sábado, 9 de março de 2013

Cristianismo 102


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Aproveitamos para vos anunciar a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
- a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 03 de Março de 2013

3º Domingo da Quaresma - Ano C

Naqueles dias,Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb.
O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, no meio da sarça. Ele olhou e viu que a sarça ardia no fogo, mas não era devorada.
Moisés disse: «Vou adentrar-me para ver esta grande visão: por que razão não se consome a sarça?»
O Senhor viu que ele se adentrava para ver e Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés! Moisés!» Ele disse: «Eis-me aqui!»
Ele disse: «Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa.»
E continuou: «Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.» Moisés escondeu o seu rosto porque tinha medo de olhar para Deus.
O Senhor disse: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto e ouvi o seu clamor diante dos seus inspectores; conheço na verdade os seus sofrimentos.
Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel, terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu.
Moisés disse a Deus: «Eis que eu vou ter com os filhos de Israel e lhes digo: ‘O Deus dos vossos pais enviou-me a vós’. Eles dir-me-ão: ‘Qual é o nome dele?’ Que lhes direi eu?»
Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós!»
Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração’.

Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.8.11.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

É Ele quem perdoa as tuas culpas
e cura todas as tuas enfermidades.
É Ele quem resgata a tua vida do túmulo
e te enche de graça e de ternura.

O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.

O Senhor é misericordioso e compassivo,
é paciente e cheio de amor.
Como é grande a distância dos céus à Terra
assim são grandes os seus favores para os que o adoram.

1ª Carta aos Coríntios 10,1-6.10-12.
Não quero que ignoreis, irmãos, que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, todos passaram através do mar
e todos foram baptizados em Moisés, na nuvem e no mar.
Todos comeram do mesmo alimento espiritual
e todos beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam de um rochedo espiritual que os seguia e esse rochedo era Jesus Cristo.
Apesar disso, a maior parte deles não agradou a Deus, pois foram exterminados no deserto.
Ora isto aconteceu para nos servir de exemplo a fim de não cobiçarmos coisas más como eles cobiçaram.
Não murmureis como murmuraram alguns deles e pereceram às mãos do Exterminador.
Estas coisas aconteceram-lhes para nosso exemplo e foram escritas para nos servir de aviso, a nós que chegámos ao fim dos tempos.
Assim, pois quem pensa estar de pé, tome cuidado para não cair.

Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.
Naquele tempo, apareceram alguns a contar a Jesus Cristo dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.
Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. (fazer menos mal ou mais mal, numa perspectiva, é igual porque não nos leva à salvação; máximo, ficam no purgatório. A salvação dos seres celestes que nos compõem só é possível com a conversão para a prática só do bem, mas isso só é possível com Deus, Jesus Cristo e os do Bem; por si só ninguém o consegue.)
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes também a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.' (mas nós temos um intercessor junto de Deus, Jesus Cristo, para aqueles que afirmam querer salvar-se, ele e os seus vão-nos apoiando, burilando até a conversão estar realizada e depois.)»

Astério de Amaseia (?-c. 410), bispo
Homilia n.º 13, Sobre
a conversão (trad. do Breviário)
Imitemos a paciência do Bom Pastor
Se quereis parecer-vos com Deus, uma vez que fostes criados à Sua imagem, imitai o Seu exemplo. Se sois cristãos, nome que é uma proclamação de caridade, imitai o amor de Jesus Cristo.
Considerai as riquezas da Sua bondade. [...] Como acolheu Ele os que escutaram a Sua palavra? Concedeu-lhes generosamente o perdão dos pecados e libertou-os, sem demora, de toda a ansiedade. [...] Imitemos o exemplo de Jesus Cristo, o Bom Pastor. […]
Vemos descrita [nos Evangelhos], na linguagem misteriosa das parábolas, a figura de um pastor de cem ovelhas, o qual, ao verificar que uma delas se tresmalhara e andava errante, não permaneceu junto das que pastavam tranquilamente: pôs-se a caminho à procura da ovelha perdida, atravessando vales e florestas, transpondo montanhas altas e escarpadas e percorrendo desertos num esforço incansável até a encontrar.
Ao encontrá-la, não lhe bateu nem a impeliu violentamente, mas, pondo-a aos ombros e tratando-a com doçura, reconduziu-a ao rebanho. E foi maior a sua alegria por uma só ovelha reencontrada do que pela multidão das restantes (Lc 15,4-6).
Consideremos a realidade oculta na obscuridade da parábola [e o seu] ensinamento sagrado: nunca devemos julgar os homens perdidos sem remédio, nem deixar de ajudar com toda a diligência os que se encontram em perigo. Pelo contrário, reconduzamos ao bom caminho os que se extraviaram e afastaram da verdadeira vida e alegremo-nos com o seu regresso à comunhão daqueles que vivem recta e piedosamente.
Segunda-feira, dia 04 de Março de 2013

