sábado, 27 de outubro de 2012

Cristianismo 83


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 21 de Outubro de 2012

29º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo (que O serve) pelo sofrimento para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias e o desígnio do Senhor realizar-se-á por meio dele.
Por causa dos trabalhos da sua vida, verá a luz. O meu servo ficará satisfeito com a experiência que teve. Ele, o justo, justificará a muitos porque carregou com o crime deles.

Livro de Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.
Desça sobre nós a vossa misericórdia porque em Vós esperamos, Senhor.

As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça;
a Terra está cheia da sua bondade.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade
para os libertar da morte
e os alimentar no tempo de fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
N'Ele se alegra o nosso coração
e em seu nome santo confiamos.

Carta aos Hebreus 4,14-16.
Irmãos: Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos.
De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado.
Aproximemo-nos então com grande confiança do trono da graça a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.

Evangelho segundo S. Marcos 10,35-45.
Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.»
Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?»
Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.»
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?»
Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus Cristo disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.»
Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas e como os grandes exercem o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo (o que vos serve)
e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos, (regra básica da democracia)
pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilia contra o anomeanismo
«O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida»
Ao cobiçar os primeiros lugares, os mais altos cargos e as honras mais elevadas, os dois irmãos, Tiago e João, queriam, na minha opinião, ter autoridade sobre os outros. É por isso que Jesus Cristo Se opõe à sua pretensão, deles, e põe a nu os seus pensamentos secretos dizendo-lhes: «Quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos.» Por outras palavras: «Se ambicionais o primeiro lugar e as maiores honras, procurai o último lugar, aplicai-vos a tornar-vos os mais simples, os mais humildes e os mais pequenos de todos. Colocai-vos atrás dos outros. Tal é a virtude que vos trará a honra a que aspirais. Tendes junto a vós um exemplo notável: 'Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por todos' (Mc 10,45). Eis como obtereis glória e celebridade. Olhai para Mim: Eu não procuro honras nem glória e, no entanto, o bem que faço é infinito.»
Bem sabemos que, antes da Incarnação de Jesus Cristo e da Sua vinda a este mundo, tudo estava perdido e corrompido; mas, depois de Ele Se ter humilhado, tudo restabeleceu. Aboliu a maldição, destruiu a morte, abriu o paraíso, acabou com o pecado, escancarou as portas do céu para levar para lá as primícias da nossa humanidade. Propagou a fé em todo o mundo. Expulsou o erro e restabeleceu a verdade. Fez subir a um trono real as primícias da nossa natureza. Jesus Cristo é o autor de bens infinitamente numerosos que nem a minha palavra nem nenhuma palavra humana poderiam descrever. Antes da Sua vinda a este mundo só os anjos O conheciam; mas, depois de Ele Se ter humilhado, toda a raça humana O reconheceu.
Segunda-feira, dia 22 de Outubro de 2012

Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beata Josefina Leroux e companheiras, mártires, séc. XVIII, São Martinho de Dume, bispo, +579, Beato Timóteo Giaccardo, presbítero, +1948, Beato João Paulo II, Papa, +2005
Carta aos Efésios 2,1-10.
Irmãos: Também a vós, que estáveis mortos pelas vossas faltas e pecados,
aqueles em que vivestes outrora de acordo com o curso deste mundo, de acordo com o príncipe que domina os ares, o espírito (Universal) que agora actua nos rebeldes...
Como eles, todos nós nos comportámos outrora: entregues aos nossos desejos mundanos, fazíamos a vontade dele, seguíamos os seus impulsos, de tal modo que estávamos sujeitos por natureza à ira divina, precisamente como os demais.
Mas Deus que é rico em misericórdia, pelo amor imenso com que nos amou,
precisamente a nós que estávamos mortos pelas nossas faltas, deu-nos a vida com Jesus Cristo – é pela graça (de Deus) que vós estais salvos –
com Ele nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Jesus Cristo.
Pela bondade que tem para connosco, em Cristo Jesus, quis assim mostrar, nos tempos futuros, a extraordinária riqueza da sua graça
porque é pela graça que estais salvos, por meio da (que se aumenta pelas nossas boas obras e se perde pelas nossas más obras). E isto não vem de vós; é dom de Deus;
não vem das obras para que ninguém se glorie.
Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos.

