sábado, 18 de março de 2017

Cristianismo 199 até 18-03-2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 12 de Março de 2017

2.º Domingo da Quaresma

Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar.
Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei o teu nome e serás uma bênção.
Abençoarei a quem te abençoar, amaldiçoarei a quem te amaldiçoar; por ti serão abençoadas todas as nações da Terra».
Abrão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Livro de Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.
A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão: a Terra está cheia da bondade do Senhor.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram, para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas ( e pessoas celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais) e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade porque em Vós esperamos, Senhor.


2ª Carta a Timóteo 1,8b-10.
Caríssimo: Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça. Esta graça que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade,
manifestou-se agora pelo aparecimento de Cristo Jesus, nosso Salvador, que destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade, por meio do Evangelho.
Evangelho segundo S. Mateus 17,1-9.
Naquele tempo, Jesus Cristo tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte
e transfigurou-Se (= mostrou a identidade celeste que era o Filho) diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele.
Pedro disse a Jesus Cristo: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias».
Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito.
Então Jesus Cristo aproximou-Se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais».
Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus.
Ao descerem do monte, Jesus Cristo deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Sermão sobre a Transfiguração (atribuído) 1, 3-4
«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado»
Ele levou-os para a montanha para lhes mostrar a glória da sua divindade e lhes dar a conhecer que era o Redentor de Israel, como lhes tinha anunciado pelos seus profetas. […] Eles tinham-no visto comer e beber, fatigar-Se e repousar, estar abatido e dormir, sentir pavor até suar gotas de sangue, tudo coisas que não pareciam estar em harmonia com a sua natureza divina e não convir senão à sua humanidade. Por isso os levou à montanha, para que o Pai Lhe chamasse seu Filho e lhes mostrasse que Ele era verdadeiramente seu filho.
Levou-os à montanha e mostrou-lhes a sua realeza antes de sofrer, o seu poder antes de morrer, a sua glória antes de ser ultrajado e a sua honra antes de sofrer a ignomínia. Assim, quando foi preso e crucificado, os seus apóstolos compreenderam que não o foi por fraqueza, mas voluntariamente e de bom grado, para a salvação do mundo.
Levou-os à montanha e mostrou-lhes, antes da sua ressurreição, a glória da sua divindade. Assim, quando ressuscitou de entre os mortos na glória da sua divindade, os discípulos reconheceram que não tinha recebido a glória como recompensa das suas dores, como se disso necessitasse, mas que ela Lhe pertencia desde muito antes dos séculos, com o Pai e junto do Pai, como Ele próprio diz ao aproximar-Se a sua paixão voluntária: «Pai, manifesta a minha glória junto de Ti, aquela glória que Eu tinha junto de Ti antes de o mundo existir» (Jo 17,5).

Segunda-feira, dia 13 de Março de 2017

Segunda-feira da 2.ª semana da Quaresma

Senhor, Deus grande, que sois fiel à aliança e à misericórdia para com os que Vos amam e observam os vossos mandamentos!
Nós pecámos, cometemos injustiças e iniquidades (= não-equidades), fomos rebeldes, afastando-nos dos vossos mandamentos e preceitos.
Não escutámos os profetas, vossos servidores, que em vosso nome falavam aos nossos reis, aos nossos chefes e antepassados e a todo o povo da nação.
Em Vós, Senhor, está a justiça; em nós recai a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia aos homens de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo o Israel, aos que estão perto e aos que estão longe, em todos os países para onde os dispersastes por causa das infidelidades que contra Vós cometeram.
Sobre nós, Senhor, recai a vergonha que sentimos no rosto, sobre os nossos reis, chefes e antepassados porque pecámos contra Vós.
No Senhor, nosso Deus, está a misericórdia e o perdão porque nos revoltámos contra Ele
e não escutámos a voz do Senhor, nosso Deus, seguindo as leis que nos dava por meio dos profetas, seu servidores.
Livro de Salmos 79(78),8.9.11.13.
Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia
porque somos tão miseráveis.

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome.

Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte.