Segunda-feira da 3ª semana da Quaresma

Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, gozava de grande prestígio diante do seu amo e era muito estimado porque, por meio dele, o Senhor salvou a Síria; era um homem robusto e valente, mas leproso.
Ora tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem donzela que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
Ela disse à sua senhora: «Ah, se o meu amo fosse ter com o profeta que vive na Samaria, certamente ficava curado da lepra!»
Naamã foi contar ao seu soberano aquilo que dissera a jovem israelita.
O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu vou escrever uma carta ao rei de Israel.» Naamã partiu levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
Levou ao rei de Israel uma carta escrita nestes termos: «Juntamente com esta carta, aí te mando o meu servo Naamã para que o cures da sua lepra.»
Ao terminar de ler a carta, o rei de Israel rasgou as suas vestes e exclamou: «Sou eu, porventura, um deus que possa dar a morte ou a vida, de modo que me enviem alguém para eu o curar da lepra? Reparai e vede como ele busca pretextos contra mim.»
Mas Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei rasgara as suas vestes e mandou-lhe dizer: «Porque rasgaste as tuas vestes? Que ele venha ter comigo e saberá que há um profeta em Israel.»
Chegou, pois Naamã com o seu carro e os seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne ficará limpa.»
Naamã, despeitado, retirou-se, dizendo: «Pensava que ele sairia a receber-me e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, colocaria a sua mão no lugar infectado e me curaria da lepra.
Porventura, os rios de Damasco, o Abaná e o Parpar, não são acaso melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia lavar neles e ficar limpo?» E virando costas, retirou-se indignado.
Mas os seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a deverias fazer? Quanto mais agora, ao dizer-te: ‘Lava-te e ficarás curado.’»
Naamã desceu ao Jordão e lavou-se sete vezes como lhe ordenara o homem de Deus e a sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo.
Voltou então ao homem de Deus com toda a sua comitiva; entrou, apresentou-se diante dele e disse: «Reconheço agora que não há outro Deus em toda a Terra senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo.»

Livro de Salmos 42(41),2.3.43(42),3.4.
Como suspira a corça pelas águas correntes
assim a minha alma suspira por ti, ó Deus.
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
Quando poderei contemplar Deus?

Envia a tua luz e a tua verdade
para que elas me guiem e conduzam
à tua montanha santa, à tua morada.

Eu irei ao altar de Deus,
ao Deus que é a alegria da minha vida.
Ao som da harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus.

Evangelho segundo S. Lucas 4,24-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos também que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a Terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naamã.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus Cristo seguiu o seu caminho.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Sermão sobre Elias, a viúva e as esmolas; PG 51, 348
Acolher a Jesus Cristo
A viúva de Sarepta recebe o profeta Elias com toda a generosidade e esgota toda a sua pobreza em sua honra, embora seja uma estrangeira de Sídon. Ela nunca tinha ouvido o que os profetas dizem acerca do mérito da esmola e muito menos ainda a palavra de Jesus Cristo: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25,35).
Qual será a nossa desculpa se, depois de tais exortações, depois da promessa de tão grandes recompensas, depois da promessa do Reino dos Céus e da sua felicidade, não chegarmos ao mesmo grau de bondade que esta viúva? Uma mulher de Sídon, uma viúva, tendo a seu cargo o cuidado de uma família, ameaçada pela fome e vendo chegar a morte, abre a sua porta para acolher um estranho e dá-lhe a pouca farinha que lhe resta. [...] Mas nós, que fomos instruídos pelos profetas, que ouvimos os ensinamentos de Jesus Cristo, que tivemos a possibilidade de reflectir sobre as coisas futuras, que não estamos ameaçados pela fome, que temos muito mais do que esta mulher, seremos desculpados se não ousarmos tocar nos nossos bens para os dar? Negligenciaremos a nossa própria salvação? […]
Manifestemos, portanto para com os pobres uma grande compaixão a fim de sermos dignos de possuir para sempre as coisas que hão-de vir, pela graça e pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo para com a humanidade.

