"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna".
João 6, 68
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Domingo,
dia 13 de Maio de 2018
Ascensão do Senhor -
Solenidade
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que
Jesus Cristo começou a fazer e a ensinar, desde o princípio
até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito
Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas
provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de
Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de
Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me
ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito
Santo, dentro de poucos dias».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que
vais restaurar o reino de Israel?».
Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai
determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis
minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos
confins da Terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Cristo Se afastava,
apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco
que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse
Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O
vistes ir para o Céu».
Livro de Salmos 47(46),2-3.6-9.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.
Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.
Carta aos Efésios 1,17-23.
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos
conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente
e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que
fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos
e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim
o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Jesus Cristo que Ele
ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus,
acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome
que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir.
Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas, como cabeça de
toda a Igreja,
que é o seu corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
Evangelho segundo São Marcos 16,15-20.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será
condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios
em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e quando
impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus Cristo, depois de ter falado com eles, foi elevado ao
Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles,
confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c.
1080-1157), abade cisterciense
Sermão para a Ascensão
«A vossa vida está a partir de agora escondida com Cristo em
Deus» (Col 3,3)
«Pai, quero que
aqueles que Me deste estejam comigo onde Eu estou e que contemplem a minha
glória» (Jo 17,24). Felizes aqueles que têm agora por advogado diante de Deus
o seu Juiz em pessoa; felizes os que têm por intercessor Aquele que devemos amar
como adoramos o Pai, a quem Ele dirige esta súplica! O Pai não pode recusar
satisfazer este desejo expresso pelos seus lábios (Sl 20,3), pois, sendo um
só Deus, tem com Ele uma única vontade, um único poder. [...] «Quero que,
aqui onde estou, eles estejam comigo». Que segurança para aqueles que têm fé,
que confiança para os crentes! [...] Os santos, cuja «juventude se renova
como a da águia» (Sl 102,5), «abrem as suas asas como a águia» (Is 40,31).
[...]
Nesse dia, Jesus Cristo «elevou-Se sob o olhar dos seus discípulos e
desapareceu numa nuvem» (At 1,9). [...] Fazendo-Se amar por eles, queria que
o coração dos discípulos O seguisse e prometeu-lhes, pelo exemplo do seu
corpo, que os seus corpos poderiam elevar-se do mesmo modo. [...] Hoje, Jesus
Cristo «cavalga os querubins e voa nas asas do vento» (Sl 17,11), quer dizer,
ultrapassa o poder dos anjos. E, no entanto, na sua condescendência para com
a tua fraqueza, «como águia que vigia os seus filhotes», quer «pegar-te e
levar-te aos ombros» (Dt 32,11). [...] Há quem voe com Jesus Cristo pela
contemplação; que tu o faças ao menos pelo amor.
Irmão, pois que Jesus Cristo, teu tesouro, subiu hoje ao Céu, que também
esteja aí o teu coração (Mt 6,21). É lá no alto que está a tua origem, é lá
que se encontra a tua parte da herança (Sl 16,5), é de lá que esperas o
Salvador (Fil 3,20).
Segunda-feira,
dia 14 de Maio de 2018
São Matias, apóstolo
- Festa
Naqueles dias, estavam reunidas cerca de cento e vinte pessoas.
Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse:
«Irmãos, era necessário que se cumprisse o que o Espírito Santo anunciou na
Escritura, pela boca de David, a respeito de Judas que foi o guia dos que
prenderam Jesus Cristo.
Na verdade, era um dos nossos e foi-lhe atribuída uma parte neste
ministério.
Está escrito no Livro dos Salmos: ‘Fique deserta a sua morada e não haja
quem nela habite’. E ainda: ‘Receba outro o seu cargo’.
É necessário, portanto, que de entre os homens que estiveram connosco
durante todo o tempo que o Senhor Jesus Cristo viveu no meio de nós,
desde o baptismo de João até ao dia em que, do meio de nós, foi elevado ao
Céu, um deles se torne connosco testemunha da sua ressurreição».
Apresentaram dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo e Matias.
E oraram, dizendo: «Senhor, que conheceis o coração de todos os homens,
indicai-nos qual destes dois escolhestes
para ocupar, no ministério apostólico, o lugar que Judas abandonou, a fim
de ir para o seu lugar».
Deitaram sortes sobre eles e a sorte caiu em Matias que foi agregado aos
onze Apóstolos.
Livro de Salmos
113(112),1-2.3-4.5-6.7-8.
Louvai, servidores do Senhor, louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos, a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor, nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas
que Se inclina lá do alto a olhar o céu e a Terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria
para o fazer sentar com os grandes do seu povo.
