domingo, 25 de fevereiro de 2018

Cristianismo 248 até 24-02-2018



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 18 de Fevereiro de 2018

1.º Domingo da Quaresma

Deus disse a Noé e a seus filhos:
«Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência
e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na Terra.
Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio e nunca mais um dilúvio devastará a Terra».
Deus disse ainda: «Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras:
farei aparecer o meu arco sobre as nuvens que será um sinal da aliança entre Mim e a Terra.
Sempre que Eu cobrir a Terra de nuvens e aparecer nas nuvens o arco,
recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas».

Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, da vossa misericórdia
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.

1.ª Carta de S. Pedro 3,18-22.
Caríssimos: Jesus Cristo morreu uma só vez pelos pecados – o Justo pelos injustos – para vos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.
Foi por este Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam na prisão da morte e tinham sido outrora rebeldes,
quando, nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito apenas, se salvaram através da água.
Esta água é figura do Baptismo que agora vos salva, que não é uma purificação da imundície corporal, mas o compromisso para com Deus de uma boa consciência; ele vos salva pela ressurreição de Jesus Cristo
que subiu ao Céu e está à direita de Deus, tendo sob o seu domínio os Anjos, as Dominações e as Potestades.

Evangelho segundo São Marcos 1,12-15.
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus Cristo para o deserto.
Jesus Cristo esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso, Jesus Cristo partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, PS 60; CCL 39, 766
«Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado» (Heb 4,15)
«Escutai, ó Deus, o meu clamor, atendei a minha oração! [...] Dos confins da Terra grito por Vós, com o meu coração desfalecido» (Sl 60,2-3). Dos confins da Terra, ou seja, de toda a parte. [...] Não é só uma pessoa que fala assim e, no entanto, é uma só pessoa porque não há senão um só Jesus Cristo, do qual somos os membros (Ef 5,23). [...] Aquele que grita dos confins da Terra está angustiado, mas não foi abandonado porque fomos nós, ou seja, o seu corpo, que o Senhor quis prefigurar no seu próprio corpo. [...]
Simbolizou-nos na sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Lê-se no Evangelho que Nosso Senhor, Cristo Jesus, foi tentado no deserto pelo diabo. Em Jesus Cristo, és tu que és tentado porque Jesus Cristo tomou de ti a sua humanidade para te dar a sua salvação, de ti tomou a sua morte para te dar a sua vida, de ti sofreu os seus ultrajes para te dar a sua honra. Foi, portanto, de ti que Ele tomou as tentações, para te dar a sua vitória. Se somos tentados nele, nele também triunfaremos do diabo.
Reconheces que Jesus Cristo foi tentado e não reconheces que alcançou a vitória? Reconhece-te como tentado, ele reconhece-te como vencedor nele. Ele poderia ter impedido o diabo de se aproximar dele; mas, se não tivesse sido tentado, como nos teria ensinado a maneira de vencer a tentação? Por isso, não é de espantar que, atormentado pela tentação, Ele grite dos confins da Terra segundo este salmo. Mas porque não é vencido? O salmo continua: «Conduzi-me ao rochedo». [...] Recorda o Evangelho: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16,18). Assim é a Igreja que Ele quis construir sobre a pedra, que grita dos confins da Terra. Mas quem se tornou rochedo para que a Igreja pudesse ser construída sobre o rochedo? Ouçamos São Paulo: «O rochedo era Jesus Cristo» (1Cor 10,4). É, pois sobre Ele que nós somos edificados. Por isso, a pedra sobre a qual somos construídos foi a primeira a ser batida pelos ventos, pelas torrentes e pelas chuvas, quando Jesus Cristo foi tentado pelo diabo (Mt 7,25). Eis a fundação inabalável sobre a qual Ele te quis edificar.


