"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
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Domingo,
dia 27 de Maio de 2018
SANTÍSSIMA TRINIDADE -
solenidade
Moisés falou ao povo, dizendo: «Interroga os tempos antigos que
te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a Terra. De um
extremo ao outro dos céus, sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa? Ouviu-se
porventura palavra semelhante?
Que povo escutou como tu a voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a
viver?
Qual foi o deus que formou para si uma nação no meio de outra nação, por meio
de provas, sinais, prodígios e combates com mão forte e braço estendido,
juntamente com tremendas maravilhas, como fez por vós o Senhor vosso Deus no
Egipto, diante dos vossos olhos?
Considera hoje e medita em teu coração que o Senhor é o único Deus, no alto
dos céus e cá em baixo na Terra e não há outro.
Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos que hoje te prescrevo, para seres feliz, tu e os teus filhos
depois de ti e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar
para sempre».
Livro de Salmos 33(32),4-5.6.9.18-19.20.22.
A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor criou os céus,
o sopro da sua boca os adornou.
Ele disse e tudo foi feito,
Ele mandou e tudo foi criado.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor!
Carta aos Romanos 8,14-17.
Irmãos: Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus.
Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o
Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abbá, Pai».
O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que
somos filhos de Deus.
Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Jesus
Cristo; se sofrermos com Ele também com Ele seremos glorificados.
Evangelho segundo São Mateus 28,16-20.
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em
direcção ao monte que Jesus Cristo lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus Cristo aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na
Terra.
Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao
fim dos tempos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Venerável Pio XII (1876-1958), Papa
Alocução aos padres de Roma e aos pregadores de Quaresma, 17 de fevereiro de
1942
«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos»
Jesus Cristo,
nosso advogado (1Jo 2,1), está sentado à direita do Pai. Deixou de ser
visível, na sua natureza humana, entre nós. Mas dignou-Se permanecer connosco
até à consumação dos séculos, invisível sob as aparências do pão e do vinho,
no sacramento do seu Amor. É o grande mistério de um Deus presente e
escondido, deste Deus que virá um dia julgar os vivos e os mortos.
É para este grande dia de Deus que avança a humanidade no seu todo, dos
séculos passados, do presente e do futuro. É para este dia que avança a
Igreja, mestra de fé e de moral para todas as nações, baptizando em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. E nós, assim como cremos no Pai, Criador
do Céu e da Terra, no Filho, redentor do género humano, também cremos no
Espírito Santo.
Ele é o Espírito que procede do Pai e do Filho, como seu amor consubstancial,
prometido e enviado por Jesus Cristo aos apóstolos no dia de Pentecostes,
virtude do alto que os enche. Ele é o Paráclito e o Consolador que permanece
com eles para sempre, Espírito invisível, desconhecido do mundo, que lhes
ensina e lhes recorda tudo o que Jesus Cristo lhes disse.
Mostrai ao povo cristão o poder divino e infinito deste Espírito criador, dom
do Altíssimo, distribuidor de todos os carismas espirituais, consolador cheio
de bondade, luz dos corações que, nas nossas almas, lava o que está sujo,
rega o que é árido, cura o que está ferido.
D'Ele, amor eterno, desce o fogo da caridade que Jesus Cristo quer ver
acendida neste mundo; esta caridade que torna a Igreja una, santa, católica,
que a anima e a torna invencível no meio dos assaltos da sinagoga de Satanás;
esta caridade que une na comunhão dos santos; esta caridade que renova a
amizade com Deus e redime o pecado.
Segunda-feira,
dia 28 de Maio de 2018
Segunda-feira da 8.ª
semana do Tempo Comum
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo que, na sua
grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de
entre os mortos para uma esperança viva,
para uma herança que não se corrompe nem se mancha nem desaparece. Esta
herança está reservada nos Céus para vós,
que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que
se vai revelar nos últimos tempos.
Isto vos enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo,
passar por diversas provações
para que a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível que se prova
pelo fogo – seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo Se
manifestar.
Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele. E isto
é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa
porque conseguis o fim da vossa fé: a vossa salvação.
Livro de Salmos 111(110),1-2.5-6.9.10c.
Louvarei o Senhor de todo o coração
no conselho dos justos e na assembleia.
São grandes as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.
Deu sustento àqueles que O adoram
e jamais se esquecerá da sua aliança.
Fez ver ao seu povo a força das suas obras,
para lhe dar a herança das nações.
Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna;
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.
Evangelho segundo São Marcos 10,17-27.
Naquele tempo, ia Jesus Cristo pôr-Se a caminho, quando um
homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom
Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?».
Jesus Cristo respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus.
Tu sabes os mandamentos: "Não mates; não cometas adultério; não
roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e
mãe"».
O homem disse a Jesus Cristo: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a
juventude».
Jesus Cristo olhou para ele com simpatia e respondeu: (Queres ser perfeito)
«falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e
terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso porque
era muito rico.
Então Jesus Cristo, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será
difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!».
Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus Cristo afirmou-lhes
de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico
entrar no reino de Deus».
Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então
salvar-se?».
Fitando neles os olhos, Jesus Cristo respondeu: «Aos homens é impossível,
mas não a Deus porque a Deus tudo é
possível».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria
(150-c. 215), teólogo
Homilia «Os ricos podem salvar-se?»
«Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?»
Ignorar a
Deus é morrer; pois a vida reside apenas em conhecê-Lo, viver n'Ele,
amá-l'O e procurar assemelhar-se a Ele. Se quereis a vida eterna, [...]
procurai antes de mais conhecê-l'O, ainda que «ninguém conhece o Filho,
senão o Pai e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho
quiser revelá-l'O» (Mt 11,27). Em Deus, conhecei a grandeza do Redentor e a
sua graça inestimável; pois, diz o apóstolo João, «a lei foi dada por Moisés,
a graça e a verdade vieram por Jesus
Cristo» (1,17). [...] Se a Lei de Moisés pudesse dar-nos a vida eterna,
porque teria o nosso Salvador vindo ao mundo e sofrido por nós, desde o
nascimento até à morte, percorrendo toda uma vida humana? Porque se teria
este jovem, que tão bem cumpria desde a juventude os mandamentos da Lei,
lançado aos pés de Jesus Cristo para Lhe pedir a imortalidade?
Este jovem observava a Lei na sua totalidade e a ela se ligara desde a
juventude. [...] Mas percebe bem que, se nada falta à sua virtude, lhe
falta contudo a vida. É por isso que vem pedi-la Àquele que pode dar-lha;
está seguro de estar em regra com a Lei, mas nem por isso deixa de implorar
ao Filho de Deus. [...] As
amarras da Lei não o defendem adequadamente das oscilações do navio, pelo
que ele deseja abandonar esta navegação perigosa e lançar âncora no porto
do Salvador.
Jesus Cristo não lhe censura a falta de cumprimento da Lei, mas olha-o com
afecto, emocionado com a sua aplicação de bom aluno. Contudo, diz-lhe que é
ainda imperfeito [...]: é bom trabalhador da Lei, mas preguiçoso para a
vida eterna. A Lei santa é como um pedagogo que orienta para os mandamentos
perfeitos de Jesus Cristo (Gal 3,24) e para a sua graça. Jesus Cristo é «o
cumprimento da lei, para justificar todo aquele que crê n'Ele» (Rom 10,4).
Terça-feira,
dia 29 de Maio de 2018
Terça-feira da 8.ª
semana do Tempo Comum
Caríssimos: A salvação das almas foi objecto das
investigações e meditações dos Profetas que predisseram a graça a vós
destinada.
Procuravam descobrir a que tempo e circunstâncias se referia o Espírito
de Jesus Cristo que estava neles, quando predizia os sofrimentos de Jesus
Cristo e as glórias que se lhes haviam de seguir.