Evangelho segundo São João 15,9-17.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Assim
como o Pai Me amou também Eu vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor assim como Eu
tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa
alegria seja completa.
É este o meu mandamento: que vos
ameis uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
chamo-vos amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para
que vades e deis fruto (= obras) e o vosso fruto permaneça. E assim tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Tradução litúrgica
da Bíblia
Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
Homilia de 14 de maio de 2010 (Viagem apostólica a Portugal)
Sede testemunhas!
«É necessário
que um se torne connosco testemunha da ressurreição»: dizia Pedro. [...]
Meus irmãos e minhas irmãs, é necessário que vos torneis comigo testemunhas
da ressurreição de Jesus Cristo. Na realidade, se não fordes vós as suas
testemunhas no vosso próprio ambiente, quem o será em vosso lugar? O
cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Jesus Cristo enviado
ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de
Deus e oferecer ao mundo Jesus Cristo ressuscitado, para que todas as
situações de definhamento e morte se transformem, pelo Espírito, em
ocasiões de crescimento e vida. [...]
Nada impomos, mas sempre propomos, como Pedro nos recomenda numa das suas
cartas: «Venerai Jesus Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a
responder a quem quer que seja sobre a razão da esperança que há em vós»
(1Ped 3,15). E todos afinal no-la pedem, mesmo quem pareça que não. Por
experiência própria e comum, bem sabemos que é por Jesus Cristo que todos
esperam. De facto, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes
certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável missão que nos compete, pois
«sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir e não consegue sequer
compreender quem é. Perante os enormes problemas do desenvolvimento dos
povos que quase nos levam ao desânimo e à rendição, vem em nosso auxílio a
palavra do Senhor Jesus Cristo que nos torna cientes deste dado
fundamental: “Sem Mim, nada podeis
fazer” (Jo 15,5) e encoraja: “Eu
estarei sempre convosco até ao fim do mundo” (Mt 28,20)» (Bento XVI,
«Caritas in Veritate», n. 78). [...]
Sim! Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando
unicamente em Jesus Cristo, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não
fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que
vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça». Quanto tempo perdido, quanto
trabalho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Jesus
Cristo, quanto à origem e à eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre
de Jesus Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai e somos nela
investidos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Jesus
Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da Terra a partir de
Deus, sempre e só de Deus!
Terça-feira,
dia 15 de Maio de 2018
Terça-feira da 7.ª
semana da Páscoa
Santo do dia : São
Manços, bispo lendário de Évora, mártir (séc. I), São
Frei Gil de Santarém, presbítero, +1265, Santa
Joana de Lestonnac, viuva, religiosa, fundadora, +1640
Livro dos Actos dos Apóstolos 20,17-27.
Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar
os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre
convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações
que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos,
publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus
Cristo, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me
espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me
aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo
a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do
Evangelho da graça de Deus.
Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os
quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela
perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso
respeito».
Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21.
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.
Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.
Evangelho segundo São João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse:
«Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho para que o teu Filho Te
glorifique
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe
confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro e Aquele que enviaste, Jesus Cristo.
Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de
realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em
Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu
mos deste e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas:
reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste
porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu e neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para
Ti».
Tradução litúrgica
da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n.os. 104-105
«Pai, glorifica o
teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique»
Há pessoas
que pensam que o Filho foi
glorificado pelo Pai na medida em que Ele não O poupou, mas O entregou
por todos nós (Rom 8,32). Mas, se Ele foi glorificado na sua Paixão,
quanto mais o não foi na sua ressurreição! Na Paixão, aparece mais a sua
humildade do que o seu esplendor. [...] A fim de que «o mediador entre
Deus e os homens, o homem Jesus
Cristo» (1Tim 2,5), fosse glorificado na sua ressurreição, foi
humilhado na sua Paixão. [...] Nenhum cristão duvida: é evidente que o
Filho foi glorificado sob a forma de servidor que o Pai ressuscitou e fez
sentar à sua direita (Fil 2,7; At 2,34).
Mas o Senhor não diz apenas: «Pai, glorifica o teu Filho»; acrescenta:
«para que o teu Filho Te glorifique». Pergunta-se, e com razão, como é
que o Filho glorificou o Pai. [...] Na verdade, a glória do Pai, em si
mesma, não pode aumentar nem diminuir. No entanto, era menor entre os
homens quando Deus só era conhecido na Judeia e os seus servidores não
louvavam o nome do Senhor desde o nascer ao pôr do sol (cf Sl 75,2;
112,1-3). Isto foi consequência do Evangelho de Jesus Cristo que deu a
conhecer às nações o Pai através do Filho: e foi assim que o Filho glorificou
o Pai.
