domingo, 20 de maio de 2018

Cristianismo 260 até 19-05-2018


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 13 de Maio de 2018

Ascensão do Senhor - Solenidade

Festa da Igreja : Ascensão do Senhor (semana III do saltério) Nossa Senhora de Fátima
Santo do dia : São Pedro Regalado, religioso, +1456

Livro dos Actos dos Apóstolos 1,1-11.
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus Cristo começou a fazer e a ensinar, desde o princípio
até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?».
Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da Terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Cristo Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco
que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

Livro de Salmos 47(46),2-3.6-9.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.

Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

Carta aos Efésios 1,17-23.
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente
e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos
e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim
o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Jesus Cristo que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus,
acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir.
Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas, como cabeça de toda a Igreja,
que é o seu corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

Evangelho segundo São Marcos 16,15-20.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus Cristo, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
Sermão para a Ascensão
«A vossa vida está a partir de agora escondida com Cristo em Deus» (Col 3,3)
«Pai, quero que aqueles que Me deste estejam comigo onde Eu estou e que contemplem a minha glória» (Jo 17,24). Felizes aqueles que têm agora por advogado diante de Deus o seu Juiz em pessoa; felizes os que têm por intercessor Aquele que devemos amar como adoramos o Pai, a quem Ele dirige esta súplica! O Pai não pode recusar satisfazer este desejo expresso pelos seus lábios (Sl 20,3), pois, sendo um só Deus, tem com Ele uma única vontade, um único poder. [...] «Quero que, aqui onde estou, eles estejam comigo». Que segurança para aqueles que têm fé, que confiança para os crentes! [...] Os santos, cuja «juventude se renova como a da águia» (Sl 102,5), «abrem as suas asas como a águia» (Is 40,31). [...]
Nesse dia, Jesus Cristo «elevou-Se sob o olhar dos seus discípulos e desapareceu numa nuvem» (At 1,9). [...] Fazendo-Se amar por eles, queria que o coração dos discípulos O seguisse e prometeu-lhes, pelo exemplo do seu corpo, que os seus corpos poderiam elevar-se do mesmo modo. [...] Hoje, Jesus Cristo «cavalga os querubins e voa nas asas do vento» (Sl 17,11), quer dizer, ultrapassa o poder dos anjos. E, no entanto, na sua condescendência para com a tua fraqueza, «como águia que vigia os seus filhotes», quer «pegar-te e levar-te aos ombros» (Dt 32,11). [...] Há quem voe com Jesus Cristo pela contemplação; que tu o faças ao menos pelo amor.
Irmão, pois que Jesus Cristo, teu tesouro, subiu hoje ao Céu, que também esteja aí o teu coração (Mt 6,21). É lá no alto que está a tua origem, é lá que se encontra a tua parte da herança (Sl 16,5), é de lá que esperas o Salvador (Fil 3,20).


Segunda-feira, dia 14 de Maio de 2018

São Matias, apóstolo - Festa

Santo do dia : São Matias, apóstolo, S. Miguel Garicoits, presbítero, +1863

Livro dos Actos dos Apóstolos 1,15-17.20-26.
Naqueles dias, estavam reunidas cerca de cento e vinte pessoas. Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse:
«Irmãos, era necessário que se cumprisse o que o Espírito Santo anunciou na Escritura, pela boca de David, a respeito de Judas que foi o guia dos que prenderam Jesus Cristo.
Na verdade, era um dos nossos e foi-lhe atribuída uma parte neste ministério.
Está escrito no Livro dos Salmos: ‘Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite’. E ainda: ‘Receba outro o seu cargo’.
É necessário, portanto, que de entre os homens que estiveram connosco durante todo o tempo que o Senhor Jesus Cristo viveu no meio de nós,
desde o baptismo de João até ao dia em que, do meio de nós, foi elevado ao Céu, um deles se torne connosco testemunha da sua ressurreição».
Apresentaram dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo e Matias.
E oraram, dizendo: «Senhor, que conheceis o coração de todos os homens, indicai-nos qual destes dois escolhestes
para ocupar, no ministério apostólico, o lugar que Judas abandonou, a fim de ir para o seu lugar».
Deitaram sortes sobre eles e a sorte caiu em Matias que foi agregado aos onze Apóstolos.

