domingo, 18 de março de 2018

Cristianismo 251 até 17-03-2018



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 11 de Março de 2018

4.º Domingo da Quaresma

Naqueles dias, todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs e profanaram o templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém.
O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada.
Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo.
Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém, lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objectos preciosos.
O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada e foram escravos deles e de seus filhos até que se estabeleceu o reino dos persas.
Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação até que se completaram setenta anos».
No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:
«Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele».

Livro de Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.
Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos as nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.

Carta aos Efésios 2,4-10.
Irmãos: Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou,
que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida com Jesus Cristo – é pela graça que fostes salvos –
e com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez sentar nos Céus.
Assim quis mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco, em Jesus Cristo.
De facto, é pela graça que fostes salvos, por meio da fé. A salvação não vem de vós: é dom de Deus.
Não se deve às obras: ninguém se pode gloriar.
Na verdade, nós somos obra de Deus, criados em Jesus Cristo, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou como caminho que devemos seguir.

Evangelho segundo São João 3,14-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho (do homem) será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho (Unigénito) para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está condenado porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
«Obras completas», t. 10
«Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito»
Deus não poderia dar ao mundo outro remédio, senão a morte de seu Filho? [...] Certamente que poderia ter-nos resgatado por mil outros meios que não fossem a morte de seu Filho; mas não quis fazê-lo porque o que era suficiente para a nossa salvação não o era para saciar o seu amor. E para nos mostrar como nos amava, este Filho divino morreu com a morte mais terrível e ignominiosa que era a morte de cruz.
Que resta, pois, e que consequência podemos tirar daqui a não ser que, dado que Ele morreu de amor por nós, morramos nós também de amor por Ele ou, se não podemos morrer de amor, ao menos não vivamos senão por Ele? [...] Era disto que se queixava o grande Santo Agostinho: «Senhor, será possível que o homem saiba que morrestes por Ele e não viva por Vós?» E esse grande amoroso que foi São Francisco exclamava, soluçando: «Ah, morrestes de amor e ninguém Vos ama!» [...]
Não há redenção senão nesta cruz. Ó Deus, que grande utilidade e que grande proveito é para nós contemplar a cruz e a Paixão! Será possível contemplar esta humildade de Nosso Senhor sem ser humilde e amar as humilhações? Poderemos ver a sua obediência sem ser obedientes? Oh não, nunca ninguém contemplou Nosso Senhor crucificado e morreu ou adoeceu. Pelo contrário, os que se recusam a contemplá-lo morrem, como acontecia aos filhos de Israel que se recusavam a olhar para a serpente que Moisés tinha mandado colocar no alto da coluna.


Segunda-feira, dia 12 de Março de 2018

Segunda-feira da 4.ª semana da Quaresma

Assim fala o Senhor: «Eu vou criar os novos céus e a nova Terra e não mais se recordará o passado nem voltará de novo ao pensamento.
Haverá alegria e felicidade eterna por aquilo que Eu vou criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de júbilo e do seu povo uma fonte de alegria.
Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu povo. Nunca mais se hão-de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia.
Já não haverá ali uma criança que viva só alguns dias nem um velho que não complete o número dos seus anos porque o mais novo morrerá centenário e quem não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição.
Construirão casas e habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos».

Livro de Salmos 30(29),2.4.5-6.11-12a.13b.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e agradecei ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

Evangelho segundo São João 4,43-54.
Naquele tempo, Jesus Cristo saiu da Samaria e foi para a Galileia.
Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra.
Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido.
Jesus Cristo voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente.
Quando ouviu dizer que Jesus Cristo viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho que estava a morrer.
Jesus Cristo disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis».
O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus Cristo lhe tinha dito e pôs-se a caminho.
Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia.
Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou».
Então o pai verificou que àquela hora Jesus Cristo lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa.
Foi este o segundo milagre que Jesus Cristo realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
Homilia sobre a carta aos Hebreus 4,12; PL 204, 451-453
O homem acreditou nas palavras que Jesus Cristo lhe disse
«A palavra de Deus é viva» (Heb 4, 12). O que o apóstolo demonstra com as suas palavras àqueles que procuram Jesus Cristo, que é o Verbo, a força e a sabedoria de Deus, é toda a grandeza, a força e a sabedoria da palavra de Deus. Este Verbo estava no início junto do Pai, é eterno com Ele (Jo 1,1) e foi revelado a seu tempo aos apóstolos, anunciado por eles e recebido humildemente pelo povo dos crentes. [...]
Ela é viva, esta palavra a quem o Pai deu o dom da vida em Si mesma, tal como Ele a possuía em Si mesmo (Jo 5,26). E não só é viva, como é a própria vida, conforme está escrito: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). E porque é a vida, está viva e dá vida, pois «como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem Ele quer» (Jo 5,21). Ela dá vida quando chama Lázaro para fora do túmulo e lhe diz: «Lázaro, vem para fora!» (Jo 11,43) Quando esta palavra é proclamada, a voz que a pronuncia ressoa no exterior com tal força que, percebida no interior, faz reviver os mortos e ao acordar a , suscita verdadeiros filhos de Abraão (Mt 3,9). Sim, ela é viva, esta palavra, viva no coração do Pai, na boca daquele que a proclama, no coração daquele que crê e que ama.