Se o Filho tivesse apenas morrido e não tivesse ressuscitado, não teria
sido glorificado pelo Pai nem o Pai por Ele. Agora glorificado pelo Pai
na sua ressurreição, glorifica o Pai pela pregação da sua ressurreição.
Isto vê-se na própria ordem das palavras: «Pai, glorifica o teu Filho
para que o teu Filho Te glorifique», como se dissesse: «Ressuscita-Me
para que, por Mim, sejas conhecido em todo o universo». [...] Nesta vida,
Deus é glorificado quando a pregação O dá a conhecer aos homens e é
pregado pela fé dos que crêem n'Ele.
Quarta-feira,
dia 16 de Maio de 2018
Quarta-feira da
7.ª semana da Páscoa
Naqueles dias,
disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e
com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes
para apascentardes a Igreja de Deus que Ele adquiriu com o sangue do
seu próprio Filho.
Eu sei que, depois da minha partida, se hão-de introduzir entre vós
lobos devoradores que não pouparão o rebanho.
De entre vós mesmos se hão-de erguer homens com palavras perversas para
arrastarem os discípulos atrás de si.
Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos de que, durante três anos,
noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós.
Agora entrego-vos a Deus e à Palavra da sua graça que tem o poder de
construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados.
Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém.
Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às
dos meus companheiros.
Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais
fracos e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus Cristo: ‘Há mais
felicidade em dar do que em receber’».
Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles.
Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram
a abraçá-lo,
consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a
ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.
Livro de Salmos 68(67),29-30.33-35a.35b-36c.
Mostrai, Senhor, o
vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes.
Reinos da Terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa.
Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus.
Evangelho segundo São João 17,11b-19.
Naquele tempo,
Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo,
guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como
Nós.
Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste.
Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição e
assim se cumpriu a Escritura.
Mas agora vou para Ti e digo isto no mundo, para que eles tenham em si
mesmos a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo (do
mal), como Eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo,
mas que os livres do mal.
Eles não são do mundo (do mal), como Eu não sou do mundo.
Consagra-os na verdade. A
tua palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo também Eu os enviei ao mundo.
Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na Verdade».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444),
bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de São João, 17, 11; PG 74, 558
«Para que sejam um, como Nós»
Quando
Jesus Se tornou semelhante a nós, quer dizer, Se fez homem, o Espírito
ungiu-O e consagrou-O, embora Ele seja de natureza divina. [...] Ele
mesmo santifica o seu próprio corpo e tudo o que na criação é digno de
ser santificado. O mistério que se passou em Jesus Cristo é o princípio
e o itinerário da nossa participação no Espírito.
Para nos unir também a nós, para nos fundir na unidade com Deus e entre
nós, ainda que permanecendo separados pela diferença das nossas
individualidades, das nossas almas e dos nossos corpos, o Filho único inventou e preparou
um meio de nos agregar, graças à sua sabedoria e seguindo o conselho de
seu Pai. Por um só corpo, o seu próprio corpo, Ele abençoou os que crêem
n'Ele, numa comunhão mística fez
um só corpo com Ele e entre eles.
Por conseguinte, quem poderá separar, quem poderá privar da sua união
física os que, por esse corpo sagrado e só por ele, são unidos na
unidade de Jesus Cristo? Se partilhamos do mesmo pão, formamos todos um
só corpo (1Cor 10,17). Porque Jesus Cristo não pode ser repartido. É
por isso que também a Igreja é chamada corpo de Cristo e nós os seus
membros, segundo a doutrina de São Paulo (Ef 5, 30). Todos unidos no
único Jesus Cristo pelo seu santo corpo, recebemo-l'O, único e
indivisível, no nosso próprio corpo. Por isso, devemos considerar que
os nossos corpos já não nos pertencem.
Quinta-feira, dia 17 de Maio de 2018
Quinta-feira
da 7.ª semana da Páscoa
Naqueles dias,
querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos
judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem
os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo
para comparecer diante deles.
Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos
saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio:
«Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus e é pela nossa esperança
na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado».
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e
a assembleia dividiu-se.
De facto, os saduceus dizem que não há ressurreição nem Anjos nem
espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa.
Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus
ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não
encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo
que lhe falou?»
A discussão redobrou de violência a tal ponto que o tribuno, receando
que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para
o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem!
Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar
testemunho também em Roma».
Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me,
Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.
Evangelho segundo São João 17,20-26.
Naquele tempo,
Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço
somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por
meio da sua palavra,
para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti,
para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me
enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste para que sejam um como Nós somos
um:
Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo
reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim.
