sábado, 20 de junho de 2015

Cristianismo 111 - até 20-06-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo, dia 14 de Junho de 2015
11º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Eis o que diz o Senhor Deus: «Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantá-lo num monte muito alto.
Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farão ninho todas as aves, toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos.
E todas as árvores do campo hão-de saber que Eu sou o Senhor; humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta, faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço». 
Livro de Salmos 92(91),2-3.13-16.
É bom louvar o Senhor
e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade
e durante a noite a vossa fidelidade.

O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano;
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.

Mesmo na velhice dará o seu fruto,
cheio de seiva e de vigor,
para proclamar que o Senhor é justo:
n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.

2ª Carta aos Coríntios 5,6-10.
Irmãos: Nós estamos sempre cheios de confiança, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis quer continuemos a habitar no corpo quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Jesus Cristo para que receba cada qual o que tiver merecido, enquanto esteve no corpo, quer o bem quer o mal
Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo se mete a foice porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus Cristo dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus Cristo pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 98, 1-2; CCL 24A, 602 
«Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto»

Irmãos, ouvistes que o Reino dos céus, em toda a sua grandeza, é parecido a um grão de mostarda. [...] É apenas isto que os crentes esperam? É isto que os fiéis aguardam? [...] É isto «que o olho não viu nem o ouvido ouviu nem jamais veio ao coração do homem»? É isto que o apóstolo Paulo promete e que está reservado, no mistério inexprimível da salvação, àqueles que amam? (1Cor 2,9) Não nos deixemos desconcertar pelas palavras do Senhor. Se, de facto, «a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem e a loucura de Deus é mais sábia do que o homem» (1Cor 1,25), essa pequena coisa que é o bem de Deus é mais esplêndida do que a imensidão do mundo.
Possamos nós semear no nosso coração esta semente de mostarda, de modo que ela venha a ser a grande árvore do conhecimento (Gn 2,9), elevando-se em toda a sua altura para elevar os nossos pensamentos para o céu e desenvolvendo todos os ramos da inteligência. [...]
Jesus Cristo é o Reino. Como se fosse um grão de mostarda, Ele foi lançado num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre a terra inteira. Depois de ter sido esmagado pela Paixão, o seu fruto produziu sabor suficiente para dar o seu bom gosto e o seu aroma a todos os seres vivos que nele tocam, pois, enquanto a semente de mostarda está intacta, as suas virtudes permanecem ocultas, mas desenvolvem toda a sua pujança quando a semente é esmagada. Da mesma forma, Jesus Cristo quis que o seu corpo fosse esmagado para que a sua força não ficasse oculta. [...] Jesus Cristo é Rei porque é a fonte de toda a autoridade. Jesus Cristo é o Reino, pois nele está toda a glória do seu reino.
Segunda-feira, dia 15 de Junho de 2015
Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Como colaboradores de Deus, nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça
porque Ele diz: «No tempo favorável, Eu te ouvi; no dia da salvação, vim em teu auxílio». Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação.
Evitamos dar qualquer motivo de escândalo para que o nosso ministério não seja desacreditado,
mas mostramo-nos em tudo como ministros de Deus, com grande perseverança nas tribulações, nas necessidades, nas angústias,
nos açoites, nos tumultos, nas prisões, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns;
pela pureza, pela sabedoria, pela paciência, pela bondade, pelo espírito de santidade, pela caridade sem fingimento;
pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas ofensivas e defensivas da justiça;
na honra e na ignomínia, na difamação e na boa fama. Somos considerados como impostores, embora verdadeiros;
como desconhecidos, embora bem conhecidos; como agonizantes, embora estejamos com vida; como condenados, mas livres da morte;
como tristes, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como não tendo nada, mas possuindo tudo. 
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo S. Mateus 5,38-42.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’.
Eu, porém digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda.
Se alguém quiser levar-te ao tribunal para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto.
Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas.
Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as Heresias, IV, 13, 3 
«A lei perfeita, a lei da liberdade» (Tg 1,25)

