sábado, 5 de dezembro de 2015

Cristianismo 135 até 05-12-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 29 de Novembro de 2015

1º Domingo do Advento - Ano C

Eis o que diz o Senhor: «Dias virão em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá:
Naqueles dias, naquele tempo, farei germinar para David um rebento de justiça que exercerá o direito e a justiça na Terra.
Naqueles dias, o reino de Judá será salvo e Jerusalém viverá em segurança. Este é o nome que chamarão à cidade: ‘O Senhor é a nossa justiça’».
Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.8-9.10.14.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.

Os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidade
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
O Senhor trata com familiaridade os que O adoram
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.


1ª Carta aos Tessalonicenses 3,12-13.4,1-2.
Irmãos: O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus Cristo, nosso Senhor, com todos os santos.
Finalmente, irmãos, eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus Cristo: recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo; mas deveis progredir ainda mais.
Conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus Cristo.
Evangelho segundo S. Lucas 21,25-28.34-36.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na Terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então hão-de ver o Filho (do homem) vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente
como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da Terra.
Portanto vigiai e orai em todo o tempo para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho (do homem)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermão para o domingo e a festa dos santos, 3.º domingo do Advento
As duas vindas do Senhor
«Alegrai-vos no Senhor, repito-vos: alegrai-vos» (Fil 4,4). Alegria dupla, motivada por um duplo benefício: a primeira e a segunda vindas. Devemos alegrar-nos porque o Senhor, na sua primeira vinda, nos trouxe riquezas e glória. Devemos alegrar-nos ainda porque, na sua segunda vinda, nos dará «dias sem conta, pelos séculos fora» (Sl 20,5). Como diz o Livro dos Provérbios: «na sua mão direita sustenta uma longa vida, na esquerda, riquezas e glória» (Prov 3,16). A esquerda é a primeira vinda com as suas riquezas gloriosas, a humildade e a pobreza, a paciência e a obediência; a direita é a sua segunda vinda, com a vida eterna.
Sobre a primeira vinda, diz Isaías: «Desperta, desperta; reveste-te de fortaleza, braço do Senhor; desperta como nos dias antigos, como nos tempos de outrora. Não foste tu que esmagaste Raab, que trespassaste o dragão? Não foste tu que secaste o mar, que estancaste as águas do grande oceano, que abriste um caminho pelo fundo do mar para que por aí passassem os resgatados?» (Is 51,9-10) O braço do Senhor é Jesus Cristo, o Filho (de Deus), por quem e em quem Deus fez todas as coisas. [...] Ó braço do Senhor, ó Filho de Deus, desperta; vem até nós da glória de teu pai, tomando a nossa condição carnal. Reveste-Te da força divina para lutares contra o «príncipe deste mundo» (Jo 12,31) e para «expulsares o forte», Tu que és «mais forte do que ele» (Lc 11,20-22). Desperta para resgatares o género humano como libertaste, nos tempos antigos, o povo de Israel da escravatura do Egipto. [...] Secaste o Mar Vermelho e voltarás a fazê-lo [...] como abriste no fundo do inferno a estrada por onde passam os redimidos.
Sobre a segunda vinda, o Senhor fala nestes termos em Isaías: «Olhai, vou criar uma Jerusalém destinada à alegria e o seu povo ao júbilo. Jerusalém será a minha alegria e o meu povo o meu júbilo e doravante não mais se ouvirão aí choros nem lamentos» (Is 65,18-19) porque, como Ele disse também, «o Senhor enxugará as lágrimas de todos os rostos».

Segunda-feira, dia 30 de Novembro de 2015

S. André, Apóstolo – Festa

Santo do dia : Santo André, apóstolo

Carta aos Romanos 10,9-18.
Irmãos: Se confessares com a tua boca: «Jesus Cristo é o Senhor» e acreditares no teu coração que o Senhor Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça e confessar com a boca leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel: a falta de .
Ora como hão-de invocar aquele em quem não acreditaram? E como hão-de acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar sem alguém que o anuncie?
E como hão-de anunciar, se não forem enviados? Por isso está escrito: Que bem-vindos são os pés dos que anunciam as boas-novas!
Porém nem todos obedeceram à Boa-Nova. É Isaías quem o diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação?
Portanto a fé surge da pregação e a pregação surge pela palavra de Jesus Cristo.
Mas, pergunto eu, será que não a ouviram? Pelo contrário: A voz deles ressoou por toda a terra e até aos confins do mundo as suas palavras.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda aTterra
e a sua notícia até aos confins do mundo.


