sábado, 17 de novembro de 2012

Cristianismo 86


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Saúda-vos com amizade a equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.
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Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org


Domingo, dia 11 de Novembro de 2012

32º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Festa da Igreja :
XXXII Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)
Santo do dia :
S. Martinho (de Tours), bispo, +397
Livro de 1º Reis 17,10-16.
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à entrada da cidade, encontrou uma viúva que andava a apanhar lenha; chamou-a e disse-lhe: «Vai-me arranjar, te peço, um pouco de água numa vasilha para eu beber.»
Ela foi buscar a água e Elias chamou-a e disse-lhe: «Traz-me também um pedaço de pão nas tuas mãos.»
Então ela respondeu: «Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão cozido; tenho apenas um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na ânfora; mal tenha reunido um pouco de lenha entrarei em casa para preparar esse resto para mim e para meu filho; vamos comê-lo e depois morreremos.»
Elias disse-lhe: «Não tenhas medo; vai a casa e faz como disseste. Disso que tens, faz-me um pãozinho e traz-mo; depois é que prepararás o resto para ti e para o teu filho
porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A panela da farinha não se esgotará nem faltará o azeite na almotolia até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da Terra’.
Ela foi e fez como lhe dissera Elias: comeu ele, ela e a sua família durante alguns dias.
Nem a farinha se acabou na panela nem o azeite faltou na almotolia conforme dissera o Senhor pela boca de Elias.

Livro de Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.
Ó minha alma, louva o Senhor.

Ele salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome;
o Senhor liberta os prisioneiros.

O Senhor dá vista aos cegos,
o Senhor levanta os abatidos;
o Senhor ama o homem justo.

O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião,
reinará por todas as gerações!

Carta aos Hebreus 9,24-28.
Na realidade, Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento
assim também Jesus Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.

Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado com os doutores da Lei que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» (Acredito que Jesus Cristo, ao chamar a atenção dos discípulos para este facto, lhes quis mostrar a relatividade das coisas, já que eles andavam tão preocupados com os primeiros lugares junto de Si e o poder e riqueza que isso lhes poderia trazer. Já agora passo a contar-vos um diálogo que conheci: quanto devo dar a esta instituição? Tudo o que recebi? /Tu não dás nada. Quem dá sou Eu. Se vais dar o que te dei, já não te dou mais. Afinal não precisas! Eu é que te dou o que precisas e mais para entregares a quem precise. Tu entregas, mas quem dá sou Eu.)

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Manuscrito autobiográfico B, 1
«Ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía»
«Quero fazer-te ler no livro da vida onde está contida a ciência do Amor». Oh, sim, a ciência do amor! Esta palavra soa-me docemente ao ouvido da alma e eu não desejo outra coisa; por essa sabedoria, e mesmo tendo dado todas as minhas riquezas, parece-me, como a esposa [do Cântico] dos Cânticos, nada ter dado (Ct 8,7) afinal. Compreendo tão bem que só o amor nos pode tornar agradáveis ao Bom Deus, que este amor é o único bem que ambiciono.
Jesus Cristo compraz-Se em mostrar-me o único caminho que conduz a esta fornalha divina; esse caminho é o abandono da criança que adormece sem receio nos braços do seu Pai. «Quem for simples venha a Mim», disse o Espírito Santo pela boca de Salomão (Pr 9,4) e o mesmo Espírito de amor disse ainda que «o pequeno encontrará misericórdia» (Sb 6,6). Em seu nome, o profeta Isaías revelou-nos que, no último dia, o Senhor «é como um pastor que apascenta o rebanho, reúne-o com o cajado na mão, leva os cordeiros ao colo e faz repousar as ovelhas que têm crias» (Is 40,11). […]
Ah, se todas as almas fracas e imperfeitas sentissem o que sente a mais pequena de todas, a alma da vossa Teresinha, nem uma desesperaria por chegar ao cimo da montanha do amor, pois Jesus Cristo não pede grandes acções, pede só abandono e reconhecimento. Ele disse no salmo 49: «Não reivindico os novilhos da tua casa nem os cabritos dos teus currais; pois são Meus todos os animais dos bosques e os que se encontram nos altos montes. [...] Honra-Me quem oferece o sacrifício do louvor.» Eis portanto tudo o que Jesus Cristo nos exige: Ele não precisa das nossas obras, apenas do nosso amor porque este mesmo Deus que declara não precisar já de nos dizer se tem fome (Sl 49), não temeu em mendigar um pouco de água à Samaritana (Jo 4,7). Ele tinha sede, [...] tinha sede de amor. Ah, sinto-o como nunca, Jesus Cristo está sedento, só encontra ingratos e indiferentes entre os discípulos do mundo. E entre os Seus próprios discípulos, são poucos, ai!, os corações que encontra capazes de a Si se entregarem sem reserva, capazes de compreenderem toda a ternura do Seu amor infinito.