Foi-lhes revelado que não era para eles, mas para vós que no seu
ministério transmitiam essa mensagem. É essa mensagem que agora vos
anunciam aqueles que, movidos pelo Espírito Santo enviado do Céu, vos
pregam o Evangelho, o qual os próprios Anjos desejam contemplar.
Por isso, tende o vosso espírito alerta e sede vigilantes; ponde toda a
vossa esperança na graça que vos será concedida, quando Jesus Cristo Se
manifestar.
Como filhos obedientes, não vos conformeis com os desejos de outrora,
quando vivíeis na ignorância.
Mas, à semelhança do Deus santo que vos chamou, sede santos, vós também,
em todas as vossas acções,
como está escrito: «Sede santos porque Eu sou santo».
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3c-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo São Marcos 10,28-31.
Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus Cristo: «Vê como
nós deixámos tudo para Te seguir».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver
deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras por minha causa e
por causa do Evangelho,
receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães,
filhos e terras, juntamente com perseguições e, no mundo futuro, a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos (a entrar no universo de Deus) e
muitos dos últimos serão os primeiros (a entrar no universo de Deus) ».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá
(1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não Há Amor Maior»
Deixar tudo para O seguir
As
riquezas, quer sejam materiais ou espirituais, podem asfixiar-nos se não
fizermos delas uma utilização adequada. Porque nem o próprio Deus
consegue colocar coisa alguma num coração que já está cheio. Mais cedo ou
mais tarde, inevitavelmente reaparece o apetite pelo dinheiro e a avidez
por tudo o que o dinheiro pode proporcionar – a procura do supérfluo, do
luxo na comida, no vestuário e no entretenimento. As necessidades começam
a aumentar, uma coisa atrai a outra. Mas no fim, fica-se com um
sentimento incontrolável de insatisfação.
Permaneçamos tão vazios quanto possível para que Deus possa
preencher-nos.
Nosso Senhor é um exemplo vivo disto: logo no primeiro dia da sua
existência humana, conheceu uma pobreza que nenhum ser humano alguma vez
conhecerá porque, «sendo rico, tornou-Se pobre» (2Cor 8,9). Jesus Cristo
esvaziou-Se de toda a sua riqueza. É aqui que surge a contradição: se eu
quiser ser pobre como Jesus Cristo, que Se tornou pobre embora fosse
rico, que devo fazer? Seria uma vergonha para nós sermos mais ricos do
que Jesus Cristo que, por nossa causa, suportou a pobreza.
Na cruz, Jesus Cristo foi privado de tudo. A própria cruz fora-Lhe dada por
Pilatos; os pregos e a coroa, pelos soldados. Estava nu. Quando morreu,
despojaram-n'O da cruz, retiraram-Lhe os pregos e a coroa. Foi envolto
num pedaço de tecido dado por uma alma caridosa e foi enterrado num
túmulo que não Lhe pertencia. E isto quando poderia ter morrido como um
rei ou mesmo poupar-Se à morte. Mas Ele escolheu a pobreza porque sabia
que ela é o verdadeiro meio de possuir Deus e de trazer o seu amor à
Terra.
Quarta-feira,
dia 30 de Maio de 2018
Quarta-feira da
8.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Joana d'Arc, virgem, mártir, (+ Rouen, França, 1431), Beata
Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902
1.ª Carta de São Pedro 1,18-25.
Caríssimos:
Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e ouro, que
fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais,
mas pelo sangue precioso de Jesus Cristo, Cordeiro sem defeito e sem
mancha,
predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos
por vossa causa.
Por Ele acreditais em Deus que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a
glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.
Obedecendo à verdade, purificastes as vossas almas para vos amardes
sinceramente como irmãos. Amai-vos intensamente uns aos outros de todo
o coração
porque vós renascestes, não de uma semente corruptível, mas
incorruptível, que é a palavra
de Deus, viva e eterna.
