=CRISTIANISMO=
«Senhor,
a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
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com amizade a equipa de Evangelho Quotidiano em língua
portuguesa.
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sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo
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agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o
financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é
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tradução diária dos comentários bem como para financiar o
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a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Criado
em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e
rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida
dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da
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A
equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Domingo,
dia 11 de Novembro de 2012
32º
Domingo do Tempo Comum - Ano B
Naqueles
dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao
chegar à entrada da cidade, encontrou uma viúva que andava a
apanhar lenha; chamou-a e disse-lhe: «Vai-me arranjar, te
peço, um pouco de água numa vasilha para eu beber.» Ela
foi buscar a água e Elias chamou-a e disse-lhe: «Traz-me
também um pedaço de pão nas tuas mãos.» Então ela
respondeu: «Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão
cozido; tenho apenas um punhado de farinha na panela e um pouco de
azeite na ânfora; mal tenha reunido um pouco de lenha entrarei em
casa para preparar esse resto para mim e para meu filho; vamos
comê-lo e depois morreremos.» Elias disse-lhe: «Não tenhas
medo; vai a casa e faz como disseste. Disso que tens, faz-me um
pãozinho e traz-mo; depois é que prepararás o resto para ti e
para o teu filho porque assim fala o Senhor, Deus de Israel:
‘A panela da farinha não se esgotará nem faltará o azeite na
almotolia até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da
Terra’. Ela foi e fez como lhe dissera Elias: comeu ele, ela
e a sua família durante alguns dias. Nem a farinha se acabou
na panela nem o azeite faltou na almotolia conforme dissera o
Senhor pela boca de Elias.
Livro
de Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.
Ó
minha alma, louva o Senhor.
Ele salva os oprimidos, dá
pão aos que têm fome; o Senhor liberta os prisioneiros.
O
Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos; o
Senhor ama o homem justo.
O SENHOR protege os que vivem em
terra estranha e ampara o órfão e a viúva, mas entrava
o caminho aos pecadores.
O Senhor reinará
eternamente! O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as
gerações!
Carta aos Hebreus 9,24-28.
Na
realidade, Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mão
humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio
céu para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor. E
nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o
Sumo Sacerdote que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação
do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só
vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E
assim como está determinado que os homens morram uma só vez e
depois tenha lugar o julgamento assim também Jesus Cristo,
que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos,
aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para
dar a salvação àqueles que o esperam.
Evangelho
segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele
tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado
com os doutores da Lei que gostam de exibir longas vestes, de ser
cumprimentados nas praças, de ocupar os primeiros lugares nas
sinagogas e nos banquetes; eles devoram as casas das viúvas a
pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais
severa.» Estando sentado em frente do tesouro, observava como
a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas
veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta
viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros porque
todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria,
deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» (Acredito que
Jesus Cristo, ao chamar a atenção dos discípulos para este
facto, lhes quis mostrar a relatividade das coisas, já que
eles andavam tão preocupados com os primeiros lugares junto de Si
e o poder e riqueza que isso lhes poderia trazer. Já agora passo
a contar-vos um diálogo que conheci: quanto devo dar a esta
instituição? Tudo o que recebi? /Tu não dás nada. Quem dá sou
Eu. Se vais dar o que te dei, já não te dou mais. Afinal
não precisas! Eu é que te dou o que precisas e mais para
entregares a quem precise. Tu entregas, mas quem dá sou
Eu.)
Santa
Teresinha do Menino Jesus
(1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Manuscrito
autobiográfico
B, 1
«Ela, da sua penúria,
deitou tudo quanto possuía»
«Quero fazer-te ler no livro da
vida onde está contida a ciência do Amor». Oh, sim, a ciência
do amor! Esta palavra soa-me docemente ao ouvido da alma e eu não
desejo outra coisa; por essa sabedoria, e mesmo tendo dado todas
as minhas riquezas, parece-me, como a esposa [do Cântico] dos
Cânticos, nada ter dado (Ct 8,7) afinal. Compreendo tão bem que
só o amor nos pode tornar agradáveis ao Bom Deus, que este amor
é o único bem que ambiciono.