E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória.
(neste salmo, não encontro um acto de contrição, uma conversão, mas sim e em abundância, ordens a Deus. A Deus não se dá ordens; ele sabe melhor do que ninguém o que fazer ou não fazer. Parece-me a atitude mais correcta!)
Evangelho segundo S. Lucas 6,36-38.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.
Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados.
Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Youssef Bousnaya (c. 869-979), monge sírio
Vida e doutrina de Rabban Youssef Bousnaya, por Jean Bar Kaldoum
«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso».
A misericórdia é a imagem de Deus e o homem misericordioso é, em verdade, uma imagem de Deus que habita na Terra. Tal como Deus é misericordioso para com todos, sem fazer distinções, também o homem misericordioso distribui os seus dons por todos de igual forma.
Meu filho, sê misericordioso e distribui os teus dons por todos, para que possas elevar-te ao grau da divindade […]. Não te deixes seduzir por este pensamento que poderás achar atraente: mais vale ser misericordioso para com o que tem fé que para com quem nos é estranho. Não é essa a misericórdia perfeita que imita o Deus que distribui os seus dons por todos, sem inveja, «que igualmente faz o Sol levantar-se sobre os bons e os maus e a chuva cair sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45). […]
«Deus é amor» (1Jo 4,8); a sua essência é amor e o seu amor é a sua própria essência. Por esse amor, o nosso Criador foi levado a produzir a nossa criação. O homem que possui a caridade é verdadeiramente Deus no meio dos homens.

Terça-feira, dia 14 de Março de 2017

Terça-feira da 2.ª semana da Quaresma

Escutai a palavra do Senhor, chefes de Sodoma; dai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra:
Lavai-vos, purificai-vos, afastai dos meus olhos a malícia das vossas acções, deixai de praticar o mal
e aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva».
Vinde então para discutirmos as nossas razões — diz o Senhor - ainda que os vossos pecados sejam como o escarlate, ficarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã.
Se fordes dóceis e obedientes, comereis os bens da terra.
Mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados pela espada». Assim falou a boca do Senhor.
Livro de Salmos 50(49),8-9.16bc-17.21.23.
Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho
.

Como falas tanto na minha Lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras?

Fizeste isto e Eu calei-me; pensaste que Eu era como tu.
Hei-de acusar-te e lançar-te tudo em rosto.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto darei a salvação.

Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o vosso Mestre (Jesus Cristo) e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso doutor (médico).
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servidor.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Pascácio Radbert (?-c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus, 10, 23
«Um só é o vosso doutor, o Messias».
Se alguém desejar um alto cargo na Igreja (cf 1Tim 3,1), deseje a obra que ele permite realizar e não a honra que lhe está associada: deseje ajudar e servir todos os homens, mais do que ser ajudado e servido por todos. Porque o desejo de ser servido provém do orgulho, como o dos fariseus, e o desejo de servir nasce da sabedoria e dos ensinamentos de Jesus Cristo. Aqueles que procuram as honras por si mesmas são os que se elevam e aqueles que se alegram por levar a sua ajuda e servir são os que se abaixam para que o Senhor os eleve.
Jesus Cristo não refere aqui aquele que o Senhor eleva, mas diz: «Quem se exalta será humilhado» e sê-lo-á naturalmente pelo Senhor. Também não refere aquele que o Senhor humilha, mas diz: «Quem se humilha será exaltado», uma vez mais pelo Senhor. [...] É por isso que Jesus Cristo, logo após ter reservado para Si, de modo particular, o título de doutor, imediatamente invoca a regra de sabedoria em virtude da qual «quem quiser ser grande deve ser o servidor de todos» (Mc 10,43). [...] Regra que já tinha exprimido noutros termos: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29).
Deste modo, quem quiser ser seu discípulo não deve tardar em aprender esta sabedoria de Jesus Cristo porque «todo o discípulo perfeito será como o seu mestre» (Lc 6,40). Pelo contrário, quem se tiver recusado a aprender a sabedoria ensinada pelo Mestre, longe de se tornar mestre, não será sequer discípulo.

Quarta-feira, dia 15 de Março de 2017

Quarta-feira da 2.ª semana da Quaresma

Os inimigos de Jeremias disseram entre si: «Vamos fazer uma conspiração contra Jeremias, pois não nos faltará a instrução de um sacerdote nem o conselho de um sábio nem o oráculo de um profeta. Vamos feri-lo com a difamação, sem fazermos caso do que ele disser».
«Ajudai-me, Senhor, escutai a voz dos meus adversários.
Porventura assim se paga o bem com o mal? Eles abrem uma cova para me tirar a vida. Lembrai-Vos de que me apresentei diante de Vós para Vos falar em seu favor, para deles afastar a vossa ira».
Livro de Salmos 31(30),5-6.14.15-16.
Livrai-me da armadilha que me prepararam
porque Vós sois o meu refúgio.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.

Porque eu ouvia os gritos da multidão:
«Terror por toda a parte!»,
quando se coligaram contra mim
e decidiram tirar-me a vida.