Na verdade, «todo o ser mortal é como a erva e todo o seu esplendor
como a flor da erva. A erva seca e a flor cai;
mas a palavra do Senhor permanece eternamente». Esta é a Palavra que
vos foi anunciada.
Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica,
Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.
Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua Palavra,
corre veloz a sua mensagem.
Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.
Evangelho segundo São Marcos 10,32-45.
Naquele tempo,
Jesus Cristo e os discípulos subiam a caminho de Jerusalém. Jesus
Cristo ia à sua frente. Os discípulos estavam preocupados e aqueles que
os acompanhavam iam com medo. Jesus Cristo tomou então novamente os
Doze consigo e começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer:
«Vede que subimos para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e
aos escribas. Vão condená-l’O à morte e entregá-l’O aos gentios;
hão-de escarnecê-l’O, cuspir-Lhe, açoitá-l’O e dar-Lhe a morte. Mas ao
terceiro dia ressuscitará».
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus Cristo e
disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos
pedir».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?».
Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à
tua direita e outro à tua esquerda».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice
que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?».
Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus Cristo disse-lhes:
«Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo
com que Eu vou ser baptizado.
Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim
concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado».
Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e
João.
Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são
considerados como chefes das
nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o
seu poder.
Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande será vosso servidor,
e quem quiser entre vós ser o primeiro
será servidor de todos
porque o Filho do homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de
todos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787),
bispo, doutor da Igreja
6.º Discurso para a novena de Natal
O Filho do Homem veio para dar a sua vida
O Senhor
eterno dignou-Se apresentar-Se a nós primeiro como um menino pequeno
num estábulo, depois como simples operário numa carpintaria. Mais tarde,
como um criminoso que expirou num patíbulo e, por fim, como pão num
altar. São numerosos aspectos, aspectos intencionais de Jesus Cristo,
aspectos que tiveram um único efeito: o de mostrar o amor que Ele nos
tem.
Ah, Senhor, poderás inventar mais alguma coisa para fazer com que Te
amemos? O profeta Isaías clamava: «Anunciai as suas obras entre os
povos; proclamai que o seu nome é excelso» (Is 12,4). Almas resgatadas,
dai a conhecer em todo o lado as obras de amor desse Deus cheio de
amor. Ele concebeu-as e realizou-as para ser amado por todos os homens.
Ele que, depois de os ter cumulado de benfeitorias, Se deu a Si próprio
e de tantos modos!
Doente ou ferido, queres curar-te? Jesus é o médico: Ele cura-te com o
seu sangue. Ardes em febre? Ele é a fonte refrescante. Estás
atormentado pelas paixões e tribulações do mundo? Ele é a fonte das
consolações espirituais e do verdadeiro alento. Tens medo da morte? Ele
é a vida. Aspiras ao Céu?
Ele é o caminho (cf Jo 14,6)
[...]. Jesus Cristo não Se
deu apenas a todos os homens, em geral; quer dar-Se a cada um, em
particular. É por isso que São Paulo diz: «Amou-me e a Si mesmo Se
entregou por mim» (Gal 2,20). E São João Crisóstomo afirma: «Deus ama
cada um de nós tanto como ama toda a humanidade». O que significa, meu
querido irmão, que, mesmo que não houvesse mais ninguém no mundo, o
divino Redentor teria incarnado e dado o seu sangue e a sua vida só por
ti.
Quinta-feira, dia 31 de Maio de 2018
Santissimo
Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
Naqueles dias,
Moisés veio comunicar ao povo todas as palavras do Senhor e todas as
suas leis. O povo inteiro respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que
o Senhor ordenou».
Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte,
levantou-se muito cedo, construiu um altar no sopé do monte e ergueu
doze pedras pelas doze tribos de Israel.
Depois mandou que alguns jovens israelitas oferecessem holocaustos e
imolassem novilhos, como sacrifícios pacíficos ao Senhor.
Moisés recolheu metade do sangue, deitou-o em vasilhas e derramou a
outra metade sobre o altar.