Jesus Cristo compraz-Se em
mostrar-me o único caminho que conduz a esta fornalha divina;
esse caminho é o abandono da criança que adormece sem receio nos
braços do seu Pai. «Quem for simples venha a Mim», disse
o Espírito Santo pela boca de Salomão (Pr 9,4) e o mesmo
Espírito de amor disse ainda que «o pequeno encontrará
misericórdia» (Sb 6,6). Em seu nome, o profeta Isaías
revelou-nos que, no último dia, o Senhor «é como um pastor
que apascenta o rebanho, reúne-o com o cajado na mão, leva os
cordeiros ao colo e faz repousar as ovelhas que têm crias»
(Is 40,11). […]
Ah, se todas as almas fracas e
imperfeitas sentissem o que sente a mais pequena de todas, a alma
da vossa Teresinha, nem uma desesperaria por chegar ao cimo da
montanha do amor, pois Jesus Cristo não pede grandes acções,
pede só abandono e reconhecimento. Ele disse no salmo 49: «Não
reivindico os novilhos da tua casa nem os cabritos dos teus
currais; pois são Meus todos os animais dos
bosques e os que se encontram nos altos montes. [...] Honra-Me
quem oferece o sacrifício do louvor.» Eis
portanto tudo o que Jesus Cristo nos exige: Ele não precisa das
nossas obras, apenas do nosso amor porque este mesmo Deus que
declara não precisar já de nos dizer se tem fome (Sl 49), não
temeu em mendigar um pouco de água à Samaritana (Jo 4,7). Ele
tinha sede, [...] tinha sede de amor. Ah, sinto-o como
nunca, Jesus Cristo está sedento, só encontra ingratos e
indiferentes entre os discípulos do mundo. E entre os Seus
próprios discípulos, são poucos, ai!, os corações que
encontra capazes de a Si se entregarem sem reserva, capazes de
compreenderem toda a ternura do Seu amor infinito.
Segunda-feira,
dia 12 de Novembro de 2012
Segunda-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Paulo,
servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos
eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade que conduz à
piedade, na esperança da vida eterna, prometida desde os
tempos antigos pelo Deus que não mente e que, no devido
tempo, manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi
confiada por mandato de Deus, nosso Salvador: a Tito,
meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de
Deus (é Justo) (e do) Pai (é Misericordioso) e de Cristo Jesus,
nosso Salvador.
Deixei-te em Creta para acabares
de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros
em cada cidade, de acordo com as minhas instruções. Cada um
deles deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com
filhos crentes e não acusados de vida leviana ou de
insubordinação porque é preciso que o bispo,
como administrador de Deus, seja irrepreensível, não arrogante,
nem colérico, nem dado ao vinho, à violência ou ao lucro
desonesto; mas antes hospitaleiro, amigo do bem, prudente,
justo, piedoso, continente, firmemente enraizado na doutrina
da palavra digna de fé, de modo que seja capaz de exortar com
sãos ensinamentos e de refutar os contraditores.
Livro de Salmos
24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Esta
é a geração dos que procuram o Senhor.
Ao Senhor
pertence a Terra e o que nela existe, o mundo inteiro e os que
nele habitam, pois Ele a fundou sobre os mares e a
consolidou sobre os abismos.
Quem poderá subir à montanha
do Senhor e apresentar-se no seu santuário? O que tem as
mãos inocentes e o coração limpo, o que não ergue o
espírito para as coisas vãs.
Este há-de receber a bênção
do Senhor e a recompensa de Deus, seu salvador. Esta é a
geração dos que O procuram, dos que buscam a Deus de Jacob.
Evangelho segundo S. Lucas 17,1-6.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «É inevitável
que haja escândalos; mas ai daquele que os causa!
Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de
moinho e o lançassem ao mar do que escandalizar um só destes
pequeninos. Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te
ofender, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer:
'Arrependo-me', perdoa-lhe.» Os Apóstolos disseram ao
Senhor: «Aumenta a nossa fé.» O Senhor respondeu: «Se
tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa
amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar' e ela havia de
obedecer-vos.»
Beato
Charles de Foucauld
(1858-1916), eremita e missionário no Saara Carta
de 15/07/1916
«Perdoa-lhe»
O amor não consiste em
sentirmos que amamos, mas em querermos amar. Quando queremos amar,
amamos; quando queremos amar acima de tudo, amamos acima de tudo.
