosa da manhã de Páscoa. É por isso que viver com Ele sob o signo da cruz é sinónimo de viver sob a promessa da alegria pascal.

Sábado, dia 13 de Abril de 2013

Sábado da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Martinho I, Papa, +656, Santo Hermenegildo, rei visigótico, mártir, +585
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,1-7.
Naqueles dias, como o número de discípulos ia aumentando, houve queixas dos helenistas contra os hebreus porque as suas viúvas eram esquecidas no serviço diário.
Os Doze convocaram então a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém deixarmos a palavra de Deus para servirmos às mesas.
Irmãos, é melhor procurardes entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria; confiar-lhes-emos essa tarefa.
Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da Palavra
A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Foram apresentados aos Apóstolos que, depois de orarem, lhes impuseram as mãos.
A palavra de Deus ia-se espalhando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém e grande número de sacerdotes obedeciam à Fé.

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.
Exultai, ó justos, no Senhor;
louvai-o, rectos de coração.
Louvai o Senhor com a cítara;
cantai-lhe salmos com a harpa de dez cordas.

As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

Os olhos do Senhor velam pelos seus fiéis,
por aqueles que esperam na sua bondade
para os libertar da morte
e os manter vivos no tempo da fome.

Evangelho segundo S. João 6,16-21.
Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago
e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direcção a Cafarnaúm.
Já tinha escurecido e Jesus Cristo ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se.
Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus Cristo que se aproximava do barco, caminhando sobre o lago e tiveram medo.
Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!»
Quiseram recebê-lo logo no barco e o barco chegou imediatamente à terra para onde iam.

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poesia «Salmo 45», 28/04/1936; paráfrase do salmo 45/46
«E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»
Quando as tempestades rebentam
Tu és, Senhor, a nossa força.
Louvar-Te-emos, a Ti, Deus forte,
Nosso constante socorro.
Perto de Ti aguentamos firmes,
Em Ti pondo a nossa confiança,
Ainda que seja sacudida a Terra
E que se encapele o mar.

Podem as ondas enrolar-se e desenrolar-se,
Podem as montanhas vacilar,
A alegria há-de iluminar-nos,
A cidade de Deus louva-Te.
Tens nela a Tua morada,
Preservas a sua paz santa.
E um poderoso rio protege
A sublime morada de Deus.

Sublevam-se em loucura as multidões,
Colapsa o poder dos Estados.
Eis que Ele levanta a voz,
A Terra brame, sacudida.
Mas o Senhor está connosco,
O Senhor, o Deus Sabaoth.
Tu és para nós luz e salvação,
Contigo, jamais experimentaremos o medo.


Vinde todos, vinde contemplar
Os prodígios do Seu poder:
Todas as guerras se extinguem,
A corda do arco desentesa.
Lançai para o braseiro de fogo
Escudo e arma de guerra.
O Senhor, o Deus Sabaoth,
Socorre-nos na tribulação.

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