A quem te tirar a túnica, diz Jesus Cristo, dá também o teu manto; a quem ficar com o que te pertence, não o reclames e aquilo que quiserdes que os outros vos façam, fazei-o vós a eles (Mt 5,40; Lc 6,30-31). Deste modo, não nos entristeceremos como pessoas a quem arrebatam os bens contra a sua vontade, mas, pelo contrário, alegrar-nos-emos como pessoas que dão de bom grado, uma vez que faremos ao próximo um dom gratuito em vez de cedermos a uma pressão. E diz ainda: se alguém te obrigar a caminhar uma milha, caminha duas com ele; desse modo, não o seguimos como um escravo mas precedemo-lo como homens livres. Em todas as coisas, portanto Jesus Cristo convida-te a tornares-te útil ao teu próximo, não considerando a sua maldade, mas acrescentando a tua bondade. Convida-nos assim a tornar-nos semelhantes ao nosso Pai «que faz nascer o sol sobre os maus e sobre os bons e cair a chuva sobre os justos e sobre os injustos» (Mt 5,45).  
E isto não é obra de quem vem abolir a Lei mas de alguém que a cumpre e a alarga (Mt 5,17). O serviço da liberdade é um serviço mais amplo; o nosso libertador propõe-nos uma submissão e uma devoção mais profundas porque Ele não nos libertou das amarras da Lei antiga para que nos separemos dele, {...] mas para que, tendo recebido mais abundantemente a sua graça, O amemos mais e, tendo-O amado mais, recebamos dele uma glória ainda maior quando estivermos para sempre na presença de seu Pai.
Terça-feira, dia 16 de Junho de 2015
Terça-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Ciro, mártir, séc. IVS. João Francisco Régis, presbítero, +1640

2ª Carta aos Coríntios 8,1-9.
Queremos dar-vos a conhecer, irmãos, a graça que Deus concedeu às Igrejas da Macedónia.
No meio de grandes tribulações com que foram provadas, distribuíram generosamente e com transbordante alegria, apesar da sua extrema pobreza, os tesouros da sua liberalidade.
Sou testemunha de que eles, segundo as suas posses e para além das suas posses, nos pediram espontaneamente
e com muita insistência a graça de participarem neste serviço em favor dos cristãos de Jerusalém.
Ultrapassando as nossas esperanças, deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor, depois a nós, por vontade de Deus.
Por isso pedimos a Tito que levasse a bom termo entre vós esta obra de generosidade como ele a tinha começado.
Portanto, já que sobressaís em tudo __ na fé, na eloquência, na ciência, em toda a espécie de atenções e na caridade que vos ensinámos __ procurai também sobressair nesta obra de generosidade.
Não vo-lo digo como quem manda, mas quero verificar, perante a solicitude dos outros, a sinceridade da vossa caridade.
Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-Se pobre por vossa causa para vos enriquecer pela sua pobreza. 
Livro de Salmos 146(145),2.5-6.7.8-9a.
Hei-de louvar o Senhor enquanto viver;
enquanto existir, hei-de cantar hinos ao Senhor Deus.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor Deus,

Criador dos céus e da Terra,
do mar e de tudo o que ele encerra.
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome

e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

o Senhor protege os peregrinos.
Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’.
Eu, porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 60 
«Ele faz com que o sol se levante sobre os maus e os bons»
Anuncia a bondade do Senhor Deus, pois, sendo tu indigno, Ele te guiará e como Lhe deves tudo, Ele nada te exige. Em troca das pequenas coisas que fizeres, Ele te dará grandes coisas. Não digas de Deus apenas que Ele é justo porque não é  relativamente ao que fazes que Ele revela a sua justiça. Se David Lhe chama justo e recto (Sl 32,5), o seu Filho revelou-nos que, mais do que isso, Ele é bom e amável: «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Como podes limitar-te a falar na justiça de Deus quando lês o capítulo sobre o salário dos trabalhadores? «Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva então o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como entender? Será que tens inveja por eu ser bom?» (Mt 20,13-15). Como se pode simplesmente dizer que Deus é justo se, ao lermos o capítulo do filho pródigo que dissipou as riquezas de seu pai na devassidão, nos é relatado que, tendo percebido a dor do filho, logo para este seu pai correu, se lhe atirou ao pescoço e lhe deu plenos poderes sobre toda a riqueza paterna? (Lc 15,11ss). Quem nos contou estas coisas acerca de Deus não foi alguém de quem possamos duvidar. Foi o seu próprio Filho: Ele próprio deu esse testemunho de Deus. Onde está portanto a justiça de Deus? Não é aqui: «quando ainda éramos pecadores é que Jesus Cristo morreu por nós»? (Rom 5,8). Se Deus Se mostra compassivo cá na Terra, acreditemos que o é desde a eternidade.
Quarta-feira, dia 17 de Junho de 2015
Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Lembrai-vos disto: Quem semeia pouco também colherá pouco e quem semeia abundantemente também colherá abundantemente.
Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, porque Deus ama aquele que dá com alegria
e Deus é poderoso para vos cumular de todas as graças, de modo que, tendo sempre e em tudo o necessário, vos fique ainda muito para toda a espécie de boas obras
como está escrito: «Repartiu com largueza pelos pobres; a sua justiça permanece para sempre».
Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para alimento também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça.
Sereis enriquecidos em tudo e podereis praticar a mais larga generosidade que fará subir, por nosso intermédio, a acção de graças a Deus. 
Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.9.
Feliz o homem que ama o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,
será abençoada a geração dos justos.

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha aos homens rectos como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Reparte do que é seu com os pobres;
a sua generosidade subsistirá para sempre. 
Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus.
Assim quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita
para que a tua esmola fique em segredo e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando rezardes, não sejais como os hipócritas porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto
para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai que está presente no que é oculto e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
2º discurso sobre o Salmo 33 
«Quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo»
Entrar no fundo da tua casa é entrar no teu coração. Felizes os que se alegram por entrar no seu próprio coração e nele não encontram mal. [...]
São de lamentar aqueles que, ao entrarem em sua casa, podem recear ser dela expulsos por causa de duras disputas com os seus, mas muito mais infelizes são aqueles que não ousam sequer entrar na sua consciência com medo de serem expulsos pelo remorso dos seus pecados. Se queres entrar com prazer no teu coração, purifica-o: «felizes os corações puros porque verão a Deus» (Mt 5,8). Arranca do teu coração as nódoas da cupidez, as manchas da avareza, a úlcera da superstição; arranca os sacrilégios, os maus pensamentos, os ódios, não só para com os teus amigos mas também para com os teus inimigos. Arranca tudo isso; depois entra no teu coração e nele serás feliz.
Quinta-feira, dia 18 de Junho de 2015
Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Beata Osana, religiosa, +1505S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697

2ª Carta aos Coríntios 11,1-11.
Irmãos: Podereis vós suportar-me um pouco de insensatez? Estou certo de que a suportareis.
Sinto por vós um ciúme semelhante ao ciúme de Deus porque vos desposei com um só esposo, que é Jesus Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura.
Receio, porém, que, assim como Eva foi seduzida pela astúcia da serpente, os vossos pensamentos sejam corrompidos e se afastem da simplicidade para com Jesus Cristo.
De facto, se alguém vier pregar-vos outro Jesus diferente d’Aquele que vos pregámos ou se vos oferecer um Espírito diferente d’Aquele que recebestes ou um Evangelho diferente daquele que aceitastes, vós o suportareis muito bem,
mas penso que em nada sou inferior a esses eminentes apóstolos.
Se eu sou inculto na arte de falar, não o sou na ciência como sempre e em tudo vos temos claramente mostrado.
Teria eu cometido uma falta, por vos ter anunciado o Evangelho de Deus gratuitamente, rebaixando-me a mim próprio para vos exaltar?
Despojei outras Igrejas, aceitando delas sustento para vos poder servir
e quando estive entre vós e passei necessidade, não fui pesado a ninguém porque os irmãos que chegaram da Macedónia providenciaram para que nada me faltasse. Em tudo evitei e evitarei ser-vos pesado.
Pela verdade de Jesus Cristo de que sou portador, essa glória não me será tirada em terras da Acaia.
E porquê? Porque não vos amo? Deus bem o sabe. 
Livro de Salmos 111(110),1-2.3-4.7-8.
Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.

A sua obra é esplendor e majestade
e a sua justiça permanece eternamente.
Instituiu um memorial das suas maravilhas;
o Senhor é misericordioso e compassivo.

