segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Cristianismo 81


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 07 de Outubro de 2012

27º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Festa da Igreja : Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Comum (semana III do saltério)
Santo do dia :
Nossa Senhora do Rosário
Livro de Génesis 2,18-24.
O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma companheira semelhante a ele.» (portanto é vontade de Deus que nem o homem nem a mulher vivam um sem o outro, mas respeita a vontade de um e do outro)
Então o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem a fim de verificar como ele os chamaria para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse.
O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo não encontrou companheira semelhante a ele.
Então o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne.
Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem.
Então o homem exclamou: «Esta é realmente osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!» (na língua inglesa, compreende-se um pouco melhor: man, woman)
Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe para se unir à sua esposa e os dois serão uma só carne. (Gostaria de reflectir um pouco sobre este assunto convosco. Que sabemos de Deus? Os Evangelhos transmitem-nos que Deus é Amor, comunhão, construção, Justo, … Então tentemos ver com os olhos de Deus esta união homem-mulher. “Não separe o homem aqueles que Deus uniu.” Deus uniu homem-mulher com a sua essência que é Amor, comunhão, construção, Justo, … Será que todos os casais unidos pelo matrimónio estão unidos por Deus? Acredito que há muitos casais que assumiram o matrimónio sem estarem unidos por Deus, mas sim por necessidade hormonal de companheiro(a), por comodidade, por partilha de despesas, … e depois há a evolução de cada um a partir da juventude, percursos diferentes; muito tempo no trabalho, pouco tempo na família, cada qual exigindo direitos e direitos dos demais, lar sendo sinónimo de problemas, discussões, … onde ficou aquele sentimento que os levou ao 'sim'? Acredito que quando Deus os uniu nada os fará separar porque a essência de Deus faz com que necessitem um do outro. Quando Deus não os uniu tudo os faz separarem-se e isso acredito que é o melhor para cada um e os filhos)
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.6.
O Senhor nos abençoe em toda a nossa vida.

Felizes os que obedecem ao Senhor
e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.

Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor.
O Senhor te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.
chegues a ver os filhos dos teus filhos. Paz a Israel!

Carta aos Hebreus 2,9-11.
Irmãos: Vemos, porém Jesus Cristo que foi feito por um pouco inferior aos anjos, coroado de glória e de honra, por causa da morte que sofreu a fim de que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em favor de todos.
Convinha, com efeito, que aquele por quem e para quem existem todas as coisas, querendo levar muitos filhos à glória, levasse à perfeição por meio dos sofrimentos, o autor da sua salvação.
De facto, tanto o que santifica como os que são santificados provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos.

Evangelho segundo S. Marcos 10,2-16.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus Cristo uns fariseus e perguntaram-lhe, para O experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da esposa.
Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?»
Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.»
Jesus Cristo retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito.
Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher
e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só.
Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.»
De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto.
Jesus Cristo disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»
Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido.
Vendo isto, Jesus Cristo indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. (perdoar, entregar a quem Deus deu o direito de julgar e decidir e esquecer porque confia porque Deus é Justo e ama os que o amam)
Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele
Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.

Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) Retiro pregado no Vaticano em 1983
«Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino não entrará nele»
É surpreendente constatar a importância que o próprio Jesus Cristo atribui à criança, para todo o homem: «Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino não entrará nele» (Mt 18,3). Portanto, para Jesus Cristo, ser criança não é uma etapa puramente transitória da vida do homem, devida ao seu destino biológico e que, por isso, deva desaparecer totalmente. Na infância, o que é próprio do homem realiza-se de tal maneira que, quem perdeu o essencial da infância está, por sua vez, perdido.
A partir daí, e posicionando-nos no ponto de vista humano, podemos imaginar que lembranças felizes guardaria Jesus Cristo dos dias da Sua infância, o quanto a infância continuava a ser, para Ele, uma experiência preciosa, uma forma particularmente pura de humanidade. Daí poderemos aprender a reverenciar a criança que, desarmada, assim apela ao nosso amor.
Mas isso coloca-nos sobretudo a seguinte questão: qual é exactamente o traço característico da infância que Jesus Cristo considera insubstituível? [...] É necessário, desde logo, recordar que o atributo essencial de Jesus Cristo, aquele que exprime a Sua dignidade, é o facto de ser «Filho». [...] A orientação da Sua vida, o motivo e o objectivo que lhe deram forma exprimem-se numa única palavra: «Abba, Pai» (Mc 14,36; Ga 4,6). Jesus Cristo sabia que nunca estava só e até ao último grito na cruz obedeceu Àquele a Quem chamava Pai, inclinando-Se inteiramente para Ele. Basta isto para nos permitir explicar que Ele, por fim, Se tenha recusado a chamar-Se rei ou senhor ou a atribuir-Se qualquer outro título de poder, mas tenha recorrido a um termo que poderíamos também traduzir por «criancinha».