Terça-feira, dia 05 de Março de 2013

Terça-feira da 3ª semana da Quaresma

Santo do dia : S. João José da Cruz, religioso, +1737, Santo Adriano, mártir, +308
Livro de Daniel 3,25.34-43.
Naqueles dias, levantando-se no meio da fornalha ardente, Azarias fez esta prece:
Pelo teu nome, não nos abandones para sempre, não anules a aliança.
Não nos retires a tua misericórdia,em atenção a Abraão, teu amigo,a Isaac, teu servo,
aos quais prometeste multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar.
Senhor, estamos reduzidos a nada diante das nações, estamos hoje humilhados em toda a Terra, por causa dos nossos pecados.
Agora não há nem príncipe, nem profeta, nem chefe, nem holocausto, nem sacrifício, nem oblação, nem incenso, nem um local para te oferecer as primícias e encontrar misericórdia.
Que pela contrição de coração e humilhação de espírito, sejamos acolhidos, como se trouxéssemos holocaustos de carneiros e de touros e de milhares de cordeiros gordos.
Que este seja hoje diante de ti o nosso sacrifício; possa ele reconciliar-nos contigo, pois não têm que envergonhar-se aqueles que em ti confiam.
É de todo o coração que agora te seguimos, te veneramos e te procuramos (a face, só a do sol e por isso o sol tem tantos na sua casa); não nos confundas.
Trata-nos com a tua doçura habitual e com todas as riquezas da tua misericórdia.
Livra-nos pelos teus prodígios e cobre de glória o teu nome, Senhor.

Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.
Dirige-me na tua verdade e ensina-me
porque Tu és o Deus, meu Salvador.
Lembra-te, Senhor, da tua compaixão
e do teu amor, pois eles existem desde sempre.

Lembra-te de mim, Senhor,
pelo teu amor e pela tua bondade.
O Senhor é bom e justo;
ensina o caminho aos pecadores,

guia os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.

Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35.
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus Cristo e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus Cristo respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos (moeda corrente na altura).
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se então aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!’
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.’
Mas ele não concordou e mandou-o prender até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o então chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro como eu tive de ti?’
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»

São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo Sermão 25 (trad. breviário)
«Não devias também ter piedade do teu companheiro como eu tive de ti?»
Qual é a misericórdia humana? A que atende às misérias dos pobres. E qual é a misericórdia divina? Sem dúvida nenhuma, a que te concede o perdão dos pecados. […]
Deus, neste mundo, tem frio e fome na pessoa de todos os pobres, como Ele mesmo disse (Mt 25,40). [...] Que espécie de gente somos nós? Quando Deus dá, queremos receber; mas quando pede, não queremos dar. Quando um pobre tem fome, é Jesus Cristo que passa necessidade, como Ele próprio disse: «Tive fome e não Me destes de comer» (v. 42). Não desprezes, portanto a miséria dos pobres, se queres esperar confiadamente o perdão dos pecados. [...] Ele restitui no céu o que recebe cá na Terra. (já na Terra, Deus distribui a cada medida dada, de acordo com o que ficou estabelecido …)
Pergunto-vos, irmãos: que quereis ou que buscais quando vindes à igreja? Certamente quereis e buscais misericórdia. Dai, portanto a misericórdia terrena e recebereis a misericórdia celeste. O pobre pede-te a ti e tu pedes a Deus; ele pede um pouco de pão, tu pedes a vida eterna. [...] Portanto, quando vindes à igreja dai esmolas para os pobres, sejam elas quais forem, segundo as vossas possibilidades.

