Prezados leitores
Toda a equipa de Evangelho Quotidiano vos deseja uma bela festa da Ascensão do Senhor, em que celebramos
o regresso triunfal de Jesus Cristo
ao Céu.
Com a Ascensão de Jesus Cristo, a natureza
humana sobe ao Céu: o mundo de Deus e o mundo dos homens interpenetram-se.
A Ascensão não é o fim de uma história, é o início de outra, da nossa história. Tal como Jesus Cristo enviou os seus apóstolos, também
nos envia, a nós que somos os herdeiros longínquos dos apóstolos, para
anunciar ao mundo inteiro a boa nova: Jesus Cristo venceu a morte, já venceu
o mundo das trevas. Nada acontece na Terra que Jesus Cristo não tenha já
vencido. Doravante, as cruzes terrestres carregam-se com a certeza da vitória
final.
O que era visível no nosso Redentor quando
estava na Terra passou agora para os mistérios
sacramentais. É certo que o seu corpo já não é visível, mas Jesus Cristo
continua a acompanhar-nos na Terra porque Ele está totalmente presente na Eucaristia. Amor supremo, Ele dá-se a
comer para alimentar e fortalecer a nossa alma. Pela Eucaristia, Jesus Cristo
está presente para todos os homens e mulheres, em toda a Terra até ao fim do
mundo. Alegremo-nos com este dom maravilhoso e peçamos à Virgem Santa Maria
que nos ajude a aproveitar plenamente todas as graças que nos traz cada
comunhão feita com devoção.
A equipa portuguesa de Evangelho Quotidiano, um
serviço evangelizo.org
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INFORMAÇÕES
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"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
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Domingo,
dia 06 de Maio de 2018
Livro dos Actos dos
Apóstolos 10,25-26.34-35.44-48.
Naqueles dias, Pedro
chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus
pés.
Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te que eu também sou um simples homem».
Pedro disse-lhe ainda: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas,
mas, em qualquer nação, aquele que O adora e pratica a justiça é-Lhe
agradável.
Ainda Pedro falava, quando o Espírito desceu sobre todos os que estavam a
ouvir a Palavra.
E todos os fiéis convertidos do judaísmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram
maravilhados, ao verem que o Espírito Santo Se difundia também sobre os gentios,
pois ouviam-nos falar em diversas línguas e glorificar a Deus. Pedro então
declarou:
«Poderá alguém recusar a água do Baptismo aos que receberam o Espírito Santo
como nós?».
E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então pediram-Lhe que ficasse alguns dias com
eles.
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um
cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
1.ª Carta de São João 4,7-10.
Caríssimos: Amemo-nos
uns aos outros porque o Amor vem de
Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus
porque Deus é Amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu
Filho Unigénito para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos
amou e enviou o seu Filho como
vítima de expiação pelos nossos pecados.
Evangelho segundo São João 15,9-17.
Naquele tempo, disse
Jesus Cristo aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou também Eu
vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu
Pai e permaneço no seu Amor.
Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria
seja completa.
É este o meu mandamento: que vos ameis
uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
chamo-vos amigos porque vos dei a
conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei para que
vades e deis fruto (= boas obras) e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que VOS AMEIS UNS
AOS OUTROS».
Comentário do dia:
São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de
comunidades religiosas
Palestra às Filhas da Caridade,
31/07/1634
«O que vos mando é que
vos ameis uns aos outros»
A maneira de observardes a vossa regra é
viverdes em grande cordialidade e caridade umas com as outras. As
pessoas que foram escolhidas para o mesmo exercício devem estar unidas em
todas as coisas. Estas filhas foram escolhidas para a realização de um
desígnio; mas o edifício não poderá manter-se de pé se não vos amardes umas
às outras; será este laço a impedir que ele se desmorone. Disse Nosso Senhor Jesus
Cristo aos apóstolos: «Se quereis cumprir o desígnio que tenho desde toda a eternidade,
tende grande caridade (= Amor fraterno)».