Segunda-feira, dia 19 de Fevereiro de 2018

Segunda-feira da 1.ª semana da Quaresma

Santo do dia : São Conrado de Placência, confessor, +1351, São Bonifácio, bispo, +1265

Livro de Levítico 19,1-2.11-18.
O Senhor dirigiu-Se a Moisés nestes termos:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’.
Não furtareis, não direis mentiras, nem cometereis fraudes uns com os outros.
Não prestarás juramento falso, invocando o meu nome, pois profanarias o nome do teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não oprimirás nem expropriarás o teu próximo. Não ficará contigo até ao dia seguinte o salário do jornaleiro.
Não insultarás um surdo nem colocarás tropeços diante de um cego, mas adorarás o teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não cometerás injustiças nos teus julgamentos: não favorecerás indevidamente um pobre nem darás preferência ao poderoso; julgarás o teu próximo segundo a justiça.
Não caluniarás os teus parentes nem conspirarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor.
Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu próximo para não incorreres em falta por causa dele.
Não te vingarás nem guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor».

Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.

Evangelho segundo São Mateus 25,31-46.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso.
Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo
porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes;
não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’.
Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer ou com sede e Te demos de beber?
Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos ou sem roupa e Te vestimos?
Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’.
E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos (=insignificantes), a Mim o fizestes’.
Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos.
Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber;
era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’.
Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão e não Te prestámos assistência?’.
E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’.
Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo
Sermão 25
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado»
Se prestarmos bem atenção, irmãos, o facto de Jesus Cristo sentir a fome dos pobres é-nos favorável. [...] Olhai: de um lado, está uma moeda, do outro, o Reino. [...] Tu dás uma moeda ao pobre e recebes de Jesus Cristo o Reino; tu dás um pedaço de pão e recebes de Jesus Cristo a vida eterna; tu dás abrigo e recebes de Jesus Cristo a remissão dos teus pecados.
Por isso, não desprezemos os pobres, mas desejemo-los e, sobretudo apressemo-nos a tomar-lhes a dianteira porque a miséria dos pobres é o medicamento dos ricos, como disse o próprio Senhor: «Antes, dai de esmola o que está dentro e para vós tudo ficará limpo» e ainda: «Vendei os vossos bens e dai-os de esmola» (Lc 11,41; 12,33). E o Espírito Santo proclama através do profeta: «A água apaga o fogo ardente e a esmola expia o pecado» (Sir 3,30). [...] Tenhamos, pois misericórdia, irmãos, e com a ajuda de Jesus Cristo, seguremos o vínculo da sua garantia, sobretudo daquela que vos recordei, quando Ele diz: «Dai e dar-se-vos-á» (Lc 6,38) e ainda: «Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7).
Que cada um se aplique, de acordo com os seus meios, em não vir à igreja de mãos vazias; efectivamente aquele que deseja receber deve oferecer alguma coisa. Quem pode fazê-lo, cubra o pobre com uma veste nova; quem não pode, ofereça ao menos uma velha. E aquele que julga não ter o suficiente, ofereça um pedaço de pão, acolha um viajante, prepare-lhe um leito, lave-lhe os pés, para merecer ouvir Jesus Cristo dizer-lhe: «Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; [...] era peregrino e Me recolhestes». Ninguém poderá desculpar-se por não dar esmola, irmãos muito queridos, quando Jesus Cristo prometeu recompensar um copo de água fresca (Mt 10,42).


Terça-feira, dia 20 de Fevereiro de 2018

Terça-feira da 1.ª semana da Quaresma

Eis o que diz o Senhor: «Assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir para que dê a semente ao semeador e o pão para comer
assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».

Livro de Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da Terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.