Quarta-feira, dia 06 de Março de 2013

Quarta-feira da 3ª semana da Quaresma

Santo do dia : Santo Olegário, bispo, +1136, Santa Rosa de Viterbo, religiosa, +1252
Livro de Deuteronómio 4,1.5-9.
Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora, Israel, ouve as leis e os preceitos que eu hoje vos ensino. Ponde-os em prática para que vivais e chegueis a possuir a terra que o Senhor, Deus dos vossos pais, vos há-de dar.
Vede: ensinei-vos leis e preceitos como o Senhor, meu Deus, me ordenou; assim fareis na terra que ides possuir.
Observai-os e ponde-os em prática porque isso manifestará a vossa sabedoria e a vossa inteligência aos olhos dos povos que, ao terem conhecimento de todas estas leis, dirão: ‘Que povo sábio e inteligente é esta grande nação!’
Com efeito, que grande nação haverá que tenha um deus tão próximo de si como está próximo de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que o invocamos?
E que grande nação haverá que possua leis e preceitos tão justos como esta lei que eu hoje vos apresento?
Toma, pois cuidado contigo! Guarda-te bem de esquecer os factos que os teus olhos viram; que eles nunca se afastem do teu coração em todos os dias da tua vida. Ensina-os aos teus filhos e aos filhos dos teus filhos.

Livro de Salmos 147,12-13.15-16.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor;
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.

Ele manda as suas ordens à Terra,
e a sua palavra corre velozmente;
faz cair a neve, branca como a lã,
espalha a geada como se fosse cinza;

Ele revela os seus planos a Jacob,
os seus preceitos e as suas sentenças a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
não lhes deu a conhecer os seus mandamentos.

Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a Terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu, mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.

Bento XVI, Papa de 2005 a 2013 Discurso de 19/08/2005 na sinagoga de Colónia, Alemanha (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição»
No corrente ano comemora-se também o 40º aniversário da promulgação da Declaração «Nostra aetate», do Concílio Ecuménico Vaticano II, que abriu novas perspectivas nas relações judaicocristãs, sob o signo do diálogo e da solidariedade. No número 4 desta Declaração recordam-se as nossas raízes comuns e o preciosíssimo património espiritual compartilhado por judeus e cristãos. Tanto os judeus como os cristãos reconhecem em Abraão o seu Pai na fé (cf Ga 3,7; Rm 4,11ss) e têm como ponto de referência os ensinamentos de Moisés e dos profetas. Tanto a espiritualidade dos judeus como a dos cristãos recebem o alimento dos Salmos. Juntamente com o Apóstolo Paulo, os cristãos estão convencidos de que «os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11,29; cf 9,6.11; 11,1ss). Em consideração da raiz judaica do cristianismo [...], o meu venerado Predecessor [...] asseverou: «Quem se encontra com Jesus Cristo, descobre o judaísmo.» […]
Deus criou-nos a todos «à Sua imagem» (Gn 1,27) [...]. Diante de Deus, todos os homens têm a mesma dignidade, independentemente do povo, da cultura ou da religião a que pertencem. Por este motivo, a Declaração «Nostra aetate» fala com grande estima também dos muçulmanos e dos fiéis pertencentes às outras religiões. Tendo como base a dignidade humana comum de todos, a Igreja Católica «reprova como contrária ao espírito de Jesus Cristo qualquer discriminação entre os homens ou qualquer perseguição feita por questões de raça ou de cor, de condição social ou de religião» (n. 5). A Igreja está consciente do seu dever de transmitir, tanto mediante a catequese destinada aos jovens como em todos os aspectos da sua vida, esta doutrina às novas gerações [...]. Trata-se de uma tarefa de especial importância, dado que nos dias de hoje infelizmente voltam a surgir sinais de antissemitismo e manifestações de várias formas de hostilidade generalizada em relação aos estrangeiros. Como deixar de ver nisto um motivo de preocupação e de vigilância? A Igreja Católica compromete-se – reitero-o nesta circunstância – em prol da tolerância, do respeito, da amizade e da paz entre todos os povos, culturas e religiões.

Quinta-feira, dia 07 de Março de 2013

Quinta-feira da 3ª da Quaresma

Assim fala o Senhor: «A única ordem que lhes dei foi esta: 'Ouvi a minha voz e Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar a fim de que sejais felizes.'
Eles, porém não me ouviram, não prestaram atenção, seguiram os maus conselhos dos seus corações empedernidos; viraram-me as costas em vez de se voltarem para mim.
Desde o dia em que os vossos pais deixaram o Egipto até hoje, Eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, dia após dia.
Eles, porém não me ouviram, não me prestaram atenção; endureceram a sua cerviz e agiram pior que os seus pais.
Tudo isto lhes transmitirás, mas não te escutarão. Chamá-los-ás e não te responderão.
Então dir-lhes-ás: ‘Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor, seu Deus, não aceitou as suas advertências. A sua lealdade desapareceu, foi banida da sua boca.’