Minhas filhas, é verdade que sois enfermas, mas suportai as imperfeições umas
das outras. Se não o fizerdes, o edifício desmoronar-se-á e sereis
substituídas por outros. E dado que pode haver antipatias, será bom que troqueis de lugar, com licença das
superioras. São Pedro, São Paulo e São Barnabé também tiveram diferendos.
Ninguém pode, pois espantar-se de que os haja entre pobres filhas enfermas.
Convém que tenhais a disposição de ir para onde vos ordenarem e mesmo de
pedir para tal, dizendo: «Não sou daqui nem dali; sou de onde Deus quiser que
eu esteja».
Segunda-feira,
dia 07 de Maio de 2018
Segunda-feira da 6ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, deixámos Tróade e navegámos directamente para
Samotrácia. No dia seguinte, fomos para Neápoles
e de lá para Filipos, cidade principal daquela região da Macedónia e colónia
romana. Estivemos nesta cidade durante alguns dias.
No sábado, saímos pelas portas da cidade, em direcção à margem do rio, onde
julgávamos que havia um lugar de oração. Sentámo-nos e começámos a falar às
mulheres ali reunidas.
Uma delas, chamada Lídia, escutava-nos com atenção; era negociante de
púrpura, natural da cidade de Tiatira e adorava o verdadeiro Deus. O Senhor
abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia.
Quando recebeu o Baptismo, juntamente com toda a sua família, fez-nos este
pedido: «Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa».
E obrigou-nos a aceitar.
Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis!
Evangelho segundo São João 15,26-27.16,1-4a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando
vier o Paráclito que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da Verdade
que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim.
E vós também dareis testemunho porque estais comigo desde o princípio.
Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes.
Hão-de expulsar-vos das sinagogas e mais ainda, aproxima-se a hora em que
todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus.
Procederão assim por não terem conhecido o Pai nem Me terem conhecido a Mim.
Mas Eu disse-vos isto para que, ao chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo
tinha dito».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), Papa
Carta apostólica «Salvifici Doloris», de 11/02/1984, 25
«Hão-de expulsar-vos das sinagogas e mais ainda, aproxima-se a
hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus».
O Evangelho do
sofrimento fala em diversos pontos, primariamente, do sofrimento «por Jesus Cristo»,
«por causa de Jesus Cristo» e isto é expresso com as próprias palavras de
Jesus Cristo ou então com as palavras dos seus apóstolos. O Mestre não
esconde aos seus discípulos e àqueles que O seguirão a perspectiva de um tal
sofrimento; pelo contrário, apresenta-lha com toda a franqueza,
indicando-lhes ao mesmo tempo as forças sobrenaturais que os acompanharão no
meio das perseguições e tribulações sofridas «pelo seu nome». Estas serão, ao
mesmo tempo, como que um meio especial de verificar a semelhança a Jesus Cristo
e a união com Ele. «Se o mundo vos odeia, ficai sabendo que, primeiro do que
a vós, me odiou a Mim [...]; mas porque não sois do mundo (do mal) — ao
contrário, Eu vos separei do meio do mundo (do mal) — por isso é que o mundo
vos odeia. [...] O servo não é maior do que o seu senhor. Se a Mim Me
perseguiram, também vos hão de perseguir a vós. [...] Mas farão tudo isso
contra vós por causa do meu nome porque não conhecem Aquele que Me enviou»
(Jo 15, 18-21).
«Disse-vos isto para que tenhais paz
em Mim: no mundo tereis de sofrer. Mas tende confiança! Eu venci o mundo (do Mal)» (Jo 16,33). Este primeiro capítulo do
Evangelho do Sofrimento que fala das perseguições, isto é, das tribulações
por causa de Jesus Cristo, contém em si um chamamento especial à coragem e à
fortaleza, apoiado pela eloquência da ressurreição. Jesus Cristo venceu
definitivamente o mundo com a sua ressurreição;
todavia, porque a sua ressurreição está ligada à sua Paixão e morte, Ele
venceu este mundo (do Mal), ao mesmo tempo, com o seu sofrimento. Sim, o
sofrimento foi inserido de modo singular naquela vitória sobre o mundo que se
manifestou na ressurreição. Jesus Cristo conserva no seu corpo ressuscitado
os sinais das feridas causadas pelo suplício
da cruz: nas suas mãos, nos seus pés e no seu lado. Pela ressurreição, Ele
manifesta a força vitoriosa do sofrimento e quer incutir a convicção desta
força no coração daqueles que escolheu como seus apóstolos e daqueles que
continua a escolher e a enviar. O apóstolo Paulo dirá: «Todos aqueles que
querem viver piedosamente em Jesus Cristo serão perseguidos» (2Tim 3,12).