Depois, tomou o Livro da Aliança e leu-o em voz alta ao povo que
respondeu: «Faremos quanto o Senhor disse e em tudo obedeceremos».
Então Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Este
é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco, mediante todas
estas palavras».
Livro de Salmos 116(115),12-13.15.16bc.17-18.
Como agradecerei
ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo.
Carta aos Hebreus 9,11-15.
Irmãos: Jesus Cristo
veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Atravessou o tabernáculo
maior e mais perfeito que não foi feito por mãos humanas nem pertence
a este mundo
e entrou de uma vez para sempre no Santuário. Não derramou sangue de
cabritos e novilhos, mas o seu próprio Sangue e alcançou-nos uma redenção eterna.
Na verdade, se o sangue de cabritos e de toiros e a cinza de vitela,
aspergidos sobre os que estão impuros, os santificam em ordem à
pureza legal,
quanto mais o sangue de Jesus Cristo, que pelo Espírito eterno Se
ofereceu a Deus como vítima sem mancha, purificará a nossa
consciência das obras mortas para servirmos ao Deus vivo!
Por isso, Ele é mediador de uma nova aliança para que, intervindo a
sua morte para remissão das transgressões cometidas durante a
primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna
prometida.
Evangelho segundo São Marcos 14,12-16.22-26.
No primeiro dia
dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos
perguntaram a Jesus Cristo: «Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?».
Jesus Cristo enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá
ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o
e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: «O Mestre pergunta: Onde
está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?».
Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e
pronta. Preparai-nos lá o que é preciso».
Os discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus Cristo
lhes tinha dito e prepararam a Páscoa.
Enquanto comiam, Jesus Cristo tomou o pão, recitou a bênção e
partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo».
Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam
dele.
Disse Jesus Cristo: «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,
derramado pela multidão dos homens.
Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira até ao
dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus».
Cantaram os salmos e saíram para o Monte das Oliveiras.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Esprit du Curé d'Ars dans ses Catéchismes, ses Sermons, ses
Conversations»
Deus dá-Se a Si mesmo em alimento
Para
termos uma ideia da nossa dignidade,
temos de nos recordar muitas vezes do céu, do calvário e do inferno.
Se compreendêssemos o que significa ser filho de Deus, não seríamos capazes de fazer mal, seríamos como
anjos neste mundo. Ser filho de Deus, que dignidade!
Quando os anjos se revoltaram contra Deus, este Deus tão bom, vendo
que eles não poderiam usufruir da felicidade para a qual os tinha
criado, fez o Homem e fez este mundo para lhe alimentar o corpo. Mas
também tinha de lhe alimentar a alma e, como as coisas criadas não
podem alimentar a alma, e o espírito, o Filho quis dar-Se a Si mesmo
como alimento.
O que é triste é que nós não recorremos a este alimento divino para
atravessar o deserto desta vida. Como uma pessoa que morre de fome ao
lado de uma mesa bem servida, há quem passe cinquenta, sessenta anos
sem alimentar a alma.
Quem dera que os cristãos fossem capazes de compreender esta
linguagem de Nosso Senhor que lhes diz: «Apesar da tua miséria, quero
ter perto de Mim esta alma que criei para Mim. Fi-la tão grande que só Eu posso
enchê-la. Fi-la tão pura
que só o meu corpo pode alimentá-la.»
Sexta-feira, dia 01 de Junho de 2018
Sexta-feira da
8.ª semana do Tempo Comum
Caríssimos: O fim de todas as coisas está próximo. Sede
prudentes e sóbrios, para vos dedicardes à oração.
Sobretudo, conservai uma caridade
intensa uns para com os outros porque a caridade cobre a multidão
dos pecados.
Praticai entre vós a hospitalidade, sem murmuração.
Cada um de vós ponha ao serviço dos outros os dons que recebeu,
como bons administradores da graça de Deus, tão variada nas suas
formas.