Segunda-feira, dia 08 de Outubro de 2012

Segunda-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Taís, penitente, séc. IV, S. Simeão, teólogo, +1022
Carta aos Gálatas 1,6-12.
Irmãos: Estou admirado de que tão depressa vos afasteis daquele que vos chamou pela graça de Jesus Cristo, para seguirdes outro Evangelho.
Que outro não há; o que há é certa gente que vos perturba e quer perverter o Evangelho de Jesus Cristo.
Mas, até mesmo se nós ou um anjo do céu vos anunciar como Evangelho o contrário daquilo que vos anunciámos, seja anátema.
Como anteriormente dissemos, digo agora mais uma vez: se alguém vos anuncia como Evangelho o contrário daquilo que recebestes, seja anátema.
Estarei eu agora a tentar persuadir homens ou a Deus? Ou será que estou a procurar agradar aos homens? Se ainda pretendesse agradar aos homens, não seria servo de Jesus Cristo.
Com efeito, faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana;
pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo.

Livro de Salmos 111(110),1-2.7-8.9.10c.
O Senhor recorda a sua aliança para sempre.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.

Instituiu um memorial de todo o coração
o Senhor é misericordioso e compassivo
Dá sustento aos que o adoram
e jamais se esquece da sua aliança.

As obras das suas mãos são rectas e justas,
são imutáveis todos os seus preceitos.
Foram estabelecidos pelos séculos dos séculos
e baseiam-se na verdade e na rectidão.

Enviou a redenção aio seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37.
Naquele tempo, levantou-se um doutor da Lei e perguntou a Jesus Cristo para O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus Cristo: «Que está escrito na Lei? Como lês?»
O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Respondeste bem; faz isso e viverás
Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus Cristo: «E quem é o meu próximo?»
Tomando a palavra, Jesus Cristo respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando o meio-morto.
Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo.
Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.
Mas um samaritano que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.'
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?»
Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus Cristo retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo Homilia 15 sobre o “Cântico dos Cânticos”
O bom Samaritano
«Este é o meu amado; este é o meu amigo, mulheres de Jerusalém» (Ct 5,16). A Esposa do Cântico mostra aquele que procurava, dizendo: «Eis Quem eu procuro, Aquele que, para Se tornar nosso irmão, veio de Judá. Tornou-Se amigo daquele que caiu nas mãos dos salteadores; curou as suas feridas com azeite, vinho e ligaduras; içou-o para a Sua própria montada; levou-o para uma estalagem; deu duas moedas de prata para que cuidassem dele e prometeu pagar, quando regressasse, o que tivessem gastado no cumprimento das suas ordens». Cada um destes detalhes tem um significado bem evidente.
O doutor da Lei tentou o Senhor e quis mostrar a sua superioridade em relação aos outros, dizendo: «E quem é o meu próximo?» O Verbo expõe-lhe então, sob a forma de uma narrativa, toda a história sagrada da misericórdia: conta a queda do homem, a emboscada dos salteadores, o roubo da veste incorruptível, as feridas do pecado, a invasão causada pela morte em metade da nossa natureza (uma vez que a nossa alma permanece imortal), a passagem inútil da Lei (uma vez que nem o sacerdote nem o Levita trataram das feridas daquele que tinha caído nas mãos dos salteadores).
«Era, na verdade, impossível que o sangue dos touros e dos carneiros apagasse o pecado» (Heb 10,4): só o podia fazer Aquele que revestiu toda a natureza humana: a dos judeus, dos samaritanos, dos gregos, numa palavra, de toda a humanidade. Com o Seu corpo, que é a montada, Ele veio ao encontro da miséria do homem. Curou as suas feridas, fê-lo repousar na Sua própria montada, fez da Sua Misericórdia uma estalagem onde todos os que penam e se vergam sob o seu fardo encontram repouso (cf. Mt 11,28).
Terça-feira, dia 09 de Outubro de 2012