Se acontecer sucumbirmos a uma tentação, é porque o amor é
demasiado fraco, não é porque ele não exista. É preciso
chorar, como São Pedro, arrependermo-nos como São Pedro [...]
mas, também como ele, dizer três vezes: «Amo-Vos, amo-Vos,
amo-Vos, Vós sabeis que, apesar das minhas fragilidades e
pecados, eu Vos amo» (Jo 21,15ss).
Quanto ao amor que Jesus Cristo
tem por nós, Ele provou-o à abundância para que nele
acreditemos sem o sentirmos. Sentir que O amamos e que Ele nos ama
seria o céu; mas o céu, salvo em raros momentos e excepções,
não é aqui em baixo.
Lembremos sempre uns aos outros
esta história dupla: a das graças que Deus nos deu
pessoalmente desde o nascimento e a das nossas infidelidades
e aí acharemos [...] motivos infinitos para nos perdermos, com
ilimitada confiança, no Seu amor. Ele ama-nos porque é bom, não
porque somos bons; não amam as mães os filhos desencaminhados? E
muitas razões havemos de encontrar para nos enterrarmos na
humildade e na falta de confiança em nós próprios. Procuremos
resgatar um pouco os nossos pecados pelo amor ao próximo,
pelo bem feito ao próximo. A caridade para com o próximo,
os esforços para fazer bem aos outros são um excelente remédio
a opor às tentações: é passar da simples defesa ao
contra-ataque.
Terça-feira,
dia 13 de Novembro de 2012
Terça-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Caríssimo:
Ensina o que é conforme à sã doutrina. Os anciãos
sejam sóbrios, dignos, prudentes, firmes na fé, na caridade e na
paciência. Do mesmo modo, as anciãs tenham um comportamento
reverente, não sejam caluniadoras nem escravas do vinho, mas
mestras de virtude a fim de ensinarem as jovens a amar os
maridos e os filhos, a serem prudentes, castas, boas donas de
casa e dóceis aos maridos de modo que a palavra de Deus não
seja difamada. Exorta igualmente os jovens a
serem moderados, apresentando-te em tudo a ti próprio como
exemplo de boas obras, de integridade na doutrina, de dignidade,
de palavra sã e irrepreensível para que os adversários
fiquem confundidos por não terem nada de mal a dizer de nós.
Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de
salvação para todos os homens para nos ensinar a renúncia à
impiedade e aos desejos mundanos a fim de vivermos no século
presente com sobriedade, justiça e piedade, aguardando a
bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso
grande Deus e do Salvador Jesus Cristo. Ele entregou-se por
nós a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de purificar e
constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do
bem.
Livro de Salmos
37(36),3-4.18.23.27.29.
A
salvação dos justos vem do Senhor.
Confia no Senhor e
faz o bem; habitarás a Terra e viverás tranquilo. Procura
no Senhor a tua felicidade e Ele satisfará os desejos do teu
coração.
O Senhor conhece os dias do homem honesto e
a herança dele será para sempre. O Senhor assegura os passos
do homem e compraz-se nos seus caminhos.
Afasta-te
do mal e pratica o bem
e permanecerás para sempre. Os justos possuirão a
Terra e nela habitarão para sempre.
Evangelho
segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele
tempo, disse o Senhor: «Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou
a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem
cá depressa e senta-te à mesa'? Não lhe dirá antes:
'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires enquanto eu como
e bebo; depois, comerás e beberás tu'? Deve estar grato
ao servo por ter feito o que lhe mandou? Assim também
vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei:
'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»
(Acredito que é nesta frase que está a chave desta parábola.Deus
e Jesus Cristo querem-nos livres para fazermos as escolhas entre o
bem e o mal que é necessário fazer no caminho para a conversão.
Só quem é livre e capaz de fazer escolhas está preparado para a
conversão. Quem é obediente, só é capaz de fazer o que lhe
mandam; não está preparado para a conversão porque vai sempre
obedecer ao senhor das trevas e não fará a passagem. Por isso,
mesmo estando inserido numa Igreja, morrerá; servo inútil, não
conseguirá fazer a conversão, a passagem.)