Segunda-feira, dia 12 de Novembro de 2012

Segunda-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Josafá Kuncevicz, monge, bispo, mártir, +1623
Carta a Tito 1,1-9.
Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade,
na esperança da vida eterna, prometida desde os tempos antigos pelo Deus que não mente
e que, no devido tempo, manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador:
a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de Deus (é Justo) (e do) Pai (é Misericordioso) e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Deixei-te em Creta para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções.
Cada um deles deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes e não acusados de vida leviana ou de insubordinação
porque é preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja irrepreensível, não arrogante, nem colérico, nem dado ao vinho, à violência ou ao lucro desonesto;
mas antes hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente,
firmemente enraizado na doutrina da palavra digna de fé, de modo que seja capaz de exortar com sãos ensinamentos e de refutar os contraditores.

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Ao Senhor pertence a Terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam,
pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a Deus de Jacob.

Evangelho segundo S. Lucas 17,1-6.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os causa!
Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar do que escandalizar um só destes pequeninos.
Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te ofender, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: 'Arrependo-me', perdoa-lhe.»
Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.»
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar' e ela havia de obedecer-vos.»

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara Carta de 15/07/1916
«Perdoa-lhe»
O amor não consiste em sentirmos que amamos, mas em querermos amar. Quando queremos amar, amamos; quando queremos amar acima de tudo, amamos acima de tudo. Se acontecer sucumbirmos a uma tentação, é porque o amor é demasiado fraco, não é porque ele não exista. É preciso chorar, como São Pedro, arrependermo-nos como São Pedro [...] mas, também como ele, dizer três vezes: «Amo-Vos, amo-Vos, amo-Vos, Vós sabeis que, apesar das minhas fragilidades e pecados, eu Vos amo» (Jo 21,15ss).
Quanto ao amor que Jesus Cristo tem por nós, Ele provou-o à abundância para que nele acreditemos sem o sentirmos. Sentir que O amamos e que Ele nos ama seria o céu; mas o céu, salvo em raros momentos e excepções, não é aqui em baixo.
Lembremos sempre uns aos outros esta história dupla: a das graças que Deus nos deu pessoalmente desde o nascimento e a das nossas infidelidades e aí acharemos [...] motivos infinitos para nos perdermos, com ilimitada confiança, no Seu amor. Ele ama-nos porque é bom, não porque somos bons; não amam as mães os filhos desencaminhados? E muitas razões havemos de encontrar para nos enterrarmos na humildade e na falta de confiança em nós próprios. Procuremos resgatar um pouco os nossos pecados pelo amor ao próximo, pelo bem feito ao próximo. A caridade para com o próximo, os esforços para fazer bem aos outros são um excelente remédio a opor às tentações: é passar da simples defesa ao contra-ataque.