Evangelho segundo São Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará.
Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Lucas, cap. 7
Invocar o nome do Pai
Jesus Cristo disse aos seus apóstolos: «Orai assim: "Pai"». Ou seja, começai por invocar o Pai e fazei-o não apenas com a voz, mas com o coração, não vá Ele dizer-vos como em Isaías: «Este povo aproxima-se de Mim só com palavras e honra-Me só com os lábios, pois o seu coração está longe de Mim» (29,13). Não digais apenas com o coração, mas também com a boca porque a oração vocal é recebida por Deus, como diz o salmo: «Agradecerei bem alto ao Senhor e louvá-lo-ei no meio da multidão» (108,30). Porque esta oração permite despertar a memória, excitar a sonolência, inflamar o desejo, dispor para a obediência, exprimir alegria e dar o exemplo.
Invoquemos, pois o nome do Pai. Com efeito, Ele é Pai em razão da condição da sua natureza, como diz a Carta aos Efésios: «do qual recebe o nome toda a família, nos Céus e na Terra» (3,15). Daí que afirme também em Malaquias: «Por­ven­tura, não temos todos nós um único Pai?» (2,10) Ele é Pai ainda por dar a graça, como se diz na Carta aos Romanos: «Recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: "Abbá, ó Pai!"» (8,15) e na Carta aos Gálatas: «porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: "Abbá! Pai!"» (4,6). E é igualmente Pai em razão da realização da sua glória, como afirma Jeremias: «Chamar-Me-ás "meu Pai" e não te afastarás de Mim» (3,19).
Assim, pois uma vez que, no nome do Pai, Deus é visto como fundador da natureza, dador da graça e produtor da glória, por isso mesmo é-nos dado compreender que Ele é o único a quem devemos rezar.
Mateus e Lucas concordam na invocação do nome de Pai, a fim de que, neste nome, o homem seja conduzido à reverência e à confiança, as duas asas sem as quais a oração não tem eficácia.


Quarta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2018

Quarta-feira da 1.ª semana da Quaresma

Santo do dia : São Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072

Livro de Jonas 3,1-10.
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos:
«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi».
Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar.
Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída».
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno.
Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Depois foi proclamado em Nínive um decreto do rei e dos seus ministros, que dizia: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas, não provem alimento, não pastem nem bebam água.
Os homens e os animais revistam-se de saco e clamem a Deus com vigor; afaste-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado.
Quem sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos».
Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.

Livro de Salmos 51(50),3-4.12-13.18-19.
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade (não-equidade) e purificai-me de todas as faltas.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é um espírito arrependido: não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

Evangelho segundo São Lucas 11,29-32.
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus Cristo e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas.
Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive assim o será também o Filho (do homem) para esta geração.
No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão e aqui está quem é maior do que Salomão.
No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas e aqui está quem é maior do que Jonas».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Sobre Jonas II, 2, 5, 6, 11
Jonas, figura de Jesus Cristo
Se Jonas é figura do Senhor, por evocar, por meio da sua estada de três dias e três noites nas entranhas do cetáceo, a Paixão do Salvador, a sua oração também deve ser uma expressão da oração do Senhor.
«Fui rejeitado diante dos teus olhos. Mas verei ainda o teu santo templo» (Jn 2,5). Quando estava contigo, gozando da tua luz, não dizia: «Fui rejeitado». Mas, quando me encontrei no fundo do mar, envolvido na carne de um homem, assumi sentimentos de homem e disse: «Fui rejeitado diante dos teus olhos». Disse-o enquanto homem e o que vem a seguir disse-o como Filho de Deus, Eu que, sendo da tua condição, não Me vali da minha igualdade contigo (cf Fil 1,6) porque queria elevar a Ti o género humano: «Mas verei ainda o teu santo templo». Assim, diz o texto do evangelho: «Pai, manifesta a minha glória junto de Ti, aquela glória que Eu tinha junto de Ti antes de o mundo existir» (Jo 17,5) e o Pai responde: «Já a manifestei e voltarei a manifestá-la!» (Jo 12,28). O único e mesmo Senhor pede enquanto homem, promete enquanto Filho de Deus e está seguro da glória que foi sempre sua.

«As águas me cercaram até ao pes­coço, o abismo envolveu-me» (Jn 2,6). Que o inferno não Me aprisione! Que não Me recuse a saída! Desci livremente, que livremente Me eleve. Voluntariamente vim como cativo para libertar os cativos, a fim de que se cumpra este verísculo: «Tu subiste às alturas e levaste contigo prisioneiros» (Sl 68,19; Ef 4,8). Com efeito, Ele conquistou para a vida aqueles que eram cativos da morte.
«Então, o Senhor ordenou ao pei­­­xe e este vomitou Jonas em terra firme» (Jn 2,11). Foi ordenado a este cetáceo, aos abismos e aos infernos, que restituíssem o Salvador a terra; assim Aquele que tinha morrido para libertar os que estavam presos nos laços da morte pode levar uma multidão consigo para a vida.