Terça-feira,
dia 08 de Maio de 2018
Terça-feira da 6.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se
contra Paulo e Silas e os magistrados mandaram que lhes arrancassem as
vestes e os açoitassem.
Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, meteram-nos na cadeia e
ordenaram ao carcereiro que os guardasse cuidadosamente.
Ao receber semelhante ordem, o carcereiro lançou-os no calaboiço interior e
prendeu-lhes os pés no cepo.
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus
e os outros presos escutavam-nos.
De repente, sentiu-se um tremor de terra tão grande que abalou os alicerces
da prisão. Todas as portas se abriram e soltaram-se as cadeias de todos os
presos.
O carcereiro acordou e, ao ver abertas as portas da prisão, puxou da espada
e queria suicidar-se, julgando que os presos se tinham evadido.
Mas Paulo bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, pois nós
estamos todos aqui».
O carcereiro pediu uma luz, correu para dentro e lançou-se, a tremer, aos
pés de Paulo e Silas.
Depois trouxe-os para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo fazer para
ser salvo?»
Eles responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua
família».
E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que viviam em sua
casa.
O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os consigo, lavou-lhes as feridas
e logo recebeu o Baptismo, juntamente com todos os seus.
Depois mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda
a sua família, por ter acreditado em
Deus.
Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.
De todo o coração, Senhor, eu Vos agradeço
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.
Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.
A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.
Evangelho segundo São João 16,5-11.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Agora
vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde
vais?’.
Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de
tristeza.
No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu
não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei.
Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento:
do pecado porque não acreditam em Mim;
da justiça porque vou para o Pai e não Me vereis mais;
do julgamento porque o príncipe deste mundo já está condenado».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge
cisterciense, doutor da Igreja
3.º sermão para o Pentecostes
«É do vosso interesse que Eu vá»-
O Espírito
Santo estendeu a sua sombra sobre a Virgem Maria (Lc 1,35) e, no dia de Pentecostes, fortificou os
apóstolos; a Ela, fê-lo para suavizar o efeito da vinda da divindade ao seu
corpo virginal e a eles, para os revestir com a força do alto (cf Lc
24,49), isto é, com a mais ardente caridade. [...] Como teriam eles, na sua
fraqueza, podido cumprir a sua missão de triunfar sobre a morte sem esse
amor mais forte do que a morte e de não permitir que as portas do abismo
prevalecessem sobre eles sem esse amor mais inflexível do que o abismo (cf
Mt 16,18; Cant 8,6)? Ao ver esse zelo, alguns julgaram-nos ébrios (cf At
2,13). Efectivamente estavam ébrios, mas de um vinho novo [...], aquele que
a «verdadeira videira» deixara derramar do alto do Céu, aquele que «alegra
o coração do homem» (Jo 15,1; Sl 103,15). [...] Era um vinho novo para os
habitantes da Terra, mas que no Céu se encontrava em abundância [...],
jorrava em golfadas pelas ruas e pelas praças da cidade santa, por onde
espalhava a alegria do coração.
[...]