Livro de Salmos 113(112),1-2.3-4.5-6.7-8.
Louvai, servidores do Senhor, louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor.

O Senhor domina sobre todos os povos, a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor, nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas

que Se inclina lá do alto a olhar o céu e a Terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria
para o fazer sentar com os grandes do seu povo.

Evangelho segundo São João 15,9-17.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou  também Eu vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.
É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto (= obras) e o vosso fruto permaneça. E assim tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
Homilia de 14 de maio de 2010 (Viagem apostólica a Portugal)
Sede testemunhas!
«É necessário que um se torne connosco testemunha da ressurreição»: dizia Pedro. [...] Meus irmãos e minhas irmãs, é necessário que vos torneis comigo testemunhas da ressurreição de Jesus Cristo. Na realidade, se não fordes vós as suas testemunhas no vosso próprio ambiente, quem o será em vosso lugar? O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Jesus Cristo enviado ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de Deus e oferecer ao mundo Jesus Cristo ressuscitado, para que todas as situações de definhamento e morte se transformem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida. [...]
Nada impomos, mas sempre propomos, como Pedro nos recomenda numa das suas cartas: «Venerai Jesus Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder a quem quer que seja sobre a razão da esperança que há em vós» (1Ped 3,15). E todos afinal no-la pedem, mesmo quem pareça que não. Por experiência própria e comum, bem sabemos que é por Jesus Cristo que todos esperam. De facto, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável missão que nos compete, pois «sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem é. Perante os enormes problemas do desenvolvimento dos povos que quase nos levam ao desânimo e à rendição, vem em nosso auxílio a palavra do Senhor Jesus Cristo que nos torna cientes deste dado fundamental: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5) e encoraja: “Eu estarei sempre convosco até ao fim do mundo” (Mt 28,20)» (Bento XVI, «Caritas in Veritate», n. 78). [...]
Sim! Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando unicamente em Jesus Cristo, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça». Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Jesus Cristo, quanto à origem e à eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Jesus Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai e somos nela investidos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Jesus Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da Terra a partir de Deus, sempre e só de Deus!


Terça-feira, dia 15 de Maio de 2018

Terça-feira da 7.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».

Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21.
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.

Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.

Evangelho segundo São João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho para que o teu Filho Te glorifique
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro e Aquele que enviaste, Jesus Cristo.
Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu e neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n.os. 104-105
«Pai, glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique»
Há pessoas que pensam que o Filho foi glorificado pelo Pai na medida em que Ele não O poupou, mas O entregou por todos nós (Rom 8,32). Mas, se Ele foi glorificado na sua Paixão, quanto mais o não foi na sua ressurreição! Na Paixão, aparece mais a sua humildade do que o seu esplendor. [...] A fim de que «o mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo» (1Tim 2,5), fosse glorificado na sua ressurreição, foi humilhado na sua Paixão. [...] Nenhum cristão duvida: é evidente que o Filho foi glorificado sob a forma de servidor que o Pai ressuscitou e fez sentar à sua direita (Fil 2,7; At 2,34).
Mas o Senhor não diz apenas: «Pai, glorifica o teu Filho»; acrescenta: «para que o teu Filho Te glorifique». Pergunta-se, e com razão, como é que o Filho glorificou o Pai. [...] Na verdade, a glória do Pai, em si mesma, não pode aumentar nem diminuir. No entanto, era menor entre os homens quando Deus só era conhecido na Judeia e os seus servidores não louvavam o nome do Senhor desde o nascer ao pôr do sol (cf Sl 75,2; 112,1-3). Isto foi consequência do Evangelho de Jesus Cristo que deu a conhecer às nações o Pai através do Filho: e foi assim que o Filho glorificou o Pai.
Se o Filho tivesse apenas morrido e não tivesse ressuscitado, não teria sido glorificado pelo Pai nem o Pai por Ele. Agora glorificado pelo Pai na sua ressurreição, glorifica o Pai pela pregação da sua ressurreição. Isto vê-se na própria ordem das palavras: «Pai, glorifica o teu Filho para que o teu Filho Te glorifique», como se dissesse: «Ressuscita-Me para que, por Mim, sejas conhecido em todo o universo». [...] Nesta vida, Deus é glorificado quando a pregação O dá a conhecer aos homens e é pregado pela fé dos que crêem n'Ele.