Livro de Salmos 100(99),2.3.4.5.
O Senhor nos criou, pertencemos ao Senhor.

Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
vinde à sua presença com cânticos de júbilo!

Sabei que o Senhor é Deus;
foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, (ficando em Jesus Cristo)
somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho.

Entrai pelas suas portas em acção de graças;
entrai nos seus átrios com hinos de louvor;
glorificai-O e bendizei o seu nome.

O Senhor é bom!
O seu amor é eterno!
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.


Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.
Naquele tempo, alguém do meio da multidão, disse a Jesus Cristo: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens
Disse-lhes então esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si e não é rico em relação a Deus.» (não tem boas obras com as quais ganhamos este ou aquele mundo no reino de Deus)

Concílio Vaticano II Constituição sobre a Igreja no Mundo Actual «Gaudium et spes», §§ 88-90
Amontoar para si ou ser rico em relação a Deus?
Os cristãos cooperem de bom grado e de todo o coração na construção da ordem internacional com verdadeiro respeito pelas liberdades legítimas e na amigável fraternidade de todos e tanto mais quanto é verdade que a maior parte do mundo ainda sofre tantas necessidades de maneira que, nos pobres, o próprio Jesus Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos Seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias, pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória e o testemunho da Igreja de Jesus Cristo. São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos outros homens e povos. […]
É, portanto absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na comunidade das nações para fomentar e estimular a cooperação entre os homens; tanto por meio das suas instituições públicas como graças à inteira e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se especial cuidado em formar neste ponto a juventude tanto na educação religiosa como na cívica.
Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem cumprirem a sua missão na comunidade internacional, procurem cooperar activa e positivamente quer com os irmãos separados que com eles professam a caridade evangélica quer com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.
Terça-feira, dia 23 de Outubro de 2012

Terça-feira da 29 semana do Tempo Comum

Santo do dia : São João de Capistrano, religioso, +1456
Carta aos Efésios 2,12-22.
Irmãos: No tempo em que éreis pagãos, vós estáveis sem Jesus Cristo, excluídos da cidadania de Israel e estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo.
Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora estais perto pelo sangue de Jesus Cristo.
Com efeito, Ele é a nossa paz; Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne,
anulou a lei que contém os mandamentos em forma de prescrições para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz
e para os reconciliar com Deus, num só Corpo por meio da cruz, matando assim a inimizade.
E na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto
porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai.
Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus,
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo no Senhor.
É nele que também vós sois integrados na construção para formardes uma habitação de Deus, pelo seu Espírito.

Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
O Senhor anuncia a paz ao seu povo.

Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
A sua salvação está perto dos que o adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

O amor e a fidelidade vão encontrar-se.
Vão beijar-se a justiça e a paz.
Da Terra vai brotar a verdade
e a justiça descerá do Céu.

O próprio Senhor nos dará os seus bens
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará diante d'Ele
e a paz, no rasto dos seus passos.

Evangelho segundo S. Lucas 12,35-38.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas.
Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater.
Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de servi-los.
E se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles.

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja Sermão sobre o Cântico dos Cânticos, nº 17, 2
Vigiar no Espírito Santo
Temos de estar vigilantes e atentos à obra da salvação que se realiza em nós porque é com admirável subtileza e com a delicadeza de uma arte divina que o Espírito Santo realiza continuamente esta obra no mais íntimo do nosso ser. Que esta unção que tudo nos ensina não nos seja retirada sem que tenhamos consciência disso e que a sua vinda não nos apanhe desprevenidos. Pelo contrário, convém-nos estar permanentemente atentos, com o coração totalmente aberto para recebermos esta bênção generosa do Senhor. Em que disposições quer o Espírito (de Deus) encontrar-nos? «Sede como os servos que esperam o seu senhor quando ele regressa das núpcias.» Ele nunca regressa de mãos vazias da mesa celeste, com todas as alegrias que esta prodigaliza.
Temos, pois de velar e de velar em todo o momento porque nunca sabemos a que horas virá o Espírito (de Deus) nem a que horas voltará a partir. O Espírito vai e vem (Jo 3, 8); se, graças à Sua presença, nos mantemos de pé, quando Ele Se retira caímos inevitavelmente, mas sem nos magoarmos porque o Senhor nos sustenta com a Sua mão e o Espírito não cessa de comunicar esta alternância de presença e ausência (porque praticam boas e más obras) aos que são espirituais, ou antes, àqueles que têm a intenção de se tornar espirituais. É por isso que os visita de madrugada, pondo-os em seguida subitamente à prova.