Havia no Céu um vinho especial que a Terra desconhecia. Mas a Terra tinha
também alguma coisa que lhe era própria e que era a sua glória — a carne de
Jesus Cristo — e o Céu tinha uma grande sede da presença dessa carne. Quem
poderia, pois impedir essa troca tão certa e tão rica em graça entre o Céu
e a Terra, entre os anjos e os apóstolos, de forma que a Terra possuísse o
Espírito Santo e o Céu a carne de Jesus Cristo? [...] «Se Eu não for, o
Paráclito não virá a vós», disse Jesus Cristo. Quer dizer, se não deixais
partir aquilo que amais, não obtereis o que desejais. «É melhor para vós
que Eu vá» e que vos transporte da Terra ao Céu, da carne ao espírito; pois
o Pai é espírito, o Filho é espírito e o Espírito Santo é também espírito.
[...] E o Pai «é espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-l'O em
espírito e verdade» (Jo 4,23-24).
Quarta-feira, dia 09 de Maio de
2018
Quarta-feira da 6.ª
semana da Páscoa
Santo do dia : Santa
Maria Domingas Mazzarello, religiosa, fundadora, +1881, Santa
Catarina de Bolonha, virgem, mística, +1463, Santo
Isaías, profeta
Livro dos Actos dos Apóstolos 17,15.22-34.18,1.
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas
e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a
ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível.
Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que
sois em tudo extremamente religiosos.
Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os
vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem:
Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do Céu e da Terra.
Não habita em templos feitos por mãos humanas
nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de
alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais.
Criou de um só homem todo o
género humano, para habitar sobre a superfície da Terra e fixou períodos
determinados e os limites da sua habitação,
para que os homens procurassem a Deus
e se esforçassem realmente para O alcançar e encontrar. Na verdade, Ele
não está longe de cada um de nós.
É n’Ele que vivemos, nos
movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: ‘Somos da
raça de Deus’.
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é
semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho
do homem.
Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens
que todos e em toda a parte se devem arrepender;
pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio
de um homem (Jesus Cristo) que
escolheu e deu a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os
mortos».
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam, mas outros
disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez».
Foi assim que Paulo saiu do meio deles.
No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre
eles, Dionísio, o Areopagita e também uma mulher chamada Dâmaris e outros
com eles.
Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Livro de Salmos 148(147),1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd.
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
Todos os seus anjos louvai-O,
exércitos celestes louvai-O,
sol e lua louvai-O,
estrelas luminosas louvai-O.
Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da Terra,
jovens e donzelas,
velhos e crianças
e as crianças!
Louvem todos o nome do Senhor
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do Céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel,
seu povo eleito.
Evangelho segundo São João 16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tenho
ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora.
Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena
porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos
anunciará o que há-de vir.
Ele Me glorificará porque receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo.
Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é
meu e vos há-de anunciá-lo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Simeão, o Novo Teólogo (c.
949-1022), monge grego
Catequeses, 33; SC 113
«Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a
verdade plena»
A «chave do
conhecimento» (Lc 11,52) é a graça
do Espírito Santo que é dada
pela fé. Pela iluminação, ela produz um conhecimento muito real e mesmo o
conhecimento completo. Ela
abre o nosso espírito fechado na obscuridade, muitas vezes com parábolas
e símbolos, mas também com declarações mais claras. [...] Prestai, pois
muita atenção ao sentido espiritual da palavra. Se a chave não for
adequada, a porta não se abrirá. Porque, como disse o Bom Pastor, «é a
ele que o porteiro abre» (Jo 10,3). Mas, se a porta não se abrir, ninguém
entra na casa do Pai porque Jesus Cristo disse: «Ninguém vai ao Pai senão
por Mim» (Jo 14,6).
Ora é o Espírito Santo quem primeiro abre o nosso espírito e nos ensina o
que se refere ao Pai e ao Filho. Jesus Cristo disse-nos: «O Espírito da Verdade que procede do Pai e que
Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, dará testemunho a meu favor e
guiar-vos-á a toda a verdade» (Jo 15,26; 16,13). Vede como, pelo
Espírito, ou melhor, no Espírito, o Pai e o Filho Se dão a conhecer
inseparavelmente. [...]