Fiéis e justas são as obras das suas mãos,
imutáveis todos os seus preceitos,
irrevogáveis pelos séculos dos séculos,
estabelecidos na rectidão e na verdade.

Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras como os pagãos porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles porque o vosso Pai bem sabe do que precisais antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas também o vosso Pai celeste vos perdoará,
mas se não perdoardes aos homens também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A Oração Dominical 
«Orai assim: Pai Nosso...»
Antes de tudo, Jesus Cristo, o Doutor e Senhor da unidade, não quis que a oração fosse individual e privada de modo que ao rezar cada um pedisse só por si. Com efeito, não dizemos: «Pai meu que estás nos céus» nem «o pão meu». Cada um não pede que as suas dívidas lhe sejam descontadas e não é só por si próprio que pede para não cair em tentação e ser livrado do mal. Para nós, a oração é pública e comunitária e, quando rezamos, não intercedemos por um só, mas por todo o povo porque nós, todo o povo, somos um.
O Deus da paz e o Senhor da concórdia que ensinou a unidade, quis que um só rezasse por todos tal como Ele próprio carregou com todos os homens. Os três jovens hebreus presos na fornalha ardente observaram esta lei da oração (cf Dan 3,15) e, depois da ascensão do Senhor, os apóstolos e os discípulos rezavam deste modo: «perseveravam unidos na oração com as mulheres, com Maria, Mãe de Jesus Cristo e com os seus irmãos» (Act 1,14). Num só coração, perseveravam na oração; pelo seu fervor e pelo seu amor mútuo, testemunhavam que Deus, que faz com que os homens unânimes habitem numa mesma casa (cf Sl 67,7), só admite na sua morada eterna àqueles cuja oração traduz a união das almas.
Sexta-feira, dia 19 de Junho de 2015
Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341S. Romualdo, abade, +1027

2ª Carta aos Coríntios 11,18.21b-30.
Irmãos: Já que tantos se gloriam dos seus valores humanos também eu me gloriarei.
Vou falar como insensato: Se há quem tenha pretensões também eu as tenho.
São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu.
São ministros de Jesus Cristo? Falo como insensato: eu ainda mais: mais pelos trabalhos, mais pelas prisões, muito mais pelos açoites recebidos, pelos frequentes perigos de morte.
Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta golpes menos um;
três vezes fui flagelado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei sobre o abismo uma noite e um dia.
Fiz caminhadas sem conta. Sofri perigos nos rios, perigos dos ladrões, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos dos falsos irmãos.
Suportei trabalhos e canseiras, repetidas vigílias, fome, sede, frequentes jejuns, frio e nudez.
E além do mais, a minha preocupação de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas.
Quem é fraco sem que eu também me sinta fraco? Quem é escandalizado sem que eu me abrase?
Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei da minha fraqueza. 
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