Quarta-feira, dia 24 de Outubro de 2012

Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870
Carta aos Efésios 3,2-12.
Irmãos: «Certamente já ouvistes falar da graça de Deus que me foi dada para vosso benefício a fim de realizar o seu plano:
que, por revelação, me foi dado conhecer o mistério tal como antes o descrevi resumidamente.
Lendo-o, podeis fazer uma ideia da compreensão que tenho do mistério de Jesus Cristo
que, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, em gerações passadas, como agora foi revelado aos seus santos Apóstolos e Profetas, no Espírito:
os gentios são admitidos à mesma herança, membros do mesmo Corpo e participantes da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Dele me tornei servidor pelo dom da graça de Deus que me foi dada, pela eficácia do seu poder.
A mim, o menor de todos os santos, foi dada a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Jesus Cristo
e a todos iluminar sobre a realização do mistério escondido desde séculos em Deus, o criador de todas as coisas
para que agora, por meio da Igreja, seja dada a conhecer, aos Principados e às Autoridades no alto do Céu, a multiforme sabedoria de Deus,
de acordo com o desígnio eterno que Ele realizou em Cristo Jesus, Senhor nosso.
Em Jesus Cristo, mediante a fé nele, temos a liberdade e coragem de nos aproximarmos de Deus com confiança.

Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.
Ireis com alegria às fontes de salvação.

Este é o Deus da minha salvação;
estou confiante e nada temo,
O Senhor é a minha força e o meu louvor;
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Louvai o Senhor, invocai o seu nome.
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas;
anunciai-as em toda a Terra.
Exultai de alegria, habitantes de Sião,
e proclamai como é grande no meio de ti o Santo de Israel.»

Evangelho segundo S. Lucas 12,39-48.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa.
Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.»
Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola ou é para todos igualmente?»
O Senhor respondeu: «Quem será, pois o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então pô-lo-á de parte, fazendo-o partilhar da sorte dos infiéis.(as suas obras o condenaram. Causa da nossa salvação: a graça de Deus. Consequência das nossas más obras: a nossa condenação)
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites.
Aquele, porém que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido e a quem muito foi confiado, muito será pedido

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense 3º Sermão para o Advento
Vós não estais nas trevas para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão” (1 Ts 5, 4)
«Prepara-te, Israel, para te encontrares com o teu Deus porque Ele vai chegar» (cf. Am 4,12). E vós também, irmãos, «estai preparados porque à hora que menos pensais virá o Filho do Homem». Nada mais certo do que a Sua vinda, mas nada mais incerto do que o momento dessa vinda. De facto, pertence-nos tão pouco conhecer o tempo ou os momentos que o Pai, no Seu poder, tem fixados que nem sequer aos anjos que O rodeiam lhes é dado saber o dia ou a hora (Act 1,7; Mt 24,36).
O nosso último dia virá também: é um facto muito certo. Mas quando, onde e como, isso é muito incerto. Sabemos unicamente, como já se disse antes de nós, que «para os anciãos, ele já se encontra no limiar, enquanto para os jovens está à espreita» (S. Bernardo). [...] Esse dia não deve apanhar-nos de surpresa, não acautelados como um ladrão durante a noite. [...] Que o temor, permanecendo em vela, nos tenha sempre preparados até que a segurança se sobreponha ao temor e não o temor à segurança. «Estarei atento, diz o sábio, para não cometer pecado» (Sl 17,24) já que não posso preservar-me da morte. Ele sabe, de facto, que «o justo, surpreendido pela morte, encontrará descanso» (Sb 4,7); mais ainda, triunfam da morte os que não foram escravos do pecado durante a vida. Como é belo, meus irmãos, não só ter segurança perante a morte, mas também triunfar dela com glória, seguros no testemunho da própria consciência.