Evangelho segundo S. Mateus 4,18-22.
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus Cristo viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.»
E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes dentro do barco. Chamou-os e
eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°14, 2
«Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens»
Que pescaria admirável a do Salvador! Admirai a fé e a obediência dos discípulos. Como sabeis, a pesca exige uma atenção ininterrupta. Ora no meio da sua labuta, eles ouvem o chamamento de Jesus Cristo e não hesitam um instante, dizendo por exemplo: «Deixa-nos ir a casa falar com a nossa família.» Não, deixam tudo e seguem-No como Eliseu fez com Elias (1Rs 19,20). Esta é a obediência que Jesus Cristo nos pede: sem a menor hesitação, mesmo que necessidades aparentemente mais urgentes nos pressionem. Foi por isso que quando um jovem que queria segui-Lo Lhe pediu para ir primeiro sepultar o pai, Ele não lho permitiu (Mt 8,21). Seguir Jesus Cristo, obedecer à sua palavra, é um dever que tem prioridade sobre todos os outros.
Dir-me-ás talvez que a promessa que Ele lhes fazia era muito grande. Mas é por isso que os admiro tanto: embora não tendo ainda assistido a nenhum milagre, eles acreditaram nessa promessa tão grande e renunciaram a tudo para O seguir! E fizeram-no por acreditarem que, com as mesmas palavras com que eles próprios haviam sido como que pescados, também eles poderiam pescar outros.

Terça-feira, dia 01 de Dezembro de 2015

Terça-feira da 1a semana do Advento

Naquele dia, sairá um ramo do tronco de Jessé e um rebento brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de amor de Deus.
Animado assim do amor de Deus, não julgará segundo as aparências nem decidirá pelo que ouvir dizer.
Julgará os infelizes com justiça e com sentenças rectas os humildes do povo. Com o chicote da sua palavra atingirá o violento e com o sopro dos seus lábios exterminará o ímpio.
A justiça será a faixa dos seus rins e a lealdade a cintura dos seus flancos.
O lobo viverá com o cordeiro e a pantera dormirá com o cabrito; o bezerro e o leãozinho andarão juntos e um menino os poderá conduzir.
A vitela e a ursa pastarão juntamente, suas crias dormirão lado a lado e o leão comerá feno como o boi.
A criança de leite brincará junto ao ninho da cobra e o menino meterá a mão na toca da víbora.
Não mais praticarão o mal nem a destruição em todo o meu santo monte: o conhecimento do Senhor encherá o país como as águas enchem o leito do mar.
Nesse dia, a raiz de Jessé surgirá como bandeira dos povos; as nações virão procurá-la e a sua morada será gloriosa.
Livro de Salmos 72(71),2.7-8.12-13.17.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.

Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.

O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão de bendizer.

Evangelho segundo S. Lucas 10,21-24.
Naquele tempo, Jesus Cristo exultou de alegria pela acção do Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isto foi do teu agrado.
Tudo Me foi entregue por meu Pai e ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver
porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra os Hereges
«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes»
Desde o princípio, Deus criou o homem para os seus dons. Ele escolheu os patriarcas com vista à salvação e preparou para Si um povo, ensinando os ignorantes a seguirem o rasto de Deus. Em seguida, instruiu os profetas para habituar os homens a acolherem o seu Espírito neste mundo e a entrarem em comunhão com Deus. Ele não precisava de ninguém; mas, àqueles que precisavam dele, ofereceu a sua comunhão. Para esses, em quem pôs a sua complacência (Lc 2,14), concebeu antecipadamente, qual arquitecto, o edifício da salvação: nas trevas do Egipto, fez-se Ele próprio o seu guia; no deserto, onde erravam, deu-lhes uma lei apropriada e àqueles que entraram na terra prometida, ofereceu-lhes uma herança escolhida; enfim para todos os que regressam ao Pai, mata o cordeiro gordo e oferece-lhes uma veste preciosa (Lc 15,22).
Assim Deus dispôs o género humano de várias maneiras, com vista «à música e às danças» da salvação (Lc 12,25). É por essa razão que João escreve no Apocalipse: «E a sua voz era a voz das grandes águas» (Ap 1,15). É que são de facto múltiplas as águas do Espírito de Deus, pois o Pai é rico e grande. E passando por tudo isto, o Verbo concedeu generosamente a sua assistência aos que Lhe estavam submetidos, dando a toda a criatura prescrições apropriadas.