Pai, quero que onde Eu estou também estejam comigo os que Me deste,
para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres
amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes
reconheceram que Tu Me enviaste.
Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor
com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Pedro Damião
(1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Opúsculo 11 « Dominus vobiscum », 6
«Que eles
sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti»
A Santa
Igreja, ainda que muito diversa na multiplicidade das pessoas, é
unificada pelo fogo do Espírito Santo. Se materialmente parece
repartida em várias famílias, o mistério da sua profunda unidade nada
pode perder da sua integridade: «Porque o amor de Deus foi derramado
nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado», diz São Paulo
(Rom 5,5). Este Espírito é, sem qualquer dúvida, uno e múltiplo ao
mesmo tempo, uno na essência da sua majestade, múltiplo nos dons e
nos carismas concedidos à Santa Igreja que enche com a sua presença.
E este Espírito permite à Igreja ser simultaneamente una na sua
extensão universal e integralmente completa em cada um dos seus
membros [...].
Se, portanto, aqueles que acreditam em Jesus Cristo são um, onde quer
que algum deles se encontre fisicamente, o corpo da Igreja, na sua
integralidade, estará também presente, pelo mistério sacramental. E
tudo o que convier à integralidade desse corpo convém a cada um dos
seus membros. [...] É por isso que, quando vários fiéis se juntam,
podem dizer: «Inclina, Senhor, os teus ouvidos e responde-me porque
estou triste e necessitado; protege a minha vida porque Te sou fiel»
(Sl 85,1) e quando estivermos sós, podemos cantar: «Alegrai-vos em
Deus, nossa força, aclamai o Deus de Jacob» (Sl 80,2). Não será
descabido dizermos em conjunto: «Em todo o tempo, bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre nos meus lábios» (Sl 33,2), ou proclamar,
quando estamos sozinhos: «Enaltecei comigo o Senhor, exaltemos juntos
o seu nome» (Sl 33,4) ou outras expressões semelhantes. Pois a
solidão não impede ninguém de falar no plural e a multidão de fiéis
poderá ser expressa no singular. A força do Espírito Santo que habita
em cada um dos fiéis e os envolve, deles fazendo um só, é que faz que
aqui haja uma solidão povoada e ali uma multidão que forma um só.
Sexta-feira, dia 18 de Maio de 2018
Sexta-feira
da 7.ª semana da Páscoa
Santo do dia : S.
Leonardo Murialdo, presbítero, +1900, S.
João I, papa, +526, Santa
Rafaela Maria, virgem, fundadora, +1925
Livro dos Actos dos Apóstolos 25,13b-21.
Naqueles dias,
o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar
cumprimentos ao governador Festo.
Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de
Paulo, dizendo: «Há aqui um homem que Félix deixou preso
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos
sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a
sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de
qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e poder
defender-se da acusação.
Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia
seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos
crimes de que eu suspeitava.
Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e especialmente
a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar
vivo.
Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe
se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado.
Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo
imperador, mandei que o conservassem preso, até o enviar a César».
Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.
Bendiz, ó minha
alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Como a distância da Terra aos céus
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.
O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens.
Evangelho segundo São João 21,15-19.
Quando Jesus
Cristo Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades,
depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João,
amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu
sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta os meus
cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu
amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu
amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus Cristo lhe ter perguntado
pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes
tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as
minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo te
cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus Cristo disse isto para indicar o género de morte com que
Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou:
«Segue-Me».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Homilia em Paris 30/05/80 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«Simão,
filho de João, tu amas-Me?»
Na
hora da prova, Pedro renegou o Mestre três vezes. E a voz
tremia-lhe quando respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Contudo, não respondeu «Todavia, Senhor, eu enganei-Te», mas: «Sim,
Senhor, Tu sabes que Te amo». Dizendo isto, já sabia que Jesus Cristo
é a pedra angular sobre a qual, apesar de toda a fraqueza humana,
pôde crescer nele, Pedro, esta construção que terá a forma do amor.
Em todas as situações e todas as provas. Até ao fim. Por isso, ele
escreverá um dia [...]: «Vós mesmos, como pedras vivas, entrais na
construção de um edifício espiritual, por meio de um sacerdócio
santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais que serão
agradáveis a Deus por Jesus Cristo» (1Ped 2,5).