Livro de Salmos 95(94),1-2.6-7.8-9.
Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo da nossa salvação.
Vamos à sua presença com hinos de louvor,
saudemo-lo com cânticos jubilosos.

Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou,
pois ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:

«Não endureçais os vossos corações
como em Meriba, como no dia de Massá, no deserto,
quando os vossos pais me provocaram
e me puseram à prova,
apesar de terem visto as minhas obras.»

Evangelho segundo S. Lucas 11,14-23.
Naquele tempo, Jesus Cristo estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada.
Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus Cristo que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim e quem não junta comigo, dispersa.»

São Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego, santo das Igrejas Ortodoxas Catequese 27; SC 113, p. 116-118
«Quem não junta Comigo dispersa»
Aqueles que são amigos de Deus e que O amam, que O possuem em si mesmos como tesouro inviolável de todo o bem, recebem as injúrias e as humilhações com uma alegria e uma felicidade inexprimíveis (Mt 5,10-12). O seu amor redobra e é um amor sincero por aqueles que [...] os fazem sofrer tudo aquilo como se fossem seus benfeitores. […]
Aquele que não conheceu nenhuma queda, o Senhor Jesus Cristo foi atingido para que os pecadores que O imitam não só recebam o perdão, mas se tornem participantes na Sua divindade através da sua obediência. Quem não aceita as afrontas na humildade do seu coração, quem tem vergonha de imitar os sofrimentos do Mestre, também Jesus Cristo terá vergonha dele na presença dos anjos (Lc 9,26). […]
Foi esbofeteado, coberto de escarros, crucificado [...]: estremecei, homens, tremei e suportai vós também as injúrias que Deus sofreu para nossa salvação. Deus é esbofeteado pelo último dos servos (Jo 18,22) para te dar um exemplo de vitória e tu não aceitas o mesmo tratamento por parte de um dos teus semelhantes? Se tens vergonha de imitar Deus, como te regenerarás com Ele? Se, enquanto esperas, não fores paciente nos vexames, como serás glorificado com Ele no Reino dos céus?

Sexta-feira, dia 08 de Março de 2013

Sexta-feira da 3ª semana da Quaresma

Assim fala o Senhor: «Volta, Israel, ao Senhor teu Deus porque caíste por causa dos teus pecados.
Tomai convosco palavras de arrependimento e voltai ao SENHOR, dizendo-lhe: «Perdoa todos os nossos pecados e acolhe favoravelmente o sacrifício que oferecemos, a homenagem dos nossos lábios.
A Assíria não nos salvará; não montaremos a cavalo e nunca mais chamaremos nosso Deus a uma obra das nossas mãos, pois só junto de ti o órfão encontra compaixão.»
Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração porque a minha cólera se afastou deles.
Serei para Israel como o orvalho: florescerá como um lírio e deitará raízes como um cedro do Líbano.
Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira, o seu perfume como o odor do Líbano.
Regressarão os que habitavam à sua sombra; renascerão como o trigo, darão rebentos como a videira e a sua fama será como a do vinho do Líbano.
Efraim, que tenho Eu ainda a ver com os ídolos? Sou Eu quem responde e olha por ele. Eu sou como um cipreste sempre verdejante; é de mim que procede o teu fruto.
Quem é sábio para compreender estas coisas, inteligente para as conhecer? Porque os caminhos do SENHOR são rectos, os justos andarão por eles, mas os pecadores tropeçarão neles.

Livro de Salmos 81(80),6c-8a.8bc-9.10-11ab.14.17.
Ouço uma língua desconhecida, que diz:
«Aliviei os seus ombros do fardo,
as suas mãos livraram-se de carregar o cesto.
Na angústia chamaste por mim e Eu salvei-te.

Respondi-te escondido no trovão,
pus-te à prova junto das águas de Meriba.
Ouve, meu povo, a minha advertência;
oxalá, Israel, me prestes ouvidos:

Não terás contigo um deus estrangeiro
nem te prostrarás diante de um deus estranho.
Eu sou o Senhor, teu Deus,
que te tirou da terra do Egipto.