Terça-feira, dia 13 de Março de 2018

Terça-feira da 4.ª semana da Quaresma

Naqueles dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água em direcção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora até à porta exterior que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito.
Depois saiu na direcção do Oriente com uma corda na mão; mediu mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos tornozelos.
Mediu outros mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me à cintura.
Por fim, mediu mais mil côvados: era uma torrente que eu não podia atravessar. As águas tinham aumentado até se perder o pé, formando um rio impossível de transpor.
Disse-me então o Anjo: «Viste, filho do homem?» E fez-me voltar para a margem da torrente.
Quando cheguei, vi nas margens da torrente uma grande quantidade de árvores, de um e outro lado.
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce para Arabá e entra no mar para que as suas águas se tornem salubres.
Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente terá novo alento e o peixe será mais abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto; a sua folhagem não murchará nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».

Livro de Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.
Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.

Os braços de um rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.

O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na terra.

Evangelho segundo São João 5,1-16.
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus Cristo subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus Cristo perguntou-lhe: «Queres ser curado?»
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua enxerga e anda’».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era porque Jesus Cristo tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus Cristo encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar (a praticar o mal) para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus Cristo, por fazer isto num dia de sábado.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
«Vida de Moisés», II, 121s; SC 1
Salvos pela água
Qualquer homem que oiça o relato do mar Vermelho compreende o mistério da água, à qual se desce com todo o exército dos inimigos e da qual se emerge sozinho, deixando o exército dos inimigos afundado no abismo. E percebe que este exército dos egípcios [...] são as diversas paixões da alma às quais o homem se encontra sujeito: sentimentos de ira, impulsos diversos de prazer, de tristeza, de avareza. [...] Todas estas coisas e aquelas que estão na sua origem, com o chefe que promove o ataque odioso, se precipitam na água atrás dos israelitas.
Mas a água, pela força da vara da fé e o poder da nuvem luminosa (Ex, 14,16.19), torna-se uma fonte de vida para aqueles que nela procuram refúgio - e fonte de morte para quantos os perseguem. [...] Isto significa, quando se detecta o sentido oculto neste acontecimento, que todos quantos passam pela água sacramental do baptismo devem fazer morrer na água as más inclinações que os combatem - a avareza, os desejos impuros, o espírito de rapina, os sentimentos de vaidade e de orgulho, os impulsos de ira, a inveja, o ciúme...
É como o mistério da Páscoa judaica: chamava-se «páscoa» ao cordeiro cujo sangue preservara da morte os que dele tinham usufruído (Ex 12,21.23). Neste mistério, a Lei ordena que se coma, com a páscoa, pães ázimos, sem o velho fermento, ou seja, que nenhum resto de pecado apareça misturado com a vida nova (1Cor 5,7-8). [...] Da mesma maneira, temos de afundar todo o exército egípcio, isto é, todas as formas de pecado, no banho da salvação, qual abismo do mar e dele emergir sozinhos, sem nada que nos seja estranho.


Quarta-feira, dia 14 de Março de 2018

Quarta-feira da 4.ª semana da Quaresma

Assim fala o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas;
para dizer aos prisioneiros: ‘Saí para fora’ e àqueles que vivem nas trevas: ‘Vinde para a luz’. Hão-de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem em todas as encostas.
Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às nascentes da água.
De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão niveladas.
Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de Sinim.
Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres.
Sião dizia: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim’.
Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».