Se alguém fala, diga palavras de Deus; se alguém exerce um
ministério, faça-o como um mandato recebido de Deus, para que em
tudo Deus seja glorificado, por Jesus Cristo, a quem é devida a glória e o poder pelos
séculos dos séculos. Ámen.
Caríssimos, não vos perturbeis com a labareda que se acendeu no
meio de vós para vos provar como se estivesse a acontecer-vos
alguma coisa estranha.
Alegrai-vos na medida em que participais nos sofrimentos de Jesus Cristo
a fim de que possais também alegrar-vos e exultar no dia em que se
manifestar a sua glória.
Livro de Salmos 96(95),10.11-12.13.
Proclamai entre
os povos:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
Evangelho segundo São Marcos 11,11-26.
Naquele tempo,
Jesus Cristo, depois de ser aclamado pela multidão, entrou em
Jerusalém e foi ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era
tarde, saiu para Betânia com os Doze.
No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus Cristo sentiu fome.
Viu então de longe uma figueira com folhas e foi ver se encontraria
nela algum fruto. Mas, ao chegar junto dela, nada encontrou senão
folhas, pois não era tempo de figos.
Então, dirigindo-Se à figueira, disse: «Nunca mais alguém coma do
teu fruto». E os discípulos escutavam.
Chegaram a Jerusalém. Quando Jesus Cristo entrou no templo, começou
a expulsar os que ali vendiam e compravam: derrubou as mesas dos
cambistas e os bancos dos vendedores de pombas
e não deixava ninguém levar nada através do templo.
E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: "A minha casa será
chamada casa de oração para todos os povos"? E vós fizestes
dela um covil de ladrões».
Os príncipes dos sacerdotes e os escribas souberam disto e
procuravam maneira de o fazer morrer. Mas temiam Jesus Cristo
porque toda a multidão andava entusiasmada com a sua doutrina.
Ao cair da noite, Jesus Cristo e os discípulos saíram da cidade.
Na manhã seguinte, ao passarem perto da figueira, os discípulos
viram-na seca até às raízes.
Pedro recordou-se do que tinha acontecido na véspera e disse a
Jesus Cristo: «Olha, Mestre. A figueira que amaldiçoaste secou».
Jesus Cristo respondeu: «Tende fé em Deus.
Em verdade vos digo: Se alguém disser a este monte: "Tira-te
daí e lança-te no mar" e não hesitar em seu coração, mas
acreditar que se vai cumprir o que diz, assim acontecerá.
Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes e assim
sucederá.
E quando estiverdes a orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém,
perdoai para que o vosso
Pai que está nos Céus vos perdoe também as vossas faltas
porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não
perdoará as vossas ofensas».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420),
presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de São Marcos, n.º 8;
SC 494
«Não era tempo de figos».
«Não
era tempo de figos». Na sua Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo
interpreta esta passagem da seguinte maneira: «Eu não quero,
irmãos, que ignoreis este mistério, para que vos não julgueis
sábios: deu-se o endurecimento de uma parte de Israel até que a
totalidade dos gentios tenha entrado. E é assim que todo o Israel
será salvo» (Rom 11,25-26). Se o Senhor tivesse encontrado frutos
nesta figueira, não teriam entrado todas as nações. Mas, dado que
entraram todas as nações, todo o Israel será finalmente salvo.
[...] Além disso, encontramos esta passagem no Apocalipse de São João:
«Da tribo de Judá, doze mil; da tribo de Rúben, doze mil
acreditarão» e o mesmo acontece com outras tribos (Ap 7,5-8). No
total, foram cento e quarenta e quatro mil os que acreditaram.
[...]
Se Israel tivesse acreditado, Nosso Senhor não teria sido
crucificado e se o Senhor não tivesse sido crucificado, a multidão
dos pagãos não teria sido salva. Assim os judeus tornar-se-ão
crentes, mas só acreditarão no fim do mundo. Para eles, não era
tempo de acreditarem na cruz. [...] A sua incredulidade é a nossa fé; a sua queda permitiu a
nossa ascensão. Ainda
não era tempo para eles, para que fosse o nosso.