Eu, porém confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos

e de quantos me perseguem.
Evangelho segundo S. Mateus 20,17-28.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e, durante o caminho, disse-lhes:
«Vamos subir a Jerusalém e o Filho do homem vai ser entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas que O condenarão à morte
e O entregarão aos gentios, para ser por eles escarnecido, açoitado e crucificado. Mas ao terceiro dia Ele ressuscitará».
Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus Cristo com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus Cristo perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus Cristo declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servidor
e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo.
Será como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato Tito Brandsma (1881-1942), carmelita holandês, mártir
A Mística do sofrimento
«Vamos subir a Jerusalém»
Jesus Cristo declarou-Se cabeça do corpo místico, de que nós somos os membros. A vinha é Ele; os sarmentos somos nós (Jo 15,5). Ele estendeu-Se no lagar e começou a pisar as uvas; deu-nos assim o vinho para que, ao bebê-lo, pudéssemos viver a partir da sua vida e partilhar dos seus sofrimentos. «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-Me. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou o Caminho. Dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também» (Lc 9,23; Jo 8,12; 14,6; 13,15). E como os próprios discípulos não compreendiam que o seu caminho deveria ser de sofrimento, Ele explicou-lho, dizendo: «Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» (Lc 24,26)
Então o coração dos discípulos ardeu (v. 32). A Palavra de Deus inflamou-os. E, quando o Espírito Santo desceu sobre eles como chama divina para os abrasar (At 2), ficaram cheios de alegria por terem sofrido desprezos e perseguições (At 5,41), pois assim assemelhavam-se Àquele que os tinha precedido no caminho do sofrimento. Os profetas já tinham anunciado este caminho de sofrimento de Jesus Cristo e os discípulos compreenderam, por fim, que Ele não o tinha evitado: da manjedoura ao suplício da cruz, a pobreza e a falta de compreensão tinham sido o seu quinhão. Ele tinha passado a sua vida a ensinar aos homens que o olhar de Deus sobre o sofrimento, a pobreza e a falta de compreensão dos homens é diferente da vã sabedoria deste mundo (cf 1Cor 1,20). [...] Na cruz está a salvação. Na cruz está a vitória. Deus assim quis. (Deus criou o paraíso e lá colocou o homem e a mulher e lhes deu o livre arbítrio. Deus não quis nem a cruz nem o sofrimento que lhe são alheios. Eles são o meio para nos resgatar das trevas. Parece-me.)

Quinta-feira, dia 16 de Março de 2017

Quinta-feira da 2.ª da Quaresma

Assim fala o Senhor: «Maldito o homem que confia no homem e põe na carne a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor.
Será como o cardo na estepe que nem percebe quando chega a felicidade; habitará na aridez do deserto, terra salobre e inóspita.
Bendito o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada à beira da água que estende as raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos.
O coração é o que há de mais astucioso e incorrigível. Quem o pode entender?
Posso Eu, que sou o Senhor: penetro os corações, sondo os mais íntimos sentimentos, para retribuir a cada um segundo o seu caminho, conforme o fruto das suas obras».
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na Lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.

Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua porque estou atormentado nestas chamas’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’.
O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna
– pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’.
Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’.
Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’». (ordens, ordens e mais ordens. Está no lugar adequado.)
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, 85,3; CCL 39, 1178
A verdadeira riqueza e a verdadeira pobreza
Meus irmãos, quando digo que Deus não inclina os seus ouvidos para o rico, não deduzais que Deus não atende os que possuem ouro e prata, criados e patrimónios. Se eles nasceram nessas condições e ocupam esse lugar na sociedade, que se lembrem desta palavra do apóstolo Paulo: «Recomendo aos ricos deste mundo que não sejam orgulhosos» (1Tim 6,17). Aqueles que não são orgulhosos são pobres diante de Deus que inclina os seus ouvidos para os pobres e os necessitados (Sl 85,1). Com efeito, eles sabem que a sua esperança não está no ouro nem na prata nem nas coisas de que gozam durante algum tempo. Basta que as riquezas não os levem à perdição e que, se elas nada podem para os salvar, ao menos não lhes sirvam de obstáculo. Quando um homem despreza tudo quanto alimenta o seu orgulho, é um pobre de Deus e Deus inclina-Se para ele porque conhece os tormentos do seu coração.
Não há dúvida, irmãos, de que o pobre Lázaro que permanecia, coberto de chagas, à porta do rico, foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; é isto que lemos e nisto que acreditamos. Quanto ao rico, que se vestia de púrpura e de linho fino e festejava esplendidamente todos os dias, foi precipitado nos tormentos do inferno. Terá sido, realmente, o mérito da sua indigência que valeu ao pobre ter sido levado pelos anjos? E o rico terá sido entregue aos tormentos do inferno por causa da sua opulência? Não, mas ao pobre foi a humildade que o dignificou e ao rico foi o orgulho que o condenou.