Terça-feira da 27 semana do Tempo Comum

Irmãos: Ouvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la;
e no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão zeloso eu era das tradições dos meus pais.
Mas, quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça –
revelar o seu Filho em mim para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma,
nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas (Pedro) e fiquei com ele durante quinze dias.
Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
O que vos escrevo, digo-o diante de Deus: não estou a mentir.
Seguidamente, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
Mas não era pessoalmente conhecido das igrejas de Jesus Cristo que estão na Judeia.
Apenas tinham ouvido dizer: «Aquele que nos perseguia outrora, anuncia agora, como Evangelho, a fé que então devastava.»
E por causa de mim, glorificavam a Deus.

Livro de Salmos 139(138),1-3.13-14ab.14c-15.
Conduzi-me, Senhor, pelo caminho da eternidade.

Senhor, tu conheces o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe, penetrais o meu pensamento:
observas todos os meus passos.

Formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Agradeço-te por me teres feito
tão maravilhosamente;
admiráveis são as vossas obras.

Conhecias já a minha alma
e nada do meu ser Te era oculto
quando secretamente era formado,
modelado nas profundidades da terra.

Evangelho segundo S. Lucas 10,38-42.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou numa aldeia (Betânia, perto de Jerusalém) e uma mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. (suas amigas)
Marta, porém andava atarefada com muitos serviços e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois que me venha ajudar.»
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas;
mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada.»

Odão de Cantuária (?-1200), monge beneditino Sermão para a festa da Assunção
Marta e Maria unidas
O Evangelho narra-nos a cena em que Jesus Cristo é acolhido por duas irmãs e, enquanto uma O serve, a outra entrega-se à escuta da Sua palavra. Tudo isto pode ser aplicado à bem-aventurada Virgem Maria.
Estas duas mulheres mencionadas na Escritura costumam ser encaradas como símbolo das duas vias da Igreja: Marta representa a via activa e Maria a contemplativa. Marta esforça-se a praticar obras de misericórdia; Maria repousa, observando. A activa entrega-se ao amor ao próximo; a contemplativa, ao amor a Deus. Ora Jesus Cristo é Filho de Deus e homem e foi desde logo envolvido no amor singular da bem-aventurada Virgem Maria quer enquanto servia a Sua humanidade quer enquanto estava atenta à contemplação da Sua divindade. […]
Algumas pessoas servem os membros do Corpo de Jesus Cristo; a Virgem Maria servia Jesus Cristo em carne e osso [...] e não só com atitudes exteriores, mas com a sua própria substância, tendo-Lhe oferecido a hospitalidade do seu seio. Na Sua meninice, ajudou à fragilidade da Sua condição humana, enchendo-o de carícias, dando-Lhe banho, tratando d'Ele, levando-O para o Egipto para escapar à perseguição de Herodes e trazendo-O de volta e, enfim, depois de múltiplos serviços, mantendo-se junto à cruz aquando da Sua morte e ajudando a pô-Lo no túmulo. [...] Assim foi Marta e ninguém poderá igualá-la neste serviço.
Mas também na contemplação, a parte de Maria, a Virgem é superior a todos. Na verdade, que contemplativa não devia ser aquela que trouxera no seu seio a própria Divindade, o próprio Filho de Deus unido à sua carne! Depois de nascer, prestou-Lhe atenção, falou-Lhe, desfrutou da Sua companhia, contemplou-O, a «Jesus Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Cl 2,3). [...] Assim foi a Virgem também contemplativa, Ela que, no Filho unigénito de Deus que tinha gerado no seu seio, contemplava a glória de toda a Trindade!