Santo
Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermões
sobre o Evangelho de João,
14,5; CCL 36, 143-144
O
serviço humilde
Antes da vinda do Senhor Jesus
Cristo, os homens gloriavam-se de si próprios. Ele veio como
homem para que diminuísse a glória do homem e crescesse a glória
de Deus porque Ele veio sem pecado e nos encontrou a todos
pecadores. Se Ele veio para perdoar os pecados, é porque Deus é
misericordioso: compete ao homem reconhecê-lo porque a humildade
do homem está nesse reconhecimento e a grandeza de Deus na sua
misericórdia.
Se Ele veio perdoar ao homem os
seus pecados, que o homem tome consciência da sua pequenez e de
que Deus exerce a Sua misericórdia. «Ele deve crescer e eu
diminuir» (Jo 3,30). Ou seja: é necessário que Ele dê e que eu
receba; que Ele tenha a glória e que eu a reconheça. Que o homem
entenda qual é o seu lugar, que reconheça Deus e escute o que o
apóstolo Paulo diz ao homem soberbo e orgulhoso que
pretendia superiorizar-se: «Que tens tu que não hajas
recebido? E, se o recebeste, porque te glorias como se não o
tivesses recebido?» (1 Cor 4,7). Que o homem que queria
chamar seu ao que não era dele compreenda, pois que o recebeu e
se faça pequenino porque é bom para ele que Deus seja
glorificado nele. Que se diminua, pois em si mesmo para que Deus
cresça nele.
Quarta-feira,
dia 14 de Novembro de 2012
Quarta-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Caríssimo:
Recorda-lhes que sejam submissos e obedientes aos governantes e
autoridades, que estejam prontos para qualquer boa obra,
que não digam mal de ninguém, nem sejam conflituosos, mas
sejam afáveis, mostrando sempre amabilidade para com todos os
homens. Pois também nós éramos outrora insensatos,
rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e
prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos
uns aos outros. Mas, quando se manifestou a bondade de Deus,
nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, Ele
salvou-nos, não em virtude de obras de justiça que tivéssemos
praticado, mas da sua misericórdia, mediante um
novo nascimento e renovação do Espírito Santo,
que Ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo,
nosso Salvador, a fim de que, justificados pela sua graça,
nos tornemos, segundo a nossa esperança, herdeiros da vida
eterna.
Livro de Salmos
23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O
Senhor é meu pastor: nada me faltará.
O Senhor é meu
pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha
alma.
Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu
nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, não
temerei nenhum mal porque Vós estais comigo. o vosso cajado e
o vosso báculo me enchem de confiança.
Para mim preparais
a mesa à vista dos meus adversários; com óleo me
perfumais a cabeça e o meu cálice transborda.
A
bondade e a graça hão-de acompanhar-me todos os dias da
minha vida e habitarei na casa do Senhor para todo o
sempre.
Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.
Naquele
tempo, indo Jesus Cristo a caminho de Jerusalém passava entre a
Samaria e a Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens
leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância,
gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de
nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos
sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram
purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a
Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus Cristo com a face em
terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra,
Jesus Cristo disse: «Não foram dez os que ficaram
purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem
voltasse para dar glória a Deus, senão este
estrangeiro?» E disse-lhe:
«Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»
São
Bruno de Segni
(c. 1045-1123), bispo Comentário
sobre o Evangelho de Lucas,
2, 40; PL 165, 428
Purificados
da lepra do pecado
«Enquanto iam a caminho ficaram
purificados.» É preciso que os pecadores ouçam estas palavras e
façam um esforço para as compreender. É fácil ao Senhor
perdoar os pecados. Com efeito, o pecador é muitas vezes perdoado
antes de ir ter com o sacerdote. Na realidade, fica curado no
próprio momento em que se arrepende; qualquer que seja o
momento em que se converte, passa da morte para a vida.
[...] Que se lembre, porém de que conversão se trata e que
escute o que diz o Senhor: «Mas agora, ainda, convertei-vos a Mim
de todo o vosso coração, com jejuns, com lágrimas e com
gemidos. Rasgai os vossos corações e não as vossas
vestes.» (Jl 2,12ss) Qualquer conversão deve, portanto,
efectuar-se no coração.