Quarta-feira, dia 16 de Maio de 2018

Quarta-feira da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : São João Nepomuceno, mártir, +1383, São Simão Stock, religioso, +1265

Livro dos Actos dos Apóstolos 20,28-38.
Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho.
Eu sei que, depois da minha partida, se hão-de introduzir entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho.
De entre vós mesmos se hão-de erguer homens com palavras perversas para arrastarem os discípulos atrás de si.
Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos de que, durante três anos, noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós.
Agora entrego-vos a Deus e à Palavra da sua graça que tem o poder de construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados.
Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém.
Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros.
Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais fracos e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus Cristo: ‘Há mais felicidade em dar do que em receber’».
Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles.
Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo,
consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.

Livro de Salmos 68(67),29-30.33-35a.35b-36c.
Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes.

Reinos da Terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa.

Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus.

Evangelho segundo São João 17,11b-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós.
Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição e assim se cumpriu a Escritura.
Mas agora vou para Ti e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo (do mal), como Eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Eles não são do mundo (do mal), como Eu não sou do mundo.
Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo também Eu os enviei ao mundo.
Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na Verdade».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de São João, 17, 11; PG 74, 558
«Para que sejam um, como Nós»
Quando Jesus Se tornou semelhante a nós, quer dizer, Se fez homem, o Espírito ungiu-O e consagrou-O, embora Ele seja de natureza divina. [...] Ele mesmo santifica o seu próprio corpo e tudo o que na criação é digno de ser santificado. O mistério que se passou em Jesus Cristo é o princípio e o itinerário da nossa participação no Espírito.
Para nos unir também a nós, para nos fundir na unidade com Deus e entre nós, ainda que permanecendo separados pela diferença das nossas individualidades, das nossas almas e dos nossos corpos, o Filho único inventou e preparou um meio de nos agregar, graças à sua sabedoria e seguindo o conselho de seu Pai. Por um só corpo, o seu próprio corpo, Ele abençoou os que crêem n'Ele, numa comunhão mística fez um só corpo com Ele e entre eles.
Por conseguinte, quem poderá separar, quem poderá privar da sua união física os que, por esse corpo sagrado e só por ele, são unidos na unidade de Jesus Cristo? Se partilhamos do mesmo pão, formamos todos um só corpo (1Cor 10,17). Porque Jesus Cristo não pode ser repartido. É por isso que também a Igreja é chamada corpo de Cristo e nós os seus membros, segundo a doutrina de São Paulo (Ef 5, 30). Todos unidos no único Jesus Cristo pelo seu santo corpo, recebemo-l'O, único e indivisível, no nosso próprio corpo. Por isso, devemos considerar que os nossos corpos já não nos pertencem.


Quinta-feira, dia 17 de Maio de 2018

Quinta-feira da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Pascoal Bailão, religioso leigo, +1592, Beata Antónia Mesina, virgem, mártir, +1935

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,30.23,6-11.
Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles.
Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado».
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se.
De facto, os saduceus dizem que não há ressurreição nem Anjos nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa.
Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?»
A discussão redobrou de violência a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».

Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos

nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Evangelho segundo São João 17,20-26.
Naquele tempo, Jesus Cristo ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra,
para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste para que sejam um como Nós somos um:
Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim.
Pai, quero que onde Eu estou também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste.
Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Opúsculo 11 « Dominus vobiscum », 6
«Que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti»
A Santa Igreja, ainda que muito diversa na multiplicidade das pessoas, é unificada pelo fogo do Espírito Santo. Se materialmente parece repartida em várias famílias, o mistério da sua profunda unidade nada pode perder da sua integridade: «Porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado», diz São Paulo (Rom 5,5). Este Espírito é, sem qualquer dúvida, uno e múltiplo ao mesmo tempo, uno na essência da sua majestade, múltiplo nos dons e nos carismas concedidos à Santa Igreja que enche com a sua presença. E este Espírito permite à Igreja ser simultaneamente una na sua extensão universal e integralmente completa em cada um dos seus membros [...].
Se, portanto, aqueles que acreditam em Jesus Cristo são um, onde quer que algum deles se encontre fisicamente, o corpo da Igreja, na sua integralidade, estará também presente, pelo mistério sacramental. E tudo o que convier à integralidade desse corpo convém a cada um dos seus membros. [...] É por isso que, quando vários fiéis se juntam, podem dizer: «Inclina, Senhor, os teus ouvidos e responde-me porque estou triste e necessitado; protege a minha vida porque Te sou fiel» (Sl 85,1) e quando estivermos sós, podemos cantar: «Alegrai-vos em Deus, nossa força, aclamai o Deus de Jacob» (Sl 80,2). Não será descabido dizermos em conjunto: «Em todo o tempo, bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre nos meus lábios» (Sl 33,2), ou proclamar, quando estamos sozinhos: «Enaltecei comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome» (Sl 33,4) ou outras expressões semelhantes. Pois a solidão não impede ninguém de falar no plural e a multidão de fiéis poderá ser expressa no singular. A força do Espírito Santo que habita em cada um dos fiéis e os envolve, deles fazendo um só, é que faz que aqui haja uma solidão povoada e ali uma multidão que forma um só.


Sexta-feira, dia 18 de Maio de 2018

Sexta-feira da 7.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos ao governador Festo.
Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há aqui um homem que Félix deixou preso
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e poder defender-se da acusação.
Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes de que eu suspeitava.
Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo.
Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado.
Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo imperador, mandei que o conservassem preso, até o enviar a César».

Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Como a distância da Terra aos céus
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens.

Evangelho segundo São João 21,15-19.
Quando Jesus Cristo Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus Cristo lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus Cristo disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia em Paris 30/05/80 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Na hora da prova, Pedro renegou o Mestre três vezes. E a voz tremia-lhe quando respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Contudo, não respondeu «Todavia, Senhor, eu enganei-Te», mas: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Dizendo isto, já sabia que Jesus Cristo é a pedra angular sobre a qual, apesar de toda a fraqueza humana, pôde crescer nele, Pedro, esta construção que terá a forma do amor. Em todas as situações e todas as provas. Até ao fim. Por isso, ele escreverá um dia [...]: «Vós mesmos, como pedras vivas, entrais na construção de um edifício espiritual, por meio de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais que serão agradáveis a Deus por Jesus Cristo» (1Ped 2,5).
Tudo isto significa tão-só responder sempre e constantemente, com tenacidade e de maneira consequente, a esta única pergunta: Amas-Me? Tu amas-Me? Tu amas-Me mais? É com efeito esta resposta, quer dizer, este amor que faz com que sejamos «raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido» (1Ped 2,9). Ela é que faz que proclamemos as obras maravilhosas daquele que nos «chamou das trevas para a sua luz admirável» (1Ped 2,9). Tudo isto soube-o Pedro na absoluta certeza da sua fé. E sabe tudo isto e continua a confessá-lo também nos seus sucessores.