Evangelho segundo S. Mateus 6,19-23.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na Terra onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam.
Acumulai tesouros no Céu onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam
porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.
A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado.
Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas como serão grandes essas trevas!». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 123 
«Arrecadai tesouros no céu»
O que és tu? Rico ou pobre? Muitos me dizem: eu sou pobre e dizem a verdade. Conheço pobres que possuem alguma coisa e conheço outros que são completamente indigentes, mas eis um homem em cuja casa abunda o ouro e a prata – oh! se ele soubesse como é pobre! E reconhecê-lo-ia se olhasse para o pobre que tem a seu lado. Aliás, seja qual for a tua opulência, tu que és rico, não passas de um mendigo à porta de Deus.
Chega a hora da oração.[…] Fazes os teus pedidos a Deus e não será o pedido uma confissão da tua pobreza? Com efeito, tu dizes: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje.» Diz-me, pois tu que pedes o teu pão de cada dia, és rico ou pobre? E contudo, Jesus Cristo não hesita em te dizer: «Dá-Me o que Eu te dei. De facto, que trazias tu ao vires a este mundo? Tudo o que encontraste na criação, fui Eu que o criei. Tu nada trouxeste e nada levarás contigo. Porque não Me dás o que é meu? Tu vives na abundância e o pobre passa necessidades; mas remonta ao início da vossa existência: tanto tu como ele nascestes completamente nus. Pois também tu nasceste nu. Em seguida, encontraste aqui em baixo grandes bens; mas trouxeste por acaso alguma coisa contigo? O que te peço é, pois o que te dei; dá-Mo e Eu restituir-to-ei.»
«Tiveste-Me por teu benfeitor; torna-Me teu devedor e a uma taxa elevada. […] Tu dás-Me pouco e Eu restituir-te-ei muito. Tu dás-Me os bens deste mundo e Eu dar-te-ei os tesouros do céu. Tu dás-Me riquezas temporais e Eu instalar-te-ei sobre as posses eternas. Dar-to-ei quando tiver tomado posse de ti.»
Sábado, dia 20 de Junho de 2015
Sábado da 11ª semana do Tempo Comum
Irmãos: É preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, falarei agora das visões e revelações do Senhor.
Conheço um homem em Cristo (o próprio S. Paulo, o seu corpo celeste), que há catorze anos __ com o corpo ou sem o corpo, não sei; Deus o sabe __ foi arrebatado até ao terceiro Céu.
E sei que esse homem __ com o corpo ou sem o corpo, não sei; Deus o sabe
foi arrebatado até ao Paraíso e ouviu palavras inefáveis que um homem não pode repetir.
Desse homem posso gloriar-me, mas quanto a mim, não me gloriarei senão das minhas fraquezas.
Se quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a verdade, mas quero evitá-lo para que ninguém faça de mim uma ideia superior ao que vê em mim ou ouve dizer de mim
para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne, __ um anjo de Satanás que me esbofeteia __ para que não me orgulhe.
Por três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim.
Mas Ele disse-me: «Basta-te a minha graça porque é na fraqueza que se manifesta todo o meu poder». Por isso, de boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas para que habite em mim o poder de Cristo.
Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas adversidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor de Cristo porque, quando sou fraco, então é que sou forte. 
Livro de Salmos 34(33),8-9.10-11.12-13.
O Anjo do Senhor protege os que O amam
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que n’Ele se refugia.

Amai o Senhor, vós os seus fiéis, porque nada falta aos que O amam.
Os poderosos empobrecem e passam fome, aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
Vinde, filhos, escutai-me,

vou ensinar-vos o amor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade?

Evangelho segundo S. Mateus 6,24-34.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores porque ou há-de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
Por isso vos digo: «Não vos preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura?
E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam;
mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
Se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?
Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’
Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso.
Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo.
Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Rafael Arnaiz Barón (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 04/03/1938 
«Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?»
Em nome do Deus santo, tomo hoje a pena para que as minhas palavras, que se imprimem sobre a folha branca, sirvam de louvor perpétuo ao Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria de que o universo inteiro com os planetas, todos os astros e os inúmeros sistemas estelares, fosse uma imensa extensão, polida e brilhante onde eu pudesse escrever o nome de Deus. Gostaria que a minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte que o estrépito do mar e mais terrível que o bramido dos vulcões para dizer apenas: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande como o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16) para nele pôr Deus! Mas, dado que toda esta grandeza com que sonhaste não se pode tornar realidade, contenta-te com pouco e contigo que não és nada, Irmão Rafael, porque o nada deve bastar-te [...].
Por quê calar? Por que escondê-lO? Por que não gritar ao mundo inteiro e bradar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Por que não dizer às pessoas e a todos os que quiserem entender: vêem o que sou? Vêem o que fui? Vêem a minha miséria que se arrasta na lama? Pouco importa: maravilhem-se; apesar de tudo, possuo Deus. Deus é meu amigo! Deus ama-me, a mim, com tal amor que, se o mundo inteiro o compreendesse, todas as criaturas ficariam loucas e bramiriam de assombro. Mas isso ainda é pouco. Deus ama-me tanto que nem os próprios anjos o compreendem! (cf 1Ped 1,12) A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim, ser meu Amigo, meu Irmão, meu Pai, meu Senhor, sendo Ele Deus e eu o que sou!
Ah, Senhor Jesus, não tenho nem papel, nem pena. Que posso dizer! Como não enlouquecer?
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