«Um deles, vendo-se curado,
voltou, glorificando a Deus em voz alta.» Na realidade, este
homem representa todos aqueles que foram purificados pelas águas
do baptismo ou curados pelo sacramento da penitência. Eles já
não seguem o demónio, mas imitam a Jesus Cristo, caminham atrás
d'Ele glorificando-O e agradecendo-lhe e não deixam o Seu
serviço. [...] «Jesus Cristo diz: 'Levanta-te e vai; a tua fé
te salvou'.» Grande é, pois o poder da fé, pois «sem fé
é impossível agradar a Deus» (Heb 11,6). «Abraão teve
fé em Deus e isso foi-lhe tido em conta de justiça» (Rm 4,3).
É, portanto a fé que salva, a fé que justifica, a fé que cura
o homem na sua alma e no seu corpo.
Quinta-feira,
dia 15 de Novembro de 2012
Quinta-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Caríssimo:
De facto, foi grande a alegria e a consolação que tive com o teu
amor porque os corações dos santos foram reconfortados por meio
de ti, irmão. Por isso, embora tenha toda a autoridade em
Jesus Cristo para te impor o que mais convém, levado pelo
amor, prefiro pedir como aquele que sou: Paulo, um ancião e agora
até prisioneiro por causa de Cristo Jesus. Peço-te pelo meu
filho que gerei na prisão: Onésimo, que outrora te era
inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil. É ele
que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração. Eu
bem desejava mantê-lo junto de mim para, em vez de ti, se colocar
ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho.
Porém nada quero fazer sem o teu consentimento para que o bem
que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade. É
que afinal talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por
breve tempo: para que o recebas para sempre, não já como
escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido;
isto especialmente para mim quanto mais para ti que com ele estás
relacionado tanto humanamente como no Senhor. Se, pois me
consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio. E
se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe
isso na minha conta. Sou eu, Paulo, que o escrevo pela minha
própria mão: serei eu a pagar. Isto para não te dizer que me
deves a tua própria pessoa. Sim, irmão, possa eu sentir-me
satisfeito contigo no Senhor: reconforta o meu coração em Jesus
Cristo.
Livro de Salmos
146(145),7.8-9a.9bc-10.
Feliz
o homem que espera no Senhor.
Ele salva os oprimidos, dá
pão aos que têm fome; o Senhor liberta os prisioneiros.
O
Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos; o
Senhor ama o homem justo.
O SENHOR protege os que vivem em
terra estranha e ampara o órfão e a viúva, mas entrava
o caminho aos pecadores.
O Senhor reinará eternamente! O
teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações!
Evangelho
segundo S. Lucas 17,20-25.
Naquele
tempo, os fariseus perguntaram a Jesus Cristo quando chegaria o
Reino de Deus e Ele respondeu-lhes: «O Reino de Deus não vem de
maneira ostensiva. Ninguém poderá afirmar: 'Ei-lo aqui' ou
'Ei-lo ali', pois o Reino de Deus está entre vós.»
Depois, disse aos discípulos: «Tempo virá em que desejareis
ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis. Vão
dizer-vos: 'Ei-lo ali' ou então: 'Ei-lo aqui.' Não queirais ir
lá nem os sigais. Porque, como o relâmpago, ao faiscar
brilha de um extremo ao outro do céu assim será o Filho do Homem
no seu dia. Mas primeiramente Ele tem de sofrer muito e ser
rejeitado por esta geração.
Imitação
de Cristo, tratado espiritual do século XV II
Parte, cap. 1, 1-2
«O Reino de Deus está entre
vós»
«O Reino de Deus está
dentro de vós» (Lc 17,21), diz o Senhor. Volta-te com
todo o teu coração para o Senhor e deixa este mundo miserável e
a tua alma achará repouso. Aprende a desprezar as coisas
exteriores e a entregar-te às interiores e verás chegar para ti
o Reino de Deus. Na verdade, «o Reino de Deus é a paz e a
alegria do Espírito Santo» (Rom 14,17) que não é dado
aos ímpios. Jesus Cristo virá junto de ti, mostrando-te a Sua
consolação se Lhe tiveres preparado interiormente uma morada
digna. Toda a Sua glória e beleza são de dentro e é aí que Se
compraz. Ele visita frequentemente o homem recolhido e a Sua
conversa é doce, a Sua consolação agradável, a Sua paz imensa,
o Seu convívio admirável.