Quarta-feira, dia 02 de Dezembro de 2015

Quarta-feira da 1a semana do Advento

Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos.
Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações;
Ele destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da Terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor o falou.
Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos porque nos salvou.
A mão do Senhor pousará sobre este monte».
Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Mateus 15,29-37.
Naquele tempo, foi Jesus Cristo para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-se.
Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros que lançavam a seus pés. Ele curou-os,
de modo que a multidão ficou admirada ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver e todos davam glória ao Deus de Israel.
Então Jesus Cristo, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho».
Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
Jesus Cristo perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete e alguns peixes pequenos».
Jesus Cristo ordenou então às pessoas que se sentassem no chão.
Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 1402-1405 - Copyright © Libreria Editrice Vaticana
O nosso pão no deserto: a Eucaristia, penhor da glória futura
Se a Eucaristia é o memorial da Páscoa da Senhor, se pela nossa comunhão no altar somos cumulados da «plenitude das bênçãos e graças do céu» (cânone romano), a Eucaristia é também a antecipação da glória celeste. Na última ceia, o próprio Senhor chamou a atenção dos seus discípulos para a consumação da Páscoa no Reino de Deus: «Eu vos digo que não voltarei a beber deste fruto da videira até o dia em que beberei convosco o vinho novo no Reino do meu Pai» (Mt 26, 29). Sempre que a Igreja celebra a Eucaristia, lembra-se desta promessa e o seu olhar volta-se para «Aquele que vem» (Ap 1, 4). Na sua oração, ela clama pela sua vinda: «Marana tha» (1Cor 16, 22), «Vem, Senhor Jesus Cristo!» (Ap 22, 20), «que a tua graça venha e que este mundo passe!» (Didaké).
A Igreja sabe que, desde já, o Senhor vem na sua Eucaristia e que está ali, no meio de nós. Mas esta presença é velada. E é por isso que celebramos a Eucaristia «enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda de Jesus Cristo nosso Salvador» (Tit 2,3), pedindo a graça de ser acolhidos «com bondade no vosso Reino, onde também nós esperamos ser recebidos para vivermos [...] eternamente na vossa glória quando enxugardes todas as lágrimas dos nossos olhos e, vendo-Vos tal como sois, Senhor nosso Deus, e cantaremos sem fim os vossos louvores, por Jesus Cristo nosso Senhor» (oração eucarística).
Desta grande esperança – dos novos céus e da nova Terra onde habitará a justiça (2Pe 3,13)– não temos garantia mais segura nem sinal mais manifesto do que a Eucaristia. Com efeito, cada vez que se celebra este mistério, «realiza-se a obra da nossa redenção» (Lg 3) e «partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas viver em Jesus Cristo para sempre» (Santo Inácio de Antioquia).

Quinta-feira, dia 03 de Dezembro de 2015

Quinta-feira da 1a semana do Advento

Santo do dia : S. Francisco Xavier, presbítero, +1552

Livro de Isaías 26,1-6.
Naquele dia, cantarão este hino na terra de Judá: «Nós temos uma cidade forte; muralhas e fortificações foram postas para nos proteger.
Abri as portas para que entre um povo justo, um povo que pratica a fidelidade.
O seu coração está firme: dar-lhe-eis a paz porque em Vós tem confiança».
Confiai sempre no Senhor porque o Senhor é a nossa fortaleza eterna.
Humilhou os habitantes das alturas, abateu a cidade inacessível, derrubou-a por terra, arrasou-a até ao solo.
Ela é calcada aos pés, os pés dos infelizes, os passos dos pobres.
Livro de Salmos 118(117),1.8-9.19-21.25-27a.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor
do que fiar-se nos poderosos.

Abri-me as portas da justiça:
entrarei para agradecer ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.