Sábado, dia 19 de Maio de 2018

Sábado da 7.ª semana da Páscoa

Santo do dia : São Celestino V, Papa e eremita, +1296, Santo Ivo, presbítero, +1303, padroeiro dos advogados

Livro dos Actos dos Apóstolos 28,16-20.30-31.
Quando chegámos a Roma, Paulo foi autorizado a ficar em domicílio pessoal, com um soldado que o guardava.
Três dias depois, ele convocou os principais dos judeus e, quando estavam todos reunidos, disse-lhes: «Irmãos, embora nada tenha feito contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos.
Instruído o processo, estes queriam soltar-me, por não encontrarem em mim nenhum crime de morte.
Mas como os judeus se opunham, fui obrigado a apelar para César, sem pretender de modo algum acusar a minha nação.
Foi por isto que manifestei o desejo de vos ver e de vos falar, pois é por causa da esperança de Israel que estou preso com estas cadeias».
Ficou dois anos inteiros no alojamento que tinha alugado,
onde recebia todos aqueles que o procuravam. Anunciava o reino de Deus e ensinava o que se refere ao Senhor Jesus Cristo, com firmeza e sem nenhum impedimento.

Livro de Salmos 11(10),4.5.7.
O Senhor habita no seu templo santo,
o Senhor tem nos céus o seu trono.
Os seus olhos estão atentos ao pobre,
as suas pupilas observam os homens.

O Senhor observa o justo e o ímpio,
mas odeia o que ama a iniquidade.
O Senhor é justo e ama a justiça,
os homens rectos estarão na sua presença.

Evangelho segundo São João 21,20-25.
Naquele tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predilecto de Jesus Cristo, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito e Lhe tinha perguntado: «Senhor, quem é que Te vai entregar?»
Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus Cristo: «Senhor, que será deste?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me».
Divulgou-se então entre os irmãos o boato de que aquele discípulo não morreria. Jesus Cristo, porém, não disse a Pedro que ele não morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa?»
É este o discípulo que dá testemunho destes factos e foi quem os escreveu e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Jesus Cristo realizou muitas outras coisas. Se elas fossem escritas uma a uma, penso que nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Jean-Pierre de Caussade (1675-1751), jesuíta
«O Abandono na Providência divina», cap. 11, §§ 191ss
«Nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever»
Desde a origem do mundo que Jesus Cristo vive em nós; Ele opera em nós durante todo o tempo da nossa vida […]; começou em Si mesmo e continua nos seus santos uma vida que nunca acaba. […] Se «nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever» sobre o que Ele fez e disse e sobre a sua própria vida, se o Evangelho esboça apenas alguns traços, se a primeira hora é tão desconhecida e tão fecunda, quantos evangelhos não seria preciso escrever para narrar a história de todos os momentos desta vida mística de Jesus Cristo, que multiplica os milagres indefinidamente e os multiplicará eternamente, uma vez que os tempos mais não são do que a história da acção divina? O Espírito Santo gravou em traços infalíveis e incontestáveis alguns momentos desta vasta duração, coligindo nas Escrituras algumas gotas deste mar e revelando de que maneira secreta e desconhecida trouxe Jesus Cristo ao mundo. […]
O resto da história desta acção divina, que consiste em toda a vida mística que Jesus Cristo vive nas almas santas até ao fim dos séculos, é o objecto da nossa fé. […] O Espírito Santo já não escreve evangelhos senão nos corações; todas as acções, todos os momentos dos santos são o evangelho do Espírito Santo; as almas santas são o papel, os seus sofrimentos e actos são a tinta. Com a pena da sua acção, o Espírito Santo escreve um evangelho vivo. E só poderemos lê-lo quando for publicado na glória, após ter saído da imprensa desta vida.
Oh, que bela história! Que livro belo o Espírito Santo está a escrever! Ele está no prelo, santas almas, e não há dia em que não se componham as letras, não se aplique a tinta, não se imprimam as folhas. Mas estamos na noite da fé: o papel é mais negro do que a tinta […]; trata-se de uma língua do outro mundo, que não compreendemos; só podereis ler este evangelho no Céu.
©


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