Quinta-feira, dia 25 de Outubro de 2012

Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Irmãos: É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai,
do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na Terra:
que Ele vos conceda, de acordo com a riqueza da sua glória, que sejais cheios de força pelo seu Espírito para que se robusteça em vós o homem interior
que Jesus Cristo, pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no amor
para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade...
a capacidade de conhecer o amor de Jesus Cristo que ultrapassa todo o conhecimento para que sejais repletos até receberdes toda a plenitude de Deus.
Àquele que pode fazer imensamente mais do que pedimos ou imaginamos, de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós,
a Ele a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, em todas as gerações pelos séculos dos séculos! Ámen.

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.11-12.18-19.
A bondade do Senhor encheu a Terra.

Exultai, ó justos, no Senhor;
louvai-O, rectos de coração.
Louvai o Senhor com a cítara;
cantai-Lhe salmos com a harpa de dez cordas.

As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a justiça e a rectidão:
A Terra está cheia da bondade do Senhor.

O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu por sua herança.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram
para os que esperam na sua bondade
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo de fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
N'Ele se alegra o nosso coração
e em seu nome santo confiamos.

Evangelho segundo S. Lucas 12,49-53.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e como gostaria que ele já se tivesse ateado!
Tenho de receber um baptismo e que angústias as minhas até que ele se realize!
Julgais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão.
Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois e dois contra três;
vão dividir-se: o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.»

Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul Discursos sobre ascese, 1ª série, nº 2
«Eu vim lançar fogo sobre a Terra»
Violenta-te (cf Mt 11,12), esforça-te por imitar a humildade de Jesus Cristo para que se torne cada vez mais forte o fogo que Ele acendeu em ti, esse fogo pelo qual são consumidos todos os impulsos deste mundo que destroem o homem novo e maculam as moradas do Senhor santo e poderoso porque eu afirmo com São Paulo que «nós somos o templo do Deus vivo» (2Co 6,16). Por isso, purifiquemos esse templo «como Ele é puro» (1Jo 3,3) para que Ele tenha desejo de aí morar; santifiquemo-lo porque Ele é santo (1Pe 1,16); ornamentemo-lo com todas as obras boas e dignas.
Enchamos o templo do repouso da Sua vontade como de um perfume, através da oração pura, da oração do coração que é impossível de alcançar se nos entregarmos continuamente aos impulsos deste mundo. Assim a nuvem da Sua glória cobrirá a nossa alma e a luz da Sua grandeza brilhará no nosso coração (cf 1R 8,10). Todos aqueles que permanecem na casa de Deus serão repletos de alegria e rejubilarão, mas os insolentes e os ignóbeis desaparecerão sob a chama do Espírito Santo.

Sexta-feira, dia 26 de Outubro de 2012

Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Evaristo, papa, mártir, +107
Carta aos Efésios 4,1-6.
Irmãos: Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes;
com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor,
esforçando-vos por manter a unidade do Espírito (de Deus), mediante o vínculo da paz.
Há um só Corpo e um só Espírito assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança;
um só Senhor, uma só fé, um só baptismo;
um só Deus e Pai de todos que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos.

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Ao Senhor pertence a Terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam,
pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam o Deus de Jacob.