Eu Vos agradeço porque me ouvistes
e fostes o meu Salvador.
Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.

Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós Vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz.

Evangelho segundo S. Mateus 7,21.24-27.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu porque estava fundada sobre a rocha.
Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
O presépio
«Nem todo aquele que Me diz "Senhor, Senhor" [...], mas só aquele que faz a vontade de meu Pai»

«Seja feita a Vossa vontade.» Tomado em toda a sua plenitude, este acto de abandono deve ser a regra da vida cristã, regendo o nosso dia, da manhã à noite, o curso do ano, a vida inteira. Esta deve ser a única preocupação do cristão; todas as outras são entregues ao Senhor, mas essa será nossa até ao último dia. Pois é um facto objectivo que nunca estamos definitivamente certos de permanecer nos caminhos do Senhor. [...]
Na infância da vida espiritual, quando começamos a deixar-nos conduzir por Deus, sentimos a sua mão, forte e firme, que nos guia; vemos de forma evidente o que devemos fazer e o que devemos abandonar. Mas não será sempre assim. Aquele que pertence a Jesus Cristo deve viver toda a vida de Jesus Cristo. Deve amadurecer até atingir a idade adulta de Jesus Cristo e, um dia, enveredar pelo caminho da cruz. [...] Assim unido a Jesus Cristo, o cristão aguentar-se-á, mesmo na noite escura. [...] Por isso, uma vez mais e precisamente no coração da noite mais escura, «seja feita a vossa vontade».

 

Sexta-feira, dia 04 de Dezembro de 2015

Sexta-feira da 1a semana do Advento


Santo do dia : S. João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja, +749, Santa Bárbara, mártir, séc. IV

Livro de Isaías 29,17-24.
Assim fala o Senhor Deus: Daqui a muito pouco tempo, não há-de o Líbano transformar-se num jardim e o jardim parecer uma floresta?
Nesse dia, os surdos ouvirão ler as palavras do livro; libertos da escuridão e das trevas, os olhos dos cegos tornarão a ver.
Os humildes alegrar-se-ão cada vez mais no Senhor e os mais pobres dos homens rejubilarão no Santo de Israel.
O tirano deixará de existir, o escarnecedor desaparecerá e serão exterminados os que só pensam no mal:
aqueles que fazem condenar os outros pelas suas palavras, os que armam ciladas no tribunal a quem promove a justiça e sem razão arruínam o justo.
Por isso, o Senhor, que libertou Abraão, assim fala à casa de Jacob: ‘Doravante Jacob não terá de que se envergonhar, o seu rosto não voltará a empalidecer
porque, ao verem no meio dele os seus filhos, obras das minhas mãos, proclamarão santo o meu nome’. Proclamarão a santidade do Santo de Jacob e adorarão o Deus de Israel.
Os espíritos desnorteados aprenderão a sabedoria e os murmuradores hão-de aceitar a instrução».

Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é o protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.

Evangelho segundo S. Mateus 9,27-31.
Naquele tempo, Jesus Cristo pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós».
Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus Cristo perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor».
Então Jesus Cristo tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé».
E abriram-se os seus olhos. Jesus Cristo advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado para que ninguém o saiba».
Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus Cristo por toda aquela terra.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, doutor da Igreja
Proslogion, 1
«O meu coração diz: "Procura a sua face"; é a tua face, Senhor, que eu procuro» (Sl 26, 8)

«Senhor, até quando?» (Sl 6,4). Até quando, Senhor, Te esquecerás de nós? Por quanto tempo ainda Te esconderás de nós? (Sl 12,2). Quando nos olharás e nos ouvirás? Quando iluminarás os nossos olhos e estaremos na Tua presença? Quando virás de novo até nós? Olha para nós, Senhor, ilumina-nos, mostra-Te a nós. Concede-nos o bem da tua presença, a nós que, sem Ti, nada fazemos bem. Tem piedade dos nossos esforços activos para chegarmos a Ti, nós que nada podemos sem Ti. Se nos convidas, ajuda-nos.
Suplico-Te, Senhor, não me deixes suspirar de desespero; faz-me respirar a esperança. [...] Que me seja, ao menos, permitido entrever a luz, mesmo que de longe, mesmo que das profundezas. Ensina-me a procurar-Te e mostra-Te quando Te procuro. É que não posso procurar-Te se não me guiares nem encontrar-Te se não Te mostrares. Procurar-Te-ei pelo desejo e desejar-Te-ei na minha procura. Encontrar-Te-ei, amando-Te e amar-Te-ei quando Te encontrar.