Se chamamos ao Espírito Santo uma chave, é porque é primeiramente por Ele
e n'Ele que o nosso espírito é iluminado. Uma vez purificados, somos
iluminados pela luz do conhecimento. Somos baptizados do Alto, recebemos
um novo nascimento e tornamo-nos filhos de Deus, como disse São Paulo: «O
Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rom 8,26). E
ainda: «Deus enviou aos nossos corações o Espírito que clama: "Abba,
Pai"» (Gal 4,6). É, por conseguinte, Ele que nos mostra a porta,
porta que é luz e a porta
ensina-nos que Aquele que habita esta casa é também luz inacessível.
Quinta-feira,
dia 10 de Maio de 2018
Quinta-feira da
6.ª semana da Páscoa
Festa da Igreja
: Rogações
Santo do dia : São
Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889, São
João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja, +1569, Santo
Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459
Livro dos Actos dos Apóstolos 18,1-8.
Naqueles dias,
Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Encontrou lá um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente
chegado de Itália, com Priscila, sua esposa porque o imperador Cláudio
tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo juntou-se a
eles
e, como era da mesma profissão, fabricante de tendas, ficou em sua casa
para trabalharem juntos.
Todos os sábados, Paulo falava na sinagoga, procurando convencer tanto
judeus como gregos.
Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedónia, Paulo consagrou-se
totalmente à pregação, afirmando aos judeus que Jesus era o Messias.
Mas perante a oposição e blasfémias deles, sacudiu as vestes e
declarou-lhes: «O vosso sangue
recaia sobre as vossas cabeças. Eu não sou responsável por isso. A
partir de agora, vou dirigir-me aos gentios».
Saiu dali e foi para casa de Tício Justo, homem que adorava a Deus e
morava junto da sinagoga.
Entretanto, Crispo, chefe da sinagoga, acreditou no Senhor, ele e a sua
família e muitos coríntios que ouviam a palavra de Paulo abraçavam
também a fé e recebiam o Baptismo.
Livro de Salmos 98(97),1-4.
Cantai ao Senhor um
cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade,
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo São João 16,16-20.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis
e pouco depois voltareis a ver-Me».
Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz:
‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’ e
ainda: ‘Eu vou para o Pai’?».
E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o
que está a dizer».
Jesus Cristo percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais
entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me
vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’.
Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto
o mundo (do Mal) se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza
converter-se-á em alegria».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), Papa
Audiência geral de 16/12/1998 (trad. © copyright Libreria Editrice
Vaticana, rev.)
«Eu vou para o Pai»
Ponto de
partida da nossa reflexão são as palavras do Evangelho que nos indicam
em Jesus o Filho e o Revelador do Pai. Os seus ensinamentos, o seu
ministério, o seu próprio estilo de vida, tudo n’Ele remete para o Pai
(cf Jo 5,19.36; 8,28; 14,10; 17,6). Este é o centro da vida de Jesus Cristo e, por sua vez, Jesus Cristo
é o único caminho para
aceder ao Pai. «Ninguém vem ao Pai senão por Mim» (Jo 14,6). Jesus Cristo
é o ponto de encontro dos seres humanos com o Pai que n’Ele Se tornou
visível: «Quem Me vê, vê o Pai. Como é que tu dizes: Mostra-nos o Pai?
Não crês que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim?» (Jo 14,9-10).
A manifestação mais expressiva desta relação de Jesus Cristo com o Pai
verifica-se na sua condição de ressuscitado,
vértice da sua missão e fundamento de vida nova e eterna para todos os
que n’Ele acreditam. Mas a união entre o Filho e o Pai, como a união
entre o Filho e os crentes, passa através do mistério da «exaltação» de
Jesus Cristo, segundo uma típica expressão do Evangelho de João. Com o
termo «exaltação», o
evangelista indica tanto a crucifixão como a glorificação de Jesus Cristo;
ambas se reflectem no crente: «O Filho do Homem tem de ser levantado, a
fim de que todo aquele que n’Ele crer
tenha a vida eterna. Porque
Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que
todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo
3,14-16).