Sábado, dia 02 de Junho de 2018
Sábado da
8.a semana do Tempo Comum
Caríssimos:
Recordai o que vos foi predito pelos Apóstolos de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Construí o vosso edifício espiritual sobre o fundamento da vossa fé santíssima. Orai em união com o
Espírito Santo
e conservai-vos no amor
de Deus, esperando na misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo
para a vida eterna.
Procurai convencer os que hesitam
e salvai-os, arrancando-os do fogo; dos outros, compadecei-vos,
mas com prudência, detestando até a túnica contaminada pela sua
carne.
Àquele que vos pode preservar da queda e apresentar-vos diante da
sua glória, na alegria de uma consciência sem mancha,
ao único Deus, nosso Salvador, por Nosso Senhor Jesus Cristo, a
glória e a majestade, a força e o poder, antes de todos os
séculos, agora e para sempre. Ámen
Livro de Salmos 63(62),2.3-4.5-6.
Senhor, sois
o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.
Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.
Evangelho segundo São Marcos 11,27-33.
Naquele
tempo, Jesus Cristo e os discípulos foram de novo a Jerusalém.
Quando Ele andava no templo, aproximaram-se os príncipes dos
sacerdotes, os escribas e os anciãos que Lhe perguntaram:
«Com que autoridade fazes isto? Quem Te deu autoridade para o
fazeres?»
Jesus Cristo respondeu: «Vou fazer-vos só uma pergunta.
Respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço isto.
O baptismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-Me».
Eles começaram a discorrer, dizendo entre si: «Se dissermos:
"É do Céu", Ele dirá: "Então porque não acreditastes
nele?"
Vamos dizer-Lhe que é dos homens?». Mas eles temiam a multidão,
pois todos pensavam que João era realmente um profeta.
Então responderam: «Não sabemos». Disse-lhes Jesus Cristo:
«Também Eu não vos digo com que autoridade faço isto».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo
(c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025; PL 52, 636
«João Baptista veio até vós [...]
e não acreditastes nele» (Mt 21,32)
«João
Baptista proclamava: "Arrependei-vos porque está próximo o
reino dos céus"» (Mt 3,1). [...] Bem-aventurado João que
quis que a conversão precedesse o julgamento, que os pecadores
não fossem julgados, mas recompensados, que os ímpios entrassem
no Reino e não na punição. [...] Quando foi que João proclamou
esta iminência do reino dos Céus? Quando o mundo estava ainda na
sua infância [...]; mas para nós, que hoje proclamamos essa
iminência, o mundo está extremamente velho e cansado. Perdeu as
forças, perde as faculdades; os sofrimentos acabrunham-no [...];
clama o seu enfraquecimento, ostenta todos os sintomas do fim.
[...]
Vamos a reboque de um mundo que se evade; esquecemos os tempos
que aí vêm. Estamos ávidos de actualidade, mas não temos em
consideração o julgamento que se aproxima. Não acorremos ao
encontro do Senhor que chega. [...]
Convertamo-nos irmãos, convertamo-nos
depressa. [...] O Senhor, pelo facto de tardar, de ainda esperar,
revela o seu desejo de nos ver voltar para Ele, o desejo de que
não pereçamos. Na sua grande bondade, continua a dirigir-nos
estas palavras: «Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na
sua conversão, de
maneira que ele tenha a vida»
(Ez 33,11). Convertamo-nos, irmãos; não tenhamos medo de o tempo
estar a acabar. O tempo do Autor do tempo não pode ser encurtado.
A prova disso é aquele malfeitor do Evangelho que, na cruz e na
hora da sua morte, escamoteou o perdão, se apoderou da vida e,
ladrão do paraíso com arrombamento, conseguiu entrar no Reino (Lc
23,43). ©
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