Quarta-feira, dia 10 de Outubro de 2012

Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando comigo também Tito.
Mas subi devido a uma revelação. E pus à apreciação deles – e, em privado, à dos mais considerados – o Evangelho que prego entre os gentios, não esteja eu a correr ou tenha corrido em vão.
Antes pelo contrário: tendo visto que me tinha sido confiada a evangelização dos incircuncisos como a Pedro a dos circuncisos –
pois aquele que operou em Pedro, para o apostolado dos circuncisos, operou também em mim, em favor dos gentios –
e tendo reconhecido a graça que me havia sido dada, Tiago, Cefas e João, que eram considerados as colunas, deram-nos a mão direita, a mim e a Barnabé, em sinal de comunhão para irmos, nós aos gentios e eles aos circuncisos.
Só nos disseram que nos devíamos lembrar dos pobres – o que procurei fazer com o maior empenho.
Mas quando Cefas veio para Antioquia, opus-me frontalmente a ele porque estava a comportar-se de modo condenável.
Com efeito, antes de terem chegado umas pessoas da parte de Tiago, ele comia juntamente com os gentios. Mas quando elas chegaram, Pedro retirava-se e separava-se com medo dos partidários da circuncisão.
E com ele também os outros judeus agiram hipocritamente, de tal modo que até Barnabé foi arrastado pela hipocrisia deles.
Mas quando vi que não procediam correctamente, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas diante de todos: «Se tu, sendo judeu, vives segundo os costumes gentios e não judaicos, como te atreves a forçar os gentios a viver como judeus?»

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Ide por todo o mundo e anunciai a boa nova.
Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o seu amor para connosco não tem limites
e a fidelidade do Senhor é eterna!

Evangelho segundo S. Lucas 11,1-4.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei:
Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende e não nos deixes cair em tentação

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago, mártir A Oração do Senhor, 9-11; PL 4, 520ss.
Seus filhos no Filho
Como são numerosas e intensas as riquezas da oração do Senhor! São coligidas em poucas palavras, mas de uma densidade espiritual inesgotável, a ponto de nada faltar neste resumo perfeito do que deve constituir a nossa oração. Está escrito: «Orai assim: Pai Nosso, que estais nos céus».
O homem novo que nasceu de novo e foi conduzido a Deus pela graça, diz primeiro: «Pai» porque se tornou Seu filho. O Verbo, a Palavra de Deus, «veio para o que era Seu e os Seus não O receberam. Mas a quantos O receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,11-12). Aquele que acreditou no Seu nome e se tornou filho de Deus deve começar por agradecer e proclamar que é realmente Filho de Deus. [...] Mas não basta, irmãos bem-amados, termos consciência de que invocamos o Pai que está nos céus; também acrescentamos: «Pai nosso», ou seja, Pai dos que crêem no Seu Filho, dos que se santificaram por Ele e nasceram de novo pela graça espiritual: esses tornaram-se realmente filhos de Deus. […]
Quão grande é a misericórdia do Senhor, quão grandes são a Sua benevolência e a Sua bondade para nos permitirem orar assim na presença de Deus a ponto de Lhe chamarmos Pai! Como Jesus Cristo é Filho de Deus assim nós também somos chamados filhos. Nenhum de nós teria ousado empregar esta palavra na oração: foi necessário que o próprio Senhor nos encorajasse a isso.

Quinta-feira, dia 11 de Outubro de 2012

Quinta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Ó gálatas insensatos! Quem vos enfeitiçou, a vós, a cujos olhos foi exposto Jesus Cristo crucificado?
Só isto quero saber de vós: foi pelas obras da Lei que recebestes o Espírito (de Deus) ou pela pregação da fé?
Sois tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, quereis agora, pela carne, chegar à perfeição?
Foi em vão que experimentastes coisas tão grandiosas? Se é que foi mesmo em vão!
Aquele que vos concede o Espírito e opera milagres entre vós, será, pois que o faz pelas obras da Lei ou pela pregação da fé?

Evangelho segundo S. Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que visitou e redimiu o seu povo.

O Senhor nos deu um Salvador poderoso
na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos;

Para nos libertar dos nossos inimigos
e das mãos de todos os que nos odeiam;
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança.

O juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de O servirmos um dia, sem temor,
em santidade e justiça, na sua presença,
todos os dias da nossa vida
livres das mãos dos nossos inimigos.

Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães,
pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer'
e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'.
Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á devido à impertinência dele e dar-lhe-á tudo quanto precisar.» (esta parábola tem a ver com pedidos de socorro a Deus, Jesus Cristo, mundo do Bem)
«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á
porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra e ao que bate, abrir-se-á.
Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa Revelações do amor divino, cap. 6
«Procurai e achareis»
Veio-me ao espírito como rezamos habitualmente que, por ignorância e falta de experiência do amor, recorremos a múltiplos pedidos. Compreendi, em verdade, que Deus é mais glorificado e tem maior satisfação quando oramos por simples confiança na Sua bondade. [...] Todos os meios que usamos para rezar são demasiado parcos; nunca glorificamos plenamente a Deus porque tudo está incluído na Sua bondade, à qual não falta absolutamente nada. […]
A oração mais sublime consiste no conhecimento da bondade de Deus que Se inclina sobre as nossas necessidades mais básicas. Ela é a faísca da nossa alma que a vivifica e a faz crescer em graça e virtude. É o atributo divino que está mais próximo da nossa pobre natureza, o mais ardente em graça. É esta mesma graça que a nossa alma procura e procurará sempre até reconhecermos que o nosso Deus nos tem a todos verdadeiramente cingidos a Ele. […]
Ele, o Altíssimo, ama tão preciosamente a nossa alma que esse amor excede o conhecimento de qualquer criatura; nenhuma criatura pode saber com que intensidade, doçura e ternura nos ama o nosso Criador, mas podemos, com a Sua graça e a Sua ajuda, contemplar espiritualmente, em assombro contínuo, este amor grandioso, excessivo, sem medida que Nosso Senhor tem por nós na Sua bondade e é por isso que podemos pedir com humilde confiança o que quisermos porque a nossa vontade natural é possuir a Deus e o desejo de Deus é possuir-nos. Nunca deixaremos de O querer e de O desejar deste modo até possuirmos a Deus na plenitude da alegria.
Sexta-feira, dia 12 de Outubro de 2012

Sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja :
Nossa Senhora Aparecida (solenidade no Brasil)
Santo do dia :
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui
Homilia atribuída a São Macário :
«A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)
Carta aos Gálatas 3,7-14.
Irmãos: Ficai, por isso, a saber: os que dependem da fé é que são filhos de Abraão.
E como a Escritura previu que é pela fé que Deus justifica os gentios, anunciou previamente como evangelho a Abraão: Serão abençoados em ti todos os povos.
Assim os que dependem da fé são abençoados com o crente Abraão.
É que todos os que estão dependentes das obras da Lei estão sob maldição, pois está escrito: Maldito seja todo aquele que não persevera em tudo o que está escrito no livro da Lei, em ordem a cumpri-lo.
E que, pela Lei, ninguém é justificado diante de Deus, é coisa evidente, pois aquele que é justo pela fé é que viverá.
E a Lei não está dependente da fé; pelo contrário: Quem cumprir as suas prescrições viverá por elas.
Jesus Cristo resgatou-nos da maldição da Lei ao fazer-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito seja todo aquele que é suspenso no madeiro.
Isto para que a bênção de Abraão chegasse até aos gentios, em Cristo Jesus para recebermos a promessa do Espírito por meio da fé.

Livro de Salmos 111(110),1-2.3-4.5-6.
O Senhor recorda a sua aliança para sempre.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.

As suas obras têm majestade e esplendor;
a sua justiça permanece para sempre.
Deixou-nos um memorial das suas maravilhas:
O Senhor é bondoso e compassivo;

Deu sustento àqueles que O adoram
e jamais se esquecerá da sua aliança.
Fez ver ao seu povo a força das suas obras
para lhe dar a herança das nações.