Quinta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2018

Cádeira de São Pedro, apóstolo - festa

Festa da Igreja : Cadeira de São Pedro
Santo do dia : Beato Diogo Carvalho, presbítero, mártir, +1624

1.ª Carta de S. Pedro 5,1-4.
Caríssimos: Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Jesus Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo;
não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho.
E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.

Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa,
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,

e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me,
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

Evangelho segundo São Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus Cristo perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 22
«Tu és Pedro; sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja»
Assim como, por instituição do Senhor, São Pedro e os restantes apóstolos formam um colégio apostólico assim de igual modo estão unidos entre si o Romano Pontífice, sucessor de Pedro e os bispos, sucessores dos apóstolos. A natureza colegial da ordem episcopal, claramente comprovada pelos concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos, manifesta-se já na disciplina primitiva, segundo a qual os bispos de todo o orbe comunicavam entre si e com o bispo de Roma no vínculo da unidade, da caridade e da paz e também na reunião de concílios, nos quais se decidiram em comum coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos. O mesmo é claramente demonstrado pelos concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos e o uso já muito antigo de chamar vários bispos a participarem na elevação do novo eleito ao ministério do sumo sacerdócio insinua-o já também. É, pois em virtude da sagração episcopal e pela comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio que alguém é constituído membro do corpo episcopal.
Porém, o colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, entendido como sua cabeça, permanecendo inteiro o poder do seu primado sobre todos, quer pastores quer fiéis. Pois o Romano Pontífice, em virtude do seu cargo de vigário de Jesus Cristo e pastor de toda a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder que pode sempre exercer livremente. A ordem dos bispos que sucede ao colégio dos apóstolos no magistério e no governo pastoral e, mais ainda, na qual o corpo apostólico se continua perpetuamente, é também, juntamente com o Romano Pontífice, sua cabeça e nunca sem a cabeça sujeito do supremo e pleno poder sobre toda a Igreja, poder este que não se pode exercer senão com o consentimento do Romano Pontífice. Só a Simão colocou o Senhor como pedra e clavário da Igreja (cf Mt 16,18-19) e o constituiu pastor de todo o seu rebanho (cf Jo 21,15 ss.); mas é sabido que o encargo de ligar e desligar conferido a Pedro (Mt 16,19) foi também atribuído ao colégio dos apóstolos unido à sua cabeça (Mt 18,18; 28,16-20). Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e universalidade do povo de Deus e, enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do redil de Jesus Cristo.


Sexta-feira, dia 23 de Fevereiro de 2018

Sexta-feira da 1.ª semana da Quaresma

Assim fala o Senhor Deus: «Se o pecador se arrepender de todas as faltas que cometeu, se observar todos os meus mandamentos e praticar o direito e a justiça, certamente viverá e não morrerá.
Não lhe serão lembrados os pecados que cometeu e viverá por causa da justiça que praticou.
Será porventura a morte do pecador que Me agrada? — diz o Senhor Deus — Não é antes que se converta do seu mau proceder e viva?
Mas se o justo se desviar da justiça e praticar o mal, imitando as abominações dos pecadores, porventura viverá? Não mais será recordada a justiça que praticou; por causa da prevaricação em que caiu e do pecado que cometeu, ele morrerá.
E vós dizeis: ‘O modo de proceder do Senhor não é justo’. Escutai, casa de Israel: Será o meu modo de proceder que não é justo? Não será antes o vosso modo de proceder que é injusto?
Quando o justo se afastar da justiça, praticar o mal e vier a morrer, morrerá por causa do mal cometido.
Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida.
Se abrir os seus olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, há-de viver e não morrerá».

Livro de Salmos 130(129),1-2.3-4ab.4c-6.7-8.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?

Mas em Vós está o perdão
para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
Eu confio no Senhor,
a minha alma confia na sua palavra.

A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que as sentinelas pela aurora.
Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.

Evangelho segundo São Mateus 5,20-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus.
Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo.
Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta.
Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda e sejas metido na prisão.
Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo. (Isto porquê? Porque muitas vezes quem acusa tem muito mais faltas do que o acusado e se aquela pede justiça para si entrará em julgamento com o acusado e, como as suas faltas são maiores, as consequências também serão piores.)

