sábado, 19 de dezembro de 2015

Cristianismo 137 até 19-12-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 13 de Dezembro de 2015

3º Domingo do Advento - Ano C

Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor Deus, rei de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti como poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa
como nos dias de festa».
Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.


Carta aos Filipenses 4,4-7.
Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos.
Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com coisa alguma; mas em todas as circunstâncias, apresentai os vossos pedidos diante de Deus com orações, súplicas e acções de graças.
E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Evangelho segundo S. Lucas 3,10-18.
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?».
Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?».
João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias,
João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo».
Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Assim com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre S. Lucas, 26, 3-5
«Tem na mão a pá de joeirar»
O baptismo pelo qual Jesus baptiza é «no Espírito Santo e no fogo». Se fores santo, serás baptizado no Espírito Santo; se fores pecador, serás mergulhado no fogo. O mesmo baptismo tornar-se-á condenação e fogo para os pecadores indignos; mas os santos, aqueles que se convertem ao Senhor com fé verdadeira, receberão a graça do Espírito Santo e a salvação.
Portanto, aquele de quem se diz que baptiza «no Espírito Santo e no fogo» «tem na mão a pá de joeirar e vai limpar a sua eira e malhar o trigo; guardará o grão no celeiro; quanto à palha, queimá-la-á no fogo que não se extingue». Gostaria de descobrir por que motivo nosso Senhor tem na mão a pá de joeirar e com que sopro vai a palha, que é leve, ser transportada para aqui e para ali, enquanto o trigo, que é mais pesado, se acumula num único lugar, uma vez que, se o vento não soprar, não se pode separar o trigo da palha.
Creio que, pelo vento, se devem entender as tentações que, na multidão dos crentes, revelam que uns são palha e outros são trigo. Porque, quando a vossa alma foi dominada por uma tentação, não foi a tentação que a transformou em palha, mas é porque éreis já palha, quer dizer, homens levianos e sem fé, que a tentação revelou a vossa verdadeira natureza. Em contrapartida, quando enfrentais corajosamente as tentações, não é a tentação que vos torna fiéis e constantes; ela revela apenas as virtudes de constância e de coragem que estavam em vós, mas de uma forma escondida. [...] «Afligi-te e fiz-te sentir fome para manifestar o que tinhas no coração» (Dt 8,3-5).

Segunda-feira, dia 14 de Dezembro de 2015

Segunda-feira da 3a semana do Advento


Santo do dia :
S. João da Cruz, presbítero, reformador, Doutor da Igreja, +1591

Livro de Números 24,2-7.15-17a.
Naqueles dias, o profeta Balaão, erguendo os olhos, viu o povo de Israel acampado por tribos. O Espírito de Deus desceu sobre ele
e ele proferiu a sua profecia, dizendo: «Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem contempla as visões do Omnipotente quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Como são belas as tuas tendas, Jacob, e as tuas moradas, Israel!
São como vales que se prolongam e jardins à beira dum rio, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto da corrente.
A água transbordará de seus cântaros e a sua semente será abundantemente regada. O seu rei é maior do que Agag e a sua realeza será exaltada.
Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem conhece a ciência do Altíssimo, de quem contempla as visões do Omnipotente quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Eu vejo, mas não é para agora; eu contemplo, mas não de perto: Surge uma estrela de Jacob, levanta-se um ceptro de Israel».
Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.


Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto.
Donde era o baptismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’
E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta».
E responderam a Jesus Cristo: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293,3, para a natividade de São João Baptista; PL 38, 1327 (trad. bréviário 3.º dom. Advento, rev.)
Reconhecer a voz; reconhecer a Palavra
É difícil não confundir a palavra com a voz; foi por isso que tomaram João como o Messias: a voz foi confundida com a Palavra. Mas a voz reconheceu-se a si mesma como tal para não lesar a Palavra e disse: «Não sou Cristo, nem Elias, nem o profeta.» Quando lhe perguntaram: «Então quem és?», respondeu: «Eu sou a voz do que clama no deserto» (Jo 1,23). [...]
Ele é a voz de quem quebra o silêncio: «Preparai o caminho do Senhor», como se dissesse: «Sou a voz que se faz ouvir apenas para introduzir a Palavra no vosso coração; mas esta não se dignará entrar onde pretendo introduzi-la se não lhe preparardes o caminho.» E que quer dizer «Preparai o caminho» senão: «Suplicai insistentemente»? Que quer dizer «Preparai o caminho» senão: «Sede humildes de coração»?
Imitai o exemplo de humildade de João Baptista. Consideram-no o Messias, mas ele responde que não é o que julgam; não se aproveita do erro alheio para uma afirmação pessoal. Se houvesse dito: «Eu sou o Messias» facilmente teriam acreditado na sua palavra, pois já o tinham como tal antes de ele o haver dito. Mas não disse, antes reconheceu o que era e disse o que não era: foi humilde. Compreendeu donde lhe vinha a salvação; compreendeu que não era mais do que uma tocha ardente e luminosa e receou que o vento da soberba pudesse apagá-la.