Livro de Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho segundo São João 5,17-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.
Então Jesus Cristo tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente
porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz e há-de manifestar-Lhe coisas maiores do que estas, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida assim o Filho dá vida a quem Ele quer.
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar
para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado porque passou da morte à vida.
Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho (de Deus) e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo
e deu-Lhe o poder de julgar porque é o Filho (do homem).
Não vos admireis do que estou a dizer porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz:
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.
Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Carta a Diogneto (c. 200)
Capítulo. 9
«querer[iam] dar-Lhe a morte [...] também por chamar a Deus seu Pai"»
Até aos nossos dias, que são os últimos, Deus foi permitindo que nos deixássemos conduzir ao sabor das nossas inclinações desordenadas, levados pelos prazeres e pelas paixões. Não que Ele tivesse o menor prazer nos nossos pecados; de modo nenhum! Apenas tolerava este tempo de iniquidade (não-equidade), sem nele consentir. Preparava assim o tempo actual da justiça, a fim de que, convencidos de termos sido indignos durante esse período por causa das nossas faltas, nos tornássemos agora dignos dele em razão da bondade divina. [...]  
Ele não nos odiou nem nos rejeitou. [...] Enchendo-Se de piedade por nós, encarregou-Se Ele mesmo das nossas faltas e entregou o seu próprio Filho em resgate por nós: o santo pelos ímpios, o inocente pelos malfeitores, «o justo pelos injustos» (1Pe 3,18), o incorruptível pelos corrompidos, o imortal pelos mortais. Que outra coisa, para além da sua justiça, teria podido cobrir os nossos pecados? Em quem poderíamos ser justificados [...], senão no Filho único de Deus? Suave troca, obra insondável, benefícios inesperados! O crime de uma multidão é coberto pela justiça de um só e a justiça de um só justifica inúmeros culpados. No passado, Ele convenceu a nossa natureza da sua incapacidade para alcançar a vida; agora mostrou-nos o Salvador capaz de salvar o que não podia ser salvo. Por estas duas vias, quis encher-nos de fé na sua bondade e fazer-nos ver nele o que dá o alimento, o pai, o mestre, o conselheiro, o médico, a inteligência, a luz, a honra, a glória, a força e a vida.


Quinta-feira, dia 15 de Março de 2018

Quinta-feira da 4.ª da Quaresma

Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se.
Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, que te fez sair da terra do Egipto’».
O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz.
Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação».
Então Moisés procurou aplacar o Senhor, seu Deus, dizendo: «Por que razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo que libertastes da terra do Egipto com tão grande força e mão tão poderosa?
Porque hão-de dizer os egípcios: ‘Foi com má intenção que o Senhor os fez sair para lhes dar a morte nas montanhas e os exterminar da face da terra’? Abandonai o furor da vossa ira e desisti do mal contra o vosso povo.
Lembrai-Vos dos vossos servos Abraão, Isaac e Israel, a quem jurastes pelo vosso nome, dizendo: ‘Farei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para sempre em herança toda a terra que vos prometi’».
Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo.

Livro de Salmos 106(105),19-20.21-22.23.
Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno.

Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho.

E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d’Ele
e aplacasse a sua ira para não os destruir.

Evangelho segundo São João 5,31-47.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu testemunho não será considerado verdadeiro.
É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro.
Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade.
Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos.
João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas Eu tenho um testemunho maior do que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar — as obras que Eu realizo— dão testemunho de que o Pai Me enviou».
E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz nem vistes a sua figura
e a sua palavra não habita em vós porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou.
Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim
e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida.
Não é dos homens que Eu recebo glória;
mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus.
Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis.
Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus?
Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança.
Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito.
Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Afraate (?-c. 345), monge e bispo de Nínive, perto de Mossul
«Exposições», n.° 21
«Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim»
Moisés foi perseguido, tal como Jesus Cristo foi perseguido. Esconderam-no por altura do seu nascimento, para que não fosse morto pelos perseguidores; Jesus Cristo foi obrigado a fugir para o Egipto logo que nasceu, para que Herodes, o seu perseguidor, não o matasse. Quando Moisés nasceu, as crianças eram afogadas no rio; quando nasceu Jesus Cristo, mataram os meninos de Belém e dos arredores. Deus disse a Moisés: «Morreram aqueles que queriam a tua vida» (Ex 4,19) e o anjo disse a José, no Egipto: «Levanta-te, toma o Menino e volta para a terra de Israel porque morreram os que queriam a sua vida» (Mt 2,20). Moisés conduziu o povo para longe da servidão do Faraó; Jesus Cristo salvou todos os povos da servidão de Satanás. [...] Quando Moisés imolou o cordeiro, os primogénitos dos egípcios foram mortos; Jesus Cristo tornou-Se o verdadeiro cordeiro quando o crucificaram. [...] Moisés fez descer o maná do céu para alimentar o seu povo; Jesus Cristo deu o seu próprio corpo aos povos. Moisés amaciou as águas amargas com a madeira; Jesus Cristo amaciou a nossa amargura sendo crucificado no madeiro. Moisés fez descer a Lei para o povo; Jesus Cristo deu um testamento a todos os povos. Moisés venceu os amalecitas estendendo os braços; Jesus Cristo venceu Satanás com o sinal da cruz.
Moisés fez sair água do rochedo para o povo; Jesus Cristo enviou Simão Pedro a levar os seus ensinamentos aos povos. Moisés retirava o véu do rosto para falar com Deus; Jesus Cristo retirou o véu que cobria o rosto dos povos para que eles ouvissem e recebessem os seus ensinamentos (2Cor 3,16). Moisés impôs as mãos aos anciãos e eles receberam o sacerdócio; Jesus Cristo impôs a mão aos apóstolos e eles receberam o Espírito Santo. Moisés subiu à montanha e aí morreu; Jesus Cristo subiu ao Céu e sentou-se à direita de seu Pai.     