Vai, alma fiel, prepara o teu
coração para este Esposo para que Se digne vir a ti e em ti
habitar. Na verdade, Ele diz assim: «Se alguém Me ama,
ouvirá a Minha palavra e viremos a ele e nele faremos morada»
(Jo 14,23).
Sexta-feira,
dia 16 de Novembro de 2012
Sexta-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Santo do dia
: Santa
Gertrudes, Magna, monja, +1303, Santa
Margarida, rainha da Escócia, +1093, São
José Moscati, médico, +1927 2ª
Carta da S. João 1,4-9.
Senhora
eleita de Deus: Muito me alegrei por ter encontrado entre os teus
filhos quem caminha na verdade, conforme o mandamento que
recebemos do Pai. E agora rogo-te, Senhora – e não como
quem te escreve um mandamento novo, mas sim aquele mandamento que
temos desde o princípio – que nos amemos uns aos outros.
Nisto consiste o amor: em caminharmos segundo os seus
mandamentos e este é o mandamento, segundo ouvistes dizer desde o
princípio: que caminheis no amor. É que apareceram no
mundo muitos sedutores que afirmam que Jesus Cristo não veio em
carne mortal. Esse é o sedutor e o anticristo! Acautelai-vos
para não perderdes o fruto do vosso trabalho, mas receberdes a
plena recompensa. Todo aquele que passa adiante e não
permanece na doutrina de Jesus Cristo não tem Deus consigo; mas
aquele que permanece na doutrina, esse tem em si o Pai e o
Filho.
Livro de Salmos
119(118),1.2.10.11.17.18.
Conduzi-me, Senhor, pelo caminho
dos vossos mandamentos.
Felizes os que seguem o
caminho perfeito e andam na lei do Senhor. Felizes
os que observam as suas ordens e O procuram de todo o
coração.
De todo o coração Vos procuro, não me
deixeis afastar dos vossos mandamentos. Conservo a vossa
palavra dentro do coração para não pecar contra Vós.
Fazei
bem ao vosso servo: viverei e cumprirei a vossa palavra. Abri
, Senhor, os meus olhos para ver as maravilhas da vossa
lei.
Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Como sucedeu nos
dias de Noé assim sucederá também nos dias do Filho do Homem:
comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres eram dadas
em casamento até ao dia em que Noé entrou na Arca e veio o
dilúvio que os fez perecer a todos. O mesmo sucedeu nos dias
de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam;
mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus fez cair do céu
uma chuva de fogo e enxofre que os matou a todos. Assim será
no dia em que o Filho do Homem se revelar. Nesse dia, quem
estiver no terraço e tiver as suas coisas em casa não desça
para as tirar e, do mesmo modo, quem estiver no campo não volte
atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar
a vida, há-de perdê-la e quem a perder, há-de conservá-la.
Digo-vos que, nessa noite, estarão dois numa cama: um será
tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão juntas
a moer: uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens
estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.»
Tomando a palavra, os discípulos disseram-lhe: «Senhor, onde
sucederá isso?» Respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo,
lá se juntarão também os abutres.» (parece-me que
'corpo' significa do Bem e 'abutres' do mal.)
Beato
John Henry Newman
(1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão
"A Encarnação",
PPS, vol. 2 nº 3
«No
dia em que o Filho do Homem Se revelar»
Nosso Senhor e Salvador aceitou
viver num mundo que O tinha repudiado e viveu nele para morrer por
ele no momento determinado. Veio como sacerdote designado para
oferecer um sacrifício por aqueles que não participavam em
qualquer acto de adoração. [...] Morreu e ressuscitou ao
terceiro dia, o Sol da Justiça (Ml 3,20), revelando todo o
esplendor que tinha sido escondido pelas nuvens da manhã.
Ressuscitou e subiu para a direita de Deus para interceder,
através das Suas feridas sagradas, pelo nosso perdão, para
reinar e conduzir o Seu povo redimido e para derramar sobre ele,
de Seu lado trespassado, as maiores bênçãos. Subiu ao céu para
descer no momento fixado e julgar o mundo que redimiu. [...]
Elevou conSigo a natureza humana [...] porque um homem nos
redimiu, um homem foi exaltado acima de todas as criaturas,
fazendo-Se um com o nosso Criador e será um homem que julgará a
humanidade no último dia (Ac 17,31).