Terça-feira, dia 15 de Dezembro de 2015

Terça-feira da 3a semana do Advento

Eis o que diz o Senhor: «Ai da cidade rebelde e impura, ai da cidade opressora!
Não escutou nenhum apelo nem aceitou qualquer aviso. Não confiou no Senhor nem se aproximou do seu Deus.
Mas Eu darei aos povos lábios puros para que todos invoquem o nome do Senhor e O sirvam de coração unânime.
Do outro lado dos rios da Etiópia, os meus adoradores virão trazer-Me ofertas.
Nesse dia não te envergonharás das acções com que Me ofendeste porque afastarei do meio de ti os fanfarrões e arrogantes e não tornarás a vangloriar-te no meu santo monte.
Só deixarei ficar no meio de ti um povo pobre e humilde e procurarão refúgio no nome do Senhor os sobreviventes de Israel.
Não voltarão a cometer injustiças, não tornarão a dizer mentiras nem mais se encontrará na sua boca uma língua enganadora. Por isso terão pastagem e repouso sem que ninguém os perturbe».
Livro de Salmos 34(33),2-3.6-7.17-18.19.23.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.

O Senhor está perto dos que têm o coração
atribulado e salva os de ânimo abatido.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.


Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636
«João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»
João Baptista ensina com palavras e com actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos actos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...]
«Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: "Convertei-vos porque está próximo o Reino do Céu"» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Também podia dizer: «Rejubilai.» «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O Reino dos Céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te (isto é, deixa de praticar o mal; passa a praticar só o bem e entrega o mal que te fazem aos colaboradores do Senhor Deus. Melhor do que ninguém eles sabem como agir). Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te. Converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.

Quarta-feira, dia 16 de Dezembro de 2015

Quarta-feira da 3a semana do Advento

«Eu sou o Senhor e não há outro.
Formo a luz e crio as trevas, dou a felicidade e crio a desgraça. Sou Eu, o Senhor, que faço tudo isto.
Derramai, ó céus, o orvalho lá do alto e as nuvens chovam a justiça; abra-se a terra e germine a salvação e com ela floresça a justiça. Sou Eu, o Senhor, que o realizo».
Assim fala o Senhor que criou os céus, o Deus que formou a terra e a consolida, que não a criou para ficar deserta, mas a formou para ser habitada: «Eu sou o Senhor e não há outro». Quem anunciou tudo isto no passado? Quem o predisse há tanto tempo?
Não fui Eu, o Senhor? Não há outro Deus além de Mim; Eu sou o Deus justo e salvador e não há outro.
Voltai-vos para Mim e sereis salvos, todos os confins da Terra porque Eu sou Deus e não há outro.
Juro pelo meu nome, é justo o que sai da minha boca, a minha palavra é irrevogável: Diante de Mim se hão-de dobrar todos os joelhos, em meu nome hão-de jurar todas as línguas,
dizendo: ‘Só no Senhor está a justiça e a fortaleza’». Hão-de vir, cobertos de vergonha, à sua presença todos os que se levantaram contra Ele.
No Senhor terá salvação e glória toda a descendência de Israel.
Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.


Evangelho segundo S. Lucas 7,19-23.
Naquele tempo, João Baptista chamou dois dos seus discípulos e enviou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?»
Ao chegarem junto de Jesus Cristo, os homens disseram-Lhe: «João Baptista mandou-nos perguntar-Te: ‘És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?’»
Nessa altura, Jesus Cristo curava muitas pessoas, de doenças, padecimentos e espíritos malignos e deu a vista a muitos cegos.
Então respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho
e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Lucas
«És tu Aquele que havia de vir?»
O Senhor, sabendo que sem o Evangelho ninguém pode ter uma fé plena – porque se a Bíblia começa pelo Antigo Testamento, é no Novo que ela atinge a perfeição – não esclarece as questões que Lhe colocam acerca dele próprio por palavras, mas pelos seus actos. «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda.» Este testemunho é completo porque foi acerca dele que foi profetizado: «O Senhor liberta os prisioneiros; o Senhor dá vista aos cegos; o Senhor levanta os caídos. [...] O Senhor reinará eternamente» (Sl 145,7s). Estas são as marcas de um poder que não é humano, mas divino. [...]
Contudo estes actos são apenas pequenos exemplos do testemunho trazido por Jesus Cristo. O que funda a plenitude da fé é a cruz do Senhor, a sua morte, o seu sepulcro. É por isso que, depois da resposta que citámos, Ele acrescenta: «E feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda.» Com efeito, a cruz podia provocar a queda dos próprios escolhidos, mas não há testemunho maior de uma pessoa divina, nada que mais pareça ultrapassar as forças humanas do que esta oferta de um só pelo mundo inteiro. É somente assim que o Senhor Se revela plenamente. Aliás é assim que João O designa: «Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29).