Esta «vida eterna» não é senão a participação dos crentes na própria
vida de Jesus Cristo ressuscitado e consiste em serem inseridos naquele
círculo de amor que une o Pai e o Filho, os quais são uma só coisa (cf
Jo 10,30; 17,21-22).
Sexta-feira, dia 11 de Maio de 2018
Sexta-feira da
6.ª semana da Páscoa
Quando Paulo
estava em Corinto, certa noite, o Senhor disse-lhe numa visão: «Não
temas, continua a falar,
que Eu estou contigo e ninguém porá as mãos sobre ti para te fazer
mal, pois tenho um povo numeroso nesta cidade».
Então Paulo demorou-se ali ano e meio a ensinar aos coríntios a Palavra
de Deus.
Quando Galião era procônsul da Acaia, os judeus levantaram-se todos
contra Paulo e levaram-no ao tribunal,
dizendo: «Este homem induz as pessoas a prestarem culto a Deus à
margem da lei».
Quando Paulo ia a abrir a boca, disse Galião aos judeus: «Judeus, se
se tratasse de alguma injustiça ou grave delito, escutaria certamente
as vossas queixas, como é meu dever.
Uma vez, porém, que são questões de doutrina e de nomes da vossa
própria lei, o assunto é convosco. Eu não quero ser juiz dessas
coisas».
E mandou-os sair do tribunal.
Todos então se apoderaram de Sóstenes, chefe da sinagoga e começaram
a bater-lhe em frente do tribunal. Mas Galião não se importou nada
com isso.
Paulo demorou-se ainda algum tempo em Corinto; depois despediu-se dos
irmãos e embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila e
rapou a cabeça em Cêncreas, por causa de um voto que fizera.
Livro de Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7.
Povos todos,
batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.
Submeteu os povos à nossa obediência
e pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança,
glória de Jacob, por Ele amado.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.
Evangelho segundo São João 16,20-23a.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos
digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará.
Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria.
A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia porque chegou a
sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do
sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo.
Também vós agora estais tristes; mas Eu hei-de ver-vos de novo e o
vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Tomás de Aquino
(1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Comentário sobre São João
Alegria pela visão do Senhor ressuscitado, alegria pela
visão da glória
Depois
de ter aplicado a comparação [da mulher que dá à luz] à tristeza dos
apóstolos, o Senhor aplica-a à alegria futura dos mesmos apóstolos,
dizendo-lhes: «Eu hei-de ver-vos de novo». Não lhes diz:
«ver-Me-eis», mas «Eu hei-de ver-vos» porque o facto de Se mostrar
provém da sua misericórdia que é significada pelo seu olhar. Diz,
pois: «Eu hei-de ver-vos de novo», tanto no momento da ressurreição
como na glória futura: «Os teus olhos contemplarão um rei no seu
esplendor» (Is 33,17).
Em seguida, promete-lhes a alegria do coração e a exultação,
dizendo-lhes: «O vosso coração se alegrará» com a alegria de Me ver
ressuscitado. Por isso, a Igreja canta: «Eis o dia que fez o Senhor,
alegremo-nos e nele rejubilemos» (Sl 117,24). E «o vosso coração se
alegrará» também pela visão da glória: «saciar-me de alegria na tua
presença» (Sl 15,11). Com efeito, todos os seres encontram
naturalmente a sua alegria na contemplação da realidade amada. Ora
ninguém pode ver a essência divina sem a amar. Deste modo, a alegria
acompanha necessariamente esta visão: «Vê-l'O-eis» conhecendo-O pela
inteligência «e o vosso coração alegrar-se-á» (Is 60,5) e essa
alegria reflectir-se-á no corpo, quando este for glorificado. Isaías
acrescenta: «os vossos ossos retomarão vigor» (Is 66,14). «Entra na
alegria do teu Senhor» (Mt 25,21).