Esta terra é tão privilegiada
que o nosso juiz não será um estranho, mas Alguém que é nosso
igual, que apoiará os nossos interesses e simpatizará plenamente
com todas as nossas imperfeições. Aquele que nos amou até
morrer por nós é misericordiosamente nomeado para determinar a
medida e o valor finais do Seu próprio trabalho. Aquele que
aprendeu, através da Sua própria fraqueza, a tomar a defesa dos
fracos, Aquele que quer colher todos os frutos da Sua Paixão,
separará o trigo do joio, de modo que não se perca um
só grão (cf Mt 3,12). Aquele que nos tornou participantes da
Sua própria natureza espiritual, da qual tiramos o sangue vital
da nossa alma, Aquele que é nosso irmão, decidirá dos Seus
irmãos. Que, nesta segunda vinda, Ele se lembre de nós na Sua
misericórdia e terna piedade, Ele que é a nossa única
esperança, Ele que é a nossa única salvação!
Sábado,
dia 17 de Novembro de 2012
Sábado
da 32a semana do Tempo Comum
Caríssimo
Gaio: Em tudo o que fazes aos irmãos, mesmo sendo estrangeiros,
tu procedes como é próprio de um fiel. Eles deram testemunho
da tua caridade, diante da igreja. Farás bem em os prover do
necessário para a sua viagem, de um modo digno de Deus, pois
foi pelo seu nome que eles se puseram a caminho, sem nada
receberem dos gentios. Por isso, nós devemos acolhê-los a
fim de sermos cooperadores da causa da verdade.
Livro de Salmos
112(111),1-2.3-4.5-6.
Felizes
os que esperam no Senhor.
Feliz o homem que adora o Senhor
e se compraz nos seus mandamentos. A sua descendência
será poderosa sobre a Terra e bendita, a geração dos
justos.
Haverá na sua casa abundância e riqueza
e a sua prosperidade durará para sempre. Brilha
para os homens rectos como luz nas trevas: ele é piedoso,
clemente e compassivo.
Feliz o homem que se compadece
e empresta e administra os seus bens com
justiça. Este jamais será abalado; o justo deixará
memória eterna.
Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Naquele
tempo, Jesus Cristo disse aos seus discípulos uma parábola sobre
a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa
cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os
homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com
ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.'
Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um
dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os
homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou
fazer-lhe justiça para que me deixe de vez e não volte a
importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz
este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos
que a Ele clamam dia e noite e há-de fazê-los esperar? Eu
vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente.
Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a
Terra?»
Beata
Teresa de Calcutá
(1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «No
Greater Love»,
c. 1
«Orai
sempre»
Somente através da meditação
e da leitura espiritual podemos cultivar o dom da oração. A
oração mental cresce simultaneamente com a simplicidade, ou
seja, o esquecimento de si próprio, a superação do corpo e dos
sentidos e a renovação das aspirações que alimentam a nossa
oração. É, como diz São João Maria Vianney, «fechar os
olhos, fechar a boca e abrir o coração». Na oração
vocal somos nós que falamos com Deus; na oração mental, é Ele
que nos fala. É neste momento que Ele se derrama em nós.
A nossa oração deve ser feita
de palavras quentes, nascidas da fornalha do nosso coração cheio
de amor. Nas tuas orações, dirige-te a Deus com grande
reverência e confiança. Não te atrases nem te precipites, não
grites, nem te entregues ao mutismo, mas com devoção, com grande
delicadeza, com toda a simplicidade, sem qualquer afectação,
oferece o teu louvor a Deus com todo o teu coração e com toda a
tua alma.
Finalmente deixa que o amor de
Deus possua inteira e absolutamente o teu coração e deixa esse
amor tornar-se no teu coração uma segunda natureza; não
permitas que o teu coração seja penetrado do que lhe é
contrário; deixa-o aplicar-se continuamente ao crescimento deste
amor, procurando agradar a Deus em todas as coisas, não Lhe
recusando nada; deixa-o aceitar tudo o que lhe acontece como vindo
das mãos de Deus; faz com que esteja firmemente determinado a
jamais cometer qualquer ofensa deliberada ou conscientemente –
ou, se não, deixa-o humilhar-se e aprender a erguer-se logo a
seguir. Então esse coração estará continuamente em oração.
O
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1.º
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