Quinta-feira, dia 17 de Dezembro de 2015

Últimos dias feriais do Advento - 17 de dezembro


Santo do dia : S. Lázaro, amigo de Jesus, séc. I, Santa Olímpia, viúva, diaconisa, +408

Livro de Génesis 49,2.8-10.
Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai, filhos de Jacob. Escutai Israel, vosso pai.
Judá, os teus irmãos hão-de louvar-te, a tua mão pesará sobre a cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão-de inclinar-se diante de ti.
Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele dobra o joelho e deita-se como o leão ou como a leoa: quem o fará levantar-se?
O ceptro não se afastará de Judá nem o bastão de comando de entre os seus pés até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão-de obedecer».
Livro de Salmos 72(71),2.3-4ab.7-8.17.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes.

Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.

O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão-de bendizer.


Evangelho segundo S. Mateus 1,1-17.
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
Assim todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Jesus Cristo, catorze gerações.


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Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, IV,  20, 4-5; SC 100
«Genealogia de Jesus Cristo»
Há um único Deus que, pelo seu Verbo, sua Palavra e sua Sabedoria, fez e harmonizou todas as coisas. Deus Criador deu esse mundo ao género humano. [...] Na sua grandeza, Ele é desconhecido de todos seres que criou porque ninguém escrutinou a sua origem. [...] No entanto, no seu amor, é conhecido desde sempre, graças Àquele por meio do qual criou todas as coisas (Rom 1,20) que não é outro senão o Verbo, nosso Senhor Jesus Cristo que, nos últimos tempos, Se fez homem entre os homens para unir o fim ao princípio, isto é, o homem a Deus.
É por isso que os profetas, depois de terem recebido desta mesma Palavra o dom da profecia, pregaram antecipadamente a sua vinda na carne, pela qual se realizou a comunhão entre Deus e o homem, de acordo com a vontade do Pai. Desde o início, de facto, o Verbo anunciou que Deus havia de ser visto pelos homens, que com eles viveria e conversaria na Terra (Ba 3,38) e que Se tornaria presente à obra que tinha modelado para a salvar. [...] Portanto os profetas anunciaram com antecedência que Deus seria visto pelos homens de acordo com o que o Senhor também disse: «Afortunados os puros de coração porque ficarão na presença de Deus» (Mt 5,8). É certo que, em razão da grandeza e da glória indizível de Deus, «o ser humano não pode ver-Me e permanecer vivo» (Ex 33,20) porque o Pai é inatingível. Mas em razão do seu amor, da sua bondade para com os homens e da sua omnipotência, Ele vai ao ponto de conceder àqueles que O amam o privilégio de estarem na presença de Deus [...] porque «o que é impossível aos homens é possível a Deus» ( Lc 18,27).

Sexta-feira, dia 18 de Dezembro de 2015

Últimos dias feriais do Advento - 18 de dezembro


Festa da Igreja : Expectação da Virgem Santa MariaNossa Senhora do Bom Parto
Santo do dia : S. Flávio, presbítero, eremita, séc. VI, Santos Zózimo e Rufo, mártires, +107
Livro de Jeremias 23,5-8.
«Dias virão — diz o Senhor— em que farei surgir para David um rebento justo. Será um verdadeiro rei e governará com sabedoria: há-de exercer no país o direito e a justiça.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Este será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’».
Por isso, dias virão —oráculo do Senhor— em que já não se dirá: ‘Viva o Senhor que fez sair os filhos de Israel da terra do Egipto’;
mas sim ‘Viva o Senhor que fez sair e regressar os descendentes da casa de Israel da região do norte e de todos os países em que os tinha dispersado para poderem habitar na sua própria terra’».
Livro de Salmos 72(71),2.12-13.18-19.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.

Bendito seja o Senhor, Deus de Israel:
só Ele faz maravilhas.
Bendito para sempre o seu nome glorioso:
Toda a Terra se encha da sua glória.


Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.
O nascimento de Jesus Cristo deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria por tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do profeta que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.