Tudo isto significa tão-só responder sempre e constantemente, com
tenacidade e de maneira consequente, a esta única pergunta:
Amas-Me? Tu amas-Me? Tu amas-Me mais? É com efeito esta resposta,
quer dizer, este amor
que faz com que sejamos «raça eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo adquirido» (1Ped 2,9). Ela é que faz que proclamemos as obras
maravilhosas daquele que nos «chamou das trevas para a sua luz
admirável» (1Ped 2,9). Tudo isto soube-o Pedro na absoluta certeza
da sua fé. E sabe tudo isto e continua a confessá-lo também nos
seus sucessores.
Sábado, dia 19 de Maio de 2018
Sábado da
7.ª semana da Páscoa
Quando
chegámos a Roma, Paulo foi autorizado a ficar em domicílio
pessoal, com um soldado que o guardava.
Três dias depois, ele convocou os principais dos judeus e, quando
estavam todos reunidos, disse-lhes: «Irmãos, embora nada tenha
feito contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui
preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos.
Instruído o processo, estes queriam soltar-me, por não encontrarem
em mim nenhum crime de morte.
Mas como os judeus se opunham, fui obrigado a apelar para César,
sem pretender de modo algum acusar a minha nação.
Foi por isto que manifestei o desejo de vos ver e de vos falar,
pois é por causa da esperança de Israel que estou preso com estas
cadeias».
Ficou dois anos inteiros no alojamento que tinha alugado,
onde recebia todos aqueles que o procuravam. Anunciava o reino de
Deus e ensinava o que se refere ao Senhor Jesus Cristo, com
firmeza e sem nenhum impedimento.
Livro de Salmos 11(10),4.5.7.
O Senhor
habita no seu templo santo,
o Senhor tem nos céus o seu trono.
Os seus olhos estão atentos ao pobre,
as suas pupilas observam os homens.
O Senhor observa o justo e o ímpio,
mas odeia o que ama a iniquidade.
O Senhor é justo e ama a justiça,
os homens rectos estarão na sua presença.
Evangelho segundo São João 21,20-25.
Naquele
tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predilecto
de Jesus Cristo, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o
seu peito e Lhe tinha perguntado: «Senhor, quem é que Te vai
entregar?»
Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus Cristo: «Senhor, que será deste?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele fique até que
Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me».
Divulgou-se então entre os irmãos o boato de que aquele discípulo
não morreria. Jesus Cristo, porém, não disse a Pedro que ele não
morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha,
que te importa?»
É este o discípulo que dá testemunho destes factos e foi quem os
escreveu e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Jesus Cristo realizou muitas outras coisas. Se elas fossem
escritas uma a uma, penso que nem caberiam no mundo inteiro os livros que era
preciso escrever.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Jean-Pierre de Caussade
(1675-1751), jesuíta
«O Abandono na Providência divina», cap. 11, §§ 191ss
«Nem caberiam no mundo inteiro os
livros que era preciso escrever»
Desde
a origem do mundo que Jesus Cristo vive em nós; Ele opera em nós
durante todo o tempo da nossa vida […]; começou em Si mesmo e
continua nos seus santos uma vida que nunca acaba. […] Se «nem
caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever»
sobre o que Ele fez e disse e sobre a sua própria vida, se o
Evangelho esboça apenas alguns traços, se a primeira hora é tão
desconhecida e tão fecunda, quantos evangelhos não seria preciso
escrever para narrar a história de todos os momentos desta vida
mística de Jesus Cristo,
que multiplica os milagres indefinidamente e os multiplicará
eternamente, uma vez que os tempos mais não são do que a história
da acção divina? O Espírito Santo gravou em traços infalíveis e
incontestáveis alguns momentos desta vasta duração, coligindo nas
Escrituras algumas gotas deste mar e revelando de que maneira
secreta e desconhecida trouxe Jesus Cristo ao mundo. […]
O resto da história desta acção divina, que consiste em toda a
vida mística que Jesus Cristo vive nas almas santas até ao fim
dos séculos, é o objecto da nossa fé. […] O Espírito Santo já não
escreve evangelhos senão nos corações; todas as acções, todos os
momentos dos santos são o evangelho do Espírito Santo; as almas
santas são o papel, os seus sofrimentos e actos são a tinta. Com
a pena da sua acção, o Espírito Santo escreve um evangelho vivo.
E só poderemos lê-lo quando for publicado na glória, após ter
saído da imprensa desta vida.
Oh, que bela história! Que livro belo o Espírito Santo está a
escrever! Ele está no prelo, santas almas, e não há dia em que
não se componham as letras, não se aplique a tinta, não se imprimam
as folhas. Mas estamos na noite da fé: o papel é mais negro do
que a tinta […]; trata-se de uma língua do outro mundo, que não
compreendemos; só podereis ler este evangelho no Céu. ©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
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