Sexta-feira, dia 16 de Março de 2018

Sexta-feira da 4.ª semana da Quaresma

Dizem os ímpios (= ateu), pensando erradamente:
«Armemos ciladas ao justo porque nos incomoda e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos as faltas de educação.
Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo filho do Senhor.
Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua vista nos é insuportável.
A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos são muito diferentes.
Somos considerados por ele como escória e afasta-se dos nossos caminhos como de uma coisa impura. Proclama feliz a morte dos justos e gloria-se de ter a Deus como pai.
Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte
porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários.
Provemo-lo com ultrajes e torturas para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência.
Condenemo-lo à morte infame porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo.
Assim pensam os ímpios, mas enganam-se porque a sua malícia os cega.
Ignoram os segredos de Deus e não esperam que a santidade seja premiada nem acreditam que haja recompensa para as almas puras.

Livro de Salmos 34(33),17-18.19-20.21.23.
A presença do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias.

O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo (porque o ímpio não descansa enquanto não o destrói)
mas de todas elas o livra o Senhor.

Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado.
O Senhor defende a vida dos seus servidores,
não serão castigados os que n’Ele confiam.

Evangelho segundo São João 7,1-2.10.25-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo percorria a Galileia, evitando andar pela Judeia porque os judeus procuravam dar-Lhe a morte.
Estava próxima a festa dos Tabernáculos.
Quando os seus parentes subiram a Jerusalém para irem à festa, Ele subiu também, não às claras, mas em segredo.
Diziam então algumas pessoas de Jerusalém: «Não é este homem que procuram matar?
Vede como fala abertamente e não Lhe dizem nada. Teriam os chefes reconhecido que Ele é o Messias?
Mas nós sabemos de onde é este homem e, quando o Messias vier, ninguém sabe de onde Ele é».
Então, em alta voz, Jesus Cristo ensinava no templo, dizendo: «Vós Me conheceis e sabeis de onde Eu sou! No entanto, Eu não vim por minha própria vontade e é verdadeiro Aquele que Me enviou e que vós não conheceis.
Mas Eu conheço-O porque d’Ele venho e foi Ele que Me enviou».
Procuravam então prender Jesus Cristo, mas ninguém Lhe deitou a mão porque ainda não chegara a sua hora.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário a S. João 19,12; PG 14, 158
«Procuravam então prender Jesus Cristo, mas ninguém Lhe deitou a mão porque ainda não chegara a sua hora»
Procurar Jesus Cristo é muitas vezes um bem porque é o mesmo que procurar o Verbo, a verdade e a sabedoria. Mas direis que as palavras «procurar Jesus» são frequentemente pronunciadas a propósito dos que Lhe querem mal, como por exemplo em: «Procuravam então prender Jesus Cristo, mas ninguém Lhe deitou a mão porque ainda não chegara a sua hora»; em «Eu sei que sois a descendência de Abraão, mas procurais matar-Me porque a minha palavra não tem cabimento em vós» (Jo 8,37) e em «Mas vós procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi a Deus» (Jo 8,40).
Estas palavras [...] não se opõem a esta outra: «Quem procura encontra» (Mt 7,8). Existem diferenças entre os que procuram Jesus Cristo, pois nem todos O procuram sinceramente, para a sua salvação e para obter a sua ajuda. Há pessoas que O procuram por razões que estão muito longe do bem. Por isso, só encontram a paz aqueles que O procuram de coração sincero, aqueles de quem se pode verdadeiramente dizer que procuram o Verbo que está com Deus (Jo 1,1), para que Ele os leve a seu Pai. [...]
Ele ameaça ir-Se embora se não for acolhido: «Vou-me embora: vós haveis de Me procurar e não Me encontrareis» (Jo 8,21). [...] Ele sabe quem Se afasta e junto de quem permanece sem ser ainda encontrado para que quem O procura O encontre no tempo favorável.