Evangelho segundo S. Lucas 11,15-26.
Naquele tempo, Jesus Cristo expulsou um demónio, mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus Cristo, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim e quem não junta comigo, dispersa.»
«Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso e, não o encontrando, diz: 'Vou voltar para minha casa de onde saí.'
Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada.
Vai então e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»

Homilia atribuída a São Macário (?-405), monge do Egipto Homilia 33
«A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)
O Senhor instala-Se numa alma fervorosa, faz dela o Seu trono de glória, toma assento nela e nela permanece. [...] Esta casa onde habita o seu mestre é toda graça, ordem e beleza assim como a alma com quem o Senhor permanece é toda ordem e beleza. Ela possui o Senhor e todos os Seus tesouros espirituais. Ele habita nela e nela domina.
Que terrível, porém é a casa (corpo humano material) de onde o Senhor está ausente, longe da qual o Senhor Se encontra! Esta casa deteriora-se, arruína-se, enche-se de manchas e de desordem (fica doente), tornando-se, na palavra do profeta, lugar de reunião de serpentes e de sátiros, casa abandonada que se enche de gatos selvagens, de hienas e de cardos (Is 35, 11-15). Infeliz da alma que não consegue levantar-se de queda tão funesta, que se deixa prender e acaba por odiar o esposo e por desviar os seus pensamentos de Jesus Cristo!
Mas quando o Senhor a vê recolher-se e procurar, noite e dia, o seu Senhor, chamá-Lo como Ele a convida a fazer: «Orai sem desfalecer», então «Deus far-lhe-á justiça» (Lc 18, 1-7) como prometeu e purificá-la-á de todo o mal, fazendo dela uma esposa «sem mancha nem ruga» (Ef 5, 27). Acredita na Sua promessa que é a verdade. Verifica se a tua alma encontrou a luz (aura) que lhe iluminará os passos bem como o alimento e a bebida verdadeiros que são o Senhor. Ainda os não tens? Procura noite e dia e encontrá-los-ás.

Sábado, dia 13 de Outubro de 2012

Sábado da 27ª semana do Tempo Comum

Irmãos: A Escritura declara que tudo está sujeito ao domínio do pecado. Deste modo, é pela fé em Jesus Cristo que a promessa da justificação é concedida aos que acreditam.
Antes, porém de chegar a fé, estávamos prisioneiros da Lei, estávamos fechados até à fé que havia de revelar-se.
Deste modo, a Lei tornou-se nosso pedagogo até Jesus Cristo para que fôssemos justificados pela fé.
Uma vez, porém chegado o tempo da fé, já não estamos sob o domínio do pedagogo.
É que todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé;
pois todos os que fostes baptizados em Jesus Cristo, revestistes-vos de Jesus Cristo mediante a fé.
Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher porque todos sois um só em Cristo Jesus.
E se sois de Jesus Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

Livro de Salmos 105(104),2-3.4-5.6-7.
O Senhor recorda a sua aliança para sempre.

Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.

Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua presença.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os seus oráculos.

Vós, descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu escolhido.
O Senhor, é o nosso Deus,
e governa sobre a Terra.

Evangelho segundo S. Lucas 11,27-28.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo falava à multidão, uma mulher, levantando a voz no meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!»
Ele, porém retorquiu: «Felizes antes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa A oração da Igreja
«Felizes os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática»
Foi no silêncio eterno da vida interior de Deus que a decisão da redenção foi tomada. E foi na obscuridade de uma casa silenciosa de Nazaré que a força do Espírito Santo desceu sobre a Virgem que estava sozinha e em oração e se realizou a incarnação de Jesus Cristo. Em seguida, reunida em oração silenciosa em torno da Virgem (Act 1,14), a Igreja nascente esperava a nova efusão do Espírito (de Deus) que fora prometido para lhe dar a vida, a clareza interior, a fecundidade e a eficácia. […]
É neste diálogo silencioso entre os seres abençoados por Deus e o seu Senhor que se preparam os acontecimentos da história da Igreja, que são visíveis de longe e que renovam a face da Terra (Sl 103,30). A Virgem, que guardava em seu coração cada palavra dita pelo Senhor (Lc 2,19; 1,45), prefigura os seres atentos em quem a oração sacerdotal de Jesus Cristo renasce constantemente para a vida.

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