Terça-feira, dia 13 de Novembro de 2012

Terça-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Estanislau Kostka, religioso, +1568, S. Diogo de Alcalá, religioso, +1463
Carta a Tito 2,1-8.11-14.
Caríssimo: Ensina o que é conforme à sã doutrina.
Os anciãos sejam sóbrios, dignos, prudentes, firmes na fé, na caridade e na paciência.
Do mesmo modo, as anciãs tenham um comportamento reverente, não sejam caluniadoras nem escravas do vinho, mas mestras de virtude
a fim de ensinarem as jovens a amar os maridos e os filhos,
a serem prudentes, castas, boas donas de casa e dóceis aos maridos de modo que a palavra de Deus não seja difamada.
Exorta igualmente os jovens a serem moderados,
apresentando-te em tudo a ti próprio como exemplo de boas obras, de integridade na doutrina, de dignidade,
de palavra sã e irrepreensível para que os adversários fiquem confundidos por não terem nada de mal a dizer de nós.
Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens
para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos a fim de vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade,
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e do Salvador Jesus Cristo.
Ele entregou-se por nós a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do bem.

Livro de Salmos 37(36),3-4.18.23.27.29.
A salvação dos justos vem do Senhor.

Confia no Senhor e faz o bem;
habitarás a Terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade
e Ele satisfará os desejos do teu coração.

O Senhor conhece os dias do homem honesto
e a herança dele será para sempre.
O Senhor assegura os passos do homem
e compraz-se nos seus caminhos.

Afasta-te do mal e pratica o bem
e permanecerás para sempre.
Os justos possuirão a Terra
e nela habitarão para sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'?
Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'?
Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou?
Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'» (Acredito que é nesta frase que está a chave desta parábola.Deus e Jesus Cristo querem-nos livres para fazermos as escolhas entre o bem e o mal que é necessário fazer no caminho para a conversão. Só quem é livre e capaz de fazer escolhas está preparado para a conversão. Quem é obediente, só é capaz de fazer o que lhe mandam; não está preparado para a conversão porque vai sempre obedecer ao senhor das trevas e não fará a passagem. Por isso, mesmo estando inserido numa Igreja, morrerá; servo inútil, não conseguirá fazer a conversão, a passagem.)

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja Sermões sobre o Evangelho de João, 14,5; CCL 36, 143-144
O serviço humilde
Antes da vinda do Senhor Jesus Cristo, os homens gloriavam-se de si próprios. Ele veio como homem para que diminuísse a glória do homem e crescesse a glória de Deus porque Ele veio sem pecado e nos encontrou a todos pecadores. Se Ele veio para perdoar os pecados, é porque Deus é misericordioso: compete ao homem reconhecê-lo porque a humildade do homem está nesse reconhecimento e a grandeza de Deus na sua misericórdia.
Se Ele veio perdoar ao homem os seus pecados, que o homem tome consciência da sua pequenez e de que Deus exerce a Sua misericórdia. «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30). Ou seja: é necessário que Ele dê e que eu receba; que Ele tenha a glória e que eu a reconheça. Que o homem entenda qual é o seu lugar, que reconheça Deus e escute o que o apóstolo Paulo diz ao homem soberbo e orgulhoso que pretendia superiorizar-se: «Que tens tu que não hajas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias como se não o tivesses recebido?» (1 Cor 4,7). Que o homem que queria chamar seu ao que não era dele compreenda, pois que o recebeu e se faça pequenino porque é bom para ele que Deus seja glorificado nele. Que se diminua, pois em si mesmo para que Deus cresça nele.

Quarta-feira, dia 14 de Novembro de 2012

Quarta-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. José Pignatelli, presbítero, +1811
Carta a Tito 3,1-7.
Caríssimo: Recorda-lhes que sejam submissos e obedientes aos governantes e autoridades, que estejam prontos para qualquer boa obra,
que não digam mal de ninguém, nem sejam conflituosos, mas sejam afáveis, mostrando sempre amabilidade para com todos os homens.
Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros.
Mas, quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens,
Ele salvou-nos, não em virtude de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas da sua misericórdia, mediante um novo nascimento e renovação do Espírito Santo,
que Ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador,
a fim de que, justificados pela sua graça, nos tornemos, segundo a nossa esperança, herdeiros da vida eterna.

Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo.
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.
Naquele tempo, indo Jesus Cristo a caminho de Jerusalém passava entre a Samaria e a Galileia.
Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância,
gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!»
Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados.
Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta;
caiu aos pés de Jesus Cristo com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano.
Tomando a palavra, Jesus Cristo disse: «
Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove?
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus,
senão este estrangeiro?»
E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou

São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 2, 40; PL 165, 428
Purificados da lepra do pecado
«Enquanto iam a caminho ficaram purificados.» É preciso que os pecadores ouçam estas palavras e façam um esforço para as compreender. É fácil ao Senhor perdoar os pecados. Com efeito, o pecador é muitas vezes perdoado antes de ir ter com o sacerdote. Na realidade, fica curado no próprio momento em que se arrepende; qualquer que seja o momento em que se converte, passa da morte para a vida. [...] Que se lembre, porém de que conversão se trata e que escute o que diz o Senhor: «Mas agora, ainda, convertei-vos a Mim de todo o vosso coração, com jejuns, com lágrimas e com gemidos. Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes.» (Jl 2,12ss) Qualquer conversão deve, portanto, efectuar-se no coração.
«Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta.» Na realidade, este homem representa todos aqueles que foram purificados pelas águas do baptismo ou curados pelo sacramento da penitência. Eles já não seguem o demónio, mas imitam a Jesus Cristo, caminham atrás d'Ele glorificando-O e agradecendo-lhe e não deixam o Seu serviço. [...] «Jesus Cristo diz: 'Levanta-te e vai; a tua fé te salvou'.» Grande é, pois o poder da fé, pois «sem fé é impossível agradar a Deus» (Heb 11,6). «Abraão teve fé em Deus e isso foi-lhe tido em conta de justiça» (Rm 4,3). É, portanto a fé que salva, a fé que justifica, a fé que cura o homem na sua alma e no seu corpo.

Quinta-feira, dia 15 de Novembro de 2012

Quinta-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Alberto Magno, bispo, Doutor da Igreja, +1280
Carta a Filémon 1,7-20.
Caríssimo: De facto, foi grande a alegria e a consolação que tive com o teu amor porque os corações dos santos foram reconfortados por meio de ti, irmão.
Por isso, embora tenha toda a autoridade em Jesus Cristo para te impor o que mais convém,
levado pelo amor, prefiro pedir como aquele que sou: Paulo, um ancião e agora até prisioneiro por causa de Cristo Jesus.
Peço-te pelo meu filho que gerei na prisão: Onésimo,
que outrora te era inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil.
É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração.
Eu bem desejava mantê-lo junto de mim para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho.
Porém nada quero fazer sem o teu consentimento para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade.
É que afinal talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre,
não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim quanto mais para ti que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor.
Se, pois me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio.
E se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe isso na minha conta.
Sou eu, Paulo, que o escrevo pela minha própria mão: serei eu a pagar. Isto para não te dizer que me deves a tua própria pessoa.
Sim, irmão, possa eu sentir-me satisfeito contigo no Senhor: reconforta o meu coração em Jesus Cristo.

Livro de Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.
Feliz o homem que espera no Senhor.

Ele salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome;
o Senhor liberta os prisioneiros.

O Senhor dá vista aos cegos,
o Senhor levanta os abatidos;
o Senhor ama o homem justo.

O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião,
reinará por todas as gerações!

Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25.
Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus Cristo quando chegaria o Reino de Deus e Ele respondeu-lhes: «O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva.
Ninguém poderá afirmar: 'Ei-lo aqui' ou 'Ei-lo ali', pois o Reino de Deus está entre vós
Depois, disse aos discípulos: «Tempo virá em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
Vão dizer-vos: 'Ei-lo ali' ou então: 'Ei-lo aqui.' Não queirais ir lá nem os sigais.
Porque, como o relâmpago, ao faiscar brilha de um extremo ao outro do céu assim será o Filho do Homem no seu dia.
Mas primeiramente Ele tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração.

Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV

II Parte, cap. 1, 1-2
«O Reino de Deus está entre vós»
«O Reino de Deus está dentro de vós» (Lc 17,21), diz o Senhor. Volta-te com todo o teu coração para o Senhor e deixa este mundo miserável e a tua alma achará repouso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e a entregar-te às interiores e verás chegar para ti o Reino de Deus. Na verdade, «o Reino de Deus é a paz e a alegria do Espírito Santo» (Rom 14,17) que não é dado aos ímpios. Jesus Cristo virá junto de ti, mostrando-te a Sua consolação se Lhe tiveres preparado interiormente uma morada digna. Toda a Sua glória e beleza são de dentro e é aí que Se compraz. Ele visita frequentemente o homem recolhido e a Sua conversa é doce, a Sua consolação agradável, a Sua paz imensa, o Seu convívio admirável.
Vai, alma fiel, prepara o teu coração para este Esposo para que Se digne vir a ti e em ti habitar. Na verdade, Ele diz assim: «Se alguém Me ama, ouvirá a Minha palavra e viremos a ele e nele faremos morada» (Jo 14,23).

Sexta-feira, dia 16 de Novembro de 2012

Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Senhora eleita de Deus: Muito me alegrei por ter encontrado entre os teus filhos quem caminha na verdade, conforme o mandamento que recebemos do Pai.
E agora rogo-te, Senhora – e não como quem te escreve um mandamento novo, mas sim aquele mandamento que temos desde o princípio – que nos amemos uns aos outros.
Nisto consiste o amor: em caminharmos segundo os seus mandamentos e este é o mandamento, segundo ouvistes dizer desde o princípio: que caminheis no amor.
É que apareceram no mundo muitos sedutores que afirmam que Jesus Cristo não veio em carne mortal. Esse é o sedutor e o anticristo!
Acautelai-vos para não perderdes o fruto do vosso trabalho, mas receberdes a plena recompensa.
Todo aquele que passa adiante e não permanece na doutrina de Jesus Cristo não tem Deus consigo; mas aquele que permanece na doutrina, esse tem em si o Pai e o Filho.

Livro de Salmos 119(118),1.2.10.11.17.18.
Conduzi-me, Senhor, pelo caminho dos vossos mandamentos.

Felizes os que seguem o caminho perfeito
e andam na lei do Senhor.
Felizes os que observam as suas ordens
e O procuram de todo o coração.

De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.
Conservo a vossa palavra dentro do coração
para não pecar contra Vós.

Fazei bem ao vosso servo:
viverei e cumprirei a vossa palavra.
Abri , Senhor, os meus olhos
para ver as maravilhas da vossa lei.

Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Como sucedeu nos dias de Noé assim sucederá também nos dias do Filho do Homem:
comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres eram dadas em casamento até ao dia em que Noé entrou na Arca e veio o dilúvio que os fez perecer a todos.
O mesmo sucedeu nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam;
mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus fez cair do céu uma chuva de fogo e enxofre que os matou a todos.
Assim será no dia em que o Filho do Homem se revelar.
Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver as suas coisas em casa não desça para as tirar e, do mesmo modo, quem estiver no campo não volte atrás.
Lembrai-vos da mulher de Lot.
Quem procurar salvar a vida, há-de perdê-la e quem a perder, há-de conservá-la.
Digo-vos que, nessa noite, estarão dois numa cama: um será tomado e o outro será deixado.
Duas mulheres estarão juntas a moer: uma será tomada e a outra será deixada.
Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.»
Tomando a palavra, os discípulos disseram-lhe: «Senhor, onde sucederá isso?» Respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, lá se juntarão também os abutres.» (parece-me que 'corpo' significa do Bem e 'abutres' do mal.)