Sábado, dia 17 de Março de 2018

Sábado da 4.ª semana da Quaresma

Santo do dia : São Patrício, bispo, +461, Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873

Livro de Jeremias 11,18-20.
Quando o Senhor me avisou, eu compreendi; vi então as maquinações dos meus inimigos.
Eu era como manso cordeiro levado ao matadouro e ignorava a conjura que tramavam contra mim, dizendo: «Destruamos a árvore no seu vigor, arranquemo-la da terra dos vivos para não mais se falar no seu nome».
Senhor do Universo, que julgais com justiça e sondais os sentimentos e o coração, seja eu testemunha do castigo que haveis de aplicar-lhes, pois a Vós confio a minha causa.

Livro de Salmos 7,2-3.9bc-10.11-12.
Senhor, meu Deus, em Vós me refugio,
livrai-me de quantos me perseguem e salvai-me.
Não me arrebatem como o leão
e me dilacerem sem ter quem me salve.

Julgai-me, Senhor, segundo a minha justiça,
segundo a minha inocência.
Acabe a malícia dos ímpios e confortai o justo,
Vós, Deus de justiça, que sondais o íntimo dos corações.

A minha protecção está em Deus
que salva os homens rectos de coração.
Deus é o juiz justo,
um Deus que pode castigar todos os dias.

Evangelho segundo São João 7,40-53.
Naquele tempo, alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus Cristo diziam no meio da multidão:
«Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia?
Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?»
Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus Cristo.
Alguns deles queriam prendê-l’O, mas ninguém Lhe deitou as mãos.
Então os guardas do templo foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus e estes perguntaram-lhes: «Porque não O trouxestes?».
Os guardas responderam: «Nunca ninguém falou como esse homem».
Os fariseus replicaram: «Também vos deixastes seduzir?
Porventura acreditou n’Ele algum dos chefes ou dos fariseus?
Mas essa gente que não conhece a Lei, está maldita».
Disse-lhes Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus Cristo e era um deles:
«Acaso a nossa Lei julga um homem sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?»
Responderam-lhe: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia nunca saiu nenhum profeta».
E cada um voltou para sua casa.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), Papa
Enciclica «Dives in misericordia», 7 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«É o Messias»
O verdadeiro significado da misericórdia não consiste apenas no olhar, por mais penetrante e mais cheio de compaixão que ele seja. [...] A misericórdia manifesta-se quando [...] tira bem de todas as formas de mal existentes no mundo e no homem. Entendida desta maneira, constitui o conteúdo fundamental da mensagem messiânica de Jesus Cristo. [...] A mensagem messiânica de Jesus Cristo e a sua actividade entre os homens terminam com a Cruz e a ressurreição. [...] A dimensão divina da redenção permite-nos descobrir [...] a profundidade do amor que não retrocede diante do extraordinário sacrifício do Filho para satisfazer a fidelidade do Criador e Pai para com os homens. [...]
Os acontecimentos de Sexta-Feira Santa e, ainda antes, a oração no Getsemani, introduzem uma mudança fundamental em todo o processo de revelação do amor e da misericórdia na missão messiânica de Jesus Cristo. Aquele que «passou fazendo o bem e curando a todos» e «sarando toda a espécie de doenças e enfermidades» (At 10,38; Mt 9,35) mostra-Se agora, Ele próprio, digno da maior misericórdia e parece apelar para a misericórdia quando é preso, ultrajado, condenado, flagelado, coroado de espinhos, pregado na cruz e expira no meio de tormentos atrozes. É então que Se apresenta particularmente merecedor da misericórdia dos homens, a quem fez o bem; mas não a recebe. Nem aqueles que mais de perto contactaram com Ele têm a coragem de O proteger e O arrancar à mão dos seus opressores. Na fase final do desempenho da função messiânica, cumprem-se em Jesus Cristo as palavras dos profetas, sobretudo as de Isaías, proferidas a respeito do Servo de Javé: «Fomos curados pelas suas chagas» (53,5). [...]
«Àquele que não conhecera o pecado, Deus tratou-O por nós como pecado», escrevia São Paulo (2Cor 5,21), resumindo em poucas palavras toda a profundidade do mistério da Cruz e a dimensão divina da realidade da redenção. É precisamente a redenção a última e definitiva revelação da santidade de Deus que é a plenitude absoluta da perfeição.
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