Evangelho segundo S. Lucas 12,54-59.
Naquele tempo, dizia Jesus Cristo à multidão: «Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: 'Vem lá a chuva' e assim sucede
e quando sopra o vento sul, dizeis: 'Vai haver muito calor' e assim acontece.
Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente
«Porque não julgais por vós mesmos o que é justo?
Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão.
Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo.»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa Encíclica «Dives in Misericordia» § 15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana (rev.)
Discernir os sinais do nosso tempo
A Igreja tem o direito e o dever de apelar «com grande clamor» para o Deus da misericórdia (Heb 5,7). Este «grande clamor» há-de caracterizar a Igreja do nosso tempo [...], um clamor a suplicar a misericórdia segundo as necessidades do homem no mundo contemporâneo. [...] Deus é fiel a Si próprio, à Sua paternidade e ao Seu amor! Como os Profetas, apelamos para este amor que tem características maternais e que, à semelhança da mãe, vai acompanhando cada um dos Seus filhos, cada ovelha desgarrada – ainda que houvesse milhões de extraviados, ainda que no mundo a iniquidade (= não-equidade) prevalecesse sobre a honestidade e ainda que a humanidade contemporânea merecesse pelos seus pecados um novo dilúvio como outrora sucedeu com a geração de Noé.
Recorramos, pois a tal amor que permanece amor paterno como nos foi revelado por Jesus Cristo na Sua missão messiânica e que atingiu o ponto culminante na Sua Cruz, morte e ressurreição! Recorramos a Deus por meio de Jesus Cristo, lembrados das palavras do Magnificat de Maria que proclamam a Sua misericórdia «de geração em geração» (Lc 1,50). Imploremos a misericórdia divina para a geração contemporânea [...]: elevemos as nossas súplicas, guiados pela fé, pela esperança e pela caridade que Jesus Cristo implantou no nosso coração.
Esta atitude é, ao mesmo tempo, amor para com este Deus que o homem contemporâneo por vezes afastou tanto de si que O considera um estranho e de várias maneiras O proclama supérfluo. É amor para com este Deus, em relação ao Qual sentimos profundamente quanto o homem contemporâneo O ofende e O rejeita e por isso estamos prontos para clamar com Jesus Cristo na cruz: «Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem» (Lc 23,24). Tal atitude é também amor para com os homens, para com todos os homens sem excepção e sem qualquer discriminação: sem diferenças de raça, de cultura, de língua, de concepção do mundo e sem distinção entre amigos e inimigos.
Sábado, dia 27 de Outubro de 2012

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum

Irmãos: A cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Jesus Cristo.
Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens.
Ora este «subiu» que quer dizer senão que também desceu às regiões inferiores da Terra?
Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus a fim de encher o universo.
E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres
em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Jesus Cristo
até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Jesus Cristo.
Assim deixaremos de ser crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro;
antes, testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a cabeça, Jesus Cristo.
É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo para se construir a si próprio no amor.

Livro de Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.
Vamos com alegria para a casa do Senhor.

Que alegria quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!

Jerusalém, cidade bem construída,
harmoniosamente edificada.
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor

Segundo o costume de Israel,
para louvar o nome do Senhor.
ali estão os tribunais da justiça
os tribunais da casa de David.

Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.
Naquele tempo, apareceram alguns a contar a Jesus Cristo, dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.
Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. (porque a questão é se nos salvamos ou não, cada uma das partes de nós; não é ser mais ou menos pecador; é pecador e não se quer converter, essa é a questão)
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes também a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos (boas obras), mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»

São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo Sermão 37,1; SC 243
«Pecadores, lembrai-vos disto e meditai»
Há muitas coisas que não conseguimos realizar fisicamente por causa da fraqueza humana; mas podemos, com a inspiração de Deus, encontrar o amor no nosso coração, se o desejarmos verdadeiramente. Às vezes, há muitas coisas que não conseguimos tirar do sótão, da adega ou da despensa, mas não temos nenhuma desculpa quando se trata do coração. […]
Não nos dizem: «Ide para o Oriente e procurai o amor; navegai para Ocidente e encontrareis o amor.» Não, ordenam-nos que entremos no interior do nosso coração de onde a cólera nos faz sair com tanta frequência. Como diz o profeta: «Pecadores, lembrai-vos disto e meditai» (Isaías 46,8). Não é em países distantes que encontramos o que o Senhor nos pede; Ele envia-nos para dentro de nós mesmos, para o nosso coração porque colocou em nós o que nos pede. O amor perfeito não é senão a boa vontade da alma; foi acerca dele que os anjos proclamaram aos pastores: «Paz na Terra aos homens de boa vontade» (Lc 2,14 Vulg). […]
Portanto trabalhemos com todas as nossas forças, com a ajuda de Deus para dar o primeiro lugar na nossa alma à bondade e não ao mal, à paciência e não à cólera, à benevolência e não à inveja, à humildade e não ao orgulho. Em suma, que a delicadeza do amor tome de tal modo posse do nosso coração que não haja nele nenhum espaço para a amargura do rancor.

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