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Comentário do dia:
Beato Pio IX (1792-1878), papa
Decreto “Urbi et Orbi” de 8 de Dezembro de 1870
S. José, esposo de Maria, pai adoptivo de Jesus, patrono da Igreja
Tal como Deus estabeleceu o Patriarca José, filho de Jacob, governador de todo o Egipto para assegurar ao povo o alimento necessário à vida (Gn 41,40s); da mesma forma quando se cumpriram os tempos em que ia enviar o seu Filho único para resgatar o mundo, o Eterno escolheu um outro José, do qual o primeiro era a figura, estabeleceu-o príncipe e senhor da sua casa e dos seus bens e confiou-lhe a guarda dos seus mais preciosos tesouros. Com efeito, José desposou a imaculada Virgem Maria, da qual, pelo poder do Espírito Santo, nasceu Jesus Cristo que quis passar aos olhos de todos por filho de José e Se dignou ser-lhe submisso. José não só viu Aquele que tantos profetas e reis tinham desejado ver (Lc 10, 24) como conversou com Ele, apertou-O nos braços com particular ternura, cobriu-O de beijos. Com um cuidado cheio de zelo e uma solicitude sem igual, alimentou Aquele que os fiéis haviam de comer como pão da vida eterna.
Em virtude desta dignidade sublime a que Deus elevou o seu servo fiel, sempre a Igreja exaltou e honrou S. José com um culto excepcional, ainda que inferior ao que presta à Mãe de Deus e sempre implorou a sua assistência nas horas críticas. [...] Por isso, declaramos solenemente S. José Patrono da Igreja Católica.

Sábado, dia 19 de Dezembro de 2015

Últimos dias feriais do Advento - 19 de dezembro


Santo do dia : Beato Urbano V, papa, +1370

Livro de Juízes 13,2-7.24-25a.
Naqueles dias, vivia em Soreá um homem da tribo de Dã, chamado Manoé, cuja mulher, sendo estéril, não tinha filhos.
O Anjo do Senhor apareceu a essa mulher e disse-lhe: «És estéril e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho.
Agora tem cuidado: não bebas vinho nem outra bebida alcoólica nem comas nada impuro porque vais conceber e dar à luz um filho.
A navalha não tocará na sua cabeça porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus».
A mulher foi dizer ao marido: «Veio ter comigo um homem de Deus. Tinha o aspecto de um Anjo do Senhor, cheio de majestade. Não lhe perguntei donde vinha nem ele me revelou o seu nome.
Mas disse-me: «Conceberás e darás à luz um filho. Agora não bebas vinho nem outra bebida alcoólica e não comas nada impuro porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno até ao dia da sua morte».
A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor abençoou-o.
Foi em Maané-Dan, entre Sorá e Estaol, que o espírito do SENHOR começou a agitar Sansão.
Livro de Salmos 71(70),3-4a.5-6ab.16-17.
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

Meu Deus, hei-de narrar os vossos feitos grandiosos,
recordarei, Senhor, a vossa justiça sem igual.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.


Evangelho segundo S. Lucas 1,5-25.
Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o Anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento
porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor com o espírito e o poder de Elias para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos a fim de preparar um povo para o Senhor».
Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?».
O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova.
Mas tu vais guardar silêncio sem poder falar até ao dia em que tudo isto aconteça por não teres acreditado nas minhas palavras que se cumprirão a seu tempo.
Entretanto o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário.
Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo.
Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa.
Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo:
«Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293
«Não acreditaste nas minhas palavras» (Lc 1,20) «Feliz a que acreditou» (Lc 1,45)
A mãe de João Baptista é uma mulher velha e estéril; a de Jesus Cristo, uma jovem no auge da sua juventude. João é fruto da esterilidade; Jesus Cristo, da virgindade. […] Um é anunciado pela mensagem de um anjo; ao anúncio do anjo, o outro é concebido. O pai de João não acredita na notícia do seu nascimento e emudece; a Mãe de Jesus Cristo acredita em seu filho e, pela fé, concebe-O no seu seio. O coração da Virgem acolhe a fé; depois, tornando-se mãe, Maria recebe um fruto no seu ventre.
As palavras que Maria e Zacarias dirigem ao anjo são, contudo mais ou menos semelhantes. Quando o anjo lhe anuncia o nascimento de João, o sacerdote responde: «Como hei-de saber que é assim se eu sou velho e a minha esposa de idade avançada?» Ao anúncio do anjo, Maria responde: «Como será isso se eu não conheço homem?» Sim, são quase as mesmas palavras. […] Contudo, o primeiro é repreendido e a segunda é esclarecida. A Zacarias é dito: «Por não teres acreditado»; a Maria: «Eis a resposta que pediste.» Mais uma vez, são quase as mesmas palavras. […] Mas Aquele que ouvia as palavras também via os corações, pois nada Lhe está oculto. A linguagem de cada um velava o seu pensamento; mas, se esse pensamento estava oculto para os homens, não o estava para o anjo, ou melhor, para Aquele que falava por intermédio do anjo.
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