Sexta-feira, dia 17 de Março de 2017

Sexta-feira da 2.ª semana da Quaresma

Santo do dia : S. Patrício, bispo, +461, Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873

Livro de Génesis 37,3-4.12-13a.17b-28.
Jacob gostava mais de José do que dos seus outros filhos porque ele era o filho da sua velhice e mandou fazer-lhe uma túnica de mangas compridas.
Os irmãos, vendo que o pai o preferia a todos eles, começaram a odiá-lo e não eram capazes de lhe falar com bons modos.
Um dia, foram para Siquém apascentar os rebanhos do pai.
Jacob disse a José: «Os teus irmãos apascentam os rebanhos em Siquém. Vem cá, pois quero mandar-te ir ter com eles».
José partiu à procura dos irmãos e encontrou-os em Dotain.
Eles viram-no de longe e, antes que chegasse perto, combinaram entre si a sua morte.
Disseram uns aos outros: «Aí vem o homem dos sonhos.
Vamos matá-lo e atirá-lo a uma cisterna e depois diremos que um animal feroz o devorou. Veremos então em que vão dar os seus sonhos».
Mas Rúben ouviu isto e, querendo livrá-lo das suas mãos, disse: «Não lhe tiremos a vida». Para o livrar das suas mãos e entregá-lo ao pai,
Rúben disse aos irmãos: «Não derrameis sangue. Lançai-o nesta cisterna do deserto, mas não levanteis as mãos contra ele».
Quando José chegou junto dos irmãos, eles tiraram-lhe a túnica de mangas compridas que trazia,
pegaram nele e lançaram-no dentro da cisterna, uma cisterna vazia, sem água.
Depois sentaram-se para comer. Mas, erguendo os olhos, viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Galaad. Traziam camelos carregados de goma de tragacanto, resina aromática e láudano que levavam para o Egipto.
Então Judá disse aos irmãos: «Que interesse haveria em matar o nosso irmão e esconder-lhe o sangue?
Vamos vendê-lo aos ismaelitas, mas não lhe ponhamos as mãos porque é nosso irmão, da mesma carne que nós». Os irmãos concordaram.
Passando por ali uns negociantes de Madiã, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas que o levaram para o Egipto.
Livro de Salmos 105(104),16-17.18-19.20-21.
Deus chamou a fome sobre aquela terra e privou-os do pão que dá o sustento.
Adiante deles enviara um homem: José vendido como escravo.
Apertaram-lhe os pés com grilhões, lançaram-lhe ao pescoço uma coleira de ferro
até que se cumpriu a profecia e a palavra do Senhor o mostrou inocente.
Então o rei mandou que o soltassem, o soberano dos povos deu-lhe a liberdade
e fê-lo senhor da sua casa e governador de todos os seus domínios.

Evangelho segundo S. Mateus 21,33-43.45-46.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos.
Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no.
Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros e eles trataram-nos do mesmo modo.
Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’.
Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’.
Agarraram-no, levaram-no para fora da vinha e mataram-no.
Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?»
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?
Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
Ao ouvirem as parábolas de Jesus Cristo, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles
e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo que O considerava profeta.
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 30 sobre o Cântico dos Cânticos
O mistério da vinha de Deus
Irmãos, se na vinha do Senhor vemos a Igreja, não é pequena prerrogativa ter a Igreja alargado os seus limites a toda a Terra. [...]
Refiro-me à multidão dos primeiros crentes, de quem foi dito que tinham «um só coração e uma só alma» (At 4,32). [...] Porque a perseguição não a arrancou tão brutalmente do solo que ela não tenha podido voltar a ser plantada noutros locais e alugada a outros vinhateiros que, chegada a estação própria, a fizeram dar frutos. Ela não pereceu, mudou de solo. Melhor, ganhou em força e em difusão, como vinha bendita pelo Senhor. Levantai, portanto, irmãos, os vossos olhos e vereis que «as montanhas se cobriram com a sua sombra e os seus ramos ultrapassaram os altos cedros. As suas ramagens estenderam-se até ao mar e os seus rebentos até ao rio» (Sl 79,11-12).
Isto não surpreende: ela é o edifício de Deus, o seu terreno de cultivo (1Cor 3,9). É Ele que a torna fecunda, que a faz propagar-se, que a poda e a limpa, de modo a que ela produza mais fruto. Ele não deixará ao abandono a cepa que a sua mão direita plantou (Sl 79,15); não abandonará a vinha cujos ramos são os Apóstolos, cuja cepa é Jesus Cristo e de que Ele, o Pai, é o agricultor (Jo 15,1-5). Plantada na fé, ela mergulha as suas raízes na caridade; lavrada pela obediência, fertilizada pelas lágrimas do arrependimento, irrigada pela palavra dos pregadores, dela transborda um vinho que inspira a alegria e não a má conduta, um vinho cheio de doçura que alegra verdadeiramente o coração do homem (Sl 103,15). [...] Filha de Sião, consola-te a contemplar este grande mistério: não chores! Abre o teu coração para acolheres todas as nações da terra!