Finalmente, o Senhor promete uma alegria
que durará para sempre quando diz: «a vossa alegria», aquela que
tireis quando eu ressuscitar. «Rejubilo de alegria no Senhor» (Is
61,10) «e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» porque «Jesus Cristo,
ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais
domínio sobre Ele» (Rom 6,9). Ou ainda, «a vossa alegria», a alegria
de gozar da glória, «ninguém vos poderá tirar» porque não pode ser
perdida e é perpétua: «com a alegria estampada nos seus rostos» (Is
35,10).
Com efeito, ninguém tirará esta alegria a si próprio pelo pecado porque,
nessa altura, a vontade de todos estará firmada no bem e também
ninguém tirará esta alegria a outro porque, nessa altura, não haverá
violência nem ninguém prejudicará outro.
Sábado, dia 12 de Maio de 2018
Sábado da 6.ª
semana da Páscoa
Santo do dia
: Beata
Joana de Portugal, virgem, +1490, Santos
Nereu e Aquiles (ou Aquileu), mártires, séc. III, Beato
Alvaro del Portillo, bispo, +1994, São
Pancrácio, mártir, +304
Livro dos Actos dos Apóstolos 18,23-28.
Depois de ter
passado algum tempo em Antioquia, Paulo partiu de novo e percorreu
sucessivamente a Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os
discípulos na fé.
Entretanto, chegou a Éfeso um judeu chamado Apolo, natural de
Alexandria, homem eloquente, muito versado nas Escrituras.
Fora instruído no caminho do Senhor e pregava com muito entusiasmo,
ensinando com exactidão o que se referia a Jesus Cristo, embora só
conhecesse o baptismo de João.
E começou a falar também com firmeza na sinagoga. Priscila e
Áquila, ouvindo-o falar, tomaram-no consigo e expuseram-lhe com
maior exactidão o caminho do Senhor.
Como ele queria partir para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e escreveram
aos discípulos que o recebessem. Depois de lá ter chegado, ajudava
muito os fiéis com o auxílio da graça:
refutava energicamente os judeus em público, demonstrando pelas
Escrituras que Jesus era
o Messias.
Livro de Salmos 47(46),2-3.8-9.10.
Povos todos,
batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.
Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado
porque a Deus pertencem os poderes da Terra,
Ele está acima de todas as coisas.
Evangelho segundo São João 16,23b-28.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos
digo: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi (o bem) e recebereis,
para que a vossa alegria
seja completa.
Tenho-vos dito tudo isto em parábolas, mas vai chegar a hora em que
não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai.
Nesse dia, pedireis em meu nome e não vos digo que rogarei por vós
ao Pai,
pois o próprio Pai vos ama porque vós Me amastes e acreditastes
que Eu saí de Deus.
Saí de Deus e vim ao mundo (do Mal). Agora deixo o mundo (do Mal) e
vou para o Pai».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
Catecismo sobre a oração
«Tudo o que pedirdes ao Pai em meu
nome, Ele vo-lo dará»
Meus
filhos, vós tendes um coração pequeno, mas a oração torna-o maior e
capaz de amar a Deus. A oração é um antegosto do
céu, um escoamento do paraíso, que nos enche de doçura. É um mel
que desce sobre a alma e tudo adoça. As mágoas fundem-se perante
uma oração bem feita, como a neve perante o sol. Na oração, o tempo
corre tão depressa e de forma tão agradável que nem nos apercebemos
da sua passagem. [...]
Alguns perdem-se na oração como peixe na água porque estão
completamente embrenhados em Deus. No coração destas pessoas, não
há mediadores. Ah, como gosto destas almas generosas! São Francisco
de Assis e Santa Collette viam o Senhor e falavam com Ele como nós
falamos uns com os outros. Enquanto nós, quantas vezes vimos à
igreja sem saber o que vimos fazer e o que queremos pedir! E, no
entanto, quando vamos a casa de alguém, sabemos bem porque lá
vamos. Há pessoas que parecem dizer a Deus: «Vou dizer-Vos duas
palavras para me livrar de Vós». Penso muitas vezes que, quando
vimos adorar Nosso Senhor, obteríamos tudo o que quiséssemos se Lho
pedíssemos com uma fé
bem viva e um coração
bem puro. ©
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