Se o meu povo me tivesse escutado!
Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Alimentaria o meu povo com a flor do trigo
e saciá-lo-ia com o mel silvestre.»

Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
Jesus Cristo respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor;
amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.
O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.»
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele
e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.»
Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus Cristo disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» e ninguém mais ousava interrogá-lo.

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «Something Beautiful for God», p. 64
O mandamento do amor
«Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento» Este é o mandamento de Deus e Ele não pode mandar o impossível. O amor é um fruto de todas as estações e está sempre ao alcance da mão. Toda a gente pode colhê-lo sem limites. Qualquer um tem acesso a este amor através da meditação, do espírito de oração e de sacrifício, de uma intensa vida interior. […]
Se não há qualquer limite, é porque Deus é amor (= amor-comunhão) (1Jo 4,8) e o amor é Deus. O que nos liga verdadeiramente a Deus é um relacionamento amoroso e o amor de Deus é infinito. Ter parte nesse amor é amar e dar até que isso nos doa. É por isso que o importante não é tanto o que fazemos, mas o amor que pomos, o amor que colocamos no que fazemos. Quem não sabe dar nem receber amor é, qualquer que seja a sua riqueza, o mais pobre dos pobres.

Sábado, dia 09 de Março de 2013

Sábado da 3ª semana da Quaresma

«Vinde, voltemos para o Senhor; Ele feriu-nos, Ele nos curará; Ele fez a ferida, Ele fará o penso.
Dar-nos-á de novo a vida em dois dias, ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença.
Conheçamos, esforcemo-nos por conhecer o SENHOR; iminente como a aurora, está a sua vinda; Ele virá para nós como a chuva, como a chuva da Primavera que irriga a terra.»
Que posso fazer por ti, ó Efraim? Que posso fazer por ti, ó Judá? O vosso amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho matutino que logo se dissipa.
Por isso os castiguei duramente pelos profetas e os matei pelas palavras da minha boca e o meu julgamento resplandece como a luz
porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.

Livro de Salmos 51(50),3-4.18-19.20-21.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Não te comprazes nos sacrifícios
nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito;
ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.

Pela tua bondade, trata bem a Sião;
reconstrói os muros de Jerusalém.
Então aceitarás com agrado os sacrifícios devidos,
os holocaustos e as ofertas;
então serão oferecidos novilhos no teu altar.

Evangelho segundo S. Lucas 18,9-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.' (Deus não é patrão, é amor-comunhão)
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa e o outro não porque todo aquele que se exalta, será humilhado e quem se humilha, será exaltado.»

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Manuscrito autobiográfico C, 36 rº-vº
Pela confiança e o amor
Eis a minha oração, caríssima Madre. Peço a Jesus Cristo que me atraia para as chamas do Seu amor, que me una tão estreitamente a Ele, que Ele viva e actue em mim. Estou certa de que, quanto mais o fogo do amor abrasar o meu coração, tanto mais eu direi: «Atraí-me» e também, quanto mais as almas se aproximarem de mim (pobre pedacito de ferro inútil, se me afastasse do braseiro divino), tanto mais essas almas correrão com ligeireza ao odor dos perfumes do seu Bem-Amado. […]
Minha querida Madre, queria agora dizer-vos o que entendo por odor dos perfumes do Bem-Amado. Uma vez que Jesus Cristo subiu de novo ao céu, não posso segui-Lo senão pelos vestígios que deixou, mas como esses vestígios são luminosos! Basta-me lançar o olhar para o santo evangelho e logo respiro os perfumes da vida de Jesus Cristo e sei para que lado correr. Não é para o primeiro lugar, mas para o último que eu corro. Em vez de avançar como o fariseu, repito, cheia de confiança, a oração do publicano. Imito, sobretudo, a conduta de Madalena; a sua surpreendente, ou melhor, a sua amorosa audácia que encanta o Coração de Jesus Cristo, seduz o meu.
Sim, estou certa de que mesmo que tivesse na minha consciência todos os pecados que se possam cometer, iria, com o coração despedaçado de arrependimento, lançar-me nos braços de Jesus Cristo, pois sei quanto ama o filho pródigo (= gastador) que para Ele volta. Não é porque Deus, na Sua previdente misericórdia, preservou a minha alma do pecado mortal que me elevo para Ele pela confiança e pelo amor.

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