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor, 23
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
Deus mandou que os homens sejam pacíficos e vivam em bom acordo, que vivam «unânimes na sua casa» (Sl 67,7 Vulg). Quer que perseveremos, uma vez que fomos regenerados pelo baptismo, em viver na condição em que esse segundo nascimento nos colocou. Porque somos filhos de Deus, Ele quer que permaneçamos na sua paz e, porque recebemos um mesmo baptismo, que vivamos em unidade de coração e de pensamentos.
É por isso que Deus não aceita o sacrifício daquele que vive em dissensão, mas lhe ordena que se afaste do altar para ir primeiro reconciliar-se com o seu irmão, a fim de que Deus possa atender as orações apresentadas em paz. O maior sacrifício que se pode apresentar a Deus é a nossa paz, a concórdia fraterna, o povo reunido pela unidade que existe entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


Sábado, dia 24 de Fevereiro de 2018

Sábado da 1.ª semana da Quaresma

Santo do dia : São Sérgio, mártir, +304, São Lázaro, monge, séc. IX

Livro de Deuteronómio 26,16-19.
Moisés falou ao povo, dizendo: «O Senhor, teu Deus, ordena-te hoje que cumpras estas leis e mandamentos. Tu os guardarás e cumprirás com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Hoje obtiveste a promessa do Senhor de que Ele seria o teu Deus e tu deves seguir os seus caminhos, cumprindo os seus mandamentos, leis e preceitos, escutando a sua voz.
E hoje o Senhor obteve de ti a promessa de que serás o seu povo, como Ele tinha declarado e cumprirás os seus mandamentos.
Ele te elevará pela glória, fama e esplendor, acima de todas as nações que formou e serás um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como Ele prometeu.

Livro de Salmos 119(118),1-2.4-5.7-8.
Felizes os que seguem o caminho perfeito
e andam na lei do Senhor.
Felizes os que observam as suas ordens
e O procuram de todo o coração.

Promulgastes os vossos preceitos
para se cumprirem fielmente.
Oxalá meus caminhos sejam firmes,
na observância dos vossos decretos.

Na rectidão de coração Vos agradecerei,
ao aprender os vossos juízos.
Hei-de cumprir os vossos preceitos:
não me desampareis jamais.

Evangelho segundo São Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Comentário à Epístola aos Gálatas, 3, 6
O amor ao próximo: apoio mútuo e benevolência; ir beber à fonte da bondade divina
«Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos, mas principalmente para com os irmãos na fé» (Gal 6,10). O tempo presente, o tempo do curso da vida, é o tempo da sementeira. Durante esta vida, podemos semear o que quisermos. Quando esta vida passar, ser-nos-á retirado o tempo de agir. É por isso que o Salvador nos diz: «Temos de realizar as obras daquele que Me enviou enquanto é dia. Vem aí a noite, em que ninguém pode actuar» (Jo 9,4).
Quer estejamos doentes ou de boa saúde quer sejamos humildes ou poderosos, pobres ou ricos, famosos ou desprezados, façamos tudo em nome do Senhor, com paciência e equanimidade; assim se realizará em nós o que diz a Escritura: «tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rom 8,28). A própria cólera, a paixão, os ultrajes recebidos que exigem vingança tornam-se para mim, se me dominar e me calar por Deus, se em cada picada que fere e sob a pressão dos vícios pensar em Deus que me olha do alto, outras tantas ocasiões de triunfo.
Quando distribuirmos os nossos dons, não digamos: este é amigo, àquele vou ignorá-lo; este tem direito de receber, aquele deve ser desprezado. Imitemos o nosso Pai que «faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45). A fonte da bondade está aberta a todos: escravo e livre, plebeu e rei, rico e pobre, todos bebem dela da mesma maneira. A lamparina acesa numa casa alumia a todos sem distinção.
São João evangelista, no final da sua vida, quando já não era capaz de exprimir o seu pensamento num discurso seguido, limitava-se a dizer: «Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros» (cf Jo 13,24). E, quando os seus discípulos lhe perguntaram porque dizia sempre a mesma coisa, João respondeu com esta frase, digna dele: «Porque é esse o preceito do Senhor; se o cumprirmos, tanto basta.»
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