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra Sermão "A Encarnação", PPS, vol. 2 nº 3
«No dia em que o Filho do Homem Se revelar»
Nosso Senhor e Salvador aceitou viver num mundo que O tinha repudiado e viveu nele para morrer por ele no momento determinado. Veio como sacerdote designado para oferecer um sacrifício por aqueles que não participavam em qualquer acto de adoração. [...] Morreu e ressuscitou ao terceiro dia, o Sol da Justiça (Ml 3,20), revelando todo o esplendor que tinha sido escondido pelas nuvens da manhã. Ressuscitou e subiu para a direita de Deus para interceder, através das Suas feridas sagradas, pelo nosso perdão, para reinar e conduzir o Seu povo redimido e para derramar sobre ele, de Seu lado trespassado, as maiores bênçãos. Subiu ao céu para descer no momento fixado e julgar o mundo que redimiu. [...] Elevou conSigo a natureza humana [...] porque um homem nos redimiu, um homem foi exaltado acima de todas as criaturas, fazendo-Se um com o nosso Criador e será um homem que julgará a humanidade no último dia (Ac 17,31).
Esta terra é tão privilegiada que o nosso juiz não será um estranho, mas Alguém que é nosso igual, que apoiará os nossos interesses e simpatizará plenamente com todas as nossas imperfeições. Aquele que nos amou até morrer por nós é misericordiosamente nomeado para determinar a medida e o valor finais do Seu próprio trabalho. Aquele que aprendeu, através da Sua própria fraqueza, a tomar a defesa dos fracos, Aquele que quer colher todos os frutos da Sua Paixão, separará o trigo do joio, de modo que não se perca um só grão (cf Mt 3,12). Aquele que nos tornou participantes da Sua própria natureza espiritual, da qual tiramos o sangue vital da nossa alma, Aquele que é nosso irmão, decidirá dos Seus irmãos. Que, nesta segunda vinda, Ele se lembre de nós na Sua misericórdia e terna piedade, Ele que é a nossa única esperança, Ele que é a nossa única salvação!

Sábado, dia 17 de Novembro de 2012

Sábado da 32a semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231
3ª Carta de S. João 1,5-8.
Caríssimo Gaio: Em tudo o que fazes aos irmãos, mesmo sendo estrangeiros, tu procedes como é próprio de um fiel.
Eles deram testemunho da tua caridade, diante da igreja. Farás bem em os prover do necessário para a sua viagem, de um modo digno de Deus,
pois foi pelo seu nome que eles se puseram a caminho, sem nada receberem dos gentios.
Por isso, nós devemos acolhê-los a fim de sermos cooperadores da causa da verdade.

Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6.
Felizes os que esperam no Senhor.

Feliz o homem que adora o Senhor
e se compraz nos seus mandamentos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra
e bendita, a geração dos justos.

Haverá na sua casa abundância e riqueza
e a sua prosperidade durará para sempre.
Brilha para os homens rectos como luz nas trevas:
ele é piedoso, clemente e compassivo.

Feliz o homem que se compadece e empresta
e administra os seus bens com justiça.
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna.

Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer:
«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.
Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.'
Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens,
contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'»
E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo.
E Deus não fará justiça aos seus eleitos que a Ele clamam dia e noite e há-de fazê-los esperar?
Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a Terra?»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «No Greater Love», c. 1
«Orai sempre»
Somente através da meditação e da leitura espiritual podemos cultivar o dom da oração. A oração mental cresce simultaneamente com a simplicidade, ou seja, o esquecimento de si próprio, a superação do corpo e dos sentidos e a renovação das aspirações que alimentam a nossa oração. É, como diz São João Maria Vianney, «fechar os olhos, fechar a boca e abrir o coração». Na oração vocal somos nós que falamos com Deus; na oração mental, é Ele que nos fala. É neste momento que Ele se derrama em nós.
A nossa oração deve ser feita de palavras quentes, nascidas da fornalha do nosso coração cheio de amor. Nas tuas orações, dirige-te a Deus com grande reverência e confiança. Não te atrases nem te precipites, não grites, nem te entregues ao mutismo, mas com devoção, com grande delicadeza, com toda a simplicidade, sem qualquer afectação, oferece o teu louvor a Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Finalmente deixa que o amor de Deus possua inteira e absolutamente o teu coração e deixa esse amor tornar-se no teu coração uma segunda natureza; não permitas que o teu coração seja penetrado do que lhe é contrário; deixa-o aplicar-se continuamente ao crescimento deste amor, procurando agradar a Deus em todas as coisas, não Lhe recusando nada; deixa-o aceitar tudo o que lhe acontece como vindo das mãos de Deus; faz com que esteja firmemente determinado a jamais cometer qualquer ofensa deliberada ou conscientemente – ou, se não, deixa-o humilhar-se e aprender a erguer-se logo a seguir. Então esse coração estará continuamente em oração.

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