Sábado, dia 18 de Março de 2017

Sábado da 2ª semana da Quaresma

Apascentai o vosso povo com a vossa vara, o rebanho da vossa herança que vive isolado na selva, no meio de uma terra frutífera, para que volte a apascentar-se em Basã e Galaad, como nos dias de outrora.
Mostrai-nos prodígios, como nos dias em que saístes da terra do Egipto.
Qual é o deus semelhante a Vós que perdoa o pecado e absolve a culpa deste resto da vossa herança? Não guarda para sempre a sua ira porque prefere a misericórdia.
Ele voltará a ter piedade de nós, pisará aos pés as nossas faltas, lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados.
Mostrai a Jacob a vossa fidelidade e a Abraão a vossa misericórdia, como jurastes aos nossos pais, desde os tempos antigos.
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.9-10.11-12.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento.
não nos tratou segundo os nossos pecados
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da Terra aos céus,

assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos pecados;

Evangelho segundo S. Lucas 15,1-3.11-32.
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus Cristo, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus Cristo disse-lhes então a seguinte parábola:
 «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos.
Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta.
Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações.
Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos
porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo porque ele chegou são e salvo’.
Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo André de Creta (660-740), monge, bispo
Grande cânone da liturgia ortodoxa para a quaresma, 1.ª ode
«E eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora»
Por onde começar a chorar o que fiz ao longo da vida?
Quais serão os primeiros acordes desse canto de luto?
Concede-me, ó Cristo, o perdão dos meus pecados. [...]

Tal como o oleiro amassando a argila,
Tu me deste, ó meu Criador, carne e ossos, espírito e vida.
Senhor que me criaste, meu juiz e meu Salvador,
Leva-me hoje de volta para Ti.

Ó meu Salvador, diante de Ti confesso as minhas faltas:
Caí sob os golpes do Inimigo.
Eis as chagas com que os meus pensamentos assassinos,
Quais salteadores, mutilaram a minha alma e o meu corpo (Lc 10,20s).

Pequei, ó Salvador, mas sei que amas o homem.
É a tua ternura que nos castiga
E a tua misericórdia é como o fogo.
Vês-me chorar e vens a mim
Tal como o pai acolhe o filho pródigo.

Desde a juventude, ó meu Salvador, desprezei os teus mandamentos.
Passei a vida em paixões e inconsciências.
Grito por ti: antes que chegue a morte,
Salva-me. [...]

Em coisas vãs dissipei o património da minha alma.
Não colhi os frutos do fervor e tenho fome.
E grito: Pai de ternura, vem a mim,
Guarda-me na tua misericórdia.

Aquele que os ladrões assaltaram (Lc 10,30s),
Sou eu, no desvario dos meus pensamentos.
Eles atacam-me e ferem-me.
Inclina-Te Tu sobre mim, ó Cristo Salvador, e cura-me.

O sacerdote viu-me e afastou-se.
O levita viu-me, nu e a sofrer e passou adiante.
Mas Tu, Jesus nascido de Maria,
Tu páras e socorres-me. [...]

Lanço-me a teus pés, Jesus,
Pequei contra o teu amor.
Liberta-me deste fardo pesado demais
E, na tua misericórdia, acolhe-me.

Não entres em juízo contra mim,
Não reveles as minhas acções,
Não perscrutes motivos e desejos.
Mas, na tua compaixão, ó Todo-Poderoso,
Fecha os olhos às minhas faltas e salva-me.

Eis o tempo do arrependimento. Venho a Ti.
Liberta-me do pesado fardo dos meus pecados
E, na tua ternura, dá-me lágrimas de arrependimento.
©


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