Sábado, dia 05 de Dezembro de 2015

Sábado da 1a semana do Advento


Santo do dia : S. Geraldo, bispo, +1108, S. Martinho de Dume, bispo, +579, S. Frutuoso, bispo, +665

Livro de Isaías 30,19-21.23-26.
Eis o que diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: «Povo de Sião, que habitas em Jerusalém, tu não voltarás a chorar. À voz da tua súplica, o Senhor terá compaixão de ti; logo que ouvir os teus clamores, Ele te responderá.
O Senhor poderá dar-te a comer o pão da angústia e a beber a água da tribulação; mas Aquele que te ensina não Se esconderá mais e os teus olhos verão Aquele que te ensina.
Se te desvias para a direita ou para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão dizer atrás de ti: ‘É este o caminho; segui por ele’.
O Senhor te dará a chuva para a semente que tiveres lançado à terra e o pão que a terra produzir será farto e nutritivo. Nesse dia, os teus rebanhos pastarão em extensos prados;
os bois e os jumentos que lavram a terra comerão forragem com sal, limpa com a pá e a joeira.
Em todo o alto monte e em toda a colina elevada, haverá regatos e águas correntes, no dia da grande mortandade quando as torres se desmoronarem.
Então a claridade da lua será como a luz do sol e a luz do sol ficará sete vezes mais forte; nesse dia, o Senhor tratará as chagas do seu povo e curará as feridas dos seus golpes».

Livro de Salmos 147(146),1-2.3-4.5-6.
Louvai o Senhor porque é bom cantar,
é agradável e justo celebrar o seu louvor.
O Senhor edificou Jerusalém,
congregou os dispersos de Israel.

Sarou os corações dilacerados
e ligou as suas feridas.
Fixou o número das estrelas
e deu a cada uma o seu nome.

Grande é o nosso Deus e todo-poderoso,
é sem limites a sua sabedoria.
O Senhor conforta os humildes
e abate os ímpios até ao chão.

Evangelho segundo S. Mateus 9,35-38.10,1.6-8.
Naquele tempo, Jesus Cristo percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades.
Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor. Jesus Cristo disse então aos seus discípulos:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Jesus Cristo chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças.
Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
«A Missão do Redentor»
«A seara é grande»

Se olharmos superficialmente o nosso mundo, ficaremos impressionados com muitos factos negativos que podem conduzir-nos ao pessimismo. Mas esse sentimento é injustificado, pois temos em Deus, Pai e Senhor, na sua bondade e na sua misericórdia. À medida que nos aproximamos do terceiro milénio da Redenção, Deus vai preparando para o cristianismo uma grande Primavera que já se vê despontar. Na verdade, seja no mundo não cristão, seja no mundo da cristandade antiga, os povos têm tendência para se aproximar progressivamente dos ideais e dos valores evangélicos, tendência essa que a Igreja se esforça por favorecer. Manifesta-se hoje entre os povos uma nova convergência em torno desses valores: a recusa da violência e da guerra, o respeito pela pessoa humana e pelos seus direitos, a sede de liberdade, de justiça e de fraternidade, a tendência a ultrapassar os racismos e os nacionalismos, a afirmação da dignidade da mulher e a sua valorização.
A esperança cristã dá-nos forças para nos comprometermos a fundo na nova evangelização e na missão universal e leva-nos a rezar como Jesus Cristo nos ensinou: «Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no céu» (Mt 6,10).
Os homens que esperam Jesus Cristo são ainda em número incalculável; os espaços humanos e culturais ainda não atingidos pelo anúncio do Evangelho ou em que a Igreja não está presente são extremamente vastos, a ponto de exigirem a união de todas as suas forças. Quando se prepara para celebrar o Jubileu do ano 2000, toda a Igreja está ainda mais comprometida num novo advento missionário. Devemos alimentar em nós a paixão apostólica de transmitir aos outros a luz e a alegria da fé e formar todo o povo de Deus para este ideal.
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